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A radiação é perigosa? - Matt Anticole

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    Quando ouvimos a palavra radiação,
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    tendemos a imaginar grandes explosões
    e mutações assustadoras,
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    Isto é só uma parte da história,
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    A radiação também está
    presente nos arcos-íris
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    e em um exame de raio X.
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    Então, o que é realmente a radiação
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    e o quanto devemos nos preocupar
    com os seus efeitos?
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    A resposta passa pela compreensão
    de que a palavra radiação
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    descreve dois fenômenos científicos
    que são muito diferentes:
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    a radiação eletromagnética
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    e a radiação nuclear.
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    A radiação eletromagnética é energia pura
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    sob a forma de ondas elétricas
    e magnéticas que interagem
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    e se deslocam pelo espaço.
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    Quanto maior for a frequência
    de vibração, maior será a energia.
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    Numa ponta do espectro
    eletromagnético, de baixa energia,
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    há ondas de rádio,
    infravermelho e luz visível.
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    Na outra, de mais alta energia, estão
    o ultravioleta, o raio X e os raios gama.
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    A organização da sociedade moderna depende
    do envio e da detecção dessas radiações.
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    Podemos baixar um e-mail
    para o celular, via ondas de rádio,
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    e abrir uma imagem de raio X,
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    que é perceptível graças à emissão
    de luz visível pela tela.
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    A radiação nuclear, por outro lado,
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    tem origem no núcleo atômico,
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    onde os prótons se repelem mutuamente,
    devido às suas cargas positivas.
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    Um fenômeno denominado
    de força nuclear forte
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    age no sentido de superar esta repulsão
    e manter a integridade do núcleo.
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    Contudo, certas combinações
    de prótons e nêutrons,
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    conhecidas como isótopos,
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    são instáveis, ou radiativas
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    e emitem matéria
    e/ou energia, ao acaso,
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    a chamada radiação nuclear,
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    para se tornar mais estável.
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    A radiação nuclear é encontrada
    em fontes naturais, como o radônio,
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    um gás que emana do solo.
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    Também fazemos o beneficiamento
    de minérios radiativos naturais
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    e obtemos combustível
    para usinas nucleares.
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    Até as bananas contêm traços
    de um isótopo radiativo do potássio.
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    Mas se vivemos em um mundo
    cheio de radiação,
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    como podemos escapar
    de seus efeitos perigosos?
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    Para início de conversa,
    nem toda radiação é prejudicial.
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    A radiação torna-se perigosa
    quando arranca elétrons de átomos
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    ao colidir com eles,
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    um processo que pode danificar o DNA.
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    É o que chamamos de radiação ionizante
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    porque um átomo que perde
    ou ganha elétrons chama-se íon.
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    Toda radiação nuclear é ionizante,
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    e apenas as radiações eletromagnéticas
    de alta energia são ionizantes,
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    Isto inclui os raios gama, raios X
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    e o extremo do ultravioleta,
    de alta energia.
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    Este é o motivo que, por precaução,
    ao fazer um raio X,
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    os médicos protegem as partes do corpo
    que não precisam ser examinadas,
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    e quem vai à praia usa um protetor solar.
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    Os celulares e microondas trabalham
    com o extremo de mais baixa energia
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    e, assim, seu uso não oferece riscos
    de radiação ionizante.
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    A maior ameaça à saúde ocorre
    quando muita radiação ionizante
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    nos atinge num pequeno intervalo de tempo,
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    conhecida como exposição aguda.
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    Exposições agudas superam a capacidade
    natural do corpo de reparar os danos.
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    Isto pode provocar câncer,
    disfunção celular,
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    e, potencialmente, até a morte.
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    Felizmente, são raras
    as exposições agudas
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    e somos expostos diariamente
    a níveis baixos de radiação ionizante
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    tanto de fontes naturais como artificiais.
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    Os cientistas têm dificuldade
    para quantificar os riscos.
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    O corpo repara danos causados por pequenas
    quantidades de radiação ionizante
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    e quando não consegue,
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    as consequências podem se manifestar
    depois de uma década ou mais.
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    Um modo dos cientistas medirem
    a exposição à radiação ionizante
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    é por meio de uma unidade
    chamada Sievert.
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    Uma exposição aguda de um Sievert
    pode provocar náuseas dentro de horas
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    e a de quatro Sieverts pode ser fatal.
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    Contudo, nossa exposição diária normal
    é muito menor do que isto.
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    Uma pessoa recebe, em média,
    6,2 miliSieverts de radiação
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    de todas as fontes, por ano,
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    cerca de 33% deste valor
    devido ao radônio.
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    Para receber cinco microSieverts,
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    cada pessoa teria que fazer
    mais de 1,2 mil raios X odontológicos
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    para atingir aquela dosagem anual.
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    Lembra da banana?
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    Se pudéssemos absorver
    toda a radiação da banana,
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    deveríamos consumir 170 bananas por dia
    para alcançar a dosagem anual.
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    Vivemos num mundo de radiação.
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    Entretanto, a maior parte dela
    é radiação não ionizante.
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    Ao resto, que é ionizante,
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    nossa exposição é normalmente pequena
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    e providências como testar o teor
    de radônio em sua casa
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    e usar protetor solar,
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    podem diminuir os riscos à saúde.
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    Marie Curie, uma das pioneiras
    em pesquisa sobre radiação,
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    resumiu o desafio assim:
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    “Nada na vida deve ser temido,
    apenas deve ser entendido.
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    Agora é o tempo de entender mais,
    de modo que possamos temer menos.”
Title:
A radiação é perigosa? - Matt Anticole
Speaker:
Matt Anticole
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/is-radiation-dangerous-matt-anticole

Quando ouvimos a palavra radiação, tendemos a imaginar enormes explosões e mutações assustadoras. Mas esta é uma visão parcial do problema. A radiação também está presente nos arcos-íris ou em um exame de raios X. Então, o que é realmente a radiação e o quanto devemos nos preocupar sobre seus efeitos? Matt Anticole descreve os diferentes tipos de radiação.

Lição de Matt Anticole, animação de Tinmouse Animation Studio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:21

Portuguese, Brazilian subtitles

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