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Olá, pessoal! Esse é meu pequeno talk show
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sobre pessoas que me inspiram
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e que me motivam a fazer as coisas
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Então, o convidado de hoje é
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Kiki Febriyanti
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uma cineasta independente da Indonésia
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Oi Kiki, tudo bem?
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Oi, tudo bem. E com você?
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Comigo também,
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está tudo bem. Obrigada!
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Obrigada por se juntar a mim hoje
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É importante termos essa conversa
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porque gostaria que o público
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conhecesse trabalho e sua caminhada
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e também gostaria de perguntar
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como é ser uma cineasta independente
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nos dias de hoje, nesse período
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Mas vamos começar do início
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Quem sabe você não conta um pouco
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como surgiu interesse em ser uma cineasta?
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Como você começou?
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Bem, essa é uma longa história
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hahaha mas resumindo
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tenho que voltar a minha infância
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lá no começo
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fui inspirada
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pelo melhor amigo dos meus avós
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ele era fotojornalista
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Então, ele sempre mostrava seu trabalho
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e eu pensava: ok
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vou me tornar uma fotojornalista também
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como ele era
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Minha familia também adorava ver filmes
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e meus pais
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meus avós e meus pais
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me levavam sempre
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no cinema
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perto da minha casa
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5 minutos de caminhada
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e depois,
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pensava que
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o rapaz que trabalhava como faxineiro
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havia se acostumado
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a me ver ali
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no cinema
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geralmente, antes de abrir
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ele me convidava
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a entrar
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para ver os cartazes
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dos filmes
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ou só sentar
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nas poltronas antes
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que chegassem
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outras pessoas.
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Foi assim que me interessei por cinema
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desde muito pequena
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quando era apenas uma criança
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Em 2008,
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quando estava na universidade, havia
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um workshop de cinema In-docs
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e foram para universidade em Jember
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Leste de Java? Sim
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e aí
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fui ao evento
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e fui selecionada
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minha história foi selecionada para
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receber um auxílio para ser produzida
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e
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foi assim que comecei como cineasta
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Em 2008,
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fiz meu primeiro filme documentário
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a 12 anos atrás
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isso, 12 anos atrás
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Qual foi seu primeiro filme? Sobre o que?
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Sobre 2 pessoas
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que
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foram rotulados
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pois tinham
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problemas mentais.
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e a história é
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sobre sentimentos
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sobre suas vidas
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como eles batalham
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para ser aceitos pela sociedade
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nas próprias famílias
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na comunidade como um todo
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é sobre
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doenças mentais
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sobre o lugar
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onde se isolam, sim, porque
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Eu assisti o film e conheço o tema
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No momento que ele abriu
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o fundador disse era apenas
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um lugar para aprender o Alcorão
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como ler o Alcorão, mas
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muitas pessoas vinham para
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usá-lo como abrigo
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e se tornou um lugar
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para acolher pessoas
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com problemas mentais
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okay
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Como encontrou a história?
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como achou as pessoas
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esse tema? - Inclusive,
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eu já eram
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meio que amigos
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do fundador
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da pensão islâmica
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a Al Ghafur
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Minha mãe
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trabalhava como professora
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na escola elementar
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perto da pensão
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Foi assim que o conheci
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e sempre curiosa
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por essas pessoas
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que ficam lá
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gente com problemas mentais
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sobre o que diziam
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como caminhavam livremente
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sozinhas
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conversando com as pessoas
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na vizinhança
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Não era como uma prisão
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como pensavam
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que não poderiam sair dos quartos
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pelo contrário
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eles interagiam
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interagiam com pessoas locais
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Era interessante
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para mim
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Eu quero dizer que o tópico
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é bem específico e que
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huum sim
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como no começo, normalmente
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acham que são perigosos
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eles são...
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temso que evitá-los, algo assim
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mas o que eu sempre
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aprendi desde a infância
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e que são como nós
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não são diferentes de mim
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podem se comunicar
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socializar
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trabalhar. Eu pensava...
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Como é a vida deles
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realmente?
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enfrentando essa situação
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a sociedade, as famílias
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Era interessante para mim
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como eu me via nessas pessoas
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através delas, dos meus assuntos
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foi por isso que
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resolvi fazer o filme
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Como eles reagiriam
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quando se vissem nas cameras?
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Foi divertido na verdade
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como eles reagiram as cameras
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no meu caso
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nesse primeiro filme
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o tema era eu conseguir fazer
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que se acostumassem
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com as cameras
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Durante a pesquisa eu também
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levava a camera
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e se acostumaram a ela
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e ficou tudo bem
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Pelo contrário
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um pessoa da equipe
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que eu levei pra locação
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Quem
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deveria gravar
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já que eu estava dirigindo
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tentou se comunicar com um dos participantes
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e precisava gravar
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mas não conseguiu, ficou nervoso
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de alguma forma
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uma reação inesperada
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não veio dos participantes
-
mas da equipe
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sim
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Essa pergunta
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sempre me faz pensar
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como os participantes
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qualquer um, reage as cameras
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Se falamos sobre gravar documentários
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isso é o que me interessa
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Sou muito feiz de ter feito esse filme
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Se não me engano, está disponível
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caso alguém queira assistir.
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Está no site chamado
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cultureunplugged.com
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Podemos colocar logo abaixo
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Com certeza.
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Acho que fomos selecionados
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com esse filme
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para diferentes festivais
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e também fomos ao
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STEPS Festival International
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de filmes de Direitos Humanos
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Na Ucrânia, em Kharkiv. Sim Ucrânia.
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Em 2013, certo?
-
2014 se não me engano.
-
Já faz muito tempo
-
Não não, foi em 2013, Ki
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ahh ok
-
Certo? foi 2013
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sim sim
-
Você recebeu o prêmio
-
nesse festival
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Prêmio de melhor
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documentarista
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exatamente com esse filme
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Jangan bilang aku gila / Não me chame de louco
-
Sim
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Fala um pouco mais sobre sua experiência?
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Meu primeiro festival foi na India
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fui selecionada na India
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para exibir
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meu filme para o público
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para um público maior
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Que alegria me deu
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Era o meu objetivo
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concientizar
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pessoas sobre essa situação
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sobre meu tema
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sobre as condições
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e aí, quando
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quando o festival me deu o prêmio
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foi um bônus
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eu já estava muito feliz
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de mostrar as condições
-
na minha cidade natal
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dessas pessoas
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Sim, foi um bônus
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Felicidade extra!
-
algo mais
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A embaixatriz da Indonésia na Ucrânia
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foi ao festival
-
ela e sua equipe
-
me deram muito apoio
-
e, claro, fiquei muito feliz
-
Estava feliz de compartilhar com público?
-
compartilhar a historia
-
Te entendo muito bem.
-
Posso perguntar sobre o segundo filme?
-
Que também é independente, o
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"Yup, it's my body"
-
sim sim
-
Como escolheu esse tema?
-
Conta mais sobre esse filme.
-
Então,
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o segundo filme "Yup, it's my body"
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eu fiz como se fosse um
-
diário
-
estava prestes
-
a me formar na
-
universidade
-
e todos esses anos fiquei
-
envolvida com participantes
-
que eram meus colegas de quarto
-
de casa em uma república estudantil
-
notei alguns hábitos
-
nossos
-
de todos nós
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Sempre falávamos sobre nosso corpo
-
Tentei todo tipo de dieta
-
e perguntava a meus colegas:
-
Porque nós fazemos isso?
-
Na minha casa, nesse período
-
a maioria dos moradores queria perder peso
-
especialmente uma amiga próxima
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seu nome era Sara
-
ela se abria comigo com mais frequência
-
sobre sua vida, sua trajetória, algo assim
-
porque erámos como uma família
-
então tentei documentar isso
-
como se fosse uma memorabilia
-
Então, passei a gravar
-
comecei a gravar usando
-
Mini DV
-
Usei isso para gravar
-
No início, gravava
-
atividades e situações da casa
-
com minha camera de mão
-
e um cassete
-
Primeiro, usava
-
cassetes
-
mais de uma vez
-
e não precisava comprar
-
Consegui o cassete e o mini DV
-
usados, de um set de casamento
-
e um dos meus amigos
-
que era jornalista de TV
-
me dava os cassetes que já
-
ele havia utilizado
-
Então
-
eu usava eles outra vez
-
e, de alguma forma, no In-Docs
-
Eu li o anúncio que
-
o In-Docs abriria o patrocínio de novo
-
como masterclass
-
e me inscrevi com essa história
-
que na verdade já havia gravado
-
Eu fui mais fundo nesse tópico
-
sobre a imagem dos corpos
-
Hoje, o tema da positividade do corpo
-
é parte da agenda, sim e o seu filme
-
"Yup, it's my body" é de 2009?
-
nove, nove sim
-
São 11 anos já
-
levantando esse tópico
-
sobre positividade do corpo
-
Está a frente do seu
-
tempo, certo?
-
Sim, esse tipo de problema
-
vem ocorrendo a muito tempo
-
e ainda temos que
-
ainda existe esse problema
-
Kiki, que legal que você
-
começou com fitas cassetes
-
Sim e dentro disso
-
se entendi bem,
-
12 anos atrás vc pode testemunhar
-
a era pre-digital
-
e continuar trabalhando com filmes
-
Talvez possa nos contar mais sobre isso
-
Você vê alguma diferença entre
-
fazer um filme analógico ou digital?
-
Na verdade, e sim um
-
pouco diferente
-
No analógico
-
o custo é bem maior
-
se falamos de produção, é
-
preciso comprar fitas miniDV
-
e uma única fita custa
-
aproximadamente 20 000 IDR
-
uns 2 USD naquela época
-
e com um cassete
-
você grava 60 min
-
1 hora mais ou menos
-
E hoje, você só precisa
-
do cartão SD
-
só um cartão de memória, tudo digital
-
pode gravar o que quiser
-
quando quiser
-
e só transferir
-
para o computador
-
e pronto!
-
pode reutilizar várias vezes
-
Compra apenas
-
uma ou duas vezes
-
carrega alguns consigo, reusa
-
pode usar o cartão o tempo todo
-
sem se preocupar
-
com uma situação urgente
-
Nessas situações
-
que o cassete termina, certo?
-
Sim, e também
-
a coisa de
-
sentir, eu sinto assim,
-
sinto como
-
com o miniDV
-
é como
-
um treino para disciplina
-
treinamos para ter mais disciplina
-
porque é preciso
-
ë preciso pensar no orçamento
-
no tempo
-
algumas coisas assim
-
E também...
-
nas suas limitações
-
na filmagem analógica vc tem limitações
-
sim, tenho algumas limitações
-
também temos
-
prós e contras, claro
-
Nesse tempo eu lembro
-
que fazia tudo sozinha
-
Marcava nas
-
fitas com adesivos
-
durante a edição e pós-produção
-
Sentava com meu
-
editor
-
Posso lembrar precisamente
-
ok, essa cena está
-
na fita numero tal, ou tal
-
e o no minuto aproximado
-
essas coisas de minutos, segundos
-
talvez um pouco diferente
-
mas posso me lembrar
-
é fácil porque nós tínhamos
-
ainda tenho meu miniDV
-
as vezes tento relembrar
-
Ohh, do tempo quando filmava e precisava
-
realmente lembrar disso
-
Sim, é sobre produção e também
-
dps, sobre distribuição
-
Era
-
sem dúvida, mais caro
-
que hoje, é muito mais barato
-
porque vc pode fazer online
-
Kiki, também soube que
-
está trabalhando na
-
equipe de outros projetos
-
As vezes como diretora
-
ou como assistente de direção
-
outras vezes como produtora
-
e está trabalhando não só documentários
-
mas mídias difrentes
-
Porque não divide com a gente
-
um pouco do processo de filmagem
-
o processo mesmo
-
O que é uma filmagem para vc?
-
É diferente, cada produção
-
tem vários tipos
-
Quero dizer que
-
de uma maneira geral entre
-
documentários e não documentários
-
normalmente, não documentários
-
tem mais equipe
-
não documentários, ficção
-
ficção ou pode ser
-
propaganda, algo assim
-
qualquer tipo que não
-
seja documentário
-
normalmente.
-
ao menos para mim,
-
no meu caso
-
eu tenho
-
trabalhando com equipe maior
-
para não documentários
-
Para os documentários eu prefiri
-
até hoje
-
prefiro trabalhar
-
com equipe menor
-
Nos documentários
-
posso escolher minha equipe
-
prefiro assim
-
quem eu realmente conheço
-
nos conhecemos
-
a trajetória, o caráter, tudo
-
porque nos comunicamos
-
nem sempre concordamos
-
mas nos entendemos
-
a linguagem
-
Quer dizer que par documentários, prefere
-
uma equipe concisa
-
como um casal
-
com mais intimidade
-
Sim sim sim, entendi
-
ok, Kiki e o que é
-
vc sabe no Facebook e em todo lugar
-
eu sigo esses grupos
-
sobre cinegrafia
-
engraçados, quero dizer sim
-
muita gente falando que
-
o trabalho é duro
-
Vc sabe que eu também participei
-
de algumas filmagens
-
e
-
me lembro
-
foi uma surpresa enorme pra mim
-
quando cheguei na locação
-
e
-
tudo terminaria em 24h
-
então, tive
-
24h de filmagem
-
e foi um desastre pra mim
-
Quando vc está no processo de filmagem
-
o tempo voa e vc não vê
-
Não sente o tempo passar
-
e foi incrível pra mim
-
de alguma forma está imersa ali
-
imagino, que trabalhando no campo
-
por mais de 10 anos
-
isso também te chamou atenção
-
e despertou seu interesse
-
Poderia dar um conselho a novos cineastas
-
Como é estar em uma filmagem?
-
Você gosta? Como é isso?
-
Sim, se falarmos sobre
-
não documentarios
-
sempre tem limite de tempo
-
temos cronograma de filmagem
-
chamada da equipe
-
muitas vezes as 5 ou 6 da manhã
-
então reunião e preparação de tudo
-
e depois,
-
começávamos a gravar lá pelas 7 da manhã
-
a a princípio
-
terminar de gravar no horário
-
em não documentários
-
era praticamente
-
mais preciso com o cronograma
-
mas nos documentários não tínhamos
-
tempo determinado, gravávamos
-
onforme nossa pesquisa
-
mas claro,
-
nos acostumávamos
-
Ohh ok, meu personagem
-
acordava esse horário geralmente
-
Ia para escola
-
ou nessa hora
-
ela rezava, etc
-
Mas nas gravações pode ser diferente
-
mudando alguma
-
coisa ou mudando tudo
-
e precisávamos ajustar
-
se algum inesperado acontecesse
-
no meio da noite
-
ou de manhã bem cedo
-
No documentário senti meu cerebro
-
sempre alerta, mesmo
-
quando estava dormindo sentia
-
que ele não parava de trabalhar, vc sabe
-
sim sim
-
Precisava estar alerta o tempo todo
-
durante as gravações
-
estar atenta ao personagem
-
ou aos personagens
-
precisa seguir toda a história
-
Muita gente pensa quando encontro
-
pessoas, amigos ou família
-
até estranhos
-
quem sabe
-
Oh vc é cineasta, deve ser legal
-
viaja muito
-
essa coisa de tapete vermelho
-
conhece celebridades
-
Você dve ter uma coleção de
-
fotos legais
-
para você
-
Social media por trás das cameras
-
segurando o claquete
-
umas coisas desse tipo
-
São coisas legais
-
mas não é só isso
-
muitas coisas acontecem
-
por isso tem que amar e
-
ser apaixonado
-
pelo que faz
-
porque se não for
-
eu te falo
-
não é um trabalho fácil
-
e pra mim não é só um trabalho
-
uma profissão
-
É parte da minha vida
-
então, se v não ama o que faz
-
fica muito difícil
-
provavelmente
-
Sinceramente, não sei dizer
-
Temos cronogramas
-
preciso
-
tempo de trabalho
-
se alguém do escritório
-
trabalha de 9 as 5
-
com filmagem não tem isso
-
as vezes temos que
-
aproveitar os momentos
-
precisamos gravar quando
-
o sol nasce ou se põe
-
nascer do sol ou por do sol
-
só um exemplo
-
alguma coisa específica
-
para explicar melhor
-
coisas desse tipo
-
eu concordo com vc
-
se a pessoa não ama o que faz
-
é muito difícil
-
já é dificil para quem gosta
-
sim, para quem ama filmar
-
Porque não conta mais sobre
-
ser pos-produtor independente?
-
Vc foi a fundo na pos-produção
-
e edição
-
e depois cineasta independente
-
precisa distribuir
-
Qual é o seu caminho?
-
Como você lida com essas 2 etapas?
-
É diferente para cada cineasta
-
cada um tem seu objetivo
-
alguns preferem não...
-
conheço pessoas que não querem distribuir
-
então, fazem assim
-
não querem exibir em festivais
-
apenas para a comunidade
-
outros
-
querem ir pra festivais, mas não online
-
e nos dias de hoje...
-
para mim
-
de um modo geral
-
o que eu quero
-
quando faço um filme
-
é mostrar pras pessoas
-
pro público
-
Cineastas independentes
-
normalmente tem um
-
produtor
-
um publicista
-
ou um distribuidor
-
costumamos fazer tudo
-
nós mesmos
-
e é isso que eu faço
-
Obrigada.
-
Como você faz a distribuição?
-
Que meios utiliza?
-
Quero dizer
-
sei que existem plataformas hoje
-
como a Filmfreeway e algumas outras
-
vc pode se inscrever online
-
Conta pra gente mais sobre isso.
-
Bem,
-
existe uma grande diferença com o passado
-
porque no passado
-
o custo era mais alto
-
para inscrever o filme tínhamos que copiar
-
uma fita miniDV ou
-
VCD, que chegou depois
-
ou um DVD
-
tínhamos que enviar
-
uma copia do filme para o festival
-
através dos correios
-
ou algo parecido
-
e se o festival fosse
-
estrangeiro,
-
o custo era mais alto
-
para o envio, correto?
-
sim sim
-
Se eles escolhecem o filme
-
acabavam pagando esse custo
-
mas se mandassemos
-
nosso filme
-
tínhamos que arcar com ele
-
Hoje em dia, é tudo online
-
não temos que pagar nada
-
existem muitos festivais
-
que não é preciso pagar
-
são de graça
-
a inscrição é gratúita
-
inscrição é gratúita
-
só precisa fazer o upload do filme
-
através da plataforma na internet
-
as vezes pelo Dropbox
-
Wetransfer, Filmfreeway, Mega
-
vários outros
-
Filmfreeway, Filmdepot
-
muitas plataformas hoje
-
e por causa do caminho digital
-
cada vez mais
-
não dá nem pra contar
-
milhares de festivais de cinema
-
que nem sabemos
-
e dão mais chances
-
de tentar também
-
distribuir nosso filme com menor custo
-
e também de forma mais fácil
-
O que você acha, Kiki, é fácil e...
-
é fácil ser um cineasta independent?
-
Como cineastas independentes
-
buscam por recusrsos?
-
Eu sei que esses recursos
-
não tem um caminho fácil
-
sim
-
ahh yeah
-
para fazer um filme
-
que é mesmo sua idéia
-
que você sente que é isso
-
e quer muito filmar
-
esse projeto
-
Não é fácil
-
nos inscrevemos e aplicamos para vários
-
concessões, pessoas, organizações
-
não é facil
-
são muitos querendo recusrsos
-
tentando o mesmo caminho
-
Exatamente
-
as vezes não somos selecionados
-
acredito que
-
se não somos selecionados
-
não quer dizer que o filme é ruim
-
que o projeto não é bom
-
pode ser só o gosto
-
tem gente que faz negócios
-
e tem outros trabalhos
-
guardam dinheiro
-
para filmar
-
como querem
-
Conheço cineastas que são
-
fazendeiros,
-
outros contrutores civís
-
ou tIem outro trabalho
-
ou, como eu,
-
Trabalho como freelancer
-
em qualquer área
-
para uma produtora em Jakarta
-
Se vc é realmente apaixonado
-
com filme
-
as pessoas pensam
-
que trabalhar com cinema vc
-
tem muito dinhero
-
Pode ser que não
-
Os objetivos do trabalho,
-
quando temos o recusro,
-
pagamos o aluguel,
-
a comida, coisas básicas
-
tentamos pagar nossas contas
-
Pirâmide de Maslow, sim
-
Isso
-
mas, pelo menos para mim
-
quando estou trabalhando
-
ou recebo um chamado para
-
um projeto
-
o que me vem a mente é
-
que vou guardar algum dinheiro
-
Isso
-
se eles me dizem o cachê
-
e o orçamento
-
normalmente penso
-
ok, é o suficiente
-
pelo menos pra comida
-
ou pro aluguel
-
mas o que penso realmente
-
é que preciso economizar
-
pro meu próximo projeto
-
isso é prioridade na minha cabeça
-
ter pelo menos um pouco
-
50 000 IDR guardados
-
para o meu próximo filme ou projeto
-
ok, Kiki, entendido
-
muitos artistas independentes
-
ou cineastas
-
estão sempre em busca
-
de recursos de trabalhos como freelancer
-
mas caso esses freelas não rolarem,
-
para ser uma cineasta como vc
-
vc é cineasta,
-
parte da equipe, e trabalha
-
para seus trabalhos independentes
-
Sim, tipo isso
-
É a vida...
-
Queria te perguntar
-
sobre seus últimos projetos
-
um deles é um
-
documentário "Calalai"
-
Sim, documentário "Calalai"
-
fala mais sobre ele. Do que ele trata?
-
Meu último projeto
-
é um documentário
-
chamado "CalalaiIn-betweenness"
-
sobre a quinta geração
-
da cultura Bulgis na Indonésia
-
na ilha de Sulawesi do Sul
-
Eles acreditam em 5 gêneros
-
como escrito no manuscrito de La Galigo
-
humanos consitem em 5 gêneros
-
masculino, feminino, bissu
-
que são como xamãs, padres
-
os calabai
-
e os calalai
-
Eu fiz sobre os Calalai
-
como eles são
-
os Bugis tem seu próprio sistema
-
que está acima
-
são muito bons nisso
-
muito interessante
-
sim muito interessante
-
para mim é interessante
-
para a sociedade
-
quanto mais
-
como a rotina de diferentes papéis
-
papéis da sociedade
-
e dos gêneros
-
nós discutirmos isso
-
hoje em dia
-
não só agora
-
na atualidade
-
eles se tornam
-
trabalhos de casa
-
como tomar conta das crianças
-
se tornar pai
-
e eles não estão no escritório
-
e sim as mulheres trabalham fora
-
o que é em algumas sociedades
-
estranho e pouco comum
-
mas
-
depois de tudo que aprendi
-
e o motivo pelo qual fiz o filme
-
na sociedade Bugis, isso é ok
-
mulheres na contrução
-
se tornando engenheiras
-
técnicos ou
-
cineastas, jornalistas, policiais
-
oficiais ou algo assim
-
Ou talvez presidente
-
Não é algo tão
-
estranho
-
para os Bugis
-
Eu não sou Bugis, mas
-
foi o que aprendi sobre eles
-
então, Calalai e sobre isso
-
se você nasce
-
um mulher
-
tudo bem
-
você ser um cineasta, que algumas
-
pessoas consideram coisa de homem
-
Sim, muitas profissões no mundo
-
são consideradas para homens
-
sim sim
-
Ok, Kiki, e mais uma pergunta
-
sobre seu último projeto
-
o filme "Roti" que
-
significa pão em inglês
-
S enão me engano, ele é um
-
microfilme, correto?
-
Sim, a duração é de apenas
-
30 segundos
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É ficção, baseada em história real
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Basead em história real,
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não conta, são só 30 seg.
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Sem spoiler!
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Sem spoiler
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sim
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será exebido online
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já passou em um
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festival de cinema
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No Festival de filmes feminista em Berlim
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nesse período de Corona vai passar também
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os filmes selecionados
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online
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ok, quem sabe não deixamos o link
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ou informações aqui embaixo
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ok, Kiki, acho que eu vou
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fechar nossa conversa
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mesmo estando muito interessante
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e muito legal escutar
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essas histórias de vc
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O que vc...
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Vc está no processo de algum novo filme
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durante esse tempo de Corona?
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Alguma coisa nessa quarentena?
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Quais os planos futuros?
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Bem, durante esse período de Corona
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que estamos de quarentena
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todos nós
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ou a maioria
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Estou trabalhando em
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um projeto de video
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que estou tratando no formato
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de documentário
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mas o resultado será video art
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bem experimental
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imagens em movimento
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linguagem, sim
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estou amando isso
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quero dizer
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video, audiovisual
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como audiovisual, adoro videos
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além de fazer eu gosto
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de assistir
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Usar o tempo assisting
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curtas ou filmes
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fico horas...
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Antes do Corona eu ia
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muito ao cinema
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sim sim
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Posso entender claramente vc
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Esse é o tipo de linguagem que gosta de
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consumir e de produzir, certo?
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Sim sim
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ok , Kiki
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muito obrigada pela conversa comigo
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Fiquei muito feliz
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e espero te ver outra vez
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falar sobre outras coisas
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ou falar sobre novos projetos
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que vc fizer
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quando o Corona se for
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Espero que sim
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Eu também espero que sim
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Muito obrigada pelo convite
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Muito obrigada Kiki por compartilhar tudo
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Sampai jumpa! ( Até breve!)
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até a próxima
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Adeus!
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e agora preciso encerrar
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Olha como o coronavirus
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nos dá novos desafios
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constrangimento
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Hahaha constrangimento
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Tudo bem, ainda está gravando
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já falamos tchau
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mas não acho
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ok
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o botão de parar
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Acho que foi
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Obrigada, tchau
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Obrigada, obrigada
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Not Synced
Tchau tchau!