Catarina de Aragão: Reconstruções faciais & Documentário Histórico otico

Catarina de Aragão é uma figura um pouco esquecida na esfera Tudor. É frequentemente ignorada nos espetáculos dramáticos e considerada simples ou mesmo aborrecida. Mas foi uma figura incrivelmente interessante da história europeia. Também não sabemos exatamente qual era o seu aspeto - há algumas controvérsias quanto aos seus retratos. Vamos ver as minhas recriações e aprender a sua história.

Legendas em português de Margarida Mariz (2025)

Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com

Introdução

Olá a todos, bem-vindos de novo
a Royalty Now Studios

onde recriamos figuras famosas
do passado

e falamos da história delas.

Hoje o tema é Catarina de Aragão

que viveu uma vida fascinante
entre a sua infância

enquanto filha
dos reis católicos de Espanha

e os casamentos com dois
príncipes de Inglaterra,

incluindo o famigerado
rei Henrique VIII.

No primeiro episódio exploramos
a vida e a história dela

e depois os seus retratos

e para o aspeto que ela devia ter.

No final, ou revelar-vos múltiplas
novas recriações de Catarina.

Avancemos, para começar.

A história de Catarina de Aragão

Catarina de Aragão nasceu
em Madrid, Espanha,

a 16 de dezembro de 1485.

Em criança, em Espanha,
chamavam-lhe Catalina

mas, depois, o nome foi
modificado em Inglaterra para Catarina

e é esse o nome que eu vou usar
em todo o vídeo.

Catarina nasceu

numa família real, de grande poder.

É a filha mais nova

de Fernando II de Aragão
e isabel I de Catela.

Os pais dela ficaram conhecidos
pelos Reis Católicos

e eram considerados por todos
como importantes monarcas de Espanha.

Efetivamente, uniram a Espanha
através do casamento

e tornaram-na num dos países
mais poderosos da Europa.

Uma aliança com a Espanha seria
imensamente benéfica para qualquer país.

Assim, desde tenra idade,
Catarina foi considerada

uma valiosa moeda de troca
no mercado casamenteiro da Europa.

De facto, aos três anos,
já estava prometida

ao príncipe Artur,
o herdeiro do trono de Inglaterra.

Catarina foi escolhida
para futura rainha de Inglaterra

por razões específicas.

Primeiro, tinha uma natureza doce,
era inteligente

e obviamente, muito bem educada.

Tinha sido criada para ser rainha.

Em segundo lugar, havia
uma coisa muito mais interessante.

Catarina de Aragão, tecnicamente,
tinha uma pretensão ao trono de Inglaterra

muito mais forte
do que o próprio rei de Inglaterra,

Henrique VII.

Era descendente da segunda mulher
de João de Gaunt

enquanto o rei Henrique VII
era descendente

da sua terceira mulher,
Katherine Swynford.

e os filhos tinham nascido
fora do matrimónio

e foram impedidos
de sucederem ao trono de Inglaterra.

Embora Henrique VII
tenha conquistado o trono pela força,

sendo o último rei de Inglaterra
a fazer isso,

a monarquia Tudor não fora aceite
por todos os reinos europeus.

Catarina é proveniente
da Casa de Trastâmara

que era uma das casas mais poderosas
na Europa, naquela época.

O casamento com aquela casa significava
segurança para a dinastia Tudor.

Qualquer herdeiro que nascesse
de Catarina e Artur

teria uma indiscutível pretensão
ao trono de Inglaterra.

Por fim, a parceria
entre Inglaterra e Espanha

podia acalmar a hostilidade
francesa existente

com que a Inglaterra lidava há anos.

Catarina e Artur casaram
por procuração em 1499

e casaram oficialmente em Inglaterra
em novembro de 1501

quando ambos tinham apenas 15 anos.

Pouco se sabe quanto às primeiras
impressões de cada um deles

mas Artur escreveu aos sogros,
afirmando-lhes

que seria um marido fiel e apaixonado.

Infelizmente, os dois estariam casados
apenas durante quatro curtos meses.

No início de 1502, ambos foram
afetados por um "vapor maligno",

a doença inglesa do suor.

Catarina recuperou,
mas Artur não.

Foi um golpe inesperado para toda a gente.

O plano que a família tinha
para uma aliança com a Espanha

ficou feito em estlhas.

E o substituto de 10 anos,

o futuro Henrique VIII,

não estava previsto vir a ser
rei de Inglaterra.

Muito rapidamente, dá-se uma substituição
e o jovem Henrique

passa ser o novo Príncipe de Gales.

Os estudos dele tiveram
de mudar muito rapidamente

do ensino geral para a formação
do futuro rei.

O problema a seguir era
o que fazer com Catarina?

Henrique VII, o rei recém-viúvo

continuava a precisar
da aliança com a Espanha

e do dote que Catarina oferecia

e que, a propósito, era um
dos maiores jamais oferecido

por uma princesa da Europa.

Henrique VII tentou negociações
para casar com Catarina.

Mas a rainha Isabel recusou.

Não queria que a filha casasse
com um rei idoso de Inglaterra

e, assim, apareceu obviamente a ideia

de que Catarina
devia manter-se em Inglaterra

e devia casar
com o seguinte herdeiro do trono,

o jovem Henrique, que só tinha
12 anos, naquela altura.

Assim, a 25 de junho de 1503,
ficaram comprometidos

e o plano de manter Catarina
em Inglaterra impõs-se,

na sua maior parte.

Mas em 1504, a mãe de Catarina,
morre a rainha Isabel .

A rainha Isabel era uma forte apoiante
do par Henrique e Catarina

mas Fernando, o pai dela. não.

Fernando queria a filha de volta
a Espanha, ao pé dele

e adiava o pagamento do resto do dote

e, além disso, não seria fácil
Henrique e Catarina casarem.

Com base no facto de que ela
tinha sido casada com o irmão,

eles tiveram de requerer
uma dispensa especial do Papa.

Passaram-se anos de incerteza.

Em 1507, Catarina acaba por fazer

o papel de embaixadora
de Espanha em Inglaterra

e é a primeira mulher embaixadora
da História Europeia.

Mostraria aí todo o seu valor
e a sua inteligência

e gere esta relação tensa
entre Fernando e a Inglaterra

o que permitiu que os dois países
assinassem o Tratado de Westminster,

uma aliança dos dois países
contra a França.

O rei Henrique VII morre
a 21 de abril de 1509,

sete anos depois de Catarina
ter pisado o solo de Inglaterra

pela primeira vez.

O novo rei, Henrique VIII,
com 18 anos,

decide tomar como noiva Catarina,

com quem tem muito em comum.

A 11 de junho de 1509, casam
numa cerimónia espaventosa.

Nos primeiros anos do casamento
o casal está feliz e apaixonado.

Há muita confiança entre eles,

uma confiança que não se verá
nos subsequentes casamentos de Henrique.

Catarina era esperta e equiparava-se
ao marido em força diplomática.

Até funcionou como regente

quando Henrique esteve em campanha
em França, em 1513.

Numa manobra muito dramática,
o rei James IV da Escócia

usa esta vulnerabilidade
para declarar guerra à Inglaterra.

Apesar de estar no fim da gravidez,
Catarina cavalga para o norte

equipada para a batalha
para unir as tropas contra ele.

Os ingleses ganham a batalha de Flodden

e Catarina envia para casa

um pedaço ensanguentado
do manto do rei James

que morrera durante a batalha.

Embora o casal gozasse
duma relação estreita

no início do casamento,

a deterioração dessa relação
aparece devido à má sorte

em relação a filhos saudáveis.

Durante a época Tudor, as mulheres
eram consideradas rsponsáveis

pelo sexo e pela saúde dos bebés

e, claro, o objetivo duma rainha
era dar herdeiros varões

e garantir a segurança da dinastia.

Não se sabe exatamente quantas
vezes Catarina de Aragão engravidou

mas os estudiosos calculam
que fosse entre seis a nove.

Segundo o blogue de Claire Ridgway
sobre este tópico

as gravidezes documentadas de Catarina
e respetivos bebés foram as seguintes:

Primeiro, foi uma filha, nado-morta,
nascida 33 semanas depois do casamento

no início de 1510.

Em seguida, foi o nascimento de um filho,
Henrique, em 1511

que morreu tragicamente,
apenas com 52 dias de vida.

Em 1513, o filho que ela esperava,
quando cavalgou para norte,

morreu mal nasceu.

Em 1514, um filho nado morto.

Em 1516, o nascimento duma filha

que seria Mary,
a única criança sobrevivente,

e em 1518 uma filha nado-morta.

Eu acho que temos a tendência
para olhar para estas tragédias

através de lentes mais modernas

imaginando que não seriam uma coisa
tão devastadora naquela época

porque os bebés da época Tudor
morriam pequenos com frequência.

A hipótese de chegada a adulto
de uma criança Tudor

andava apenas nos 50%.

Mas essas perdas eram devastadoras

tanto para Catarina
como para o casamento com Henrique

Lentamente, deixaram de se amar.

Catarina ia envelhecendo

e em breve teria dificuldade
em voltar a engravidar.

Henrique começava a ficar inquieto
por não ter um herdeiro

e acreditava que a culpa
era de Catarina

e que era castigo de Deus
por casar com a mulher do irmão.

Ora bem, já falámos da série
de acontecimentos

que ocorrem nos sete anos seguintes,
com grande pormenor

no nosso recente vídeo
sobre Ana Bolena.

Portanto, vão procurá-lo

e nós vamos avançar,

resumindo o resto desses acontecimentos

e o resto da vida de Catarina.

Em 1525, Henrique enamora-se
da aia de Catarina,

Ana Bolena.

Em 1527, procura a anulação
junto do Papa,

tornando público o seu desejo
de se divorciar dela.

Ela rejeita veementemente
o pedido de divórcio

e ele não consegue convencer
o Papa nessa altura.

Em 1530, ao fim de 21 anos
de casamento e de lealdade inabalável,

Catarina é banida da corte
de Inglaterra para sempre.

Depois disso, Henrique
rompe com Roma,

e passa a ser o chefe
da Igreja de Inglaterra

e declara-se casado legalmente
com Ana Bolena

que é coroada rainha.

A partir daí, Catarina
afasta-se totalmente

passando o resto dos dias
no Castelo Kimbolton

confinando-se a um aposento

e só saindo de lá para assistir à Missa.

Durante tudo isto, Catarina
continuará a referir-se a si mesma

como única mulher de Henrique,
legalmente casada

e única rainha de Inglaterra
de pleno direito.

No final de dezembro de 1535,

Catarina escreveu
uma última carta a Henrique.

Na carta pedia a Henrique
que se lembrasse dele com amizade.

Aconselha-o a começar a pensar
ma saúde e na proteção da sua alma

sobre todas
as restantes coisas do mundo

que lhe tinham causado
tanto sofrimento, a ela,

e tantos dissabores, a ele,

Perdoa tudo a Henrique

pedindo-lhe apenas que ele seja
bom pai para a sua filha Maria

como ela sempre desejara.

As suas últimas palavras foram:

"Por fim, confesso que os meus olhos
vos desejam acima de todas as coisas."

No dia 7 de janeiro de1536,
Catarina de Aragão morre,

presumivelmente de cancro,
aos 50 anos.

A morte dela provocou
um enorme luto.

Henrique VIII e Ana Bolena
estão a festejar a notícia,

com grande aparato, do nascimento
recente da filha, Isabel.

Mais tarde, nesse mesmo dia,

quando o rei fica finalmente sozinho,

consta que chorou amargamente.

Enquanto fora rainha,

Catarina ganhara realmente
o amor do povo.

Adoravam-na.

Ela proporcionava imenso alívio
aos pobres

e patrocinava os estudiosos humanistas.

Mesmo os rivais dela na corte admiravam
a força e a generosidade dela.

Thomas Cromwell fez notar um dia

que, se não fosse o sexo dela.

ela podia ter desafiado
todos os heróis da História.

A filha dela, Maria, irá ser
uma rainha católica inabalável,

reinando de 1553 a 1558

como a primeira mulher monarca
de Inglaterra.

Catarina de Aragão foi de facto
uma das grandes rainhas de Inglaterra.

Qual era o aspeto de Catarina de Argão?

Assim, avancemos e falemos
sobre qual o aspeto dela.

Quanto às descrições físicas
que temos de Catarina,

ela era conhecida por ser gorducha
e de pele clara,

olhos azuis e um bonito
cabelo ruivo dourado.

Também era considerada
muito baixa para a época,

e tinha uma cara redonda
com grandes olhos.

Na sua juventude, foi descrita
como uma verdadeira beleza.

Mas, enquanto temos
uma sólida descrição física,

há realmente muita confusão
quanto às imagens dela.

Os retratos que lhe são atribuídos
enquanto a jovem Catarina

não se parecem nada
com os retratos dela

quando ela era uma mulher mais velha

o que provoca uma certa confusão
sobre qual era a verdadeira face dela.

Naquilo que se presume ser
a imagem mais jovem de Catarina

temos esta imagem com o título
"Retrato duma rapariga",

mas atualmente
não está confirmado.

Mas, por comparação, temos
este retrato da irmã dela, Joana,

que é feito pelo mesmo artista.

São de facto muito parecidas
e não é difícil acreditar

que estas duas raparigas são irmãs

e que este é de facto
um retrato de Catarina.

Depois, temos mais alguns retratos

do que se diz serem
de Catarina adolescente.

Este aqui é realmente muito bonito

e eu penso que vive
em muitas imaginações

quando se trata dela.

Eu baseei uma das minhas
recriações neste aqui

mas alguns estudiosos acham
que esta não é Catarina.

Acham que é a sua futura cunhada,
Mary Rose Tudor

que está representada nesta imagem.

Há bastantes indícios para isso

e, assim, o museu onde esta obra
está exposta

pôs-lhe a etiqueta de "Mary Tudor".

Por isso, vou pôr aqui a ligação

para outro ótimo artigo
de Claire Ridgway

se estiverem interessados em ler
mais sobre identificações incorretas

com os argumentos de ambos os lados
para identificação deste retrato.

Infelizmente, ainda não foi decidido
para nenhum dos lados.

A primeira imagem confirmada
que temos de Catarina

é por volta de 1520,

quando Catarina teria uns 35 anos.

Pensou-se inicialmente
ser um retrato de Catarina Parr,

mas posteriormente foi identificado
como de Catarina de Aragão.

Este retrato mostra Catarina
com um queixo forte, olhos pequenos

e um rosto bastante vulgar.

Quanto a mim, não se enquadra
muito bem nos outros retratos dela

e é, de facto, um pouco difícil

encontrar qualquer semelhança com eles.

Também temos duas miniaturas
Hornebolt confirmadas por volta de 1525.

Contudo, mesmo olhando
para estes dois retratos

pintados pela mesma pessoa

não parecem ser da mesma mulher.

Penso que uma das miniaturas
é mais parecida

com a pintura da Catarina jovem
do que a outra,

mas ela tem um rosto difícil de definir.

Também há alguns retratos
póstumos de Catarina

que, de certo modo, confirmam este estilo

mas foram pintados
muito depois da morte dela.

Por isso, acabamos com este tipo
de opiniões opostas quanto a Catarina.

Primeiro, por um lado, temos
esta rapariga muito bonita

com um rosto redondo, grandes olhos,

tudo aquilo que corresponde
à descrição de Catarina jovem.

Depois, claro, temos estes retratos
duma Catarina mais velha

que contradizem essa imagem.

Mas estas são as imagens que estão
confirmadas como sendo de Catarina,

Portanto, penso que temos
de acreditar nelas

em vez de numa imagem não confirmada.

Tenho um grande carinho por Catarina

e por isso, gosto mesmo
destes retratos mais antigos,

penso que eles mostram como ela
era uma mulher determinada e forte.

Recriações

Por isso, sem mais delongas,
vamos lá observar

as minhas recriações
de Catarina de Aragão.

OK, fico interessada em ouvir
os vossos pensamentos.

Acham que estes são ambos
retratos de Catarina de Aragão?

Ou eu, sem querer, dei-vos
uma recriação de Maria Tudor?

Digam-me o que pensam
nos comentários abaixo.

Não se esqueçam dos "likes"
e de subscrever,

para podermos continuar
a dar vida à História

e não se esqueçam de que
podem encontrar na loja Etsy

os retratos e estas recriações.

Fica aqui a ligação
e também na descrição.

Voltamos a ver-nos
no próximo tema.