exatamente a mesma
liberdade de expressão
que as pessoas estavam falando.
tomou lugar.
Olá Eliabe, conte me sobre...
Bem, além de sua vida em Cuba
e tudo
como você vê e quais problemas você tem
na cobertura que você faz para a Global Voices
na ilha?
Eu escrevo para a Global Voices desde 2010
quando o editor regional em espanhol
perguntou se eu queria colaborar
e começa a escrever
notícias muito tristes para nós:
a queda de um avião
em uma província chamada Sacti Spiritus.
A partir daquele momento
eu tentei reconstruir
as vozes do que estava sendo falado
pelos blogueiros na ilha e pessoas que tinham internet
pessoas ainda com meios limitados
e conexões lentas.
Atualmente, o principal problema que eu tenho
para fazer a cobertura com a Global Voices
é tentar dar voz à blogosfera
e espaços na internet
mas muitas vezes coisas acontecem em Cuba
e demora para chegar à internet
especialmente por causa dessa limitação da tecnologia
ou do uso da internet.
Então nós nos perguntamos durante a cúpula
se nós esperamos e perdemos uma semana
ou nós tentamos ir em frente com os eventos
com se fosse uma cobertura ao vivo,
não tendo ainda uma reflexão sobre a Mídia Social.
Esse é um debate que talvez
não afete muito os outros países
mas para nós em Cuba,
pertence ao nosso dia-a-dia.
Nós também tentamos fazer as postagens o mais compreensível possível.
Cuba é políticamente controversa
e há espaços distantes no espaço da blogosfera
opostos entre si.
Este é um desafio diário
é tentar dazer a cobertura em Cuba
Ser tão natural quanto possível
embora eu pessoalmente ache
que isso é algo difícil de alcançar
Pelo menos tentamos fazer isso o mais justo e honesto possível.
De todos os artigos que você escreveu
qual das reações você captou
para de alguma forma
agradecer os comentários
do site ou outros meios?
Bem, quase todos os artigos
geram muitos comentários polêmicos
mas nós sempre tentamos respondê-los.
A coisa mais interessante que aconteceu
é que todas as pessoas que tentam contatar-me
por e-mail
para aprender mais sobre Cuba
pelo que eu escrevo na Global Voices.
E também pelas séries que eu escrevo
sobre os cabos do Wikileaks, eu acho,
o que os cabos disseram sobre Cuba.
Isto gerou muitos comentários e réplicas
na mídia oficial.
Eles começaram a copiar as postagens
na corrente principal da mídia
para tentar analisar em 3 postagens
que eu escrevi essencialmente
sobre os tópicos
Uma análise quantitativa no começo.
Depois explicando os tópicos, as posturas
sobre os tópicos
e isto foi muito interessante
porque foi publicada
exclusivamente para a Global Voices
e rapidamente outras mídias começaram a publicá-la.
Traduções também são interessantes.
Isto não é tão emocionante e novo para mim,
ver as postagens traduzidas para o Inglês.
Mas para entrar um dia e ver as postagens
em Húngaro ou Aymara
ou idiomas não muito conhecidos no mundo
é extremamente bom porque você sabe que
pessoas de lá podem ler sobre Cuba
ou pelo menos ter a possibilidade
de ter aquelas histórias sobre Cuba.
Você toma parte na blogosfera cubana.
Como é a relação com seus pais?
Tomar parte na blogosfera cubana
é algo complicado e complexo.
A blogosfera está crescendo constantemente.
Cuba tem quase 600 blogs nos dias de hoje.
Pode não parecer muito,
mas para um país com apenas 14%
de penetração da internet, isto é muito,
porque muitas pessoas estão dedicando
seu tempo livre e conexão de seus empregos,
porque eles dificilmente têm em casa,
para contar algo sobre a realidade em Cuba.
Rápidamente estando imersa nessas dinâmicas
em 2009 quando eu criei meu blog era algo
muito solitário, não havia muitas pessoas
não muito blogueiros
e nós mal falávamos uns com os outros.
Mas em 2012 algumas encontros nacionais em pessoa
de blogueiros de Cuba
Havia ações de cidadania
como a limpeza do rio Almendares
completamente anunciada pela rede social
que reuniu pessoas de dentro e de fora de Cuba.
Houve programas de ensino de informática
relacionados com tecnologia
para pessoas com menos conhecimento.
Isto começa a ser uma grande comunidade
onde ainda é difícil ampliar o consenso
mas onde uma pessoa pode criar áreas de debate interessantes,
gerar diálogos produtivos
onde estamos aprendendo um pouco
a ser mais compreensívo,
respeitar as vozes dos outros,
entender que todo blog é uma experiência individual única
que não tem que combinar com todos.
Aquilo nos ensina a respeitar os outros,
entender os termos
ou o respeito às diferenças agradece à internet.
Em Cuba, eu acho que há apenas uma mídia do governo,
corrija-me se eu estou errada.
Nós temos a mídia oficial, que é do estado.
A mídia oficial cubana pertence ao estado.
Os trabalhadores daUnião Central de Cuba, por exemplo,
têm sua própria mídia; o Partido Comunista,
A União Comunista Jovem de Cuba também tem sua própria mídia...
Como para estudantes universitários,
eles têm a revista Alma Mater,
e quase todo setor é representado,
Embora a mais reconhecida mídia seja do estado
a relação da blogosfera com a mídia do estado
é muito interessante,
mesmo que no começo
eles não tenham sido ouvidos ou lidos
porque eles eram poucos.
Atualmente eles são bastante lidos e citados,
Bogueiros cubanos são entrevistados na imprensa
e há também muitos tópicos
que interessam os cidadãos
e eles são pegos por um jornalismo tradicional.
Eles procuram mais a fundo, investigam,
e então começa a exstir o diálogo
entre blogueiros e jornalistas tradicionais.
Eu não acho que e uma relação de grande aversão
ou descrédito aos blogueiros
pelo fato de serem blogueiro.
Se há um discrédito aos blogueiros
é por certas tendências políticas
exceto na base de documentos políticos,
para não ser um blogueiro
ou usar novas tecnologias para nos contar a realidade,
como pode acontecer em outros países
onde não ter uma graduação em jornalismo
pode invalidar o cidadão.
Eu não acho que é o caso de cuba, ainda.
Pelo menos não nesse momento.
Obrigado, Elaine