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Core i7, ARM, Zion, x86,
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tantos nomes diferentes
para processadores
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e chegou a hora de entendermos
porque existem tantos nomes assim
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e, afinal de contas,
de que assunto estamos falando?
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Nós já sabemos que os processador
são o cérebro do computador, ou seja,
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aquele maestro que é capaz
de processar os dados
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e transformar
as entradas em saídas,
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mas tem um detalhe que impacta
a fabricação desses componentes.
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Quando uma empresa
decide fabricar um novo processador,
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ela precisa definir
qual é a arquitetura dele.
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E quando estamos falando
de arquitetura, estamos falando
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em como esse processador
vai se conectar
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aos outros componentes
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e também como vamos
dar instruções,
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como nós vamos dar ordens
para ele fazer
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o que precisa ser feito.
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E quando o assunto é esse,
existem dois nomes de arquitetura
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que estão na cabeça
de todo mundo
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que inicia a jornada
no mundo da tecnologia.
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Eu estou falando das arquiteturas
RISC e CISC
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e é sobre elas que eu quero
explorar um pouquinho agora.
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RISC, na verdade, é uma sigla
que significa
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Reduced Instruction
Set Computer
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ou se ligarmos a tecla SAP
e traduzir isso,
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é um computador com um
conjunto de instruções reduzidas
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e esse tipo de arquitetura
é muito comum,
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mas ao invés de eu ficar te contando
um monte de teorias aqui,
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eu quero trazer um exemplo
lúdico para entendermos
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o que representa esse
tipo de computador.
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Esse é um exemplo
puramente lúdico
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e, aqui do meu lado esquerdo,
eu tenho um processador
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que eu estou dizendo que
tem a arquitetura RISC.
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Imagina que nós queremos fazer
esse cálculo matemático aqui,
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então, nós queremos pegar um número
da memória RAM do computador,
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somar 4 , multiplicar
por um outro número
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que está em um dos registradores
desse processador e somar 1.
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Eu sei que esse cálculo não faz
nenhum sentido, ainda,
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que é um cálculo
totalmente hipotético,
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mas vamos partir dele
para entender
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como esses processadores
funcionam.
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Se eu estiver falando de um
processador com a arquitetura RISC,
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eu preciso trabalhar com
uma instrução de cada vez.
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Afinal de contas, ele tem um conjunto
reduzido de instruções.
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Isso quer dizer que primeiro
eu vou fazer a multiplicação:
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4 vezes o que está
nesse registrador aqui
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e vou guardar o resultado.
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Depois, eu preciso
fazer a adição:
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o que estava
no endereço da memória
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mais o que eu
acabei de calcular
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e, só então, eu vou conseguir
fazer a minha soma final.
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O que eu acabei de guardar,
mais 1.
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Claro que isso aqui
é só um exemplo,
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mas já dá para entendermos
o que é um processador
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com um conjunto reduzido
de instruções representa.
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Aqui, eu não tenho
instruções complexas,
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eu preciso passar cada uma
das operações separadamente
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e ir guardando os resultados até
chegar naquilo que eu queria por final.
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Mas agora, se eu estiver
trabalhando
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com o processador
na arquitetura CISC,
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que também
é uma sigla e significa
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Complex Instruction
Set Computer,
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ou seja, computador que tem
um conjunto complexo de instruções,
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eu vou ganhar
algumas vantagens
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porque esse tipo de arquitetura
suporta mais instruções,
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inclusive instruções
de tamanho variável.
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Então, se eu for
fazer aquele
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mesmo cálculo que
está aqui em cima
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na arquitetura CISC,
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ao invés de eu ter
todas essas etapas,
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eu teria, simplesmente,
uma etapa dizendo:
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"Processador, faça esse
cálculo aqui para mim".
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Agora, por favor,
respira fundo,
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porque eu não quero que
você fique com a impressão
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de que o CISC
é melhor do que o RISC
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ou que o RISC
é melhor do que o CISC.
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Essas duas arquiteturas
diferentes foram pensadas
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para resolver problemas muito
diferentes um do outro
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e você deve estar pensando
que lá no caso do RISC,
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onde eu tenho aquelas
instruções reduzidas
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e preciso passar tudo por etapas
só existem desvantagens,
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mas isso não podia estar
mais longe da verdade.
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Na verdade, o RISC,
por ter menos instruções,
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pode sim gerar códigos
muito mais complexos.
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Só que ele tem uma
eficiência energética
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muito melhor
e não é à toa.
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Os processadores do tipo ARM,
que estão em boa parte dos celulares,
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utilizam essa arquitetura
para funcionar.
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É por isso que eles estão em
dispositivos que têm uma bateria
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e não os que estão
conectados na tomada.
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Por outro lado, o CISC,
tem uma grande vantagem:
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apesar dele perder bastante
em eficiência energética,
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ele pode gerar códigos
muito mais simples,
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o que facilita a vida de
quem não é um computador
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e está do outro lado.
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E é por isso mesmo que um
processador como um Core i7
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utiliza esse tipo de arquitetura
para funcionar.
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Afinal de contas, via de regra,
temos uma garantia
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de que esse computador
vai estar lá plugado na tomada.
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E existem muitas outras
arquiteturas disponíveis,
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cada uma para uma aplicação,
não é só o RISC e o CISC,
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mas essas arquiteturas são tão
importantes que a Apple, em 2020,
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decidiu lançar a sua própria
linha de processadores.
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Eles pararam de utilizar processadores
de outros fornecedores
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e lançaram os processadores
Apple Silicon.
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E o que vai te surpreender
é que esses processadores
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utilizam a arquitetura ARM,
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justamente baseada
no nosso querido RISC.
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Não é a toa que uma das grandes
marcas dos primeiros MacBooks,
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que utilizavam
os processadores M1,
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era que eles conseguiam fazer
muito utilizando pouca energia.
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E também não é a toa que quando
esses notebooks foram lançados
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pela Apple no mercado,
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alguns programas demoraram
para ser migrados.
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Afinal de contas,
uma arquitetura diferente
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também implica
em softwares diferentes
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para lidarem com aquele
componente específico.
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Por isso, conheça o máximo
de arquiteturas possível
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e entenda para que
elas servem.
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Assim, você vai ser
capaz de criar
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soluções muito
mais inteligentes,
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tendo em mente o equipamento
que você tem em mãos.