Acaso.
Que palavra linda!
Evoca um calmo barco a vela,
com um toque de agradável diversão.
Acaso.
Aquele encontro casual proveitoso,
uma conversa inesperada
que dá exatamente a resposta
que você procurava.
A corrida de táxi que chega no horário
e te leva ao cinema onde passa
o filme que queria tanto ver.
E, por acaso, você derruba
a pipoca de alguém
que, no fim das contas, é o garoto
da escola por quem era apaixonada.
E adivinhem?
Um ano depois,
vocês estão casados e felizes.
Acaso.
Então, se o acaso acontece,
como funciona?
Há forças superiores que guiam
os detalhes de nossa vida?
Ou são somente acontecimentos aleatórios?
Há algo que podemos fazer para aumentar
a ocorrência desses eventos positivos?
É o que proponho hoje,
já que a vida nos proporciona
muitos acontecimentos,
alguns positivos e outros desafiadores.
Temos dentro de nós
o poder e a oportunidade
de criar um ambiente
que aumente a probabilidade
desses acontecimentos felizes,
para que a vida seja um pouco mais fácil
e muito mais divertida.
Antes de continuarmos,
gostaria de explicar
que sou terapeuta do som,
credenciada e com experiência.
Tenho estudado textos
espirituais e científicos
relacionados ao som e à vibração.
Algumas das coisas
sobre as quais vou falar hoje
podem parecer impossíveis inicialmente,
mas peço que ignorem a descrença
e se lembrem das palavras
do escritor Paulo Coelho:
"As pessoas nunca aprendem nada
que lhes é contado,
precisam descobrir por si mesmas".
Interpretem minhas palavras
e relacionem com a experiência de vocês.
E se fizer sentido para vocês,
saiam e sintam por si mesmos,
descubram se é verdadeiro pra vocês.
Para que entendam por que acredito
que podemos criar e influenciar
acontecimentos casuais,
gostaria que considerassem
que vivemos em um universo vibracional,
que somos seres vibracionais,
cujas células e órgãos pulsam
em uma frequência particular.
Nosso cérebro pulsa
com energia eletromagnética,
afetado por nossas emoções,
nossa saúde e nosso bem-estar.
Nosso corpo se contrai e pulsa
em várias frequências,
incluindo as batidas do coração,
as contrações do estômago
e a cada vez que respiramos.
Juntos, eles nos criam,
um composto de frequências,
e assim todos vibramos
em nossa própria sintonia.
Doenças, depressão e padrões
comportamentais negativos
são sintomas de um corpo e uma mente
literalmente fora de sintonia.
O corpo não vibra somente
em termos celulares,
pois essas vibrações não terminam na pele.
Pelo contrário, continuam
no espaço em constante vibração,
conectadas por um campo energético
ou uma matriz de ondas.
Peço-lhes que esfreguem as mãos bem rápido
e que as mantenham alguns milímetros
distantes uma da outra.
Podem sentir uma leve resistência?
Isso é energia.
Nikola Tesla disse:
"Se você quiser descobrir
os segredos do universo,
pense em termos de energia,
frequência e vibração".
Se uma força energética é atingida
na mesma frequência de ressonância
de outro objeto próximo,
as vibrações farão com que
o segundo objeto comece a vibrar.
Quanto ao modo de vivenciar do mundo,
a energia e a vibração que emitimos
é recebida e devolvida.
Podemos senti-la no plano emocional
quando alguém está no mesmo
comprimento de onda que o nosso
ou estamos em sintonia
com uma pessoa ou situação.
Por que isso é importante?
Bem, se a vibração interior
é de ansiedade,
depressão ou raiva,
essa experiência de vida poderá lhe trazer
pessoas e situações
que refletirão o mesmo.
Desse modo, intensifica-se o sentimento
e cria-se uma experiência
de vida negativa e tortuosa.
É parecido com sintonizar
em duas ondas de rádio diferentes,
dependendo da frequência emitida
ou da estação de rádio escolhida.
Portanto, se podemos elevar
e melhorar nossa vibração interna,
podemos criar uma situação
que reflita uma experiência
de vida mais positiva.
Então, como criamos essa mudança?
Segundo ensinamentos antigos,
o mundo se forma pelo som.
Apesar das discussões
desse ponto de vista,
pesquisas modernas deixam claro
que o som, no mínimo, afeta a matéria.
No século 18, Ernst Chladni
colocou areia sobre uma placa de vidro
e a fez vibrar com um arco de violino.
A movimentação da areia criou
padrões simétricos lindos e criativos.
Esse trabalho continuou com a invenção
do cimascópio, por John Reid,
que usa água como uma membrana
de superfície para produzir o som
e criar uma representação digital
do som e da vibração.
No videoclipe a seguir,
vocês verão como o som e a vibração
são representados no cimascópio
de uma tigela tibetana,
muito parecida com a que tenho aqui.
(Som da tigela tibetana)
Como podem ouvir,
a tigela tem uma harmonia rica e complexa.
(Vídeo - som da tigela tibetana vibrando)
Observem as formas simétricas
e as similaridades com os sons
encontrados na geometria sagrada
e nas formas harmoniosas da natureza.
Pelo estudo da microcimática
e da sonocitologia,
agora podemos ouvir a diferença
entre uma célula saudável e uma doente.
De acordo com Gardner Snook,
da Universidade de Manchester,
a diferença entre uma célula
saudável e uma cancerosa
é como duas grandes orquestras
tocando os instrumentos ao mesmo tempo;
mas, na orquestra cancerosa,
a tuba está totalmente desafinada.
Nos dois videoclipes seguintes,
vocês podem ouvir a diferença
entre as pulsações saudáveis
de uma célula de levedura
e a frequência estridente
de uma que está estressada.
Observem as distorções
representadas no cimascópio
da célula que está estressada.
(Vídeo - Som parecido
com trovões ao longe)
(Som estridente)
Os últimos experimentos
usando a microcimática
sugerem que o "princípio do arrastamento",
por meio do qual uma frequência
mais poderosa
faz com que uma mais fraca
sincronize com ela,
podemos estimular
uma membrana de uma célula
em padrões coerentes e geométricos.
Portanto, se direcionarmos
sons harmoniosos para o corpo,
poderemos alinhar nossas células
em sua própria frequência otimizada.
Não vibramos somente no plano celular,
nossa consciência, pensamentos e emoções
têm a própria carga energética.
Masaru Emoto, em seu livro
"A Vida Secreta da Água",
expôs a água a sons harmoniosos,
pensamentos de cura e orações,
bem como à música dissonante
e pensamentos negativos.
Então, ele congelou a água e tirou
fotografias dos cristais formados.
A água que tinha sido exposta
aos sons harmoniosos,
pensamentos de cura e orações
formou cristais lindos e geométricos.
ao contrário dos outros, que ficaram
deformados ou nem se formaram.
A pergunta de muitos
filósofos e cientistas é:
"De onde surgem nossa consciência
e nossos pensamentos?"
Mesmo que acreditem
que venham de uma fonte divina
ou de alguma parte lá no fundo do cérebro,
as últimas pesquisas têm revelado
que é da nossa resposta corporal,
das vibrações quânticas encontradas
em microtúbulos dentro dos neurônios.
Portanto, como já tínhamos descoberto,
quando pensamos harmoniosamente,
podemos transformar
nossos pensamentos e percepções
do caos à beleza.
Todos usamos a música
para nos acalmar e nos energizar,
não importa se é música dançante
em uma noite de sábado
ou um jazz suave no domingo.
"Cânone de Pachelbel" foi minha preferida
durante a adolescência angustiante.
Depois disso, descobri
que a harmonia da quinta justa
presente na música barroca
é um dos arranjos
mais curativos que existem,
pois é expansiva e constante.
Ao criar um ritmo constante
com a música barroca,
harmonizando uma única vogal,
ou com um gongo, uma tigela tibetana,
ou uma mãe cantando
uma canção de ninar para o filho,
pode-se criar um ritmo constante
que permita que a mente
se conecte, desacelere e relaxe.
Os hemisférios direito
e esquerdo do cérebro
começam a responder
a esse ritmo constante,
integrando o esquerdo, mais racional,
com o direito, mais emocional e criativo.
O subconsciente e o inconsciente
ficam alinhados.
Questões não resolvidas são liberadas,
vibramos com mais coerência
e nos tornamos muito mais poderosos.
Quando dizemos que alguém é carismático,
o que estamos sentindo
é a vibração pessoal.
Quando isso acontece, a vida
começa a fluir e os acasos aumentam.
Por quê?
Sou a favor da citação:
"Você não pode resolver problemas
usando o mesmo tipo de pensamento
que usou quando os criou".
Quando existe mais coerência e harmonia
no corpo e nos pensamentos,
podemos mudar o modo de pensar
e de perceber o mundo.
Começamos a ver o mundo
com outros olhos,
curiosos pelas oportunidades
que se apresentam.
Respondemos às situações com criatividade,
agimos como os outros talvez não agiriam
e talvez como não tenhamos agido antes.
Nesse momento, os acasos
que pareciam tão aleatórios e vagos
começam a se tornar
mais frequentes e esperados,
porque não só nos sintonizamos
em uma estação de rádio mais agradável,
mas também nos tornamos menos passivos
e mais ativos para fazer nossas escolhas,
para que possamos viver plenamente
e cada vez mais felizes.
Obrigada por me ouvirem.
(Aplausos)