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Os trabalhos com indicadores
de desempenho,
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começam com uma análise de gap.
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O que é análise de gap?
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É a definição de onde estamos,
para onde vamos
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e o entendimento da diferença
ou da distância entre as duas coisas.
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Os indicadores de desempenho
vão permitir que você entenda
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a sua performance atual.
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Falando de uma empresa,
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quão rápido a gente atende
os nossos clientes
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em uma central de atendimento?
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Quão rápida a minha gestão
de produção, ou melhor dizendo,
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a minha produção de equipamentos
dentro de uma indústria de manufatura,
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por exemplo, de computadores?
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Quão eficiente é em termos
de qualidade
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essa manufatura de computadores?
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Qual o percentual de computadores
que saem com defeito
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e qual o percentual de computadores
que saem corretos
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da linha de produção,
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que não exigem um retrofit,
uma re-manufatura?
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Então é importante que você utilize
os indicadores de desempenho
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para tirar essa fotografia
do cenário atual.
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Como é que você está
em termos de desempenho?
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Falando da área de tecnologia,
alguns indicadores para TI.
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Como é que nós estamos em termos
de atendimento de suporte técnico
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para o nosso usuário final?
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Quanto tempo ele está aguardando
por uma resposta nossa,
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um primeiro contato?
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Quanto tempo ele está aguardando
para solucionarmos o problema dele?
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Na parte de desenvolvimento
de software,
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quantos componentes de software
eu desenvolvo
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com qualidade confirmada, sem bugs?
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Quantas horas eu gasto
corrigindo bugs de versão?
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São todos os indicadores
de um cenário atual
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da minha organização,
da minha área de TI.
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Feito isso,
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eu preciso tratar
de desenhar um objetivo futuro.
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Esse objetivo futuro vai ser traduzido
em mesmos indicadores,
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só que com valores
de expectativas diferentes.
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Dando um exemplo para você,
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eu tenho lá o meu atendimento
de suporte,
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que tem um tempo
de resposta para o usuário,
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um primeiro contato,
uma ligação dizendo,
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olha, recebi seu chamado,
já estou fazendo o seu atendimento.
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Imagine que esse tempo
esteja levando hoje uma hora.
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E aí você define como cenário futuro,
expectativa futura,
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que isso caia para 15 minutos.
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Pronto,
você traçou um cenário atual,
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que a gente chama de as-is,
e traçou um cenário to-be,
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aquilo que você quer ser no futuro.
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Para te explicar um pouco mais sobre
como funciona essa análise de gap
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e desenho de cenários as-is e to-be,
eu preparei um material
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que você vai conferir agora comigo.
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Eu tenho aqui a definição
de um cenário atual,
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voltado para a questão de faturamento
de uma empresa qualquer.
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Imagina que essa empresa
hipotética minha,
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ela tem um faturamento anual bruto
de R$ 100 mil,
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ela tem um número de vendas
de produtos de 50 mil,
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então ela vende aqui 50 mil
unidades de produtos no ano,
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e a gente tem aqui um ticket médio,
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que é o valor médio da venda, de R$ 1.200 por venda.
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Essa aqui é a moda, ou seja, é o valor que mais acontece, tá?
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Só que o que eu pretendo para futuro?
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Trazei dois cenários.
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Um primeiro, que é um cenário que eu estou chamando aqui de worst
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case, ou seja, o pior caso, e um cenário de baixo, aqui onde eu
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tenho o best case, que é o melhor cenário.
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No cenário de cima, nós definimos aqui alguns objetivos que são
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aumentar o faturamento para R$ 120 mil ao ano, aumentar o número de
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vendas de produtos para R$ 55 mil, e crescer o valor do ticket
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médio de vendas para R$ 2 mil.
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Veja então que eu tenho uma distância aqui de R$ 100 para R
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$ 120, R$ 50 para R$ 55, e R$ 1.200
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para R$ 2 mil, nos indicadores.
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Já no cenário futuro melhor, ou seja, o melhor cenário de negócio, eu
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poderia estar crescendo até R$ 140 mil o faturamento, 63 mil unidades
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vendidas por ano, e o ticket médio no valor de R$ 2.200.
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Você já percebe que é importante que você desenhe sempre mais de um
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cenário possível, até porque alcançar esses cenários vai demandar
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alguns investimentos por parte da empresa, investimento de tempo da
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pessoa ou das pessoas envolvidas, comprar ferramentas, desenvolver
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novos processos de trabalho, gastos financeiros envolvidos com isso.
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Se você desenha um cenário só, você obriga a empresa a uma única
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decisão, e a um único empenho de gasto.
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Se você cria alternativas, você deixa que o negócio decida para ele
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qual é o melhor custo-benefício dentro das soluções que você
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imaginou.
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Contando uma história para você bem interessante da minha vida.
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Numa reunião certa vez com o dono de uma farmacêutica, eu estava
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propondo um projeto para ele, desenhei um cenário futuro para ele, de
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um novo projeto de telecomunicações, enfim, para a empresa dele, e
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fiz as análises de cenário atual e cenário futuro e apresentei para
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ele.
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Fiz um trabalho tão minucioso e tão detalhado que eu próprio cheguei
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à conclusão de qual era o melhor cenário que ele poderia ir naquele
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momento.
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Com todos os dados que eu consegui coletar da parte financeira dele,
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das previsões de investimento futuro dele no próprio negócio, eu
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linquei, eu associei diversas perspectivas relacionadas à evolução do
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negócio dele com o projeto que eu queria fazer.
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Fiz uma defesa tão forte que depois de aproximadamente duas horas e
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meia apresentando o meu projeto em todos os detalhes, inclusive
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financeiros, o dono da farmacêutica me interrompeu e falou assim,
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Renato, por favor, saia da minha sala.
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Eu me assustei.
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Falei, como assim?
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Qual é o problema da minha proposta?
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E ele falou para mim, o problema da sua proposta é que você me
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trouxe só uma alternativa de decisão.
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Então a única decisão que eu posso tomar com você é aceitar o cenário
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que você está me trazendo ou não ter nada.
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Não aceitar nada, ou seja, não fazer nada e ficar onde eu estou hoje.
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E as duas alternativas me incomodam.
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Eu queria ter opções para decidir.
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Olha que interessante.
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Então é sempre importante que você, na proposta de qualquer projeto,
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leve alternativas e faça com que aquele que está pagando,
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patrocinando o teu projeto, co-participe da decisão.
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Por isso eu estou te mostrando aqui duas alternativas de cenário.
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Agora, e para chegar nesses cenários, como fazemos?
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Isso também tem que ser apresentado para os tomadores de decisão.
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Vamos dar uma olhadinha aqui na apresentação que eu preparei.
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Voltando à apresentação, para chegar em cada um dos cenários,
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partindo do cenário atual, eu tenho que implementar algumas ações.
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Então para chegar no cenário futuro pior caso, ou seja, a alternativa
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em que eu cresço menos, eu preciso aqui desenvolver um novo sistema
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de crediário, ou seja, oferecer uma alternativa de pagamento para as
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compras diferente do que os clientes têm hoje.
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Eles não têm um crediário, eu vou criar um cartão de crédito próprio,
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uma linha de crédito própria para patrocinar as vendas para os meus
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clientes e assim eu conseguir com a área financeira e junto com a
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área comercial desenhar um cenário de crescimento futuro que chegou
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ali no meu cenário pior cenário.
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Na parte de baixo eu tenho outras ações.
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O desenvolvimento do mesmo sistema de cartão de crediário, porém
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agora eu tenho que desenvolver também um sistema de pontuação e
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premiação por fidelidade.
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Com esse incentivo do sistema de premiação, junto com a área
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comercial e a área financeira, nós conseguimos desenhar uma
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perspectiva de crescimento que é essa que aparece no cenário melhor,
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no nosso best case.
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Feito isso, você agora pode abrir o debate dentro da sua empresa para
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escolher então a melhor alternativa futura para ela.
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E com base na sua escolha, dali para frente, aqueles indicadores do
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cenário futuro passam a ser os seus objetivos.
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