Não comas o marshmallow

Nesta curta apresentação em TED U, Joachim de Posada partilha um extraordinário ensario sobre recompensa retardada -- e como isso pode prognosticar sucessos futuros. Com um impagável vídeo de crianças esforçando-se ao máximo para não comer o marshmallow.

Estou aqui porque tenho uma mensagem muito importante.

Penso que encontrámos

o factor mais importante para o sucesso.

E foi encontrado perto daqui, em Stanford.

Um professor de psicologia pegou em crianças de quatro anos

e deixou, cada uma delas, sozinha numa sala.

A cada uma delas, uma criança de quatro anos, disse o seguinte:

"Johnny, vou deixar-te aqui com um 'marshmallow',

durante 15 minutos.

Se, quando eu voltar, o marshmallow ainda estiver aqui,

dou-te outro. Assim ficarás com dois."

Dizer a uma criança de quatro anos para esperar 15 minutos

por alguma coisa de que ela gosta,

é o equivalente a dizerem-nos: "Bem, trago-te o café daqui a duas horas."

(Risos)

Exactamente a mesma coisa.

Então, o que aconteceu quando o professor deixou a sala?

Assim que a porta se fechou....

duas em cada três crianças comeram o marshmallow.

Cinco segundos, 10 segundos, 40 segundos, 50 segundos,

dois minutos, quatro minutos, oito minutos,

Alguns aguentaram 14 minutos e meio.

(Risos)

Não conseguiram. Não puderam esperar.

O interessante é que uma em cada três

olhou para o marshmallow e fez isto ...

Olhou para ele.

Pousou-o novamente.

Andavam à volta da sala. Brincavam com as saias ou as calças.

Essa criança já, aos quatro anos, compreendeu

o princípio mais importante para se ter sucesso.

Que é a capacidade de saber esperar pela recompensa.

Auto-disciplina,

o factor mais importante para o sucesso.

15 anos depois, 14 ou 15 anos depois,

foi feito um estudo de seguimento.

O que é que descobriram?

Foram procurar essas crianças que tinham agora 18 e 19 anos.

E descobriram que cem por cento

das crianças que não comeram o marshmallow eram bem sucedidas.

Tinham boas notas. Estavam a progredir maravilhosamente.

Eram felizes. Tinham os seus próprios planos.

Tinham boas relações com os professores e os colegas.

Estavam bem.

Uma grande percentagem das crianças que tinham comido o marshmallow,

estava com dificuldades.

Não tinham conseguido entrar para a faculdade.

Tinham más notas. Alguns tinham desistido.

Alguns ainda continuavam a estudar mas com maus resultados.

Uns poucos tinham boas notas.

Eu tinha uma pergunta na minha cabeça: Reagiriam as crianças

de origem hispânica da mesma forma que as americanas?

Assim, fui até à Colômbia. E reproduzi a experiência.

Foi bastante engraçado. Trabalhei com crianças de quatro, cinco e seis anos.

Deixem-me mostrar-vos o que aconteceu.

(Risos)

O que aconteceu na Colômbia?

Duas em cada três crianças hispânicas, comeram o marshmallow.

Uma em cada três não o comeu.

Esta miúda foi interessante.

Ela comeu o interior do marshmallow.

(Risos)

Noutras palavras, ela queria que pensássemos que não o tinha comido, para conseguir ter dois.

Mas, de facto, comeu-o.

Sabemos que ela será bem sucedida. Mas temos que a manter debaixo de olho.

(Risos)

Ela não deverá trabalhar no sector bancário, por exemplo,

ou com uma caixa registadora.

Mas será bem sucedida.

E isto aplica-se a tudo. Até mesmo a vendas.

O vendedor que --

Diz o cliente: "Eu quero aquilo." E o vendedor diz: "Certo, aqui tem."

Esse vendedor comeu o marshmallow.

Se o vendedor disser: "Só um momento.

Deixe-me fazer-lhe algumas perguntas para saber se está a fazer uma boa escolha."

Então, esse vendedor, venderá muito mais.

E isto aplica-se a todos os aspectos da vida.

Quero terminar com -- os coreanos fizeram isto.

Sabem? Isto é tão bom

que queremos um livro-marshmallow por criança.

Fizeram um para cada criança. E agora estão por toda a Coreia.

Estão a ensinar a essas crianças esse princípio exactamente.

E precisamos aprender esse princípio aqui nos Estados Unidos.

Porque nós temos uma dívida enorme.

Estamos a comer mais marshmallows do que aqueles que produzimos.

Muito obrigado.