1, 2, 3
AAAAAAAAHHHHHHH!
Olá a todos, sou BRATthony
Greeentano,
o nerd de música mais ocupado da internet.
E é hora de uma crítica
deste novo disco "Brat" de Charli xcx.
Aqui temos o 6º álbum oficial
de estúdio da cantora pop e
compositora Sra. Charli xcx.
Um dos meus álbuns mais esperados do
ano, por quê?
Bem, na última década, aos meus olhos,
Charli se tornou uma das forças
mais criativas, únicas e pioneiras
na música pop atual.
E a evolução dela tem sido interessante
de assistir, para dizer o mínimo.
Não sou fã de seus primeiros
trabalhos, na verdade, mas
hoje eles servem como um ponto
de referência interessante.
Pelo que ela está fazendo neste
disco.
As eras "True Romance" e "Sucker" de
sua carreira, trouxeram alguns dos
seus maiores sucessos e
participações até hoje, verdade,
mas sonoramente, grande parte da música que ela
estava lançando nessa época não estava
muito ousada ou mesmo profunda.
Na melhor das hipóteses, poderia
dizer que era pegajosa, da época.
Em meados da década de 2010, no entanto,
é quando a música dela
realmente começou a empurrar os limites.
Juntando-se criativamente com
compositores e produtores da
gravadora de música PC em ascensão.
Estou falando de pessoas como
Danny L Harle e EASYFUN, A.G Cook,
e a falecida SOPHIE,
que na época estavam ganhando
uma boa reputação pela
revitalização da estética pop
da era Y2k, mas com um
som hiperfuturista e nervoso.
E o nosso primeiro gosto dessa
nova direção veio na forma do
EP "Vroom Vroom" de Charli xcx em 2016.
O que alguns críticos simplesmente
não sabiam o que dizer na época,
e embora tenha sido meu EP do ano
naquele ano,
Eu ainda podia ver como ele teria
afastado muitas pessoas se elas
chegassem na música de
Charli com certas expectativas,
já que ela era uma artista pop.
Porque o tom de "Vroom Vroom" é,
em pontos, meio escuros e viscerais
e maneiro de um jeito estranho.
Brega, também, com algumas faixas variando
descontroladamente de parte a parte que,
você poderia entender o que ela estava
fazendo como uma piada ou inovação.
No entanto, as faixas deste EP
são seríssimas.
E foram um passo novo e ousado para
música pop, bem como um momento popular,
para Charli e PC Music de forma criativa.
Porque neste ponto, Charli se tornou
o canal perfeito para o que eles
estavam tentando canalizar essa
reconstrução detalhada e retro-futurista
da música pop dos anos 2000,
que desfocam as linhas entre o satírico,
e o reverente.
Enquanto isso, a química criativa
de Charli com A.G e SOPHIE
a permitiu, eu acho, a experimentar mais
e amadurecer como compositora.
Permitindo a ela a liberdade de lançar
hits loucos, bem como
hinos elegantes e poderosos.
Músicas com estruturas estranhas
ou características muito improváveis,
Muitas dessas ideias e conceitos foram
mais ou menos testados na estrada na
mixtape que ela lançou em 2017,
e então, aos meus olhos, foi
totalmente executado em seu excelente
disco "Charli" de 2019.
Agora, ao longo dos anos, como Charli
desenvolveu esse novo som,
sua escrita ofereceu mais profundidade,
tornou-se mais pessoal e íntima,
em especial seu álbum da pandemia
"How I 'm Feeling Now".
Mas acho que a escrita dela cresceu
mais conceitual, também.
Com uma apresentação elegante,
de inglesa festeira em muitas músicas
se tornou, mais ou menos, uma personagem
exagerada que ela interpreta.
Porém, de certa forma, o som reconhecível
instantaneamente de Charli e lugar único
na paisagem pop, tornou-se tanto uma
bênção e uma maldição na década de 2020.
Porque seu estilo tinha passado de
desafiador para meio que definível
com este recém-criado "hiper-pop"
termo que estava sendo colocado em todos
que soassem vagamente
como ela ou 100gecs.
E ela rapidamente passou a se despir
de muitas características "hiper"
de sua música no próximo álbum "Crash"
trabalhando com novos produtores
E embora eu não possa negar que o disco
apresenta alguns hits respeitáveis,
Eu tenho que perguntar: a que custo?
Porque "Crash", de forma muito mensurável,
tinha muito menos personalidade do que
qualquer coisa que Charli tinha lançado
nos últimos anos.
O que nos traz até hoje. O último ciclo
de álbuns de Charli, "BRAT".
Onde eu acho que ela está genuinamente
se reconectando com a trajetória que
a trouxe até este ponto e fez dela
uma artista especial.
Até EASYFUN e A.G Cook estão de volta
na área da produção,
de um monte de faixas, outras
pessoas também.
Há até referências a A.G. Cook
em algumas das letras deste disco
como se fosse um
meta-comentário.
Você pode notar que Charli está totalmente
abraçando o impacto que teve na música pop
nos últimos anos e usa isso mais
como uma força do que uma fraqueza
que ela pode ser rotulada.
E eu acho que é algo que ela pode
fazer com confiança porque
ela e A.G. Cook não estão apenas
tentando, sabe,
reviver algum tipo de tendência
hiper-pop neste LP.
Quero dizer, com certeza, o objetivo
e o foco de Charli é nos dar esta ousada
e contundente homenagem à música
pop da era dos anos 2000 com autotune
mas desta vez temos um foco
refrescante no dance-pop, no EDM,
no electropop daquela época,
hits de balada em geral.
Com uma vibe bastante agressiva,
fazendo dele digno do título “PIRRALHO"
Porque este disco é para ser
dançado.
E, às vezes, chorar.
Pois a escrita de Charli está mais
madura e atenciosa do que nunca.
Por um lado, sua persona de garota
festeira vai para um lado sombrio,
ou pelo menos se esvazia um pouco
e ela revela que é uma
espécie de máscara,
e que ela nem sempre sente como
se ela fosse digna de estar lá na festa
ou que ela e a festa estão
um pouco em desacordo.
E em "i think about it all the time"
vemos Charli refletindo sobre se ela
pode continuar sua carreira
no caminho atual ou não,
na ideia de se tornar mãe, o que ela
claramente tem interesse em algum momento.
Pulando adiante aqui, também é meio que
louco narrativamente como isso contrasta
tanto com ela voltando totalmente
para o modo de festa na faixa "365".
Claro, há notas de nostalgia
neste álbum, também, isso é muito
notável em faixas como "1999" e mais
notadamente em "Rewind",
mas essa música é mais sobre
Charli sentir falta dos aspectos antigos
de sua vida antes da fama.
Entre refrões pegajosos nesta faixa,
Ela entrega seus versos nesta maneira que
meio que parece um conflito interno,
um monólogo ou como
se fosse um diário musical.
Tem muitas faixas no disco também
que lidam com o amor.
Mas essas músicas narrativamente parecem
muito diferentes de singles anteriores
como "Good Ones", por exemplo.
Faixas onde, historicamente, Charli
pode ser vista fugindo do amor
ou sendo um pouco discreta em falar
sobre como ela está fodendo tudo.
Em vez disso, em músicas como
a realmente contagiante
cantando
"Talk talk to me!"
como, também risos
como a muito cinematográfica
cantando
"Everything is romantic"
Sim, Charli pode ser vista aceitando
amor e fazer algumas referências
ao seu noivo George.
Mas sim, entre isso e inúmeros acenos
a talvez querer ter uma vida mais normal
em algum momento, ela realmente apresenta
alguns conflitos internos interessantes
ao longo deste álbum, que também
ouvimos nas músicas que ela está
cantando sobre coisas como amizade e
dividir holofotes com outras mulheres.
Quer dizer, historicamente Charli
é muito pró-mulher,
especialmente quando se trata de apoiar
outras artistas com sua música
com colaborações, com a atenção que ela
pode compartilhar, com sua criatividade
Quero dizer, olhe até mesmo para a letra
no videoclipe de um dos grandes singles
deste álbum, "360".
Essa é a Charli que a maioria
dos fãs conhece e ama.
Nesse mesmo sentido, existem
inúmeras músicas neste disco
onde ela está não está sendo
filtrada e apenas admitindo
quanto insegura e atormentada com
o medo que ela está às vezes.
Há "Sympathy is a knife"
onde ela fala sobre ser tão
autoconsciente perto dessa
outra mulher que ela deseja
uma arma para atirar em si mesma.
Que é um contexto que alguns fãs podem
não notar enquanto estão focados
no baixo estrondoso e as batidas de
cordas fantásticas na batida da dança.
Há também "GIrl, so confusing", onde
Charli canta sobre as dificuldades
de deixar as pessoas entrarem em sua vida,
navegar a indústria da música no meio
de outras pessoas que ela pode
ter dificuldade de se conectar,
sabendo como confiar.
A música parece ser muito específica
sobre uma única pessoa que
talvez ela tenha sido comparada pelos fãs
mas ela não vê isso completamente.
No entanto, ainda há um desejo lá
em algum nível para fazer a amizade
ou a conexão funcionar.
Então a música "Von dutch" vemos Charli
ficando bastante agressiva e
combativa liricamente.
Especificamente em relação a alguém que
não parece gostar dela,
talvez até esteja falando
pelas costas.
E sua resposta a isso é, essencialmente,
esse grande hino "Fuck you".
Onde ela entrega algumas letras mordazes
sobre como essa pessoa pode realmente ser
um nada se não fosse por alguma
"dançazinha" que está fazendo.
Então, sim, existem esses intensos
picos emocionais em todo o álbum
mas a maior bomba de todas elas
tem que ser a música, "So I".
O que é obviamente uma homenagem à
falecida produtora e compositora SOHPIE
que realmente colaborou
com Charli muitas vezes,
tão consistentemente, de uma perspectiva,
eu não acho que nenhum fã de Charli
ou SOPHIE teriam presumido
qualquer coisa em sua conexão.
Além de algo como:
"Ei, elas colaboram, elas têm
grande respeito uma pela outra,
elas se amam
elas provavelmente são amigas,
Charli, SOHPIE, SOPHIE, Charli,
nomeie uma dupla mais icônica..."
Mas o que Charli diz nessa faixa aqui
na verdade conta uma história diferente
e é bastante revelador de uma forma que
é realmente muito admirável.
Porque o ângulo da música é,
sim, muito triste, obviamente,
mas não necessariamente
pinta Charli na melhor luz.
E, novamente, é dolorosamente triste e
me fez refletir sobre o tom
que homenagens na arte ou qualquer
outro meio muitas vezes leva.
Elas geralmente acabam sendo menos sobre
a pessoa homenageada
e mais sobre o amor e a
adoração de quem faz a homenagem.
"Olha como eu acho legal essa pessoa
que todos nós achamos que é ótima"
E a música de Charli aqui contém
sim elogios para a SOHPIE,
é verdade, não me entenda mal.
Mas grande parte da música é uma
admissão por parte de Charli, com ela
praticamente dizendo:
"Eu era uma amiga de merda."
"Eu que afastei essa pessoa.
Eu me arrependo."
"E agora, estou atormentada com uma
quantidade insuperável de arrependimento."
O que faz com que seja uma audição
difícil mesmo pensando instrumentalmente
e melodicamente é uma das
exibições mais fortes no disco.
Narrativa e emocionalmente existem
alguns cortes que eu acho que são
um tom um pouco mais claro, mas eles ainda
contribuem bastante na qualidade
do disco e são geralmente
divertidos e legais de ouvir.
Tem "Club classics", que
eu achei um single incrível para
o álbum. Além disso, "B2b", que é apenas
algo muito simples, direto ao ponto,
das antigas, dance pop de qualidade com
pontos bem distintos, pra frente pra trás,
narrativa do tipo "love on the rocks"
Há também "Apple", que é um pouco
muito synthpop com groove das antigas.
Sobre uma situação em que
Charli se compara a uma maçã podre,
é uma situação que ela descreve ter que
fugir de carro, de avião.
Há "Mean girls", que é um retrato
de personagem sobre exatamente isso,
com um refrão crescente e empolgante
além de uma pausa de piano matadora
de onde toda faixa é construída.
E então, no final, há
"365", que é essa
versão da música "360",
que finaliza o álbum, este
espelhado, remix como interpretação
de encerramento.
Com uma boa medida de baixo ácido
misturado lá.
Então, eu amo a maneira como
o disco termina. Amo como ele começa
e o fluxo de momento a momento
é ótimo, em geral.
É até o ponto em que certas faixas
que antes do lançamento
eu achava que estavam boas,
soam melhor sendo reforçadas
pela vibe e pela estética das
músicas de todo o álbum.
Porque, agora, como eu ouvi
toda a coisa muitas vezes,
não dá pra pular UMA música.
A produção geralmente pega pesado,
é vibrante, é colorida,
é muito visceral às vezes,
agressiva, mas,
Eu posso ver algumas pessoas intrigadas
com o fato de que o álbum não
parece tão futuristas quanto alguns
desses clássicos do "hyperpop"
dos últimos anos.
Mas, mais importante,
o que eu acho a produção faz
nesse álbum é que ela encaixa
com as músicas.
É doce quando precisa ser,
é dinâmica quando precisa ser,
é discreta ou explosiva
quando precisa ser,
e ainda há uma visão estética
muito clara e consistente focada
no álbum inteiro que gira em torno
uma certa era da música pop e dance.
Então, não estou necessariamente
desapontado por este disco não ser
tão à frente da curva como um projeto como
"Charli", por exemplo.
Especialmente considerando que copiadoras
de Charli xcx são abundantes atualmente.
O impacto que pessoas como ela, A.G.
e SOPHIE tiveram na era moderna
da música pop, não vai a lugar nenhum
tão cedo.
E é com isso que eu digo que amei
"BRAT", álbum matador,
e eu acho que esse disco prova que Charli
é, realmente, uma artista pop geracional.
É por isso que estou sentindo
um forte 9 para um 10 neste LP.
Tran-
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Anthony Fantano, Charli xcx. para sempre.