-
Matt, muito obrigado pela presença
e por conversar conosco.
-
É um prazer tê-lo aqui.
Muito obrigado.
-
Helen, muito obrigado por ter vindo.
-
Vamos começar.
-
O tema do hipogonadismo
e da fertilidade
-
é extremamente importante,
-
porque a espermatogênese
é responsável pelo início da puberdade
-
e continua na vida adulta.
-
Começando com o Daniel,
por favor.
-
Temos residentes, temos estudantes…
-
aqui aprendendo sobre urologia.
-
Qual é a ligação entre a testosterona
e a fertilidade?
-
Para começar.
-
Obrigado por me receber, Leo.
É um prazer.
-
Acho que preciso falar em inglês mas,
se eu tiver dificuldades...
-
Você continua e, se precisar,
a gente muda o idioma.
-
Isso.
Bom…
-
A testosterona é central
-
quando falamos sobre espermatogênese.
-
{\an8}Isso é muito importante,
-
{\an8}esta questão é muito importante
-
{\an8}porque vemos uma tendência…
-
{\an8}Hoje em dia,
sabemos que os homens
-
{\an8}estão produzindo menos testosterona
do que produziam antigamente.
-
{\an8}Sim.
-
{\an8}Estamos diante de mais casos
de hipogonadismo do que no passado?
-
Ainda não temos uma resposta,
-
mas algumas pesquisas com metanálise
apontam que sim,
-
que estamos produzindo
muito menos testosterona do que antes.
-
Acho que podemos pensar
em diversos motivos diferentes
-
e talvez um dos principais
seja o desregulador endócrino.
-
O plástico, o bisfenol
e tudo que está relacionado com químicos
-
presentes no meio ambiente
-
e que entram em contato
com os alimentos que ingerimos,
-
com a água que bebemos.
-
Estamos…
-
ouvindo falar bastante
dos microplásticos,
-
que agora estamos ingerindo
muito microplástico…
-
com os alimentos
e com a água.
-
Então…
-
retornando à sua pergunta inicial,
-
para que a espermatogênese
comece bem,
-
o homem precisa de um nível adequado,
-
um nível alto
de testosterona intratesticular.
-
Sabiam que…
-
dentro dos testículos,
-
temos cerca de 40 vezes…
-
40 vezes…
-
-Mais testosterona.
-…mais testosterona
-
do que no sangue.
-
Isso mostra a importância
de bons níveis de testosterona
-
para começar
uma boa espermatogênese.
-
Quase tudo se resume à testosterona.
-
Sim. Matt, nós estamos em busca
de algum biomarcador…
-
Falamos sobre isso na plenária…
-
anterior.
-
Estamos em busca de um biomarcador
-
para determinarmos os níveis
de testosterona intratesticular.
-
Temos marcadores para progesterona,
-
AMH - hormônio anti-Mülleriano…
-
Você gostaria de algo assim
para os seus pacientes?
-
O que a literatura diz sobre isso?
-
Consegue nos dar algum direcionamento?
-
Quando penso
em testosterona e fertilidade,
-
penso na função global da testosterona.
-
Sua colocação foi excelente.
-
{\an8}Estamos vendo níveis
cada vez mais baixos de testosterona
-
{\an8}no mundo inteiro,
-
{\an8}em decorrência
das questões ambientais citadas.
-
{\an8}A contagem de esperma diminuiu.
-
Tudo ao mesmo tempo,
-
porque o testículo tem duas funções:
produzir testosterona e esperma.
-
A testosterona sai dos testículos
-
e pode ser afetada por
vários outros fatores,
-
como o ambiente, o sono.
-
O esperma nem tanto.
-
O melhor marcador da função testicular
é a análise do sêmen,
-
não o nível de testosterona.
-
Não gosto do nível de testosterona.
-
Ele varia de acordo com horário,
clima,
-
se você está doente
e outras variáveis.
-
A análise do sêmen
é um marcador mais estável
-
da função testicular.
-
Então, respondendo sua pergunta,
-
acho que a análise do sêmen
é pouco usada
-
em homens jovens com hipogonadismo,
-
principalmente quando
ele está em busca de um tratamento
-
ou quando o resultado
do nível de testosterona está baixo
-
e ele acha que há algo errado.
-
A questão é...
-
Peça uma análise do sêmen
-
e você de fato saberá
como está a função testicular.
-
Acho que o melhor biomarcador sérico
para a função testicular
-
é o FSH - hormônio folículo-estimulante,
-
que é muito menos afetado
-
por problemas no sistema metabólico,
-
é menos afetado pela diabetes,
-
é menos afetado pela alimentação,
pela obesidade.
-
O FSH é um ótimo marcador
da função testicular.
-
É uma ótima observação,
-
porque estamos vendo
mais casos de hipogonadismo
-
e a análise do sêmen
está decaindo
-
em comparação à anos anteriores.
-
E você falou sobre a obesidade.
-
Helen, a obesidade está relacionada
ao hipogonadismo?
-
E ela é um fator na fertilidade?
-
Sim para ambas as perguntas,
com certeza.
-
A verdade é que a fertilidade
é um marcador geral
-
{\an8}da saúde do paciente.
-
{\an8}Se não estamos saudáveis,
-
{\an8}a testosterona e a fertilidade
vão diminuir.
-
{\an8}A geração atual
é a mais sedentária da história,
-
temos mais obesos do que nunca,
-
os jovens estão tendo
diabetes e pressão alta
-
e sequer sabem disso.
-
Se não vão ao urologista
especialista em reprodução,
-
eles não fazem os exames periódicos
-
para saber se colesterol e triglicérides
estão elevados, por exemplo.
-
Acho que todos esses fatores,
-
assim como os microplásticos,
-
estão contribuindo para o declínio
da saúde geral da nossa geração
-
de tal forma que afeta a fertilidade
e reduz a testosterona.
-
Quando a pessoa é obesa
ou tem mais tecido adiposo,
-
ela tem mais aromatase,
-
uma enzima do nosso corpo
que converte testosterona em estrogênio.
-
A aromatase basicamente bloqueia,
-
a pessoa tem mais estrogênio
-
e acaba perdendo testosterona.
-
Vemos uma redução da testosterona
em homens obesos,
-
em pessoas que não estão saudáveis
e em fumantes.
-
Estes estilos de vida…
-
Como é o sono?
Como reduzimos os níveis de estresse?
-
Tudo isso impacta na sua saúde.
-
E acho que agora o problema é geral,
-
não só em pessoas mais velhas
que querem ter filhos.
-
Vemos precocemente
alguns sinais de alerta nos mais jovens,
-
que podem ser prevenidos
ou tratados precocemente,
-
melhorando a saúde no geral.
-
Sim.
A respeito da análise do sêmen.
-
Daniel, para urologistas gerais,
não especialistas em reprodução,
-
como podemos explicar
uma análise boa do sêmen?
-
O que é uma boa análise do sêmen
-
e como podemos avaliá-lo, em geral,
em todos os aspectos?
-
Primeiro, devemos escolher
um laboratório bom
-
para fazer a análise do sêmen.
-
Em geral, a análise do sêmen
é um exame fácil de se fazer.
-
Porém…
-
precisamos de um técnico em laboratório
muito bom para realizá-lo.
-
É barato também.
-
A análise do sêmen…
-
Fazemos análise do sêmen
desde o final do século passado.
-
Desde os tempos do Macombe e…
-
Do Macombe e do…
-
-Sanders.
-…Sanders.
-
-É.
-Isso.
-
Anos 1920.
-
Mas os urologistas…
-
Temos o dever de orientar os pacientes
-
sobre o local para realização
da análise do sêmen.
-
Depois, nós devemos observar…
-
Nós devemos…
Nós precisamos observar,
-
na minha opinião,
três grandes parâmetros.
-
Primeiro, a concentração.
-
A concentração é um parâmetro
muito importante,
-
assim como a motilidade
e a motilidade progressiva.
-
Se tivermos uma concentração boa,
-
com alta motilidade progressiva,
-
é um ótimo indicador
-
de que o potencial de reprodução…
-
há potencial de reprodução.
-
E a morfologia.
-
Mas não há um jeito adequado
de fazermos o diagnóstico da morfologia.
-
A morfologia é…
-
A morfologia não é simples
de se avaliar.
-
Apenas alguns exames nos indicam
-
a situação morfológica real
sem nenhum equívoco.
-
Mas a morfologia também é um parâmetro
muito importante da fertilidade.
-
Está acontecendo um debate excelente
lá em cima agora.
-
Helen, você acha…
-
Estamos falando aqui
de desreguladores endócrinos, obesidade…
-
Você acha que devemos começar
a dar mais atenção
-
para a fragmentação do DNA
-
como um primeiro indicador
da existência de algum outro problema?
-
A menos que saibamos que o paciente
tem problemas na testosterona
-
e está buscando fertilidade.
-
O que tem a dizer sobre isso?
-
Acho que a fragmentação do DNA
-
é mais um marcador
ou mais uma ferramenta,
-
para ser objetiva,
-
de mostrar para o paciente
que a situação não é boa,
-
que ele está causando
o aumento da fragmentação do DNA dele,
-
o aumento dos radicais livres
no corpo dele…
-
E esses aumentos
-
fazem com que as células
não funcionem adequadamente.
-
Ainda não uso a fragmentação
como um exame inicial
-
quando avalio o paciente,
-
mas quando vemos uma combinação de:
-
sono ruim, obesidade,
tabagismo,
-
provavelmente uma pressão alta
que ele nem sabe,
-
e o paciente pergunta de fertilidade
e testosterona baixa,
-
pedimos a fragmentação do DNA
e está muito elevada.
-
É mais um indicador
mostrando
-
que o paciente
precisa de mudanças no estilo de vida.
-
Gosto de segmentar a informação
para o paciente.
-
Falo que há várias formas
de melhorar a fertilidade e a saúde:
-
mudar o estilo de vida,
-
tomar suplementos
ou fazer cirurgia.
-
Falamos de todas
e analisamos qual é a melhor.
-
Matt, neste cenário
que estamos discutindo,
-
você vê espaço
para receitar antioxidantes
-
para os pacientes
como uma prevenção para estes quadros?
-
É um tema controverso nas diretrizes,
os antioxidantes.
-
É algo a se considerar,
mas não é recomendado.
-
Eu sou um dos autores do ensaio MOXie,
publicado há alguns anos,
-
onde fizemos
um teste controlado randômico
-
em casais que estavam fazendo
inseminação intrauterina.
-
Concluímos que não houve mudança…
-
Era um ensaio controlado
com o uso de placebo.
-
Não vimos diferença
com o uso do multi antioxidante,
-
que tinha uma composição comum.
-
Não tinha coenzima Q10,
-
mas tinha
a maioria dos antioxidantes comuns
-
que receitamos.
-
Com o estudo, esperávamos…
-
No fundo, eu esperava que o ensaio
apresentasse uma diferença.
-
Qualquer uma.
-
Fizemos exames de fragmentação do DNA
e não deu nada.
-
Nós acompanharíamos até o nascimento,
-
não era restrito
aos parâmetros do sêmen.
-
Ia até o nascimento,
mas o ensaio foi encerrado.
-
O Instituto Nacional de Saúde
gastou US$5 milhões no ensaio.
-
Ele foi interrompido
porque era muito caro.
-
Interrompemos porque não tinha diferença
em parâmetro nenhum.
-
Por isso, eu recomendo
um multivitamínico diário.
-
Custa menos de US$0,05 por dia,
-
ou seja, menos de US$10,00 por mês
para o paciente,
-
ao contrário de…
-
Alguma vitamina específica?
-
Quando o paciente pergunta,
indico Centrum Men ou One a Day,
-
ambos fáceis de encontrar
nos EUA,
-
mas pode ser qualquer um
que se encontra na drogaria
-
ou na farmácia perto de casa.
-
Só não compre nenhum
que esteja assim na embalagem.
-
Vitaminas para quem faz malhação
-
ou vitamina específica
para fertilidade.
-
Elas têm muita propaganda,
são extremamente caras
-
e não apresentam
resultados diferentes.
-
Na literatura geral da medicina,
vemos muitas informações
-
sobre o multivitamínico diário
ser bom para o cabelo,
-
a pele, os olhos
e várias outras coisas,
-
o que me tranquiliza.
-
Eu mesmo tomo essas vitaminas,
recomendo para a minha família
-
e recomendo para os meus pacientes.
-
Eu não tomaria
uma vitamina cara para fertilidade
-
e direcionada à um público-alvo
específico.
-
Um multivitamínico diário é suficiente.
-
É o que eu indico aos pacientes.
-
Helen, hoje de manhã,
-
nós participamos de um debate
que me deixou preocupado.
-
Isso porque, há alguns anos,
-
eu vi um questionário
da Associação Americana de Urologia
-
que perguntava aos urologistas
como eles estavam tratando
-
hipogonadismo
e infertilidade nos homens.
-
Vinte por cento respondeu
que usava testosterona.
-
-Sim.
-Fiz a mesma pergunta aqui e…
-
por isso que eu fiquei preocupado.
-
Quase 10% ainda usa testosterona
-
para tratar hipogonadismo
em homens com infertilidade.
-
Você pode, por favor,
-
explicar por que
não podemos usar testosterona
-
para infertilidade?
-
Isso foi uma onda.
-
Há alguns anos,
mais de 40% dos urologistas dos EUA…
-
-Sim, foi o que eu disse.
-
…prescreviam testosterona
para infertilidade.
-
Por favor, fala para o nosso público,
-
por que não podemos…
não devemos usar testosterona.
-
Nosso corpo é inteligente.
-
Lembrando que o testículo
tem duas funções:
-
produzir testosterona e esperma.
-
Nosso corpo gosta
desse estado de homeostase.
-
Se você toma testosterona exógena,
-
o seu corpo entende que tem o suficiente
-
e manda a mensagem para os testículos
de que não precisa produzir.
-
Mas não tem como parar
uma coisa sem parar a outra.
-
O que acontece
é que as produções de testosterona
-
e de esperma param,
-
o que pode ser irreversível.
-
Alguns estudos mostram
que homens que tomam testosterona
-
por mais de cinco anos…
-
Quase metade
precisou usar reprodução assistida
-
para a concepção
-
e alguns nunca recuperaram
a produção de esperma.
-
Basicamente,
-
a premissa é que nosso corpo
funciona como uma máquina regulada
-
onde tudo está
na homeostase perfeita.
-
Se tomamos algo externo,
ele para.
-
A boa notícia é que existem remédios
que os jovens que querem ter filhos
-
podem tomar
nos casos de baixa testosterona.
-
O HCG -
hormônio gonadotrofina coriônica humana,
-
o Clomid, citrato de clomifeno,
-
o FSH recombinante.
-
São várias opções.
-
É importante consultar um urologista
especialista em reprodução,
-
não as clínicas de saúde masculina
que vemos por aí.
-
Não sei se tem aqui.
-
Elas indicam testosterona
para jovens
-
sem perguntar de fertilidade.
-
Daniel, aqui no Brasil,
-
nós usamos muito o citrato de clomifeno.
-
Porém…
-
ele sempre é usado
sem a preocupação necessária
-
com a indicação do clomifeno.
-
Uma coisa…
-
Uma coisa é a testosterona alta.
-
A espermatogênese é outra coisa.
-
Como você diferencia
-
aquele paciente
que você receita clomifeno
-
do que você receita HCG?
-
Podemos dizer que…
-
tem um perfil de paciente
que usa um ou o outro?
-
O clomifeno é…
-
O clomifeno é um remédio
muito mais fácil de prescrevermos
-
e funciona muito bem
-
na maioria dos homens.
-
Claro que, se ele tiver
hipogonadismo hipogonadotrófico,
-
não funciona, porque ele não produz FSH
e LH - hormônio luteinizante,
-
então o clomifeno não funciona.
-
Aí usamos HCG
para iniciar a produção de testosterona.
-
Mas o HCG é para poucos…
-
pacientes que não respondem
como nós gostaríamos…
-
Não respondem ao clomifeno.
-
O clomifeno é um remédio maravilhoso.
-
É seguro.
-
Estudos indicam que pode ser usado
continuamente
-
por mais de dois anos
sem nenhum tipo de…
-
efeito adverso.
-
Ao contrário, por exemplo,
do Anastrozol.
-
Porque, às vezes…
-
Isso é importante.
-
Começamos a usar o clomifeno
-
e a testosterona aumenta.
-
Às vezes, fica tão alto que…
-
-O efeito no FSH é negativo.
-Afeta negativamente o FSH.
-
Você começa a usar o clomifeno
para aumentar a testosterona
-
e a produção de esperma,
-
mas tem um efeito adverso
que afeta a fertilidade.
-
Entendeu?
Pode-se até…
-
desenvolver azoospermia
com o uso do clomifeno
-
sem nenhum tipo de…
-
-Acompanhamento
-…acompanhamento.
-
Às vezes, quando começamos
a usar o clomifeno,
-
principalmente em obesos,
-
que costumam apresentar
testosterona baixa,
-
começa uma superprodução,
-
eles começam a produzir muito estradiol.
-
E o estradiol é iminentemente…
-
um inibidor de produção de FSH
muito potente.
-
Então, também…
-
começamos a usar o Anastrozol
-
porque queremos balancear os
níveis de testosterona e estradiol.
-
O problema é começar a usar o Anastrozol
sem fazer…
-
o acompanhamento correto,
-
porque o Anastrozol…
-
causa reações adversas
muito significativas.
-
Por exemplo, osteoporose,
se usar Anastrozol por um longo tempo.
-
Este é um dos efeitos mais…
-
recorrentes
e os pacientes reclamam muito.
-
Quando o estradiol fica muito,
muito baixo,
-
eles começam a reclamar da libido.
-
Nestes casos, temos diversos…
-
Temos diversos…
-
tipos de medicamentos
que ajudam os pacientes,
-
mas precisamos saber usá-los.
-
Agora, uma pergunta para os dois.
-
Vocês precisam…
-
Expliquem para mim
e para o público.
-
Tem alguma taxa do LH
que apresenta uma resposta melhor
-
com o Clomid ou o clomifeno?
-
Um indicador de LH ou até mesmo de FSH?
-
Vocês têm um parâmetro
-
para saber se a resposta
será boa ou ruim?
-
Sim. No caso do LH,
-
observamos que o valor dobra
quando entramos com o Clomid.
-
Às vezes, é a única opção que temos
para alguns pacientes.
-
Se o LH dele estiver abaixo de 12,
me sinto confortável com o Clomid.
-
Já prescrevi para pacientes
com LH acima de 12
-
por falta de opção
-
porque ele não tinha como comprar
o HCG nem nada assim?
-
Sim, mas os melhores resultados surgem
com LH mais baixos.
-
Certo. E você?
-
Você acha…?
-
O Clomid faz o estradiol subir muito.
-
A questão…
-
Independentemente da bula,
-
como vocês administram as dosagens?
-
Uma dose maior ou menor?
-
Como vocês decidem?
-
Acho que minha abordagem
é diferenciada.
-
Eu não indico tanto o Clomid
quanto a maioria dos urologistas
-
e especialistas em reprodução.
-
Eu prescrevo com moderação,
-
geralmente para casos
em que o FSH e o LH estão muito baixos.
-
Na minha experiência,
funciona melhor
-
nos casos em que o paciente tem
hipogonadismo hipogonadotrófico.
-
Os parâmetros utilizados
podem diferir.
-
Pode ser abaixo de 12 ou de sete.
-
Eu prefiro
quando está abaixo de dois ou três.
-
Quando nos deparamos
com LH e FSH muito baixos,
-
o Clomid apresenta
uma resposta muito boa.
-
Os homens que são eugonadais
ou eugonadotrópicos
-
e estão com o LH e o FSH
entre cinco e seis,
-
estes dobram
e a testosterona aumenta.
-
Mas estes homens não veem muitos efeitos
-
com relação às mudanças
nos parâmetros do sêmen e nos sintomas.
-
Às vezes, vemos casos de libido baixa.
-
A testosterona dobrou,
mas o paciente não se sente melhor.
-
Por isso,
minha abordagem envolve usar o Clomid
-
apenas em casos mais graves
de hipogonadismo hipogonadotrófico.
-
E quanto ao uso do HCG?
-
Aqui no Brasil, temos uma dificuldade,
-
porque temos apenas uma dosagem,
que é 5.000
-
e a dose recomendável
é algo que nos preocupa.
-
Não há uma unanimidade.
-
Temos que analisar
se a dose está boa ou não.
-
O que você recomenda?
-
Nós fracionamos?
-
Prescrevemos 5.000 por semana?
-
Como você acha que devemos prescrever
o HCG aqui no Brasil?
-
Se o paciente
está preocupado com a fertilidade,
-
quer resultados rápidos
-
e já fez tratamento
com testosterona antes,
-
nos EUA, passo doses de 3.000 do Clomid,
segundas, quartas e sextas.
-
Repetimos os exames em quatro semanas
-
e a análise do sêmen em três meses.
-
Eu tentaria espelhar essa dosagem.
-
Três vezes por semana
resulta em 9.000.
-
Podemos usar o de 5.000,
duas vezes por semana,
-
talvez terças e quintas
ou segundas e quintas,
-
usando o Clomid mesmo,
-
repetindo os exames
após quatro semanas
-
-e a análise do sêmen em três meses.
-É um boa dica.
-
Outro problema é que,
-
quando tratamos hipogonadismo
e fertilidade,
-
focamos na testosterona,
mas devemos analisar outros hormônios.
-
Daniel, quando pedimos…
-
exames de sangue para o paciente,
avaliamos a prolactina.
-
Fala um pouco sobre os motivos
para avaliar a prolactina.
-
Na verdade, eu sempre…
-
solicito prolactina,
-
mas sabemos que a prolactina…
-
estará completamente normal
em praticamente 100% dos pacientes.
-
Mas, se o paciente reclama da libido
e do desejo sexual,
-
talvez seja uma disfunção da prolactina…
-
a ser avaliada.
-
Para mim,
os hormônios mais importantes são o FSH,
-
a testosterona…
-
Se eu tiver que escolher exames
de três hormônios…
-
Posso pedir três hormônios.
-
FSH, testosterona e estradiol.
-
Estes são os exames hormonais
mais importante.
-
Com estes três hormônios,
-
podemos chegar
a um diagnóstico bom e importante.
-
Matt,
quando a prolactina está desregulada,
-
qual é o valor mais alto
que podemos chegar
-
sem precisar de exames de imagem
-
ou investigar adenomas,
por exemplo?
-
Engraçado você perguntar.
-
Eu me pergunto por que
peço prolactina com tanta frequência.
-
É um exame padrão.
-
-Devo solicitar 500 por ano, no mínimo.
-Sim.
-
Eu atendo pacientes desde 2013
e diagnostiquei…
-
Dá para contar em uma mão
o total de prolactinomas que encontrei.
-
Lembra de todos?
-
-Sim.
-Sim.
-
A maioria das ressonâncias que solicitei
-
por causa da hiperprolactinemia
deram normal.
-
Não diria que é um exame inútil,
-
porque a prolactina causa infertilidade,
casos severos de hipogonadismo
-
e quase sempre a diminuição severa
-
dos níveis de LH, FSH
e testosterona.
-
Quando analisamos
o painel hormonal completo,
-
o LH e o FSH estão bons,
-
a testosterona está baixa,
-
mas a prolactina está alta,
não é um prolactinoma.
-
Raramente solicito uma ressonância,
-
a menos que os índices
estiverem severamente…
-
LH e FSH abaixo de um
e testosterona abaixo de 100,
-
somados a uma hiperprolactinemia
de mais de 50.
-
Então, quando nos deparamos
com estes resultados…
-
Acho que os laboratórios
têm como parâmetro de alto acima de 20,
-
mas o resultado na casa dos 30 é comum.
-
Eu não avalio neste nível.
-
O meu padrão
para pedir uma ressonância é 50.
-
Mas converso com o paciente
-
se acredito
que o problema não é a prolactina.
-
Muitas vezes, repito o exame.
-
O paciente volta depois de três meses
e repetimos a prolactina.
-
Também perguntamos
sobre problemas de visão
-
e dores de cabeça.
-
Se o paciente não tiver nenhum sintoma
de prolactinoma
-
e a testosterona não estiver
gravemente baixa,
-
acaba sendo…
-
um exagero pedir exames de imagem.
-
Lembro-me de um paciente
que me procurou…
-
cuja principal reclamação
era a redução do desejo sexual.
-
Eu solicitei
um painel hormonal completo
-
e a análise do sêmen.
-
A análise do sêmen apresentou
uma azoospermia.
-
Eu pensei:
"uau, o que está acontecendo?"
-
e o painel hormonal mostrou
uma prolactina de mais de 2.500.
-
2.500.
-
O FSH e o LH estavam perto de zero.
-
Eu pedi a ajuda de um endocrinologista,
é claro, porque…
-
-Por favor, me ajuda!
-Sim.
-
Esses resultados indicam
um tumor relevante na hipófise.
-
Ele fez a cirurgia e…
-
Bom, foi isso.
-
Mas…
-
Costumo pedir a ressonância
-
quando temos mais de 50…
-
-Cinquenta?
-…unidades de prolactina.
-
Acho que é a melhor conduta.
-
A questão da disfunção ejaculatória
é importante.
-
É algo que eu já vi
-
em associação
com a hiperprolactinemia leve,
-
sem o uso de SSRI - Inibidores Seletivos
da Recaptação de Serotonina
-
e não há relação
com transtornos de saúde mental.
-
Se o quadro for leve…
-
Apenas…
-
Ejaculação precoce não,
mas ejaculação retardada, anejaculação
-
ou algum tipo
de anejaculação psicogênica.
-
Se estes pacientes tiverem
hiperprolactinemia,
-
a função ejaculatória pode melhorar
com o uso da cabergolina.
-
Acredito na relevância
de pedirmos o exame de prolactina
-
para os pacientes
com problemas ejaculatórios,
-
que não a ejaculação precoce.
-
E se os níveis de testosterona
estão abaixo de 150,
-
o homem não atinge o orgasmo
e não consegue ejacular.
-
-Boa.
-Algo a se pensar.
-
Você falou que usa HCG
na recuperação do uso da testosterona.
-
Para os urologistas em geral,
-
quanto tempo eles podem esperar
que os exames demonstrem mudanças?
-
Existe uma regra?
-
Quando você introduz o FSH
ou outra coisa?
-
Para ser honesta,
não uso muito o FSH com meus pacientes,
-
porque não vejo melhoras significativas.
-
Peço uma análise do sêmen
após três meses.
-
Isso porque o sêmen
leva de 70 a 90 dias no testículo
-
para amadurecer de novo
até o ponto de fertilizar um óvulo.
-
Por isso, espero esse período.
-
Continuamos o tratamento até…
-
O paciente tem esperma,
a testosterona está normal,
-
pode haver concepção natural.
-
Às vezes, sugiro congelar o sêmen,
-
porque alguns homens querem
voltar a usar testosterona.
-
Mesmo que o nível esteja bom,
-
a sensação é diferente de
quando tomavam testosterona.
-
É mais uma opção que podemos adotar.
-
É verdade.
-
Essa é uma questão boa
para discutirmos, porque…
-
como eu disse,
-
perguntamos se os urologistas
estavam seguros em receitar hormônios
-
e apenas metade disse sentir-se seguro
em prescrevê-los.
-
Existe uma barreira nos consultórios.
-
-Sem falar que é caro.
-Sim.
-
O seguro-saúde não cobre.
O FSH custa US$100,00 em Indiana.
-
Já o HCG varia entre
US$100,00 e US$400,00 por mês.
-
Quando ouço essa preocupação
com a segurança,
-
uma das coisas sobre a qual
gosto de falar com colegas
-
é que o HCG divide
uma subunidade com o LH.
-
É como receitar o LH.
-
Não vemos efeitos colaterais,
-
a dosagem não é um problema.
-
Quer dizer…
-
Não sabemos exatamente
qual é a dose certa,
-
cada paciente responde
de um jeito
-
a uma dose maior ou menor.
-
Precisa testar.
-
Mas não causaremos mal ao paciente
-
se dermos 2.000 ou 3.000
em vez de 500,
-
porque os receptores
ficam saturados.
-
O mecanismo natural
acaba agindo
-
e os testículos só vão produzir
-
uma quantidade
determinada de testosterona.
-
Não vemos os índices
chegarem à 800, 900 ou 1.000,
-
como acontece com a testosterona
em doses suprafisiológicas,
-
que é mais perigosa.
-
Os urologistas são muito seguros
quanto à dose da testosterona.
-
A TRT - terapia de reposição
de testosterona é comum e nós amamos.
-
Já o HCG é como prescrever ao paciente
-
um hormônio pituitário natural.
-
É muito seguro.
-
Não vemos complicações
no sistema cardiovascular,
-
coágulos sanguíneos, AVCs e afins.
-
Foi só um comentário
sobre a confiança dos médicos.
-
O que você acha de urologistas
que começaram a tratar obesidade
-
com inibidores
-
SGLT2 - cotransportador de sódio
e glicose tipo 2?
-
Porque, nem sempre podemos fazer
uma cirurgia bariátrica,
-
mas talvez possamos usar esses remédios.
-
Você acha que podemos começar
a usar esses medicamentos
-
ou acha melhor esperar para ver?
-
Eu adoro.
-
Eu amo esses remédios.
-
Vejo muita melhora
na vida dos meus pacientes,
-
muita melhora na fertilidade deles,
-
mas eu não receito.
-
Acho que a prescrição
é relativamente complexa,
-
vemos diversos remédios no mercado,
-
acho que a prescrição
deve ser feita…
-
Pode ser feito por um clínico geral,
-
mas é melhor um médico especialista
em perda de peso.
-
Encaminho muitos pacientes
para clínicas de perda de peso,
-
onde os remédios são indicados.
-
Eu recomendo,
mas pessoalmente não prescrevo.
-
Não é que eu não…
-
Eu nunca estudei essa área.
-
Então, eu acho que se…
-
as grandes Sociedades médicas
começarem a ministrar cursos sobre isso,
-
sobre como dosar os remédios,
-
se o urologista quiser,
é algo a ser explorado.
-
Mas eu não arriscaria
sem estar familiarizado.
-
Eu acho que a cirurgia bariátrica,
para alguns homens, é um pesadelo.
-
Eu já atendi muitos pacientes
-
que foram submetidos
à cirurgia bariátrica
-
e eles...
-
-adquiriram azoospermia após a cirurgia.
-Sim, piora.
-
Às vezes piora, principalmente
em cirurgias bariátricas disabsortivas.
-
Acho que a medicação
é uma decisão muito…
-
-Indicada.
-…assertiva
-
para ajudar os pacientes a perder peso.
-
Também já vi muitos problemas
e barreiras com bariátricas,
-
então fico hesitante em recomendar.
-
Vi casos severos de oligospermia,
que tornam-se azoospermia,
-
mesmo com a normalização do peso,
-
devido à absorção de vitaminas
-
ou outras mudanças metabólicas
-
que eu, como urologista,
não entendo.
-
Eu não recomento a realização
de cirurgias bariátricas.
-
Como eu disse,
é uma coisa delicada.
-
-É uma mudança de estilo de vida.
-Sim.
-
-Como disse…
-Muda o sistema cardiovascular.
-
Como você disse, para perder peso…
-
tem a semaglutida
e outros afins.
-
Eles são ótimos
porque atuam na diabetes,
-
e a diabetes afeta todo o nosso corpo.
-
Os níveis de testosterona,
as veias, os nervos,
-
o funcionamento dos órgãos.
-
Além disso, como o Matt mencionou,
vemos efeitos colaterais,
-
mais um motivo para…
-
Eu também não prescrevo.
-
O GLP1 também aumenta
o açúcar na bexiga,
-
o que leva à infecções urinárias.
-
Esse é um ponto importante
que o urologista deve considerar.
-
-É verdade.
-Sim.
-
A última pergunta,
porque estamos aqui há quase 45 minutos.
-
Vocês têm experiência
com o uso de Atesto?
-
Nós não temos aqui
e eu li algumas publicações sobre ele.
-
Sabem se ainda não existem estudos
sobre a preservação da fertilidade?
-
Se vocês têm experiência,
quais são as suas expectativas?
-
É tudo verdade ou precisamos aguardar
para garantir a fertilidade…
-
com a testosterona
de liberação prolongada?
-
É seguro,
usar o Atesto é seguro
-
para preservar a fertilidade
-
e aumentar os níveis de testosterona
dos pacientes.
-
Nós não temos…
-
experiência
porque não está disponível aqui.
-
Precisamos tomar cuidado,
-
porque já existe um artigo relatando
que o paciente tomou Atesto
-
e desenvolveu azoospermia.
-
Acho que não funciona
em todos os pacientes.
-
Acho uma boa opção para testarmos.
-
Eu já testei e usei mais
em pacientes mais jovens,
-
com anemia falciforme
e que tomam remédio para dores crônicas.
-
Eles já passaram
pelo transplante de medula óssea
-
para reduzir a anemia falciforme
-
e regenerar as hemoglobinas saudáveis.
-
Por causa dos remédios para dores
e opioides,
-
a testosterona é baixa,
-
eles vivem com sono,
sentem muito mal estar, têm depressão.
-
São crianças de 12, 13 anos.
-
Nós fizemos o teste
porque eles não podem comprar o Clomid,
-
nem nada mais.
-
O seguro-saúde cobre o Atesto,
nem sei como.
-
Nós testamos.
-
Aplica-se duas vezes ao dia,
nas narinas,
-
mas, mesmo espaçando as doses,
-
a testosterona é suficiente
-
para mitigar
efeitos colaterais cardiovasculares,
-
osteoporose, diabetes
e síndromes metabólicas.
-
Eles recebem a testosterona,
se sentem melhor
-
e vemos melhorias
sem impactar o esperma.
-
-Que ótimo.
-Li estudos com Atesto, em Miami,
-
onde foram analisados
os parâmetros do esperma,
-
mas a fecundidade não,
-
as taxas de reprodução natural
e de fecundidade não.
-
Estes estudos não foram feitos.
-
A pesquisa de Miami não foi replicada
em nenhum outro lugar.
-
Então…
-
Retomando a questão da banalização
do uso da testosterona.
-
Acho que podemos dizer
que a testosterona é ruim,
-
-exceto pela intranasal.
-Sim.
-
Então…
-
Minha conclusão é que a testosterona
é um veneno para a fertilidade.
-
Se você pretende ter filhos um dia,
ainda não fez uma vasectomia…
-
-Essa mensagem é muito importante.
-…e quer preservar a fertilidade.
-
Se quiser preservar
a função reprodutora,
-
não use testosterona.
-
Não existe meio termo.
-
Mesmo combinada com Clomid
ou com HCG,
-
é muito complexo.
-
Existem alternativas
para aumentar a testosterona
-
e preservar a espermatogênese.
-
Outra mensagem importante,
-
porque tem gente achando
que o HCG ou o Clomid
-
vão proteger a fertilidade,
o que é mentira.
-
É mentira.
-
É melhor do que só tomar
testosterona continuamente,
-
mas não preserva a fertilidade.
-
Estes homens têm maior probabilidade
de tornarem-se inférteis
-
do que os que nunca tomaram nada.
-
Lembrando que o FSH é um inibidor
nesse tipo de estímulo.
-
É um inibidor.
-
Bom, pessoal,
nossa conversa foi ótima.
-
É um prazer tê-los aqui, no Brasil,
para conversar conosco.
-
Deixarei os três fazerem
suas considerações finais.
-
Podem falar o que quiserem.
-
Muito obrigado, Matt.
Foi um prazer tê-lo aqui.
-
Quero agradecer os organizadores.
-
Fiquei impressionado
com os urologistas presentes
-
e com o tamanho da Conferência.
-
Os urologistas brasileiros
especialistas em reprodução estão…
-
desenvolvendo pesquisas
e tendo resultados excelentes.
-
Estou impressionado
com o que aprendi aqui.
-
Amo a cultura brasileira,
as pessoas, a comida…
-
Passei minha lua de mel aqui,
inclusive, em 2006.
-
No Rio de Janeiro.
Foi a última vez que estive no Brasil.
-
Estava ansioso para voltar.
-
Me sinto honrado em estar aqui,
em participar deste podcast
-
e em dar palestras.
-
Me diverti muito,
adorei conhecer todo mundo
-
e fiz vários novos amigos.
-
-Muito obrigado.
-Obrigado.
-
O prazer foi nosso.
Helen, por favor.
-
Considerações finais?
Obrigado.
-
De nada.
Concordo com tudo o que o Matt disse.
-
Agradeço os organizadores e o programa.
-
Também estou impressionada.
-
Tivemos um time de palestrantes
e de eventos de ponta.
-
Todos nos receberam muito bem.
-
Não quero nem voltar para casa.
-
Acho que o ponto mais importante é,
como o Matt disse,
-
não use testosterona
se houver interesse em fertilidade
-
e segundo:
-
fertilidade e testosterona
indicam a saúde geral.
-
Vamos cuidar da saúde.
-
Exercitem-se, durmam, comam bem
e diminuam o estresse.
-
Daniel, pode falar português,
se quiser.
-
Deixe sua mensagem final
como quiser.
-
Obrigado mais uma vez, Daniel.
-
É com você.
-
Obrigado, muito obrigado, Leo,
por me receber aqui.
-
É um prazer tê-los aqui.
-
Tivemos momentos ótimos juntos,
-
compartilhamos muitas experiências.
-
As ideias foram convergentes
-
e agora sabemos
que estamos trabalhando
-
igualmente bem
com os nossos pacientes.
-
O caminho é o mesmo.
-
Obrigado pela presença.