Esta pintura revela uma realidade trágica
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0:08 - 0:10O Santo Matrimónio
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0:11 - 0:14Esta pintura chama-se "A Noiva Hesitante",
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0:14 - 0:19também conhecida como "A Noiva Relutante",
de Auguste Toulmouche. -
0:19 - 0:20Hesitante?
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0:20 - 0:22Relutante?
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0:22 - 0:23Não sei.
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0:23 - 0:26Se me perguntarem,
isto parece-me pura raiva. -
0:26 - 0:30Somos colocados numa sala
ricamente decorada. -
0:30 - 0:33Os nossos olhos são imediatamente
atraídos para uma jovem noiva -
0:33 - 0:36sentada na parte central do quadro,
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0:36 - 0:39banhada por uma luz brilhante
vinda do lado oposto da sala. -
0:39 - 0:42Tem a cabeça levemente
inclinada para baixo, -
0:42 - 0:44os sobrolhos franzidos
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0:44 - 0:46e olha diretamente para nós.
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0:46 - 0:50A raiva e o desafio ardem nos seus olhos.
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0:50 - 0:52Estará ela a preparar-se para o casamento
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0:52 - 0:55ou estaremos a assistir a consequências?
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0:55 - 0:57Não podemos ter a certeza.
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0:57 - 1:00Mas uma coisa é certa
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1:00 - 1:04- não é assim que se deve estar
no dia do casamento. -
1:05 - 1:08Tem um penteado elegante
com uma trança de sereia -
1:08 - 1:10que forma uma coroa no topo da cabeça,
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1:10 - 1:13um pequeno bouquet de noiva
poisado no colo. -
1:13 - 1:16Tem um elegante vestido de noiva
de cetim branco -
1:16 - 1:19que cai em pregas até ao chão.
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1:19 - 1:21O tecido acumula-se em volta
de um banquinho para pés -
1:21 - 1:24revelando os sapatos de cetim branco.
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1:24 - 1:26Duas mulheres jovens rodeiam a noiva.
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1:26 - 1:31Parecem ser da idade dela,
talvez amigas ou irmãs. -
1:31 - 1:35A mulher à esquerda da noiva
tem um vestido de veludo vermelho, -
1:35 - 1:38está ajoelhada no chão
e agarra na mão dela. -
1:38 - 1:40A outra, de pé, está inclinada
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1:40 - 1:43e segura gentilmente
na mão direita da noiva, -
1:43 - 1:45e beija-a na testa.
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1:45 - 1:47Tem um xaile em volta
do seu vestido de cetim azul. -
1:47 - 1:50Os acessórios dela estão atirados
para a cadeira por trás dela. -
1:50 - 1:53Quase podemos imaginá-la
a atirá-los para ali, -
1:53 - 1:56quando correu para a sala
para consolar a noiva. -
1:56 - 2:00Embora as duas raparigas
pareçam estar a tentar consolá-la, -
2:00 - 2:03a noiva parece irritada e exausta,
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2:03 - 2:06cansada delas... cansada de tudo.
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2:06 - 2:11Ao fundo, vemos uma rapariga,
talvez a irmã mais nova da noiva. -
2:11 - 2:15Experimenta o toucado da noiva
e admira-se ao espelho, -
2:15 - 2:18aparentemente perdida em pensamentos,
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2:18 - 2:21talvez imaginando o dia do seu casamento,
num futuro distante. -
2:21 - 2:24Esta rapariga pode simbolizar a inocência
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2:24 - 2:29ou refletir a forma como a “noiva relutante”
se sentia em relação ao casamento, -
2:29 - 2:33antes de se aperceber totalmente
daquilo em que se estava a meter. -
2:33 - 2:37A decoração e a mobília
são imaculadas e caras. -
2:37 - 2:40Uma tapeçaria requintada
decora a parede posterior -
2:40 - 2:43e cria uma moldura em volta
das três raparigas em primeiro plano. -
2:43 - 2:47Parece não acabar, acentuando
a altura do teto, -
2:47 - 2:50portanto, a noiva é obviamente abastada
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2:50 - 2:53— pelo menos, a família dela é —
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2:53 - 2:56mas também sabemos que ela é rica
por causa do vestido branco. -
2:58 - 3:03Eu explico, o vestido de noiva
é feito de uma seda cara -
3:03 - 3:05e, como a autora Lucy Johnston assinala,
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3:05 - 3:09orlado com largas faixas
de raposa do ártico branca, -
3:09 - 3:11uma pele luxuosa muito dispendiosa
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3:11 - 3:13que devia ter sido apanhada na Natureza,
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3:13 - 3:16muito provavelmente no norte do Canadá
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3:16 - 3:17e importada por Londres.
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3:17 - 3:20Hoje, os vestidos brancos
são sinónimos de casamento -
3:20 - 3:23mas isso nem sempre foi assim.
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3:23 - 3:27A moda do vestido de noiva branco
começou com a Rainha Vitória -
3:27 - 3:31que usou um quando casou
com o Príncipe Alberto, em 1840. -
3:31 - 3:34Embora tenha levado o seu tempo
para este estilo pegar, -
3:34 - 3:39Na época em que esta pintura foi feita,
só as noivas ricas usavam branco. -
3:39 - 3:43Johnston também acrescenta que as mulheres
cada vez optaram mais pelo branco. -
3:43 - 3:47porque significava pureza, limpeza
e refinamento social -
3:47 - 3:50As menos abastadas,
ou as de espírito mais prático, -
3:50 - 3:54optavam pelo azul pálido,
pelo cinzento rola ou pelo fulvo, -
3:54 - 3:56que podiam usar em ocasiões especiais.
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3:56 - 3:58muito depois do evento.
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3:58 - 4:03Auguste Toulmouche apresentou esta obra
no Salão de Paris de 1866, -
4:03 - 4:07onde foi originalmente intitulada
“O casamento de conveniência”. -
4:07 - 4:09Isto dá-nos uma pista crucial:
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4:09 - 4:13a jovem noiva está provavelmente a ser forçada a um casamento arranjado.
Isto significa que os pais da noiva provavelmente escolheram o marido por ela e, provavelmente, ela não teve uma palavra a dizer, se é que teve alguma. Então... esse olhar é realmente dirigido a nós, ou aos pais dela
- Title:
- Esta pintura revela uma realidade trágica
- Description:
-
Esta peça chama-se "A Noiva Hesitante", também conhecida como "A Noiva Relutante", de Auguste Toulmouche. Somos colocados numa sala de estar ricamente decorada. Os nossos olhos são imediatamente atraídos para uma jovem noiva sentada na parte inferior central do quadro, banhada por uma luz brilhante vinda do lado oposto da sala. A raiva e o desafio ardem nos seus olhos. Estará ela a preparar-se para o casamento ou estaremos a assistir a consequências? Não podemos ter a certeza. Mas uma coisa é certa - não é assim que se deve estar no dia do casamento.
Duas mulheres jovens rodeiam a jovem noiva. Parecem ser da idade dela - talvez amigas ou irmãs. Embora as duas raparigas pareçam estar a tentar consolá-la, a noiva parece irritada e exausta... por elas... por tudo. Ao fundo, vemos uma rapariga jovem, talvez a irmã mais nova da noiva. Está a usar o toucado da noiva e admira-se ao espelho, aparentemente perdida em pensamentos - talvez imaginando o dia do seu próprio casamento, num futuro distante. Esta rapariga pode simbolizar a inocência ou refletir a forma como a “noiva relutante” se sentia em relação ao casamento, antes de se aperceber completamente daquilo em que se estava a meter.
Auguste Toulmouche apresentou esta peça no Salão de Paris de 1866, onde foi originalmente intitulada “O casamento de conveniência”.
Isto dá-nos uma pista crucial: a jovem noiva está provavelmente a ser forçada a um casamento arranjado. Isto significa que os pais da noiva provavelmente escolheram o marido por ela e, provavelmente, ela não teve uma palavra a dizer, se é que teve alguma. Então... esse olhar é realmente dirigido a nós, ou aos pais dela?
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com
- Video Language:
- English
- Duration:
- 12:16
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for This painting revealed a tragic reality | |
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