- Pudemos ver a cela do presidente?
- Mas sim, claro.
- Meu Deus. Nem quero acreditar!
- Portanto aqui temos...o
número da porta...46664...
querendo dizer que ele foi o prisioneiro N. 466 a ser internado aqui, em 1964.
preparamos-o tal qual como estava antes.
- Acompanhem-me.
Nesta escuridão que me esconde,
Negra como grande o abismo de quina a quina
Agradeço aos deuses quer que sejam e donde
por não me terem ainda roubado a vida
Preso nas garras da minha sina
nunca temi ou rompi a chorar
Nos morticínios da minha vida
a cabeça alta mas sangrando me faz honrar
Para além deste lugar de ira e lágrimas
paira sobretudo o temor tão sombrio
anos passados de grandes lástimas
sabem, e saberão sempre, que não vacilo.
Pouco conta o portão da saida
ou aquilo que anunciem como meu castigo
Sou eu o guia do meu destino
sou eu o capitão da minha vida