Durante todo o processo de desenvolvimento de software, a qualidade é algo que deve estar presente em todos os momentos, e, em relação aos requisitos, isso não é diferente. Podemos estabelecer a seguinte relação entre qualidade e requisitos: qualidade é estar em conformidade com os requisitos. A especificação de requisitos funcionando como um artefato base para expressar claramente os requisitos e as suas tratativas, precisa ter algumas características para poder refletir a qualidade. A primeira delas é a correção. Uma especificação é considerada correta se cada requisito é essencial para o desenvolvimento do software. Temos, também, a precisão. Uma especificação é precisa quando todos entendem os requisitos da mesma forma. Além dela, temos a completude. Uma aplicação é considerada completa se abranger todos os requisitos em relação a funcionalidade, desempenho e restrições. E não para por aí, vamos falar de consistência. Uma especificação é consistente se um requisito não entrar em conflito com outro. Já na priorização, os requisitos devem ser priorizados conforme sua importância e possibilidade de alteração. Na verificação, uma especificação deve refletir, por meio de um processo de verificação, o que foi implementado no software. Não podemos esquecer da modificação. Aqui, não devemos encontrar redundâncias na especificação, sendo possível alterá-la de modo fácil, completo e consistente. E, por fim, nós temos a rastreabilidade. Uma especificação deve permitir a localização da origem e quais são os resultados ou consequências dos requisitos. Quando não observamos as características que entregam qualidade em uma especificação de requisitos, estamos contribuindo para um sistema de baixa qualidade e esse, definitivamente, não é o caminho.