Matthew Barney in "Consumption" - Season 1 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21

MATTHEW BARNEY:
Há elementos autobiográficos no projeto

Tudo com o que trabalho me atrai.

Mesmo que sejam repulsivas, elas me atraem

Mulher: É como se fosse algo essencial.

Para mim é fundamental, como um
entendimento rudimentar da vida.

RICHARD SERRA: Reconheço nele um tipo de
energia e exuberância juvenil.

Ele é uma pessoa que só quer seguir
a imaginação do seu próprio trabalho.

BARNEY: Um sistema que tem algo por dentro

Narrativas Freudianas, consumidor e
um produtor.

Violência. Impulsionada pelo sexo.
filmes NFL.

São as coisas sobre as quais eu penso.

-Tudo bem, rapidinho, gente.

-As luzes aparecerão rápido
esta manhã porque não há nuvens.

-E a janela de filmagem será pequena.

-Então vamos tentar ser
o mais organizados quanto possível.

-Homem: Você está forçando a barra são 5
da manhã, você tá forçando.

-Você sabe que não acordei ainda.

Barney: O músculo cremaster.

é um músculo que controla o peso

do sistema reprodutor interno num homem.

Aqui ele é um motivo para conflito.

-Você tá pronto, seja bom.

Barney: O filme

foi filmado e é como um
filme clássico de zumbis.

Vou começar com o gênero terror
e ai imediatamente evoluirá

para um tipo de gênero gangster art-deco.

O cavalo serve para prenunciar
o destino desse traidor.

e o que ele vê como um grupo de dez
cavalos mortos correndo amarrados.

-Tudo bem, gente!
-Estamos prontos para você.

Homem: Bem, estão fazendo um filme.

Não estou certo sobre o que é o filme
mas, acho que é a sequência dos sonhos,

e por isso tem cavalos
com roupas de spandex.

Foi tudo coreografado, então nós
todos fomos instruídos a onde terminar.

Com sorte, vencerei.

-Homem: Ei, Chels, é o Gabe.

-Chelsea: Oi, Gabe.

-Você conhece os outros dois
cavalos depois dos nossos dois?

Fiz as próteses nos últimos
quatro ou cinco projetos.

São sempre essas ligações estranhas, ele
só liga e diz oi, ai algo tipo,

"Ei, sabe, e se no próximo
projeto fizéssemos algo desse tipo?"

E eu fico tipo, "Oh uau."

Então, a ideia é bastante ambiciosa,
em toda a saga Cremaster.

Matt tinha ideias bem específicas
sobre isso.

Num café da manhã divertido, nós
pegamos todos os nossos livros de anatomia

e livros sobre necrotérios e essas coisas,
e eu fiquei tipo,

"Era nisso que você estava pensando?"

O que se provou ser algo realmente
desafiador foram os trajes de spandex.

É spandex super-elástico para direção,
mas reforçado com zíperes e fivelas.

Camadas de pele são então costuradas e
vestimos, rasgamos e queimamos

para termos certeza de que tudo pareça
diferente.

Sabe, elas todas tem a mesma qualidade,
mas todas tem suas próprias identidades.

Barney: Porque estes

são trajes de corpo inteiro que os cavalos
estão usando,

e são absorventes, eles ficam cobertos
de suor,

os cavalos ficam cansados e com calor.

Ai fazemos umas tomadas, uma tomada,
duas tomadas, e o veterinário fala,

"Já chega, eles precisam descansar.
Precisam tirar os trajes,"

e é o que a gente faz.

BARTALOS: Matt é tão envolvido no trabalho

Somos só uma extensão dele, na verdade.

É ótimo para nós, porque é tudo baseado
na arte, e isso é,

um pouco egoísta para mim, o que é
divertido.

Tem 10 cavalos, 5 times de 2, então
cada par será

fotografado diante do mesmo fundo.

ROMERSA: Todos nós somos artistas.

Acho que todos nós, temos bastante
espaço em nossas cabeças

para continuar a pensar artisticamente do
nosso próprio jeito e assim parece.

Tem um bom produto no fim para o Matthew,
e é um bom produto pra nós individualmente

-Então, o telhado a seguir.

-Estamos prontos para filmar? Ok.

BARNEY: Para um projeto desta escala,
somos um grupo bem pequeno.

Por este fato, é bem família-
parece uma família.

Precisávamos dum mordomo e de um
juiz presidente,

e ligamos pro meu pai e pedimos á ele para
interpretar o juiz.

e ele trouxe um amigo próximo para o papel
do mordomo.

Então, são duas tomadas.

Tomada um, a vasilha desce até você,
você abre, você olha para ela, corta.

-Na verdade, pode vir para frente de novo?

-Sim, isso é melhor, olhando para cima.

-Três, dois, um com a vasilha.

Ele sempre foi focado,

sempre teve seus objetivos e trabalhava
diligentemente para atingí-los.

BARNEY: E corta, excelente.

-Você tá feliz com isso?

-Sim.
-Sim.

ROBERT: Eu o vi no trabalho,

o que é absolutamente fascinante de se ver
como ele consegue organizar tudo.

E ai, Matt, onde você quer que seja?

BARNEY: Acho que aqui.

ROBERT: É tanto o lado artístico
quanto o lado comercial.

Ele parece ter os dois em andamento.

-ROMERSA: E corta.

-BARNEY: Maravilhoso.

-Ok.

-ROBERT: Ele só demonstrou seu lado
artístico tardiamente.

Antigamente, ele queria ser
cirurgião plástico,

e é melhor que ele tenha virado artista.

Ele só sai e faz coisas.
Eu não sei o que é.

Ele não parece ter os medos que o resto
de nós tem.

Ele parece ir direto ao ponto
e encontrar um jeito de fazer.

BARTALOS: Hoje é o segundo dia fazendo
esta maquiagem no Matt.

Matthew está usando uma prótese nos lábios
pra abri-los e mostrar as gengivas.

E ai eu uso o que chamamos de pax,
isso dá a ele um tom de pele estranho.

E ai modelamos com o pincel
as veias vermelhas estranhas nele.

para dar este ar de vida orgânica
por baixo da aparência plástica.

Geralmente, eu faço isso.

Homem: Matt está retratando algo formal

tipo quando você está observando um cara..

BARNEY: É difícil dirigir os outros assim
porque estou ridículo.

Homem: então, Richard, eu queria usar
algumas pinturas de corte, sabe,

-ROBERT: Seu lado artístico apareceu tarde

Antes, ele queria ser cirurgião plástico,

e é melhor que ele tenha virado artista.

Ele só, sai e faz coisas. Não sei o que é.

Ele não parece ter os medos
que a maioria de nós tem.

Ele só vai direto e acha um jeito de fazer

BARTALOS: Hoje é o segundo dia
fazendo essa maquiagem no Matt.

Para esta maquiagem usamos uma prótese
nos lábios e gengivas rachadas.

E eu uso algo chamado pax,
isso lhe dá um tom de pele estranho.

E ai modelamos com o pincel
as estranhas veias vermelhas nele

pra dar um tipo de vida orgânica
por baixo da aparência plástica.

Geralmente, é o que fazemos.

HOMEM: Acho que Matthew está imaginando
isso como algo formal

tipo quando você está observando o cara...

BARNEY: Parece ser

mais difícil para os outros aceitar
ordens de mim porque pareço ridículo.

HOMEM: Então, Richard, gostaria de tentar
algumas pinturas de corte, sabe,

onde aparecem 3/4 de você e
a mão está na frente de propósito.

E os olhos estão tipo...

BARNEY: Como que a história é sobre
um conflito entre a união de metalúrgicos

e a união de pedreiros,

Richard Serra me pareceu
um personagem chefe

que poderia liderar os metalúrgicos.

-Assim, Matthew?

-Muito bom, legal.

Com certeza, Richard tem sido uma
grande influência na minha obra.

E em particular, o "Throwing lead"
peças que ele fez no fim dos anos 60.

SERRA: Acho que um cara como
Matthew olha para a minha obra

e tem um certo tipo de fisicalidade
que ele reconhece na obra,

onde ele sente que sua sensibilidade
pode se ligar com aquela fisicalidade.

Albeit, ele tem um jeito muito, muito
diferente de ver o mundo,

através de imagens, não de modelos.

-BARNEY: Torça um pouco mais
na parte superior do corpo, bom.

-Olhos direto na lente, bom.
Dá uma olhada rápida. É estranho.

BARNEY: Sabe, de certa forma,
muitos de meus personagens precisam

fazer coisas que realmente tem
algo a ver com façanhas físicas

ao invés de uma performance educada

de qualquer jeito.

-Ok, vamos nessa.

-HOMEM: Vamos finalizar, gente.

-BARNEY: Três, dois, um,
comecem de baixo, e ação.

O arquiteto, interpretado por Richard
Serra, é mostrado jogando Vaselina

de cima do quinto andar,

do mesmo jeito que ele jogou
chumbo quente no fim dos anos 60.

Os meus tipos preferidos de trabalho
na escola de artes,

aquelas foram as primeiras peças
que eu realmente entendi.

-E três, dois, um, e ação.

Personagens como Harry Houdini, Gary
Gilmore, Norman Mailer e Ursula Andress,

de certa forma...

tem o tipo de fisicalidade
em comum sobre o jeito que

a violência é sublimada na forma
de algum modo.

É isso o que "Throwing lead" é pra mim.

E acho que aquilo, é meio que
o tema central do meu projeto.

Acho que estamos apenas tentando acertar
sabe, para a cena dar certo,

sem dar a impressão de julgamento,
na verdade.