John Feodorov: Tenho um interesse
em usar objetos "kitsch"
e tentar criar altares espirituais.
É uma estranha disneyficação da natureza
que ocorre na sociedade ocidental,
enquanto que nas mitologias
nativas, os animais
são símbolos totémicos extremamente
poderosos, exigindo medo e respeito.
Estas contradições são muito importantes
no meu trabalho,
porquê tento misturá-las
numa espécie de mitologia híbrida.
"Floresta à noite" é feita de 12 árvores.
Cada árvore tem 12 ramos de cada lado.
E 12 é um número importante tanto
na mitologia Cristã como na Navajo.
Depois, num pequeno prato em frente
de cada cepo de árvore, há um pouco de serradura,
uma espécie de cinzas de alguém
que foi cremado.
Estou mais interessado na ambiguidade,
penso que é na ambiguidade
que residem as mentiras espirituais.
É assim que os Navajos cantam
"Old Macdonald".
Mulher: Sim, subo a colina
cavalgando no meu burro.
[cantando em Navajo]
É assim que ele saltita
para cima e para baixo.
Mulher: cante com a vovó.
[cantando em Navajo]
Feodorov: eu tenho uma criação
no Navajo tradicional,
e também como um cristão não-praticante
das Testemunhas de Jeová,
duas práticas completamente distintas.
E eu estou ali no meio, tentando
criar um sentido entre elas.
Vovó: esse é o vovô de novo
com os seus cavalos.
E a vovó com o cavalo dela, e Hillary
pronta para sair para uma festa.
Feodorov: : minha avó era uma
Mão que treme.
As pessoas iriam até ela, sua mão
começaria a tremer
e ela responderia suas dúvidas.
os "Mãos que tremem" são
como oráculos.
Vovó: é a vovó e o vovô de novo.
E aqui está você, caminhando com o vovô.
Feodorov: eu passei todas as férias
de verão na reserva com os meus avós,
até, provavelmente, meus 15 anos.
Avó: o vovô sempre ter um ar sério,
mas ele é muito brincalhão.
Feodorov: