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Alguma vez pensarm como é que Veneza, uma cidade construída sobre a água, se tornou numa das cidades mais poderosas e ricas da história?

Neste vídeo, revelamos a extraordinária história de Veneza, desde o seu humilde início como refúgio para os cidadãos romanos que fugiam dos hunos, até à sua ascensão como uma maravilha da engenharia medieval. Descubram como os venezianos transformaram uma lagoa lamacenta numa próspera metrópole sem estradas, sem terra e sem água doce. Iremos explorar as técnicas engenhosas que utilizaram para construir fundações estáveis, construir canais e pontes icónicas e desenvolver um sistema único de gestão de água doce e de resíduos.

Juntem-se a mim enquanto modelamos a complexa infraestrutura de Veneza e revelamos os segredos do seu sucesso duradouro. Não se esqueça, de ficar até ao final deste vídeo para saber mais sobre o nosso próximo sorteio.

Legendas em português de Margarida Mariz (2025)

Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com

Estamos no ano 452.

O Império Romano está à beira do colapso

e os Hunos acabaram de atacar
o norte da Itália.

Várias cidades estão totalmente destruídas

forçando a população local a fugir.

Dirigem-se para uma lagoa
próxima da costa

e refugiam-se em diversas pequenas ilhas,

uma decisão que, sem dúvida,
lhes vai salvar a vida.

Contra tudo e contra todos, esta pequena
civilização acaba por criar

um dos mais espantosos feitos
de engenharia

a que o mundo já assistiu.

Veneza.

Apesar de não haver estradas,
nem terras, nem água potável,

os venezianos conseguiram
transformar um pântano lamacento

na cidade mais poderosa
e mais rica da sua época.

Est disposição única
de canais e pontes

entrelaçados em centenas de ilhas

tornaram Veneza extremamente acessível

e ela tornou-se no epicentro
de todos os negócios.

Fizemos um modelo de tudo

para mostrar o que se passa
por baixo da superfície

e como um projeto inteligente
e uma engenharia medieval

permitiram conquistar o mundo.

Quando chegaram os primeiros refugiados

para iniciar uma nova vida nas ilhas

encontraram a pior superfície possível
para construção.

As pequenas ilhas pantanosas
eram feitas de uma argila muito macia

que quase não aguentavam
o peso duma pessoa

quanto mais duma cidade.

Para criar fundações
estáveis para os edifícios

os Venezianos foram buscar grandes postes
de madeira às florestas da Croácia

e começaram a introduzi-los no terreno.

Enterraram-nos a uns 5 metros
de profundidade

até atingirem uma camada de barro
muito mais dura.

Isso não só estabilizou os postes,

como o facto de estarem
muito perto uns dos outros

comprimiu o barro envolvente,

afastando a água e tornando-o
muito mais resistente.

Depois de os postes estarem
firmemente assentes no terreno,

cortaram-lhes o topo
e colocaram tábuas de madeira por cima

para distribuir a carga.

Depois, colocaram blocos especiais
de pedra de Istria

para construir as fundações acima da água.

Este projeto foi um golpe de génio

porque os postes de madeira
ficaram selados, sem contacto com o ar

impossibilitando-os de apodrecerem.

Até hoje, quase todos os postes originais

continuam em condições excelentes

e continuam a aguentar a cidade de pé.

Depois de as fundações estarem
devidamente constituídas,

foram construídos os edifícios.

Os venezianos começaram a usar
a madeira para as casas

mas, depois de inúmeros incêndios,

mudaram para o tijolo.

Para manter os edifícios
tão leves quanto possível,

só podiam ter no máximo
três pisos de altura.

Tiveram de usar argamassa
em vez de cimento

porque era mais flexível

e permitia que todo o edifício
tivesse flexibilidade

quando o terreno por baixo
se movesse lentamente.

As paredes interiores eram construídas
num padrão de tabiques

que também eram flexíveis,
como uma treliça.

As paredes das fachadas
com grandes janelas e desenhos de pedra.

tornavam-nas mais pesadas

e, por isso, a fim de impedir
que elas caíssem,

estavam presas ao chão,
através de varas de ferro,

mantendo unida a estrutura do edifício.

Este método de construção
funcionou bem

e, em breve, várias ilhas na lagoa
foram tratadas desta forma.

Em vez de se expandirem para fora,
como a maioria das cidades,

estas ilhas expandiram-se
umas atrás das outras.

A princípio, os barcos eram a única forma
de comunicar entre as ilhas

mas, por fim, as ilhas
começaram a juntar-se

e era possível atravessar muitas delas

simplesmente, a cavalo, em águas baixas.

O passo seguinte na evolução de Veneza,

foi ligar as ilhas.

Surpreendentemente, não havia pontes

nos primeiros 500 anos
da existência de Veneza.

Mas, à medida que a população aumentava

e os negócios começaram a aumentar,

tinha de haver uma forma mais fácil
de chegar a Rialto,

o centro financeiro de Veneza.

Assim, o Doge de Veneza
instituiu um prémio

para o engenheiro que concebesse
a melhor ponte.

Anunciou isso, colocando pósteres Displate
por toda a cidade.

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Para transformar Veneza
de um conjunto de ilhas

numa cidade movimentada,
era preciso construir pontes.

A primeira tentativa foi
uma simples ponte flutuante

que ligava as duas maiores
secções de Veneza

e proporcionavam um acesso rápido
à área de Rialto.

A ponte foi posteriormente melhorada
para uma ponte de madeira

que acabou por ser consumida
num incêndio e desapareceu

antes de acabar por ser substituída

por uma ponte de pedra
muito mais resistente.

Para a construir, foram cravadas
mais de 12 000 estacas de madeira

nas margens do canal

e colocadas 10 000 toneladas
de pedra por cima,

para formar a ponte.

Até hoje, a ponte continua ali

e serve como principal artéria
no centro de Veneza.

Depois disso, começaram a aparecer
pontes de pedra por toda a parte

transformando Veneza
numa cidade compacta

feita totalmente de canais,
em vez de estradas.

Isso deu a Veneza uma vantagem única

visto que os canais permitiam
que os bens e o tráfico

circulassem rapidamente
por todas as partes da cidade.

A sobreposição confusa de pedestres
e tráfego de veículos e carroças

não existia em Veneza

visto que passeios e os canais
estavam totalmente separados.

Mas as pessoas podiam mudar
entre os dois, sem dificuldade.

sem se atrasarem.

Entretanto, a cidade tornara-se

na cidade mais poderosa
e mais rica da Europa.

Tudo o que se comprava e vendia
passava por Veneza

e os venezianos ganhavam
quantidades monstras de dinheiro.

Mas, à medida que os negócios aumentavam,
também aumentava a população

e o consumo de água potável
estava descontrolado.

Apesar de estarem rodeados de água,
Veneza não podia usá-la

visto que era demasiado salgada
e imprópria para consumo.

Sem nascentes naturais nem rios,
para abastecimento de água potávek,

Veneza dependia de barcos
que traziam água do continente

mas para 170 000 pessoas

o consumo era demasiado

e os engenheiros venezianos
tiveram de ser criativos.

Desde o início que as ilhas venezianas
eram construídas em volta de quadrados

que, inicialmente, eram áreas vazias
para os animais pastaem.

A ideia foi usar esses quadrados
para recolher a água da chuva.

Começaram por escavar grandes áreas
por baixo de todo o quadrado

e revestir as paredes
com uma espessa camada de barro

para ficarem impermeáveis.

Depois, o espaço foi preenchido
com areia e pedras

e a superfície revestida de azulejos

que conduziriam a água
para cada canto do quadrado.

Daí, a água da chuva escorria para a bacia

e ia sendo filtrada através
da areia e das pedras

até atingir o poço principal
no centro do quadrado.

Para maximizar a área da superfície
para recolha da água,

os telhados dos edifícios vizinhos
foram munidos de caleiras

que dirigiam a água para o quadrado
e para os esgotos.

Veneza passou a ser um enorme funil

que enchia mais de 600 poços
em toda a cidade.

Os venezianos tinham voltado
a conceber uma obra prima

para salvar a cidade.

Mas havia ainda um problema enorme.

Os desperdícios.

Até essa altura, as pessoas atiravam
todos os desperdícios pela janela fora,

parte dos quais aterravam no canal.

Mas para quem não vivia
a curta distância de um canal,

a urina, as fezes
e os alimentos apodrecidos

acabavam no meio da rua.

Assim, no século XVI,

os venezianos começaram a construir
uma rede de túneis subterrâneos

que recolhiam os desperdícios
de cada edifício

e os encaminhavam para o canal.

Quando a maré da lagoa baixava

os desperdícios sólidos
depositavam-se no fundo

e os líquidos fluíam naturalmente
para os canais.

E quando a maré subia,
inundava os túneis

e arrastava os desperdícios sólidos
para o canal.

O movimento da maré
subindo e descendo duas vezes por dia

substituía a água suja
por água limpa do mar

libertando Veneza
de todos os desperdícios.

A água extremamente salgada
funcionava como um forte desinfetante

e graças a este sistema,
as ruas passaram a ficar limpas.

Espantosamente, quase todas
estas engenharias criadas em Veneza

ainda se mantém funcionais.

As pontes, os canais, os edifícios
são todos relíquias antigas

assentes numa floresta

que tem sustentado toda a cidade
há mais de mil anos.

Chegámos ao espaço
do sorteio do Primal Space.

O vencedor do sorteio anterior
é Leon.

Parabéns!

No próximo vídeo, vamos sortear
este póster de Veneza.

Só precisam de se inscreverem
na ligação abaixo,

atribuírem um "like" ao video
e deixarem um comentário

dizendo o que pensam de Veneza.

Muito obrigado por assistirem

e até ao próximo vídeo.