Oi, meu nome é Joseph Scamardo
e sou professor assistente de filosofia
e diretor associado do
Instituto de Assuntos Públicos
na Universidade Estadual de San Diego.
Me especializei em Filosofia
da incapacidade e bioética.
Eu também me identifico como deficiente.
Tenho uma lesão na medula espinhal,
assim como um tipo raro de nanismo,
e então
meio que sou “dois em um”.
Bem, minha primeira lembrança
de discriminação foi,
bem, é difícil dizer...
Tenho muitas lembrança em relação
a experiência de preconceito
ou intolerância,
geralmente sobre do meu nanismo,
E então, sabe,
tenho várias memórias antigas sobre isso
com crianças encarando e rindo
e coisas desse tipo, desde muito cedo.
Então tanto quanto, um tipo de
uma discriminação mais sistemática
que meio que me excluía de algo
que eu queria fazer.
Eu tive uma ótima experiência
quando criança,
principalmente porque meus pais
realmente fizeram muito
para garantir que eu fosse incluso.
Me lembro de fazer parte dos escoteiros
e lobinhos enquanto criança,
e meu pai, realmente fazendo
muitas coisas comigo
para garantir a inclusão
da minha deficiência--
Sabe, indo a viagens de acampamento comigo
e meio que agia como um
assistente pessoal,
coisas do tipo, para ter certeza
de que eu era capaz
de ir e participar,
e esse tipo de coisa.
E então a primeira experiência real
de exclusão que eu posso lembrar
aconteceu quando chegou o momento
de ir ao ensino médio.
Eu tive de frequentar escolas públicas
em minha cidade até a 8º série.
E então quando chegou o ensino médio,
eu supunha que seria a mesma coisa
um tipo de escola religiosamente orientada
que meus irmãos mais velhos foram,
fiz o vestibular e consegui
um pequena bolsa de estudos e tudo,
mas não tinha um elevador,
e eu usava uma scooter motorizada
para me locomover, e isso foi
se tornando impossível para mim
continuar na escola, porque não tinha
elevador. Agora isso foi na verdade
depois da aprovação da ADA,
mas porque era
uma escola religiosamente orientada,
ela foi isenta dos requerimentos
da ADA.
E então, eu não tive proveito com
essa lei.
Para conseguir que eles
fizessem adaptações para mim e então
eu acabei indo para uma escola pública
na minha cidade
o que na verdade, pessoalmente, eu estava
muito feliz de qualquer maneira,
porque este era o lugar para onde
todos os meus amigos estavam indo.
Mas isso meio que me deu uma dica
do fato de que...
nem tudo é acessível,
nem tudo é feito para mim e que
isto seria algo que
eu descobriria
ao longo da minha vida.
Tanto quanto me lembro, a ADA
e sua aprovação
e esse tipo de coisa,
eu era muito jovem quando ela
foi aprovada,
algumas vezes eu era citado como parte da
geração ADA, o que significa que
eu meio que praticamente cresci
com a ADA.
Eu nasci em 1982,
e então eu tinha 8 ou 9 anos de idade
quando a ADA
foi aprovada, e então eu realmente
não tenho
qualquer tipo de recordação do "Aha!".
Esse é o momento que foi aprovada.
E a lembrança de onde eu estava
naquele tempo
ou qualquer coisa como esta,
mas eu me lembro do meu pai
explicando isso
para mim, por volta do tempo do meu
início no ensino médio.
Quando eu experienciei isto com essa
escola privada católica, e você sabe,
ter esse tipo de experiência sistemática
de descriminação sistemática,
e ele explicou
que escolas públicas, e outros tipos de
lugares públicos eram acessíveis para mim
por cause da ADA e que existia
esta lei que dizia que as coisas tinham de ser
acessíveis para as pessoas
que usam cadeira de rodas, e
scooters motorizadas
como eu usava na época.
E então, isso foi meu primeiro tipo de
consciência da ADA, também minha primeira
consciência de discriminação, que é
meio que legal. Eu acho?
Porque foi legal ter
essa experiência de "okay, bem,
isto é algo que irá ser
um desafio para você,
e aqui é como você está protegido,
e aqui é como você pode fazer algo
sobre isso."
E então de um jeito, foi isto um tipo de,
meu despertar para a advocacia também.
Agora, tanto quanto a diferença que
a ADA tem feito na minha vida,
ou na vida de outros, eu penso que
isso foi, claro
uma lei inacreditavelmente importante
que tem aberto todo tipo de oportunidades
às pessoas, tudo do transporte público,
para ser capaz de locomover
sua como comunidade, a herdada decisão
é baseada na ADA, que diz que as pessoas
precisam ser -- quando elas precisam de
qualquer tipo de cuidado a longo prazo
elas precisam ser servidas em pelo ao
menos um ambiente restrito, significa que
você não pode apenas institucionalizar ou
armazenar alguém porque isso é mais
conveniente para você, você precisa ter
certeza que elas poderão de viver em
comunidade ou algum lugar que seja melhor
para elas.
O que mais a ADA fez? Apenas a habilidade
para você saber, adquirir uma educação,
a habilidade de conseguir um emprego,
todas essas coisas, para e para outros,
eram meio que causadas pela ADA e eu não
posso realmente imaginar como era
antes da ADA, honestamente.
Quero dizer, não posso adivinhar, mas
certamente estou feliz que eu não tenha
experienciado isso.
A ADA faz a diferença em uma ampla
variedade de experiências pessoais
e também um amplo tipo de questões
políticas sobre deficiência. Certo?
Então, acho que minha experiência pessoal
que mais foi impactada pela ADA
tem sido minha habilidade de viver uma
vida independente com meus dois filhos.
Eu acho que antes da ADA, teria sido
muito mais difícil fazer isso.
Sabe, criar crianças significa que
eu tenho de ir à lugares públicos lotados
e fazer coisas diferentes que eu não
seria "solicitado" para fazer, se fosse,
profissionalmente, ou apenas mais ou menos
na cotidiano, se eu não os tivesse.
Então ir ao zoológico, ou ir ao mercado
por aquele item de última hora
ou você sabe, apenas o que quer que seja,
eu acho que, você sabe--
observar as crianças, e assim por diante.
ADA meio que tornou tudo isso possível
para mim, como usuário de cadeira de rodas
e então, isso é onde fez um grande impacto
pessoal em minha vida recentemente.
Agora, penso que uma única coisa que eu
posso meio que falar, profissionalmente,
sobre a ADA e seu impacto ou falta de
impacto é provavelmente, duas:
Uma, é o modo em que meu privilégio
como fisicamente incapacitado--
existe uma incapacidade hierárquica claro,
e então incapacidade física
está geralmente no topo dessa hierarquia,
com incapacidades psiquiátricas
e incapacidade de desenvolvimento
intelectual,
são tipos mais baixos na hierarquia.
E então, como fisicamente incapaz,
cisgênero, cara branco heterossexual,
eu me tenho beneficiado muito mais da ADA
que outras muitas pessoas
que não têm tais tipos de privilégios.
Eu acho que por instancia sobre como a ADA
é projetada, realmente
Para promover o que você pensaria
como igualdade de oportunidade,
significando que todos têm uma igual
oportunidade para competir por um tipo de
vida econômica dos Estados Unidos, e
então, permitir você ingressar no
mercado de trabalho e entrar no sistema
educacional, e assim por diante,
e então competir.
Mas o que isso não faz é abordar
qualquer uma das outras vantagens
ou desvantagens que intersectam com
capacidade. Então esse tipo de coisa
que eu penso ser, o real problema,
da ADA.
Eu sou uma pessoa bem educada, tenho uma
graduação em mestrado e uma Ph.D.
e isso, não acho que estaria disponível
para mim tão facilmente como estava
se eu não tivesse todos esses outros
privilégios que eu tenho,
que a ADA não faz nada para abordar,
isso só meio que trata
todas as pessoas com deficiência como se
fossem iguais, e como se a única coisa que
elas têm de lidar é capacitismo
estrutural, e isso não é verdade, é?
Eu penso uma outra coisa sobre
deficiência que a ADA não aborda
é economia, em que, eu acho que apesar da
habilidade de competir,
muitas pessoas deficientes ainda vivem em
extrema pobreza, por causa de outra
coisa que torna impossível para elas
competir,
outra que apenas a deficiência delas.
E então, a real parte triste disso para
mim é você olhar outros sistemas
que são projetados para ajudar pessoas
deficientes conseguirem sair da pobreza,
e mesmo eles não reconhecem o jeito que
privilegiam operários nesses contextos.
Então, por instância,
o sistema de reabilitação vocacional.
Eu tenho grandemente me beneficiado do
sistema de reabilitação vocacional então
eu não quero apenas me sentar aqui e falar
somente sobre isso, certo?
O sistema de reabilitação vocacional
tem me ajudado
a conseguir uma van que pudesse dirigir,
então eu conseguiria ir e voltar do
meu local de trabalho, da escola, os quais
eram distantes, certo?
Mas a única razão pela qual eu tive
acesso a essa van foi:
A. Porque eu poderia pagar pela ´própria
van, o que pessoas deficientes normalmente
não podem fazer, especialmente se
elas ainda não estão trabalhando, e
B. Porque o conselheiro de reabilitação
VOC pensou
que eu era merecedor desse investimento,
certo?
Alguém que não teve as vantagens que eu
tive, tanto quanto o tipo de
deficiência que eu tenho, meus recursos
familiares, minha cor de pele, gênero e
todas aquelas coisas, é muito similar ao
que o conselheiro de reabilitação disse:
"Você não pode pegar um ônibus, certo?"
"Nós não iremos investir todo esse
dinheiro para ajudar
você a aprender a dirigir."
Porque eles não tinham acreditado que
eles conseguiriam um retorno financeiro,
que essa pessoa seria capaz de
conseguir um emprego que pagasse bem,
e então, só então, eu penso que isso
que é também
um grande problema que a ADA não aborda,
é esse tipo de interseccionalidade
que dá algumas vantagens para pessoas
deficientes mesmo que o sistema,
que é projetado para ajuda-las, e à outras
pessoas, claro, desvantagens, o que
é um problema real.
Agora, tanto quanto minha área de domínio,
Bioética, definitivamente existem alguns
caminhos em que a ADA tem ajudado
grandemente, e outros caminhos
em que não tem realmente agido muito.
Então, começarei com positividade, certo?
Nós vamos começar com boas notícias.
Um jeito no qual eu penso, eu posso
pontuar de jeito bem concreto em que
a ADA tem ajudado é
quando vem para o racionamento da
assistência médica, então,
o problema da assistência médica nos
Estados Unidos é um tópico muito discutido
e essa polêmica é porque há uma espécie
de falta perceptível dos recursos--
Existe mais necessidade
do que suplementos para
assistência médica.
E então, quando nós conversamos sobre
expandir a assistência médica para um
maior número de pessoas, sem também
aumentar os recursos que estão sendo
dedicados para assistência médica, então
isso será o real problema, porque algumas
pessoas não conseguirão tanto quanto elas
precisam, certo?
Você meio que terá um tipo de orçamento,
se você for.
Ou em termos de Bioética, racionamento de
assistência médica.
Agora isto provou ser um problema porque
quando foi feito em escala menor,
por instancia do estado de Oregon
depois da aprovação da ADA--
(Não tenho certeza de quando foi,
eu não sou um historiador) -- mas o estado
de Oregon expandiu os serviços deles de
assistência médica para mais pessoas,
e como eles fizeram isso, eles precisaram
ter certeza de que eles teriam um jeito
de priorizar o que foi coberto
e o que não foi coberto.
E então, como eles fizeram isto,
aparentemente isso fez com que muitas
pessoas com deficiência
fossem deixadas de usufruir do
sistema de saúde.
Que muitas coisas não foram cobertas aos
deficientes mais jovens
tanto quanto deveria ser.
E então, existiram séries de processos
que foram trazidos contra
o estado de Oregon, que basicamente
dizia que "Você não deveria descriminar
pessoas deficientes e não providenciou
um cuidado básico de assistência à saúde,
baseado na deficiência delas."
Isso você meio que poderia dizer,
"Bem, esta pessoa não irá conseguir
muito dinheiro,
eles não irão acabar sendo saudáveis de
qualquer maneira, "porque eles ainda serão
deficientes, então nós não iremos dar à
eles essa opção de tratamento."
Certo? E então essa foi uma grande
vitória da Bioética
que foi um resultado direto da ADA.
Mais recentemente,
nós tivemos uma coisa similar aparecendo
por causa da pandemia da COVID-19.
Especificamente, essas são chamadas de
"Protocolos Emergenciais de
Assistência Médica" que estão sendo desen-
volvidos para sistemas hospitalares e
estados que antecipam a maior necessidade
de leitos para cuidado intensivo e assim
por diante, que não estavam realmente
disponíveis.
E então nós precisamos de algum jeito de
encontrar quem consegue um ventilador,
quem consegue uma unidade de leito para
cuidado intensivo,
e assim por diante,
como a pandemia aumenta e continua.
E então alguns protocolos que foram
desenvolvidos
que foram muito discriminatórios contra
pessoas deficientes.
Teve um único especificamente em Alabama,
que dizia que ninguém
portador de alguma deficiência intelectual
ou com demência seria
despriorizado de conseguir esses recursos
de salvamento se contraíssem COVID-19.
E teve um no estado de Washington,
que foi realmente discriminatório a
jovens deficientes e dizia que
se você tivesse uma deficiência
que significasse que mesmo depois do
tratamento você ainda continuasse
deficiente, você estaria desprovido de
conseguir salvamento, tratamento
de suporte a vida para COVID-19.
Então houveram variedade dessas coisas
por todo os Estados Unidos
que eram realmente problemáticas e que
foram explicitamente discriminatórias
contra pessoas deficientes quando vieram
a conseguir tratamento para COVID
e então em resposta, houveram jovens de
agências de advocacia e proteção,
que são mais ou menos esse --
Disability Rights California é um deles,
e cada estado possui agencias de advocacia
e proteção que são fundadas federalmente,
escritórios de advocacia sem fins
lucrativos que protegem as pessoas e então
eles processaram esses estados e esses
sistemas hospitalares, e conseguiram que o
governo federal fornecesse diretrizes para
protocolos de tratamento que basicamente
diz que você não pode discriminar pessoas
deficientes desta maneira.
O único momento que você pode garantir
tratamento para COVID-19 é se existir
uma maneira clara na qual a deficiência
signifique que a pessoa não se
beneficiaria do tratamento, que, você sabe
que eles tem o tipo de deficiência
que tornaria isso muito, difícil para
eles sobrevivessem ao vírus
mesmo com um tipo de ventilador ou
em situação de cuidado intensivo.
E então, isso é claro, muito diferente
porque algo como precisar de
assistência como uma cadeira de rodas
ou ajuda para se vestir e tomar banho
significaria que as pessoas teriam
essas coisas de maneira racionada
sob alguns desses protocolos que não tem
nada a ver.
Então claro que isto é realmente uma
coisa boa que esses protocolos mudaram
porque existiram muitos deles que
privariam as pessoas
por razões que não tinham nada a ver, ou
elas não sobreviveriam
ao vírus com tratamento, certo?
Então mesmo que você use uma cadeira de
rodas ou precise de um assistente pessoal
para essas coisas como se vestir ou tomar
banho, independente da resposta,
você tem uma deficiência intelectual.
Essas foram as razões que foram usadas
para negar tratamento para COVID-19
às pessoas que não tem nada a ver com ser
ou não, se sobreviveriam à doença. Então,
esses esforços da advocacia que eram
baseados no American with Disabilities Act
meio que tornaram isso ilegal de se fazer,
o que é claro uma coisa realmente
importante, isso literalmente salvou vidas
de pessoas presumivelmente.
Então essa é a boa notícia tanto quanto
minha área de atuação e o jeito em que a
ADA tem impactado, mas claro que isso não
é a única história.
Existem muitas formas em que
a Bioética pode e tem sido discriminatória
para pessoas deficientes de maneira que
não são dirigidas pela a ADA e que não
podem realmente serem dirigidas pela a ADA
por causa do jeito que foram escritas e os
tipos de problemas foram projetados para
serem resolvidos. Por instancia, há muita
controvérsia sob o desenvolvimento de
diferente tecnologias reprodutivas
que são projetadas para prevenir o
nascimento de crianças deficientes.
Com deficiências intelectuais, com
síndrome de down,
com deficiências como a minha, nanismo,
com deficiências como certos tipos de
surdez de origem genética, e etc.
E então nós temos uma indústria inteira
destinada
à testes genéticos para esses tipos de
deficiências e a prevenção do
nascimento de crianças
com essas deficiências, com
abortos seletivos ou, agora,
implantação seletiva,
que é quando você testa embriões
e então pega um que você quer
para dar à luz.
E então descendo o pipeline
é CRISPR, que vai ser a tecnologia
que não seleciona um embrião em particular
mas ao invés disso, por si mesmo
modifica o embrião.
Isso meio que --
o que é algumas vezes referido
como edição de gene ou engenharia
genética.
E que não é uma realidade ainda, mas
cientistas estão certamente trabalhando
para
o uso dessa tecnologia para prevenir
a deficiência.
Agora isso é algo que, claro, faz
muitas pessoas com essas deficiências
se sentirem muito desconfortáveis
por causa da
mensagem que pode ser enviada, certo?
Isso pode enviar a mensagem de que,
"Pessoas como você não são desejadas
neste mundo." Certo? "Nós não
precisamos de mais como você."
E então, isso é meio que baseado em,
grande maioria,
na estigma sobre a deficiência,
sobre ideias
de qualidade de vida com pessoas
deficientes
que, "se você tem uma deficiência,
você deve
ser miserável, e então nós devemos
fazer de tudo
que pudermos para prevenir que mais
pessoas como você
venham à existência", e assim por
diante.
Agora, isto é um problema real porque,
claro, isso entra em conflito com
valores e muitas pessoas acreditam na
liberdade reprodutiva, sobre mulheres
sendo
capazes de fazer escolhas por elas mesma,
sobre o próprio corpo delas, e sobre
suas próprias vidas, e assim por diante.
E então, isto tem criado uma tensão entre
Bioética da deficiência e outros tipos de
grupos progressivos que estão
aguardando para
promover liberdade e justiça para todos.
E então a ADA, você sabe, não é projetada
para segurar algo como isto porque
isso não é sobre evidente descriminação
contra as pessoas, mas ao invés disso
é sobre
atitudes, sobre crenças,
sobre deficiência,
que guia decisões pessoais.
E então é realmente difícil
para abordar
isto como um problema político porque,
você sabe,
as pessoas não estarão muito
interessadas em
restringir esse tipo de decisão
que as mulheres
e suas famílias podem fazer sobre
reprodução.
Mas ao mesmo tempo, nós queremos promover
boas crenças, verdadeiras crenças, e boas
atitudes sobre a deficiência, e os meios
pelos quais isso contribui para o mundo,
em maneiras nas quais as
deficiências formam
uma diversidade que é importante que nós
não queiramos eliminar.
E então isso é, eu penso, uma tarefa
para jovens
como eu na Bioética que escrevo
sobre esses problemas, que estão tentando
fazer argumentos que são capazes
de andar nesta
linha muito tênue entre dizer,
"Tudo bem, você sabe que deficiência
é o tipo de
coisa que não é uma sentença
horrível
de miséria perpétua.", e então não
queremos fazer
essa suposição e nós não queremos basear
a tecnologia que nós desenvolvemos ou as
decisões que tomamos em suposição.
Mas ao mesmo tempo, nós não queremos
dizer a ninguém o que eles podem e
não podem fazer
com seus corpos.
Eu acho que, se eu fosse pegar uma coisa
para mudar, para tentar dar às pessoas com
deficiência mais acessibilidade,
e para remover
barreiras para uma vida de florecimento
e oportunidade para pessoas deficientes,
eu acho que eu voltaria na história
do meu nascimento,
minha história de origem, se você desejar.
Quando eu nasci, o médico que me entregou
olhou para meu corpo e ele nunca tinha
visto alguém com meu tipo de nanismo
antes, e não sabia muito sobre isso.
Então ele disse aos meus pais:
"Ele não vai fazer muito,
ele não será
capaz de andar, ele não será capaz
de falar, não será capaz de ir para
a escola," e assim por diante.
"Você deve deixar ele em uma
instituição do estado e
viver suas vidas, se esqueçam dele."
E eles não fizeram isso, obviamente.
Eles escolheram não fazer isso.
Eles me levaram para casa, me criaram
como seu filho porque eu era filho deles.
E então eu penso o quão diferente
minha vida seria se eu tivesse sido
institucionalizado no meu nascimento,
como esse
médico recomendou.
E então eu penso sobre como essas
instituições ainda existem.
Isso quando eu era --
antes que eu entrasse
em tempo integral na academia,
eu trabalhei como
advogado para uma agência de proteção
e advocacia
no estado de Texas, onde eles
tinham o que eles chamavam de
"centros de convivência
apoiados pelo estado",
o que era --
um tipo de eufemismo para
instituições do estado onde eles
deixavam
pessoas com deficiência intelectual e
vários outros tipos de deficiências
psiquiátricas.
Basicamente o tipo de lugar que o
médico recomendou aos meus pais
para me colocar. Eles ainda existem,
apesar de
anos depois. Isto não está certo.
E não é apenas esses tipos de lugares
que são realmente problemáticos.
Casas de enfermaria, existem muitas
pessoas deficientes
em casas de enfermaria.
Mesmo alguns sistemas domésticos de grupo
que são corporativos, que são
projetados para
fazer dinheiro, e não para ter
certeza de que
as pessoas que vivem lá estão na verdade
vivendo
boas vidas, certo?
Este é um problema sério quando você
pega as pessoas e você as coloca em
uma situação onde e elas não
possuem controle
sob decisões básicas de suas vidas:
O que elas comerão em suas refeições,
quando elas
acordam, quando elas vão para a cama,
como elas gastam o dinheiro delas e
o que vesti.
Quando eu estava trabalhando como
advogado indo
para as instituições no estado do Texas,
eu me lembro de participar em
uma reunião onde
foi discutido sobre os hábitos de
alimentação dos meus clientes.
O quão diferente do seu plano de suporte
comportamental
que eles tinham seu ajudante
para tentar ajudá-lo a pegar um
gole de água
entre cada porção de comida que ele pegava
durante a hora da refeição.
Eu pensei comigo mesmo,
"Que absurdo!" Ista é uma pessoa adulta
crescida que eles estão tentando micro
gerenciar
para baixo para o mais último detalhe
de sua vida
e tentando controlar tudo sobre
o que ele faz. Isso é horrível eu
não posso
imaginar viver debaixo desse tipo de
condição. Onde nem mesmo seja capaz de
comer minhas refeições em um lugar
sem ninguém
me dizendo o que fazer e como fazer.
Certo? E então você sabe eu penso que esta
falta de controle sob decisões básicas de
sua vida é um problema real para um
grande
número de pessoas deficientes,
mesmo que você
conheça 30 anos depois a aprovação da
ADA, então existe uma única coisa que eu
poderia meio que acenar uma varinha
mágica e mudar,
seria que, isso seria desenvolver
sistemas onde pessoas são verdadeiramente
apoiadas
para serem capazes de florescerem
como elas são, mas
não controladas. Certo?
Não dizer o que
fazer e quando fazer a todo
momento de suas
vidas. Onde elas podem tomar suas próprias
decisões e agenciar sob suas próprias
vidas. Eu acho isso é o que
está faltando para que um
maior número de pessoas deficientes
mesmo
depois da ADA. E o que nós
precisamos fazer
Algo sobre isso. Eu acho que existem
poucas coisas que nós podemos fazer.
Primeiro, educar a si mesmo sobre
as questões.
Certo? Educar-se a si mesmo sobre
as questões
além de somente como elas afetam você.
Certo?
Eu acho que dentro dos movimentos
de deficiência meio que existem zonas de
diferentes pessoas fazendo
coisas diferentes.
E isso é bom. Mas, penso que nós
precisamos
conversar mais uns com os outros.
Precisamos
perceber que as questões sobre
deficiência vão além
de nossa experiência limitada. Certo?
Então nós precisamos
estarmos cientes das maneiras pelas quais
a deficiência prejudica as pessoas
diferentemente. Que a experiência de
deficiência não é uma experiência,
são muitas
experiências. E então, nós precisamos
escutar
um ao outro e ouvir um do outro sobre
as maneiras pelas quais nós estamos
sofrendo e
nos machucando. Por causa, da
descriminação em relação à deficiência
porque isso parece muito diferente entre
pessoas diferentes. E então
tendo um entendimento completo mais rico
do problema, eu acho que é o
primeiro passo.
Então além desse tipo de conversa
com as pessoas
sobre estratégias que elas têm
e aprenderam umas
das outras sobre você conhecer
talvez alguma
estratégia que funciona para você conhecer
a comunidade surda
funcionaria realmente bem para a
comunidade anã e talvez nós
não teríamos conversado
um com o outro muito bem sobre diferentes
estratégias políticas para tentar
conseguir o que
nós precisamos em ordem para viver bem.
E talvez
nós devemos. Certo?
Então, educar à nós mesmos
sobre a luta dos outros, você sabe,
porque é importante saber e então
compartilhar informação e compartilhar
estratégias
de como advogar efetivamente e irmos
juntos e lutar juntos. Certo? Se você
mostrar à alguém a questão A que eles
estão tendo, então eles estarão mais
propensos a mostrar
para você a questão B que você está
tendo.
E, então construir solidariedade
em todo o
movimento mais eficazmente. Reconhecendo
os caminhos pelos quais outras opressões
se cruzam com a deficiência e mudam a
natureza da opressão para com
a deficiência. Essas
seriam recomendações sobre o que fazer.
Basicamente apenas aumentando sua
conscientização
da discriminação além de apenas sua
própria
experiência.