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E o segundo tipo de alimento chama-se
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impressão sensorial.
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Este tipo de nutriente chega-nos
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através dos olhos,
ouvidos, nariz, língua, corpo e mente.
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Consumimos
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ao ler artigos.
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Quando lês um artigo, estás a consumir,
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e esse artigo pode conter
muitas toxinas como:
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desejo,
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violência,
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medo,
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discriminação,
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ódio.
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Quando vês televisão, estás a consumir,
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porque o programa de televisão
pode estar cheio de venenos.
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Quando conduzes pela cidade,
também estás a consumir,
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porque o que vês em termos
de publicidade,
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o que ouves, também em forma de publicidade,
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são igualmente formas de consumo.
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Tu não dizes: “Quero consumir”,
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mas obrigam-te a consumir.
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Ao conduzir pela cidade,
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és forçado a ver este tipo de publicidade.
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E é por isso que a atenção plena nos ajuda
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a proteger-nos através da prática de
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consumo consciente,
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que é o tema do
quinto treino de atenção plena.
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Os nossos jovens veem televisão
durante várias horas por dia,
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talvez duas, três ou mais,
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porque os pais estão muito ocupados.
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E, ao verem televisão,
permitem que as sementes do desejo,
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da violência,
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cresçam dentro deles,
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alimentando-se continuamente,
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e isso é muito perigoso.
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Até as conversas podem ser altamente tóxicas.
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O que a outra pessoa diz
pode estar cheio de ódio
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ou desespero.
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E, após uma hora a ouvi-lo ou ouvi-la,
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ficas paralisado,
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tanta toxina no que ela disse.
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Por isso, não ouças demasiado
esse tipo de conversa.
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E se fores psicoterapeuta,
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não é sensato passares o dia inteiro
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a ouvir o sofrimento das pessoas.
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Porque também tens sementes de sofrimento em ti,
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e se continuares a escutá-las,
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as tuas próprias sementes de sofrimento
serão
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continuamente regadas
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e, um dia, ficarás doente
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e terás de ir a outro terapeuta.
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(risos)
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E é por isso que
a prática de um terapeuta
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deve incluir tempo suficiente
para entrar em contacto com...
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com o paraíso.
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Ele ou ela deve ter tempo
para praticar a caminhada,
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a meditação sentada,
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para se ligar às maravilhas da vida,
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para sua própria nutrição,
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solidez,
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de modo a que o terapeuta
tenha força suficiente
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para fazer o seu trabalho
de escutar o sofrimento.
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E tens de conhecer os teus limites.
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Se a tua capacidade é atender
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seis pessoas por dia,
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não tentes fazer mais do que isso.
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Vais acabar por te queimar.
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O teu sofrimento vai aumentar
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ao ponto de não conseguires continuar.
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Por isso, como terapeuta,
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tens de praticar
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desta forma,
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entrar em contacto com a Terceira Nobre Verdade.
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Entrar em contacto com os
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elementos refrescantes e curadores
para te nutrires,
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usar a atenção plena para olhar profundamente
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para a fonte do bem-estar
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e praticar o consumo consciente
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para que, para que
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as sementes negativas em ti
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não sejam regadas.
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Temos seis portas
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para Deus.
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Colocámos um
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inspector,
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um soldado
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em frente a cada porta.
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A porta dos olhos,
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a porta dos ouvidos,
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a porta do nariz,
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a porta da língua,
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a porta do corpo,
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e a porta da mente.
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E não permitimos
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que os inimigos
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penetrem na tua cidadela.
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Essa é a prática do
consumo consciente.
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Escolhes o filme,
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escolhes o artigo,
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escolhes a música,
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escolhes o tipo de conversa
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que não trará toxinas, venenos
para dentro de ti.
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Esta é a prática de auto-proteção
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e de proteção da tua família,
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da tua comunidade.
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É muito urgente.
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Passo número um:
o quinto treino de atenção plena.
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A prática básica
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para ti e para a tua comunidade.
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Se não o fizeres,
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então elas — as sementes — crescem muito,
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e tendem a empurrar
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a porta
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da consciência mental para subir.
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Normalmente,
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dizemos que a consciência armazenadora
é como a cave,
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e a consciência mental
é como a sala de estar.
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E tudo o que não gostamos,
guardamos na cave.
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Queremos manter a
sala de estar bonita.
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Mas os blocos de sofrimento em ti
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não querem ficar na cave,
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no porão.
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Se se tornam muito fortes,
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simplesmente empurram a porta
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e instalam-se ali sem serem convidados.
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Especialmente durante a noite,
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quando não tens meios de controlo,
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elas empurram a porta
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e entram na consciência mental.
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E também durante o dia,
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a violência,
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o desejo,
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o ódio, a raiva
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pressionam com força.
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Porque lhes permitiste crescer todos os dias
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através do consumo inconsciente.
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E é por isso que tentas resistir,
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tentas fechar a porta
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com firmeza.
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Ergues uma espécie de bloqueio ali.
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Não lhes permites entrar,
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reprimes-nas.
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E como reprimes?
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Tu...
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Tentas
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encher a consciência mental
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com outras coisas.
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E fazes isso através do consumo.
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Não te sentes bem,
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sentes que algo está a vir ao de cima,
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então ligas música
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para manter a mente ocupada.
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Pegas no telefone e falas,
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pegas no carro e sais,
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ligas a televisão,
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fazes tudo para manter
a sala de estar ocupada,
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para que esses blocos de dor
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não tenham hipótese de emergir.
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Essa é a política
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que muitos de nós
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adotamos.
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E o mercado exterior
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oferece-nos
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muitos itens para trazer para a sala de estar
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e a manter sempre cheia,
24 horas por dia.
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Porque tens medo que eles emerjam.
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E sabes de uma coisa? Aquilo que consomes—
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como a televisão,
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como um romance—
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pode também conter
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muitas toxinas,
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como desejo,
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ódio,
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violência.
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E, enquanto consomes assim,
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esses venenos descem
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para a consciência armazenadora.
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E então, esses blocos de sofrimento
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crescem.
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Porque são fruto
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do consumo inconsciente
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no passado,
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e agora, o consumo inconsciente
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no momento presente
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continua a fazê-los crescer ainda mais.
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E isso é uma situação
muito, muito perigosa.
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E por isso, o primeiro passo é parar
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esse tipo de consumo inconsciente,
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impedir que essas sementes, que já são fortes,
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continuem a crescer.
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O primeiro passo:
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consumo consciente.
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E tens de discutir a estratégia
do consumo consciente
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com a tua pessoa amada,
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com os membros da tua família.
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Têm de se reunir de emergência,
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como o conselho de ministros de um governo,
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reunir-se de emergência
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para discutir uma estratégia de auto-proteção,
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proteção da família,
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do casal.
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Consumo consciente
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é o tema do
quinto treino de atenção plena.