-
A diferença entre os brancos
e os negros é a seguinte...
-
Quando se despede algum branco...
-
nunca estão a contar com isso.
-
"O que estás a dizer?"
-
"És o quê, maluco?"
-
"Ah, por favor!"
-
"Por amor de Deus!"
-
"Que coisa!"
-
Eles dizem uma lista de coisas
quando acham que já foram.
-
Porque não conseguem acreditar
que estão a ser despedidos.
-
Enquanto isso, nós os negros pensamos...
-
"Ora bem...
-
vai ser um dia destes."
-
"Já devia era estar fora daqui."
-
Sabem, é que se andarem a despedir gente
nós seremos os primeiros.
-
Então estamos sempre a contar com isso.
-
Sei do que falo porque não tive
muitos empregos antes de me meter nisto.
-
Não devo ter tido
mais de dez ou onze empregos.
-
Dentro destes dez ou onze devo ter sido
despedido dez ou onze vezes.
-
Num emprego que tive,
o meu último emprego...
-
havia um tipo chamado Tom.
-
Tom era branco. Gostava do Tom.
-
Tom era justo, era o que gostava nele.
-
Era um homem justo,
nunca tive problemas com ele.
-
Tom estava prestes a despedir
um branco chamado Bob.
-
Também gostava do Bob.
-
Costumava almoçar com ele,
conheci a família dele...
-
Bob era um bom tipo.
-
E então, numa manhã,
Tom saiu do escritório para despedir Bob.
-
Bob estava apenas sentado.
-
Sabem, se eu visse Tom a ir
para a minha secretária
-
eu ia ficar logo atento.
-
Porque podia ter chegado a minha hora.
-
Bob nem sequer olhou para ele.
Tom saiu do escritório e sabem...
-
Os rabos dos chefes
são meio apertados, não sei porquê.
-
Estão sempre a andar
como se estivessem a ser empurrados.
-
Não sei se têm receio
de partir alguma coisa ou algo assim.
-
Mas parece que lhes estão
a empurrar o rabo a cada instante.
-
E então ele deslocou o rabo apertado
até à secretária do Bob.
-
Ele andou e...
-
"Ei, Bob."
-
"Bob, podes vir ao meu escritório,
se faz o favor?"
-
Bob disse: "Claro, é para já, Tom."
-
Bob levantou-se logo,
entrou no escritório do Tom e disse:
-
"Tom, em que lhe posso ser útil?"
-
Ser útil? Como assim, caramba?
Ele acabou de ir à tua secretária e disse:
-
"Bob, podes vir ao meu escritório?"
-
Mas que raio vem a ser isto?
-
É negação. Ele não está a contar com isto.
-
Tom começou a despedir Bob
segundo as regras.
-
"Bom, Bob...
-
"Durante a reunião da administração
da semana passada,
-
"depois dos nossos assuntos,
demos uma vista de olhos na tua avaliação.
-
"E, para ser franco, não estás
a corresponder às expectativas."
-
"Tom...
-
"O que quer dizer com isso?"
-
De certeza que ele percebia
bem o que estava a ouvir.
-
Estava quase a ser mandado dali para fora.
-
Sabia o que se estava a passar,
mas estava em negação.
-
Tom disse: "Ouve-me. Bob,
estás a dificultar muito a situação.
-
"Sei que vai ser difícil
explicares isto à Becky.
-
"Mas vamos ter que te despedir."
-
"Oh...
-
"Oh, Jesus!
-
"Oh, Tom, o que é que vou fazer?
-
"E a renda da casa?
-
"E o fundo da universidade
para os meus filhos?
-
"Oh, Deus Nosso Senhor!"
-
Mas agora quando se despede o Willy...
-
Não é isto que acontece.
-
Acreditem, quando se despede o Willy
é preciso outra abordagem.
-
Um dia, Tom foi lá despedir o Willy
e eu estava sentado ao lado dele.
-
O Willy era sem dúvida um dos meus.
-
Então assim que Tom saiu do escritório,
eu e o Willy olhámos assim.
-
Porque sabíamos que se ia passar
qualquer coisa.
-
Tom arrastou o rabo até ao Willy.
-
"Ei, Willy. Podes vir ao meu escritório,
se faz o favor?"
-
"Para quê?!
-
"Vamos ao escritório fazer o quê, Tom?
-
"Se tens alguma coisa para me dizer,
diz-me aqui e agora.
-
"Tenho uma secretária mesmo aqui.
Não vou ao escritório.
-
"Se tens alguma coisa para dizer ao Willy,
dizes ao Willy aqui mesmo."
-
Agora Tom sabe que tem um problema.
-
Sabe que tem de levar isto para trás
de uma porta fechada agora mesmo.
-
Porque ele sabe que o Willy
está prestes a mostrar as garras!
-
Oh, o Willy não é nenhum idiota!
Não é, não!
-
O Willy