Uma epidemia da doença da beleza | Renee Engeln | TEDxUConn 2013
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0:05 - 0:07O tema de hoje é o futuro.
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0:07 - 0:09Vou falar duma epidemia crescente
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0:09 - 0:11e do que podemos fazer
para acabar com ela. -
0:11 - 0:13Mas, primeiro, vou começar pelo passado.
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0:13 - 0:18Há uns 15 anos, eu era
uma jovem licenciada, entusiasta -
0:18 - 0:20e passava muito tempo a ensinar.
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0:20 - 0:23Gostava dos meus alunos
conhecia-os muito bem. -
0:23 - 0:26Quanto mais escutava as minhas alunas,
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0:26 - 0:28mais me apercebia duma coisa preocupante.
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0:28 - 0:31Aquelas raparigas brilhantes, talentosas,
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0:31 - 0:36gastavam um tempo alarmante
a pensar e a falar -
0:36 - 0:38sobre modificarem o seu aspeto físico.
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0:38 - 0:41Queriam imenso sentir-se bonitas.
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0:41 - 0:44Ora bem, a nossa perceção da beleza
é uma coisa complicada. -
0:44 - 0:46Tem profundas raízes evolutivas.
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0:46 - 0:49Do ponto de vista científico,
a beleza não é só desejável, -
0:49 - 0:50também é rara.
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0:50 - 0:53O que me chocava não era
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0:53 - 0:55que aquelas raparigas quisessem
sentir-se bonitas -
0:55 - 0:59ou que nunca se sentissem bonitas.
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0:59 - 1:02O que me chocava era
que a sua procura da beleza -
1:02 - 1:06parecia, pelo menos por vezes,
afastar, suplantar -
1:06 - 1:09todos os outros objetivos
ou interesses que elas tinham. -
1:09 - 1:13Eram raparigas muito novas
a começar a sua vida de adultas -
1:13 - 1:15e andavam preocupadas.
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1:15 - 1:17Preocupavam-se por serem gordas demais,
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1:17 - 1:20preocupavam-se por não terem a pele clara
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1:20 - 1:24preocupavam-se porque, aos 20 anos,
já tinham algumas rugas, -
1:25 - 1:28preocupavam-se por não terem a linha
de uma modelo de fato de banho -
1:28 - 1:30ou de uma modelo de roupa interior.
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1:30 - 1:35Preocupavam-se por terem celulite,
preocupavam-se por não vestirem "small". -
1:35 - 1:38E eu preocupava-me com elas.
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1:38 - 1:41Assim, fui ter com a minha conselheira
de pós-graduação e disse: -
1:41 - 1:44"Tenho uma ideia do que vou estudar,
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1:44 - 1:46"é isto que eu vou escolher
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1:46 - 1:50"e, em especial, vou considerar
como imagens destas -
1:50 - 1:52"podem estar a afetar as mulheres".
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1:52 - 1:55Ela disse: "Hum, não, não te preocupes.
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1:55 - 1:57"Não precisas de olhar para isso,
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1:57 - 2:02"porque as mulheres inteligentes
não ligam a isso. -
2:02 - 2:06"Elas não se deixam afetar
por coisas como as imagens dos 'media'." -
2:06 - 2:09E eu disse: " Bem, isso é
uma afirmação empírica. -
2:09 - 2:10(Risos)
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2:10 - 2:14Assim, com base na investigação
que realizei desde então, -
2:14 - 2:16tenho a dizer que ela tinha alguma razão.
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2:16 - 2:20De certa forma, as mulheres sabem bem.
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2:20 - 2:22Este é um anúncio que eu uso
num dos meus estudos -
2:22 - 2:25e vou mostrar umas respostas
de participantes na investigação. -
2:26 - 2:29As mulheres sabem que as fotos
de mulheres que veem nos "media" -
2:29 - 2:33são quase sempre
anormalmente magras, -
2:33 - 2:37possivelmente até têm
problemas de alimentação. -
2:38 - 2:40Sabem que as mulheres
que veem nessas fotos -
2:40 - 2:44não são representativas
da população feminina, -
2:44 - 2:47percebem que são atípicas
em termos estatísticos. -
2:47 - 2:49Ainda por cima,
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2:49 - 2:53as mulheres têm plena consciência
de que, no mundo real, -
2:53 - 2:56ninguém, mas ninguém, tem este aspeto.
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2:57 - 2:59Felizmente, as mulheres sabem-no bem,
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2:59 - 3:01conhecem os transtornos da alimentação,
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3:01 - 3:04sabem como é ótimo o Photoshop.
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3:04 - 3:08Mas, infelizmente, isso não ajuda,
parece que não serve para nada. -
3:08 - 3:10Ter consciência disso não basta.
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3:10 - 3:13Por exemplo, uma mulher disse isto:
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3:13 - 3:16"Este corpo é exageradamente magro,
tem as costelas à mostra". -
3:16 - 3:19Achamos que sim, ela tem razão,
mas ela continua: -
3:19 - 3:21"Eu não sou tão magra.
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3:21 - 3:25"Acha que eu devia seguir programas
drásticos para emagrecer e bronzear-me -
3:25 - 3:26"pondo a minha vida em risco?
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3:26 - 3:29"Sinto que queria ser como ela,
gostava de ser modelo. -
3:29 - 3:33"Talvez que, depois de ver esta foto,
eu não queira comer". -
3:33 - 3:36Não era o que eu queria ouvir
enquanto investigadora, usando esta foto. -
3:36 - 3:39Mas bem, continuemos.
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3:39 - 3:42Isto não é uma falha
de processamento de informações, -
3:42 - 3:44não é uma falha da inteligência
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3:44 - 3:47e decididamente, não é uma falha
de não ter consciência disso. -
3:47 - 3:51Isto é a doença da beleza,
e é disso que vou falar hoje. -
3:51 - 3:53São só as mulheres
que sofrem da doença da beleza? -
3:53 - 3:55Não, também pode atingir os homens,
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3:55 - 3:58mas as mulheres são mais propensas
a detestar o seu corpo. -
3:58 - 4:02As mulheres gastam mais dinheiro
e gastam mais tempo com a beleza, -
4:02 - 4:06há um risco dez vezes maior
de anorexia e bulimia. -
4:06 - 4:10As mulheres sofrem mais comentários
sobre o seu aspeto físico -
4:10 - 4:14dos amigos, dos namorados,
por vezes de estranhos. -
4:14 - 4:18Houve mais de um milhão e meio
de cirurgias plásticas -
4:18 - 4:21nos EUA em 2012.
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4:21 - 4:24Quase 90% dessas cirurgias
foram feitas em mulheres. -
4:24 - 4:26Por isso, hoje vou falar das mulheres.
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4:26 - 4:29Quais são os sintomas
da doença da beleza? -
4:29 - 4:30Vejo a doença da beleza
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4:30 - 4:32quando estudantes a tempo inteiro,
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4:33 - 4:34— não são modelos profissionais —
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4:34 - 4:37me dizem que sabem qual a pose exata
quando alguém pega numa câmara. -
4:37 - 4:41As mulheres, onde eu ensino, têm
um truque que vou mostrar. -
4:41 - 4:43É de lado, queixo esticado, para baixo,
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4:43 - 4:46inclinada, braço delgado.
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4:46 - 4:49Segundo parece, recebemos
pontos extra para isto. -
4:50 - 4:51(Risos)
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4:51 - 4:52Não sei se perceberam.
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4:52 - 4:54Esta é uma das minhas alunas
-
4:54 - 4:57que, muito gentilmente
me deixar utilizar esta foto. -
4:57 - 5:00Estas são outras duas que estão
a caricaturar a pose -
5:00 - 5:02no baile de fim do ano.
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5:02 - 5:03É omnipresente.
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5:03 - 5:06Mas qual é o mal de querer
ter uma pose lisonjeira -
5:06 - 5:09quando tiramos uma foto?
Nenhum... -
5:09 - 5:13Mas vale a pena perguntar
como é que chegamos a um ponto -
5:13 - 5:16em que as mulheres desperdiçam
tanto tempo e energia -
5:16 - 5:19com preocupações
que costumavam pertencer apenas -
5:19 - 5:22a modelos profissionais e a atrizes.
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5:22 - 5:25Mais importante ainda,
o que é que acontece às mulheres -
5:25 - 5:29quando a sua energia se concentra
tão intensamente no seu aspeto? -
5:29 - 5:33A beleza física engloba
uma série de características -
5:33 - 5:35mas, para as mulheres, há uma
-
5:35 - 5:38que ultrapassa todas as outras
em termos de importância. -
5:39 - 5:40Sabem qual é?
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5:40 - 5:43Sim, é o peso, é o tamanho do corpo.
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5:44 - 5:47Há uma estatística que aparecia
muitas vezes nas conversas -
5:47 - 5:49sobre a obsessão das mulheres
com o tamanho do corpo. -
5:49 - 5:54Aparece num inquérito feito
pela revista Esquire, em 1994. -
5:54 - 5:57Mas atraiu muito interesse
porque, segundo parece, -
5:57 - 5:5854% das mulheres afirmaram preferir
-
5:58 - 6:01ser atropeladas por um camião
do que ser gordas. -
6:01 - 6:04Quero referir que não recorremos à Esquire
-
6:04 - 6:06para uma cuidadosa
investigação científica. -
6:06 - 6:10Mas... fico fascinada com
as reações a esta estatística. -
6:10 - 6:13Uma vez, levei-a para a aula e disse:
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6:13 - 6:16"54% das mulheres preferem
ser atropeladas por um camião -
6:16 - 6:17"em vez de serem gordas".
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6:17 - 6:20E fiquei à espera da reação de indignação.
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6:20 - 6:25Em vez de ver o horror na cara
das minhas alunas -
6:25 - 6:27ouvi uma série de perguntas:
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6:28 - 6:29"De que tamanho é o camião?"
-
6:29 - 6:30(Risos)
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6:31 - 6:33"Que tipo de camião?"
-
6:33 - 6:35"A que velocidade ele vai?"
-
6:36 - 6:37(Risos)
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6:38 - 6:41"Até que ponto iria magoar?"
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6:41 - 6:43(Risos)
-
6:43 - 6:45De certo modo, faz sentido.
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6:45 - 6:48Acho que ser atropelada
por um camião... magoa. -
6:48 - 6:51Mas há uma outra coisa
que também magoa. -
6:51 - 6:54É viver numa cultura
em que somos bombardeadas -
6:54 - 6:56com estas três mensagens,
vezes e vezes sem conta. -
6:57 - 7:00Mensagem 1:
A beleza é a coisa mais importante, -
7:00 - 7:03a coisa mais poderosa
que uma rapariga ou uma mulher pode ter. -
7:03 - 7:06Mensagem 2:
É este o aspeto da beleza. -
7:06 - 7:07Mensagem 3
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7:07 - 7:10— que, por vezes, está implícita,
ou é apenas uma dedução: -
7:10 - 7:12Tu não te pareces com isto.
-
7:12 - 7:15Não devia ser surpresa para ninguém
que, nos estudos de laboratório, -
7:15 - 7:18quando mostramos às mulheres
fotos como esta, -
7:18 - 7:20mesmo que por alguns minutos,
-
7:20 - 7:24a depressão e a vergonha aumentem,
o amor-próprio diminui, -
7:24 - 7:27a satisfação com o corpo baixe.
-
7:27 - 7:29É a doença da beleza.
-
7:29 - 7:34O nosso sentimento do que é real,
do que é possível quanto à beleza, -
7:34 - 7:38é deformado pela exposição
exagerada a estas fotos. -
7:38 - 7:40Em vez de as vermos por aquilo
que elas são, -
7:40 - 7:42o que é muitíssimo raro,
-
7:42 - 7:46começamos a vê-las
como habituais ou comuns. -
7:46 - 7:48Assim, olhamos para o mundo
-
7:48 - 7:51e vemos que homens e mulheres
estão a ficar mais gordos, -
7:51 - 7:56mas o corpo ideal das mulheres
está cada vez mais delgado -
7:56 - 7:58por isso a distância
entre o que uma mulher é -
7:58 - 8:02e aquilo que ela deseja ser
é cada vez maior. -
8:02 - 8:06Não é um fosso pequeno,
é um abismo escancarado. -
8:06 - 8:10Se olharmos para esse abismo,
veremos a doença da beleza. -
8:10 - 8:13Quando os psicólogos da evolução
olham para fotos como esta, -
8:13 - 8:17afirmam que este tipo
de beleza é como o açúcar. -
8:17 - 8:22Nos tempos atuais, consumimos
demasiado açúcar, em altas doses. -
8:22 - 8:25O nosso cérebro não sabe
o que fazer com isso. -
8:25 - 8:27Não é bom para nós,
-
8:27 - 8:30Envia-nos a mensagem que é a norma,
mesmo que não seja. -
8:30 - 8:34Deforma o nosso sentido do que é real,
de que nos faz mal. -
8:34 - 8:37Que outros sinais vejo
na nossa cultura da doença da beleza? -
8:37 - 8:40Se olharmos para novas fontes
de notícias "online" -
8:40 - 8:42— escolhemos hoje
o The Huffington Post — -
8:42 - 8:47noticiam coisas como o crime,
a política, notícias mundiais e educação -
8:47 - 8:51e, depois, como devem saber,
também noticiam coisas importantes, -
8:51 - 8:55como o aspeto de mulheres famosas,
o que elas estão a usar, -
8:55 - 8:58se ganharam peso,
como perderam peso. -
8:58 - 9:01Estas são todas do mesmo dia
do The Huffington Post, -
9:01 - 9:04duas delas estavam na primeira página,
quando eu fiz a impressão do ecrã. -
9:05 - 9:07A doença da beleza é o que acontece
-
9:07 - 9:12quando as mulheres passam tempo demais
preocupadas, não com os estudos, -
9:12 - 9:15com os objetivos de carreira,
com a família ou as suas relações, -
9:15 - 9:18não com o estado da economia,
o estado do ambiente, -
9:18 - 9:19com o estado do mundo,
-
9:19 - 9:23porque estão demasiado ocupadas
com o seu objetivo de perder peso, -
9:23 - 9:26com o seu regime de cuidados da pele,
com o estado dos seus braços, -
9:26 - 9:29com o estado dos abdominais,
o estado das coxas. -
9:29 - 9:31Como é que chegámos aqui?
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9:31 - 9:35Segundo um conjunto de ideias
chamado teoria de objetificação, -
9:35 - 9:36é assim que as coisas funcionam.
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9:36 - 9:38As mulheres vivem num mundo
que lhes ensina -
9:38 - 9:42que a sua principal moeda de troca
é o seu aspeto. -
9:42 - 9:44Não podemos fugir a isso.
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9:44 - 9:47Vamos pela rua abaixo e as pessoas
comentam o nosso aspeto, -
9:47 - 9:50a publicidade ensina-nos
a sermos mais belas, -
9:50 - 9:52os programas de televisão,
até mesmo os noticiários, -
9:52 - 9:56ridicularizam as mulheres que não
obedecem aos padrões de beleza em vigor. -
9:56 - 10:00O nosso aspeto é observado
tão cronicamente pelas outras pessoas -
10:00 - 10:03que, com o tempo,
interiorizamos essa perspetiva, -
10:03 - 10:06passamos a ser observadoras
de nós mesmas. -
10:06 - 10:09Em vez de passearmos,
de observarmos o mundo, -
10:10 - 10:14passamos o tempo todo a imaginar
como o mundo nos vê. -
10:14 - 10:17O meu cabelo estará bem?
Tenho a testa a brilhar? -
10:17 - 10:20Estou bem direita?
Estou a encolher o estômago? -
10:20 - 10:23Estou a ter o sorriso correto?
Estes "jeans" fazem-me gorda? -
10:23 - 10:26Tenho algum pneu?
Tenho os braços magrizelas? -
10:26 - 10:27Tenho bom aspeto?
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10:27 - 10:30Não é? Interiorizamos esta noção
-
10:30 - 10:33de que o nosso corpo está sempre
em exibição para as outras pessoas, -
10:33 - 10:37sempre a ser avaliado, por isso
é melhor também tê-lo debaixo de olho. -
10:38 - 10:43Os psicólogos já nos disseram há muito
que temos recursos cognitivos finitos. -
10:43 - 10:46Por isso, apesar dos protestos
das minhas alunas, -
10:47 - 10:52eu defendo que não podemos
estar no Facebook e dar atenção à aula -
10:52 - 10:54ao mesmo tempo.
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10:55 - 10:59Também não podemos estar sempre
a vigiar o aspeto do corpo -
10:59 - 11:01e estar com atenção ao mundo.
-
11:01 - 11:04É a pior consequência
da doença da beleza. -
11:04 - 11:07Quando temos a doença da beleza,
não prestamos atenção ao mundo -
11:07 - 11:10porque, entre nós e o mundo,
há um espelho. -
11:11 - 11:14É um espelho que viaja
connosco para toda a parte. -
11:14 - 11:16Não há hipótese de o largar.
-
11:17 - 11:20É a doença da beleza que leva
as mulheres a objetificar-se, -
11:20 - 11:24que faz com que as rapariguinhas
queiram vir a ser objetos sexuais. -
11:24 - 11:28Eu falei num painel, no outono passado,
sobre as imagens dos "media" -
11:28 - 11:31e uma rapariga no público
fez-me uma pergunta: -
11:32 - 11:34"Isso não é poder?"
-
11:34 - 11:38Estão a ver? Se as mulheres
podem obter coisas valiosas -
11:38 - 11:40com esta cultura de serem bonitas,
-
11:40 - 11:43não deverão adotá-la
como uma forma ou um poder -
11:43 - 11:46que só está disponível às mulheres?
-
11:46 - 11:49Eu percebo muito bem
o que ela estava a dizer. -
11:49 - 11:55Mas que tipo de poder real é tão efémero,
-
11:55 - 11:59que tipo de poder expira
quando temos 30 ou 40 anos, -
11:59 - 12:01se tivermos sorte
ou formos uma celebridade? -
12:01 - 12:04Que tipo de poder
está inversamente correlacionado -
12:04 - 12:07com o auge da sabedoria
e da experiência de vida? -
12:08 - 12:13Quero reafirmar aqui
que não há nada de mal com a beleza. -
12:13 - 12:17O nosso cérebro é muito sensível à beleza.
-
12:17 - 12:20Conhecemo-la quando a vemos,
processamo-la em milissegundos. -
12:20 - 12:24Este desejo de ser bela,
o desejo de ser desejada, -
12:24 - 12:27não é uma coisa que possamos
afastar totalmente do cérebro. -
12:28 - 12:30O problema não é querer ser bela.
-
12:30 - 12:35O problema é quando todas as raparigas
e mulheres querem sê-lo. -
12:35 - 12:38Eu gostava que as raparigas
e as mulheres fossem assim. -
12:39 - 12:42Eu gostava que elas
fossem muito mais do que "sexy". -
12:44 - 12:47Como é que podemos mudar
a maré contra a doença da beleza? -
12:47 - 12:49Estas são algumas ideias.
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12:49 - 12:53Primeiro: invistam menos na beleza.
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12:53 - 12:56Em vez disso, invistam
em coisas que durem, -
12:56 - 13:00em coisas com que não tenham de lutar
para manter na meia idade e na velhice. -
13:01 - 13:03Se os programas da televisão
como este -
13:03 - 13:06vos deixam a pensar mais
no vosso aspeto do que noutra coisa, -
13:06 - 13:08deixem de os ver.
-
13:08 - 13:12Se houver revistas que vos deixem
obcecadas com um corpo ideal -
13:12 - 13:16que a maioria das mulheres
nunca conseguirá ter, -
13:16 - 13:18deixem de as ler.
-
13:19 - 13:23Tentem não pensar no vosso corpo
como um conjunto de partes -
13:23 - 13:25para as outras pessoas verem.
-
13:25 - 13:28Pensem no vosso corpo
como um todo, -
13:28 - 13:31como um instrumento para explorar o mundo.
-
13:32 - 13:35Deixem de se preocupar
com o tamanho das coxas, -
13:35 - 13:37e pensem na força das vossas coxas,
-
13:37 - 13:38porque as vossas pernas
-
13:39 - 13:42são as pernas com que vocês
andam pelo mundo. -
13:42 - 13:46Deixem de falar dos vossos antebraços
como se eles estivessem "doentes". -
13:46 - 13:50São os braços que alcançam e vos entregam
-
13:50 - 13:52as coisas de que vocês gostam.
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13:53 - 13:56Como este anúncio contra a anorexia diz:
-
13:56 - 13:59"Não deixem que as pessoas
vos transformem num esboço. -
13:59 - 14:02"Vocês podem ser mais do que isto ou isto.
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14:03 - 14:06Porque o vosso corpo
não serve para ser olhado, -
14:06 - 14:07serve para fazer coisas.
-
14:08 - 14:10Outra coisa que podem considerar,
-
14:10 - 14:14tal como algumas pessoas gostam de limitar
o tempo de ecrã aos seus filhos, -
14:14 - 14:17é limitar o vosso tempo ao espelho.
-
14:17 - 14:20Como as palestras de hoje
são sobre o futuro, -
14:20 - 14:23esta é uma forma direta
de causar impacto no futuro. -
14:23 - 14:25no que se refere à doença da beleza.
-
14:25 - 14:29Podem deixar de dizer
às rapariguinhas que elas são bonitas. -
14:29 - 14:32Mas atenção
-
14:32 - 14:34não lhes digam que são feias!
-
14:34 - 14:36(Risos)
-
14:36 - 14:38Também não façam isso.
-
14:38 - 14:43Mas, sempre que sentirem vontade
de comentar o aspeto duma miúda, -
14:43 - 14:49pensem em comentar uma
das suas muitas outras qualidades. -
14:49 - 14:52Precisam de ajuda?
Estas são algumas ideias. -
14:52 - 14:56Considerem reparar quando ela é esperta
ou trabalhadora, ou generosa -
14:56 - 14:59ou persistente ou corajosa.
-
14:59 - 15:03Quando o fizerem,
estarão a corroer o sistema -
15:03 - 15:04que ensina as raparigas
-
15:04 - 15:08que a melhor aposta para o estatuto social
é perseguir a beleza. -
15:09 - 15:12Tentem educar as vossas filhas
para que vejam o seu aspeto -
15:12 - 15:13como uma nota menor
-
15:13 - 15:16em relação ao seu carácter
e ao seu trabalho esforçado. -
15:16 - 15:19Podem mudar este tipo de conversa.
-
15:19 - 15:22Nunca viveremos num mundo
em que a beleza não conte. -
15:22 - 15:25O nosso cérebro não está feito desse modo.
-
15:25 - 15:29Mas podemos viver num mundo
em que a beleza não conte tanto -
15:29 - 15:32e aquele tipo de características
seja mais importante. -
15:32 - 15:35Com efeito, pequenas mudanças
na forma como pensamos, -
15:36 - 15:39e na forma como andamos, na forma
como interagimos uns com os outros, -
15:39 - 15:42podem abrir o caminho
para um futuro muito mais belo. -
15:43 - 15:44Obrigada,
-
15:44 - 15:46(Aplausos)
- Title:
- Uma epidemia da doença da beleza | Renee Engeln | TEDxUConn 2013
- Description:
-
Renee Engeln tenta captar a atenção para a obsessão das mulheres com a beleza como uma doença. Sugere algumas formas em que se pode alterar esta situação.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 15:47
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Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for An epidemic of beauty sickness: Renee Engeln at TEDxUConn | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for An epidemic of beauty sickness: Renee Engeln at TEDxUConn | |
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Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for An epidemic of beauty sickness: Renee Engeln at TEDxUConn | |
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Mafalda Ferreira edited Portuguese subtitles for An epidemic of beauty sickness: Renee Engeln at TEDxUConn | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for An epidemic of beauty sickness: Renee Engeln at TEDxUConn | |
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