Este filme é um sino do "acordar" que soa
para você despertar dentro do sonho da vida.
"Sadhana", uma antiga palavra sânscrita,
aponta para as práticas que conduzem ao Verdadeiro Despertar.
Mas aqui está o paradoxo: não há nada
para fazer, exceto se tornar consciente do que
a sua mente condicionada já está fazendo.
As operações da mente são
percebidas como vazias de um "eu" (self).
Essas operações são sensações,
percepções, reações, bem como
a parte da mente que testemunha.
"Sadhana", independentemente, da técnica
ou prática, é simplesmente fazer todos esses
processos inconscientes da mente conscientes.
Através da presença focada num único ponto e
uma profunda rendição ao que é, ela transcende
qualquer sistema espiritual único ou tradição.
Na pura essência dela, ela te convida
"soltar" tudo que você sabe,
para entrar em uma mente que "não sabe".
Imagine "soltando" a dualidade,
do bem e do mal, dessa mente avaliativa,
"soltando" as preferências,
a mesma raiz do pensamento 'eu'. Isso é
radical, uma reversão completa das
persistentes buscas orientadas para objetivos
da vida moderna.
O "você" que você pensa que é, deve fracassar,
render-se, mudar-se do banco do motorista
para o banco do passageiro.
O que emerge é a própria vida, a grande
realidade, o reino sempre aqui,
ainda que tenha sido obscurecida pelo
redemoinho caótico da mente.
Essa verdade não pode ser conhecida ou
entendida pela mente analítica, porque
a mente analítica é o filtro,
a válvula redutora que cria
a ilusão de separação.
Podemos começar com práticas,
com técnicas que interrompam
o padrão do 'você', limpando
padrões inconscientes ou "Samskaras".
Mas, finalmente, na Sadhana, você até
mesmo "solta" as práticas.
O propósito da Sadhana é revelar
os processos inconscientes da mente,
mas estas mesmas práticas, se mal entendidas,
podem se tornar parte da mente inconsciente,
se o ego se torna apegado a elas,
criando um ego espiritualizado.
O despertar não é alguma coisa a alcançar.
Ele é um reconhecimento, um despertar para
o que você tem sempre sido.
Nesse espaço de abertura, de quietude,
você cria as condições ótimas
para o despertar para sua verdadeira natureza.
Por que se envolver em Sadhana?
Por que despertar?
Nós despertamos para sermos livres do
sofrimento, para viver uma vida que é espontânea e não robótica.
Para acabar com o sonho do "eu" (self) separado e chegar ao reino que está aqui agora.
Para encontrar a verdadeira paz que não é
contingente de nada na matriz da mente.