Biscayne: Os recifes de coral e as Keys da Flórida (Episódio Completo) | Parques Nacionais da América | National Geographic
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0:03 - 0:07A costa da Flórida é o palco
de um dos maiores encontros de animais -
0:09 - 0:11nos Estados Unidos.
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0:14 - 0:16Milhões de tainhas
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0:20 - 0:23deslocam-se para sul,
passando por Miami Beach, -
0:24 - 0:27dirigindo-se a um parque nacional
muito especial. -
0:31 - 0:34Uma viagem repleta de perigos.
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0:44 - 0:50A tainha tem de percorrer 16 quilómetros
até chegar ao Parque Nacional Biscayne. -
0:53 - 0:57Mas primeiro precisam de enfrentar
uma série de predadores. -
1:09 - 1:11Parque Nacional de Biscayne.
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1:13 - 1:16Mesmo às portas de Miami.
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1:22 - 1:27Estas águas convidativas albergam
o animal mais emblemático da Flórida. -
1:32 - 1:33O manatim.
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1:34 - 1:38Eles estão aqui graças a um dos habitats
mais importantes do planeta. -
1:43 - 1:46Pradarias de ervas marinhas,
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1:48 - 1:51as florestas tropicais do mar.
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1:54 - 1:56Fornecem o oxigénio
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1:57 - 2:00e sequestram o carbono nas suas raízes,
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2:00 - 2:03ajudando a proteger o nosso mundo natural.
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2:17 - 2:20Para uma mãe manatim e a sua cria,
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2:21 - 2:26é necessário um local especial
para fornecer tudo aquilo de que precisam. -
2:28 - 2:31Uma água quente,
pouco profunda, abrigada -
2:32 - 2:36e ervas marinhas, em grande quantidade.
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2:39 - 2:43A mãe tem de comer
cerca de 30 kg por dia. -
2:46 - 2:50Felizmente, quase metade deste parque
são ervas marinhas. -
3:06 - 3:11Depois de saciada, ela pode descontrair
e alimentar a sua cria. -
3:17 - 3:21A família vai passar o verão
a procurar as melhores pastagens. -
3:25 - 3:28As suas viagens levam-na
para além das ilhas do parque, -
3:31 - 3:34das florestas tropicais de mangais.
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3:44 - 3:47e mais a norte, para além de Miami.
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3:54 - 3:57Mas não será fácil.
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4:00 - 4:03Encontrar boas pastagens
nas águas da Flórida -
4:03 - 4:07está a tornar-se difícil
para as mães manatins. -
4:09 - 4:13Em águas poluídas, a proliferação de algas
asfixia as ervas marinhas, -
4:13 - 4:19impedindo que a luz do Sol as atinja
e faça com que as ervas morram. -
4:21 - 4:27A Flórida perdeu 50% dos seus campos
de ervas marinhas, desde os anos 50. -
4:29 - 4:33Em consequência, os manatins
também estão a diminuir. -
4:36 - 4:40Mas ao longo do litoral luta-se
para preservar este habitat precioso, -
4:44 - 4:48nas pradarias de ervas marinhas
de Biscayne, um oásis vital. -
4:53 - 4:56Os manatins não são os únicos
que dependem das ervas marinhas. -
4:58 - 5:02Também lá existem um dos habitantes
mais pequenos do parque, -
5:06 - 5:08O cavalo marinho anão,
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5:08 - 5:10que tem apenas 2,5 cm de altura
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5:12 - 5:15e é um nadador surpreendentemente mau.
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5:17 - 5:21Para evitarem ser arrastados,
usam as caudas para se agarrarem. -
5:27 - 5:31Alimentam-se sugando a comida
que passa por eles, -
5:35 - 5:38tão depressa que, se pestanejarmos,
nem damos por isso. -
5:56 - 6:00Mas é a vida amorosa deles
que causa sensação. -
6:02 - 6:06No mundo dos cavalos-marinhos,
são os machos que têm os bebés. -
6:07 - 6:09A parceira limita-se a pôr os ovos
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6:09 - 6:12na bolsa dele semelhante à do canguru,
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6:12 - 6:14deixando-o fazer o resto.
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6:19 - 6:21Onze dias depois...
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6:23 - 6:26... começam os nascimentos.
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6:50 - 6:53Uma vez cá fora, os pequenotes
ficam por conta própria. -
7:01 - 7:04Alguns têm relutância em abandonar
a segurança da bolsa do Papá, -
7:04 - 7:06mesmo durante o nascimento.
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7:09 - 7:12O seu instinto de se agarrarem é forte.
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7:19 - 7:23O pai dá à luz até 16 bebés
de cada vez. -
7:34 - 7:36Segundo os padrões dos peixes,
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7:36 - 7:40os cavalos-marinhos têm
uma taxa de sobrevivência bastante alta. -
7:50 - 7:55Mas o futuro destas minúsculas criaturas
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7:55 - 8:00depende fortemente da saúde
das ervas marinhas. -
8:02 - 8:06Felizmente, a nova casa deste jovem
encontra-se dentro das águas protegidas -
8:06 - 8:09do Parque Nacional de Biscayne.
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8:13 - 8:1695% está debaixo de água.
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8:24 - 8:28Os leitos de ervas marinhas do parque
e os cavalos-marinhos residentes -
8:28 - 8:32são protegidos
do Oceano Atlântico selvagem... -
8:35 - 8:39... pelo terceiro maior recife de coral
do mundo. -
8:45 - 8:49O Recife da Flórida ergue-se
a partir das águas profundas, -
8:50 - 8:55criando um muro protetor
com 580 quilómetros de comprimento, -
8:59 - 9:04que protege seis milhões de pessoas
das vagas e das tempestades, -
9:10 - 9:14o verdadeiro herói desconhecido
do Parque Nacional de Biscayne. -
9:25 - 9:29A barreira do recife de coral
marca o limite atlântico do parque. -
9:32 - 9:37Na sua fronteira ocidental
encontra-se um santuário improvável -
9:38 - 9:41para um dos maiores
predadores do parque. -
9:44 - 9:48Apresento-vos o crocodilo americano
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9:50 - 9:55que pesa uns 180 quilos
e mede 30 metros de comprimento. -
9:58 - 10:01Clássicos caçad,ores de emboscada
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10:02 - 10:05nada está excluído do menu
deste crocodilo. -
10:12 - 10:16Ao contrário dos seus primos
mais temíveis, o australiano e o africano, -
10:17 - 10:19não come pessoas.
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10:29 - 10:33Tem uma história
de esperança e de sobrevivência. -
10:36 - 10:41No início dos anos 70, restavam menos
de 300 crocodilos americanos na Flórida. -
10:44 - 10:47Hoje são milhares.
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10:48 - 10:51Graças a um salvador improvável.
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10:54 - 10:58Nos anos 70, a central nuclear
de Turkey Point -
10:58 - 11:03foi construída ao lado do que viria a ser
o Parque Nacional de Biscayne. -
11:07 - 11:12Alberga hoje quase um quarto
da população dos crocodilos americanos. -
11:18 - 11:22A sua reputação feroz
presta-lhes um mau serviço. -
11:25 - 11:29As mães crocodilo são
surpreendentemente carinhosas. -
11:33 - 11:35Há onze semanas,
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11:35 - 11:38ela enterrou cerca de 30 ovos
neste ninho pouco profundo. -
11:51 - 11:54Vigia a sua progenitura
com uma regularidade crescente, -
11:57 - 12:00escutando o som dos pios
no interior dos ovos. -
12:04 - 12:06Começou a eclosão.
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12:12 - 12:16O som dos pios da sua ninhada
no interior dos ovos -
12:16 - 12:21estimula os recém-nascidos
a encenar uma fuga em massa. -
12:49 - 12:51As crias têm quase 30 centímetros
de comprimento, -
13:05 - 13:09estão equipados com dentes afiados
e prontos para andar. -
13:15 - 13:18Mas esta grande escapadela
não é fácil para todos. -
13:20 - 13:23Partir a casca rija é um trabalho difícil.
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13:27 - 13:29Seria melhor despachar-se.
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13:29 - 13:32A Mamã está à espera
para os levar para a água. -
13:34 - 13:37Sem a ajuda dela,
sem a sua presença protetora, -
13:37 - 13:39ele será vulnerável.
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13:43 - 13:45É melhor não ficares para trás.
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13:53 - 13:56Mesmo que o teu irmão
passe por cima de ti. -
14:04 - 14:08Quanto aos recém-nascidos
que têm dificuldade em escapar, -
14:08 - 14:10a Mamã intervém para ajudar.
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14:22 - 14:26Este miúdo não precisa
de gritar pela Mamã. -
14:32 - 14:33Liberdade.
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14:38 - 14:43O futuro dos crocodilos americanos
aqui em Turkey Point é brilhante. -
14:45 - 14:48Com mais estes recém-nascidos,
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14:48 - 14:51os números estão a aumentar.
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14:53 - 14:55Entre o parque e a central elétrica,
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14:55 - 15:01os crocodilos têm mais de 70 000 hectares
de área protegida para se deslocarem. -
15:03 - 15:05Espaço mais que suficiente
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15:05 - 15:08para esta ninhada
de jovens em crescimento. -
15:16 - 15:19Todos os recantos
do Parque Nacional de Biscayne -
15:19 - 15:22proporcionam abrigo e um lar.
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15:29 - 15:33As florestas de mangais ávidos de sal
não são diferentes. -
15:36 - 15:41Elevando-se da areia, são um
dos recursos mais valiosos de Biscayne. -
15:46 - 15:50Estas árvores emaranhadas amortecem
o ímpeto das vagas tempestuosas... -
15:54 - 15:58... protegendo o litoral
e milhões de pessoas -
15:58 - 16:01das vagas destruidoras e da erosão.
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16:07 - 16:09Juntamente com as ervas marinhas,
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16:09 - 16:12as florestas de mangais
são uma potente ferramenta -
16:12 - 16:15na luta contra a alteração climática.
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16:17 - 16:20Podem sequestrar
cinco vezes mais carbono -
16:20 - 16:23do que as florestas tropicais
como a Amazónia. -
16:26 - 16:30O papel que desempenham aqui
é inestimável. -
16:37 - 16:41Sobre a água, as aves empoleiram-se
nos ramos. -
16:44 - 16:48Por baixo, os mangais escondem
um mundo secreto, -
16:50 - 16:52com presas fáceis
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16:53 - 16:56para os que as conhecem.
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17:04 - 17:07As raízes muito compactas dos mangais
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17:07 - 17:11são um local perfeito
para um viveiro de peixes. -
17:14 - 17:19Uma casa segura e abrigada para crescer
antes de partir para o recife. -
17:30 - 17:34Mas todos os bairros
têm os seus problemas. -
17:45 - 17:48Um jovem tubarão-limão,
cruza o Parque Nacional de Biscayne -
17:50 - 17:52para aprender uma coisa:
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17:53 - 17:54a caçar.
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18:00 - 18:04Os peixes têm a vantagem do tamanho
neste jogo mortal das escondidas. -
18:19 - 18:23Os tubarões-limão têm de ser pacientes.
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18:31 - 18:34Felizmente, tem todo o tempo.
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18:36 - 18:39Vai caçar na segurança dos mangais,
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18:39 - 18:42até ter sete ou oito anos,
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18:42 - 18:45antes de partir para viver e caçar
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18:46 - 18:49ao longo dos baixios arenosos
da costa da Flórida. -
18:58 - 18:59Não são só os peixes
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18:59 - 19:03que usam como viveiro
o Parque Nacional de Biscayne. -
19:05 - 19:06Ao abrigo da escuridão...
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19:08 - 19:11... e sem ficarem intimidados
por uma tempestade iminente, -
19:12 - 19:15um velho viajante regressa
às praias de Biscayne -
19:21 - 19:23Uma tartaruga-cabeçuda.
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19:28 - 19:30Viajou milhares de milhas
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19:30 - 19:33para ir pôr os ovos na praia
onde nascera. -
19:39 - 19:41Ao lá chegar,
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19:42 - 19:47escava um buraco suficientemente grande
para receber mais de 100 ovos. -
20:05 - 20:10Mais de 40% dos ninhos mundiais
destas tartarugas encontram-se na Flórida. -
20:14 - 20:16Durante os meses de verão,
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20:16 - 20:21serão escavados cerca de 100 000 ninhos
por estas tartarugas. -
20:34 - 20:39Depois de postos e enterrados os ovos,
o papel maternal está cumprido. -
20:48 - 20:49É um trabalho cansativo,
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20:49 - 20:52quando não se está adaptado
para viver em terra. -
21:17 - 21:21Daí em diante, a progenitura
está por sua conta. -
21:32 - 21:36A mãe regressa à sua vida
de viajante pelo oceano. -
21:41 - 21:45Demorará pelo menos mais dois anos
até voltar a pôr ovos. -
21:48 - 21:50Mas passarão mais de 20 anos
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21:50 - 21:54até as suas filhas terem maturidade
suficiente para regressarem. -
22:00 - 22:03Embora dominado pela água,
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22:04 - 22:07o parque não contém apenas
vida marinha. -
22:08 - 22:13Há 1600 hectares de ilhas Keys
ao largo. -
22:19 - 22:22No coração do Parque Nacional de Biscayne
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22:22 - 22:26situa-se a maior, a Elliott Key.
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22:27 - 22:31Esta ilha tropical contém
um fragmento de floresta hamaca, -
22:33 - 22:38um ecossistema que outrora
se estendia por todas as Florida Keys. -
22:41 - 22:44Densa, húmida e emaranhada,
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22:45 - 22:49este é um dos habitats mais raros
da América do Norte. -
22:53 - 22:56Durante milénios, Elliott Key foi usada
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22:56 - 22:59como uma colónia sazonal
pelos povos Tequesta -
22:59 - 23:01e depois por pescadores.
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23:05 - 23:11Nos anos 60, urbanizadores começaram
a abrir uma autoestrada na ilha. -
23:12 - 23:16O protesto público protestou
e a instituição de Biscayne -
23:16 - 23:20como monumento nacional
em 1968 suspendeu os trabalhos.. -
23:25 - 23:32Hoje, a autoestrada, coberta de vegetação,
oferece produtos muito especiais. -
23:42 - 23:45Esta é a borboleta Papilio aristodemus.
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23:48 - 23:51O seu voo ondulante evoluiu na perfeição
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23:51 - 23:54para navegar nas árvores
velhas e emaranhadas. -
23:56 - 23:58Até conseguem voar para trás,
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23:58 - 24:02o que dá jeito para evitar
as aves predadoras. -
24:03 - 24:06É um espetáculo que quase desapareceu.
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24:08 - 24:14Quando foi feito um levantamento, em 2012,
só se encontraram quatro na natureza. -
24:21 - 24:24Graças aos esforços do Museu
de História Natural da Flórida, -
24:25 - 24:29podemos ver de novo estas borboletas
a voar livremente,. -
24:42 - 24:48Foram libertadas 1650 borboletas destas
criadas em cativeiro. -
25:00 - 25:03Hoje vão-se-lhes juntar mais 53.
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25:07 - 25:10Algumas estão ligadas aos pares
e prontas a ajudar a aumentar -
25:10 - 25:13a população selvagem de Elliott Key.
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25:20 - 25:26Ao longo das próximas três semanas,
vão acasalar, pôr ovos e morrer, -
25:29 - 25:32garantindo assim a próxima geração.
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25:50 - 25:54Talvez que em breve
esta borboleta dançarina -
25:54 - 25:57não precise de casamenteiros humanos.
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26:09 - 26:12Voltando à praia, a coberto da escuridão,
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26:13 - 26:17os filhotes de tartaruga saíram do ninho,
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26:17 - 26:21e seguem o caminho da mãe,
praia abaixo na direção do mar. -
26:27 - 26:29Todos, exceto um.
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26:46 - 26:50Está sozinho e vulnerável.
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26:52 - 26:58Avança em frente, seguindo as pegadas
dos seus irmãos. -
27:03 - 27:06Mas há qualquer coisa
à espreita na escuridão. -
27:09 - 27:11Um caranguejo-fantasma.
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27:12 - 27:15Os recém-nascidos são presas fáceis.
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27:24 - 27:27Principalmente quando estão
de pernas para o ar. -
27:36 - 27:38Por sorte ou por instinto,
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27:40 - 27:43atirar areia para os olhos
do agressor parece ser... -
27:49 - 27:52... o movimento defensivo perfeito.
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28:12 - 28:16Finalmente livre,
precisa de continuar a avançar. -
28:21 - 28:25Com a aurora vem um risco
de predação muito pior -
28:25 - 28:28das aves e dos guaxinins
que por ali passam. -
28:32 - 28:34Está a ficar sem tempo.
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28:58 - 28:59Conseguiu!
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29:01 - 29:03Mesmo a tempo.
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29:08 - 29:11Começa agora uma viagem épica.
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29:12 - 29:15Deixando muito para trás
o Parque Nacional de Biscayne, -
29:16 - 29:21dirige-se para o Mar dos Sargaços
no meio do Atlântico. -
29:23 - 29:27Aí vai alimentar-se nos imensos
campos de algas flutuantes -
29:28 - 29:32até ser suficientemente grande
para navegar sozinha nos oceanos. -
29:40 - 29:43Quando os recém-nascidos
se dirigem para o mar -
29:43 - 29:45podem assistir a um espetáculo curioso.
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29:48 - 29:51Empoleiradas num banco de areia
a um milha de distância da costa -
29:51 - 29:56encontra-se um conjunto
de casas de madeira, chamado Stilsville. -
29:59 - 30:01Construídas durante a época
da Lei Seca, -
30:02 - 30:07eram usadas como um bar clandestino
offshore para a bebida e o jogo. -
30:10 - 30:14No seu auge, Stiltsville
era formado por 27 casas. -
30:17 - 30:19Uma comunidade apregoada como sendo
-
30:19 - 30:26"dedicada ao sol, à água salgada,
e ao bem-estar do espírito human". -
30:29 - 30:33Hoje, as coisas estão mais calmas
no parque nacional -
30:34 - 30:37e é um tipo diferente
de vida natural que por ali paira. -
30:40 - 30:44Os corvos-marinhos, tal como
os seres humanos antes deles, -
30:45 - 30:48usam Stiltsville como um prático
local de encontro. -
30:48 - 30:51para se secarem e se prepararem
entre as saídas para pescarem. -
31:01 - 31:06O Parque Nacional de Biscayne
é um lugar no limite. -
31:08 - 31:13As suas ilhas, isoladas e maltratadas
têm uma qualidade intemporal única, -
31:16 - 31:20apesar da sua proximidade
duma movimentada metrópole moderna. -
31:22 - 31:28Proporciona paz e um santuário
aos visitantes, tal como à vida selvagem. -
31:31 - 31:35No pico do verão, as temperaturas
sobem até aos 32 ºC. -
31:42 - 31:44O sol está no apogeu...
-
31:47 - 31:50... e também na sua maior intensidade.
-
31:53 - 31:56Os visitantes não podem esquecer
o protetor solar. -
32:00 - 32:04Debaixo de água, mesmo os locais
não estão imunes -
32:04 - 32:06aos fortes raios solares.
-
32:08 - 32:11Como proteção do poder branqueador do sol,
-
32:13 - 32:15a comunidade dos corais do parque
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32:15 - 32:19desenvolveu um tipo
extraordinário protetor solar. -
32:24 - 32:27No interior das células dos corais
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32:27 - 32:31vivem algas microscópicas
chamadas Zooxantelas. -
32:32 - 32:36Alimentadas pelo sol,
as algas realizam a fotossíntese, -
32:36 - 32:39dando cor ao recife de coral.
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32:42 - 32:44Apesar de gostarem muito do sol,
-
32:44 - 32:49as algas podem sofrer danos facilmente
com demasiada luz ultravioleta. -
32:51 - 32:54A sua estratégia?
Fabricar o seu próprio filtro solar. -
32:56 - 32:59Produzem uma proteína
que absorve a luz -
32:59 - 33:02e re-emitem-na noutras cores.
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33:02 - 33:04Só visíveis aos olhos humanos...
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33:06 - 33:08... sob esta luz azul especial.
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33:13 - 33:15Os resultados são cósmicos.
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33:29 - 33:31Os pigmentos fluorescentes absorvem
-
33:31 - 33:34os nocivos comprimentos
de onda da luz do sol -
33:34 - 33:37e emitem-nos sob a forma
de luzes coloridas -
33:38 - 33:41protegendo assim as algas.
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33:47 - 33:50É muito mais do que um belo espetáculo.
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33:54 - 33:57Em áreas onde o recife
está em águas pouco profundas, -
33:57 - 34:00sem poder escapar
ao sol do verão, -
34:04 - 34:06isto é uma estratégia que salva vidas,
-
34:08 - 34:14revelando a resiliência notável
destes minúsculos super-heróis -
34:16 - 34:17do recife.
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34:37 - 34:39O sol escaldante sobre a água quente
-
34:39 - 34:42também pode desencadear
uma reação por cima da água. -
34:49 - 34:53Nuvens cumulonimbus com 1,5 km de altura
borbulham acima do oceano quente, -
34:54 - 34:56criando uma trovoada,
-
34:58 - 35:00chuva intensa,
-
35:00 - 35:03dirigindo-se
para o Parque Nacional de Biscayne. -
35:10 - 35:13A chegada da chuva e a subida da maré
-
35:13 - 35:17ameaçam uma comunidade de milhares.
-
35:28 - 35:31A tempestade pode ter passado
-
35:31 - 35:35mas os níveis da água continuam a subir
em volta de um ninho de formigas-de-fogo. -
35:42 - 35:46Esta espécie agressiva e invasiva
tem poucos predadores, -
35:46 - 35:51mas a subida da água afogará
facilmente as formigas, no formigueiro. -
35:52 - 35:55É altura da evacuação.
-
36:00 - 36:03As formigas têm uma solução engenhosa.
-
36:14 - 36:18Seguindo sinais químicos
e um plano tácito, -
36:19 - 36:23toda a colónia começa a agrupar-se
-
36:24 - 36:26formando uma jangada viva.
-
36:35 - 36:38Ninguém fica para trás.
-
36:44 - 36:49A grande rainha, juntamente
com as suas preciosas larvas e pupas, -
36:50 - 36:53são mantidas secas
e em segurança, no meio. -
36:58 - 37:02O resto das formigas
mudam de posição continuadamente. -
37:09 - 37:11Quando estão debaixo de água,
-
37:11 - 37:13têm bolsas de ar
que lhes permite respirar. -
37:31 - 37:35Podem manter-se deste modo,
durante semanas. -
37:40 - 37:44Mas, logo que a jangada encalha
em qualquer coisa acima da água -
37:44 - 37:47a colónia desmonta a jangada
-
37:47 - 37:50e começa a construção
de um novo formigueiro. -
38:01 - 38:05Os visitantes de Biscayne
mudam com as estações. -
38:07 - 38:09Uns preferem o calor,
-
38:10 - 38:13outros o frio do inverno.
-
38:14 - 38:17A vida natural não é diferente.
-
38:25 - 38:29No início do outono,
as tainhas precipitam-se. -
38:36 - 38:38Milhões de peixes do tamanho duma banana
-
38:38 - 38:42chegaram para viajar para sul,
ao longo da costa da Flórida... -
38:46 - 38:50... apanhando de surpresa
os nadadores incautos. -
38:56 - 38:59Normalmente encontradas nos rios
e nos estuários -
38:59 - 39:02das Carolinas, da Flórida e da Geórgia,
-
39:02 - 39:06as tainhas estão a viajar para o sul...
-
39:09 - 39:12... passando pelas areias brancas
e pelos arranha-céus da praia de Miami, -
39:12 - 39:15na direção do Parque Nacional de Biscayne.
-
39:19 - 39:24O seu objetivo: desovar nas águas quentes
do sul da Flórida. -
39:32 - 39:36Mas um ajuntamento desta dimensão
não passa despercebido. -
39:40 - 39:44Os predadores são atraídos
pela possibilidade de um festim. -
39:48 - 39:51Tubarões e tarpões patrulham as bordas,
-
39:51 - 39:55esperando o momento perfeito.
-
40:30 - 40:32As tainhas não têm outro sítio
para escapar senão por cima. -
41:05 - 41:09Os tarpões atacam pelos lados,
os tubarões por baixo. -
41:29 - 41:33As aves apanham os peixes
entalados contra a superfície. -
41:43 - 41:45Mas, mesmo
com todos estes caçadores, -
41:47 - 41:50os peixes têm sempre
a probabilidade a seu favor. -
41:55 - 41:58Há 10 000 peixes por caçador.
-
42:03 - 42:06Há uma grande segurança nos números.
-
42:16 - 42:18Pelo menos, para a maioria.
-
42:28 - 42:31Este número enorme
serve um outro objetivo. -
42:33 - 42:36Quando chega a altura da desova,
-
42:36 - 42:39esta funciona melhor
se for tudo ao mesmo tempo. -
42:41 - 42:44Uma desova em massa,
-
42:44 - 42:48criando e enviando para o mar
a geração seguinte de tainhas. -
42:58 - 43:04O Parque Nacional de Biscayne
está na linha da frente da nossa luta -
43:04 - 43:07contra a alteração climática.
-
43:16 - 43:18Nesta luta, há um exército
-
43:18 - 43:22de cientistas e de voluntários
apaixonados e dedicados... -
43:26 - 43:30... que trabalham para assegurar
o futuro do parque e da sua vida natural. -
43:34 - 43:38Ao fazê-lo, Biscayne continuará a proteger
-
43:38 - 43:42os habitantes humanos e os animais
do Sudeste da Flórida. -
43:44 - 43:51Um alerta de que os parques nacionais
da América são para todos nós. -
43:52 - 43:54Tradução de Margarida Mariz.
- Title:
- Biscayne: Os recifes de coral e as Keys da Flórida (Episódio Completo) | Parques Nacionais da América | National Geographic
- Description:
-
Logo abaixo de Miami, escondido sob as ondas, há um berçário gigante — o Biscayne National Park — onde milhares de animais vão para criar os seus filhotes.
Legendas em português de Margarida Mariz (2025)
- Video Language:
- English
- Duration:
- 44:18
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Biscayne: Coral Reefs and the Florida Keys (Full Episode) | America's National Parks | Nat Geo | |
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