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Sabemos que, no nosso tempo moderno, trabalhamos muito.
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Todos estão a trabalhar muito,
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e não temos tempo para cuidar do nosso corpo, dos nossos sentimentos ou das nossas emoções.
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Não temos paz e felicidade suficientes dentro de nós.
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E não sabemos, mesmo que tivéssemos tempo, não sabemos como
lidar com o nosso corpo, os nossos sentimentos ou as nossas emoções.
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Há sofrimento e conflito dentro de nós.
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E pode haver alguma solidão dentro de nós.
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A maioria de nós não quer voltar para casa — para dentro de si mesmo,
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porque sentimos que, se o fizermos, iremos encontrar blocos de dor, sofrimento e solidão no interior.
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Então, a tendência é fugir de nós próprios, e isso é uma característica da nossa civilização.
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As pessoas sentem necessidade de fugir de si mesmas porque não querem estar consigo próprias.
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Porque têm medo de que, ao voltarem para si, fiquem submersas
no sofrimento, no desespero, na raiva e na solidão interiores.
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Estamos a fugir de nós mesmos. A afastar-nos de nós mesmos.
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E assim não temos tempo para cuidar de nós próprios.
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Se não és capaz de cuidar de ti, como podes cuidar da pessoa que amas, da tua família?
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Portanto, não só estamos a fugir de nós próprios, como também estamos a fugir das nossas famílias e amigos.
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Deixamos os outros desamparados.
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Ao mesmo tempo, não temos tempo para regressar à natureza, à Mãe Terra.
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A Mãe Terra tem a capacidade de nutrir e curar.
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Mas estamos a fugir dela, e podemos causar danos à natureza com a nossa tecnologia.
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Queres ser o número um, e ao mesmo tempo queres ser feliz.
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Mas, se queres ser o número um, tens de dedicar todo o teu tempo ao trabalho, sacrificando a família e a ti próprio.
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Para ser o número um, tens de sacrificar a felicidade.
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Mas de que serve ser o número um sem felicidade?
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Por isso, temos de nos colocar a pergunta: "O que é que realmente queremos?"
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Queremos a felicidade, ou queremos o sucesso de ser o número um?