-
Nos nossos estudos
de governança de TI,
-
nos estudos do COBIT,
-
que é o Guia de Boas Práticas
de Governança de TI,
-
foi incorporado,
na última versão,
-
toda uma parte especialmente
tratando de governança de dados.
-
A gente está cada vez
mais caminhando para um cenário
-
de empresas que tomam decisões
com base em dados.
-
Vamos lembrar, então,
daquele termo,
-
Data Driven Business,
negócios orientados a dados.
-
Como a empresa agora
passa a tomar decisões
-
de que outra empresa
ela vai comprar?
-
Que parte da empresa ela vai vender?
-
Que negócio ela vai rachar,
separar em dois?
-
Que novos produtos ela vai lançar?
-
Um produto antigo,
em que outra região ela pode lançar?
-
Que novo público cliente
ela pode atacar?
-
Cada vez mais essas informações
estão vindo da ciência de dados.
-
Cada vez mais essas decisões
estão baseadas em bancos de dados.
-
Sendo assim, a gente tem que ter
todo um cuidado,
-
uma governância e também
indicadores de desempenho
-
relacionados à questão
da governança dos dados.
-
Governança de dados
é entregar a informação correta
-
para a pessoa devidamente autorizada,
-
para que ela tome a melhor decisão
com base nessa informação.
-
A informação precisa estar disponível
para as pessoas certas,
-
no formato certo,
com o conteúdo perfeito,
-
correto, não contaminado,
para que a decisão correta venha.
-
Quais seriam os indicadores
de desempenho
-
que a gente poderia desenhar,
-
definir para a governança de dados
especificamente?
-
Vou citar aqui alguns indicadores
dos principais que a gente usa
-
dentro de uma área de tecnologia.
-
O primeiro deles
é a cobertura dos dados.
-
A empresa tem diversos
processos de trabalho,
-
opera sobre diversos produtos,
diversos mercados,
-
com diversas unidades de fábricas,
escritórios de serviços
-
ou de vendas.
-
Dentro dessa perspectiva,
eu preciso então,
-
mapear tudo aquilo que a empresa faz,
-
criando um painel dos departamentos,
das unidades de negócio
-
e das principais rotinas
que ela executa no dia a dia.
-
Quais são os processos que ela faz?
-
A área de compras que roda
na sede da empresa,
-
ela realiza as atividades
de seleção de fornecedores,
-
cotação, confirmação de compras,
acompanhamento de pedidos,
-
recepção de pedidos,
avaliação da qualidade de entrega
-
e disponibilização do produto
comprado para aquele que demandou a compra.
-
Então eu citei aqui sete processos que a área de compras faz.
-
Em seguida, a gente vai mapear como que os sistemas de informação, os
-
bancos de dados da empresa cobrem essas operações.
-
Será que todas essas atividades da área de compras estão suportadas
-
por sistemas informacionais?
-
Ou será que a área de compras ainda atua com planilhas de cálculo na
-
mão, papel com anotações, decisões tomadas pela cabeça das pessoas?
-
Então esse primeiro indicador, que é o indicador de cobertura, vai te
-
definir o quanto a tua área de tecnologia está disponibilizando de
-
recursos para que a empresa possa trabalhar orientada a dados.
-
Um outro indicador seria a utilização desse dado.
-
Eu disponibilizei os sistemas, dentro dos sistemas eu disponibilizei
-
uma série de conteúdos, mas quais desses conteúdos estão sendo
-
usados, aproveitados nas tomadas de decisão?
-
Então esse é um outro indicador, que é o uso do dado.
-
Quantas vezes aquele dado foi acessado no último ano, no último mês,
-
no último dia?
-
Vou dar um exemplo para você.
-
Hoje a gente trabalha muito com Big Data, trabalha muito com Data
-
Lake.
-
O que é um Data Lake, um lago de dados?
-
Eu capturo dados de diversas origens, dados que vem de dentro da
-
minha empresa, que são coletados dos próprios departamentos da
-
empresa, que estão lá analisando o mercado, analisando o produto,
-
analisando o cliente, dados que vem de fora, vem da internet, de uma
-
rede social, de uma publicação feita lá em um determinado jornal.
-
Então a empresa vai puxando para dentro do seu banco de dados uma
-
série de conteúdos que teoricamente interessam a ela.
-
Dando alguns exemplos, eu tenho lá um streaming de vídeo de uma
-
reportagem feita num programa de entrevista noturno em que foi
-
entrevistado o diretor executivo de uma empresa concorrente da nossa.
-
E o pessoal de marketing acha que é importante guardar isso, e
-
guardou essa gravação.
-
Também tem um podcast, uma gravação de áudio de uma outra entrevista
-
feita com um gerente de vendas de um outro concorrente e que saiu num
-
podcast lá de um outro grupo jornalístico e te interessou e você
-
jogou no Data Lake.
-
Também tem algumas outras informações que vêm do pessoal lá de
-
estratégia de marketing e que mapeou lá o valor do investimento
-
previsto que um concorrente vai fazer no mercado.
-
Também mapeou lá o interesse de um consumidor, de um grupo consumidor
-
sobre um determinado produto.
-
E gerou lá uma régua de avaliação de interesse.
-
Esse dado foi produzido por um grupo interno da empresa.
-
Também tem um outro dado de alguns internautas que tem lá blogs e que
-
falaram mal de um produto nosso.
-
E isso me interessa.
-
Olha a quantidade de coisas que você está trazendo para dentro do seu
-
Data Lake.
-
Aí vem a questão.
-
O que disso é útil?
-
Quanto disso está sendo usado no dia a dia?
-
Vamos levar para outra perspectiva.
-
Eu tenho um BI.
-
O BI gera uma série de informações cruzadas.
-
Quanto estou vendendo de determinado produto em tal região?
-
Quanto estou vendendo do produto na região separado por cliente?
-
Quanto estou vendendo na região por produto por cliente e por
-
escritório de vendas ou vendedor que atendeu esse cliente?
-
Então eu consigo ir detalhando a informação de vendas em diversos
-
níveis.
-
O BI permite isso.
-
Eu estou gerando toda essa informação dentro do meu sistema, pessoal.
-
Isso exige muito processamento de dados.
-
Existe muita área de armazenamento dedicada para guardar esses dados.
-
O custo disso é altíssimo.
-
E será que isso está sendo útil?
-
Então um dos indicadores da governança de TI é o quanto cada dado que
-
eu estou produzindo, cada tabela de banco de dados que eu tenho, onde
-
ela é acessada, onde ela é consumida, em quais partes de sistema ela
-
é consumida e os usuários estão acessando aquela tela de informação
-
que está conectada com aquela tabela de banco e que está trazendo
-
aquele conteúdo.
-
Será que eles estão fazendo uso daquele conteúdo?
-
Mapeando isso, você vai poder tomar uma decisão sobre expurgar dados
-
desnecessários.
-
Você vai poder tomar uma outra decisão de talvez não expurgar alguns
-
dados, mas guardar num histórico, numa mídia, num meio de
-
armazenamento mais barato, deixando para guardar na mídia nobre, na
-
mídia mais cara, aquela mídia de alto desempenho, aquilo que você
-
está usando no dia-a-dia.
-
Quando eu falo mídia, eu estou me referindo, por exemplo, ao HD, hard
-
disk, que você tem aí no seu PC, uma memória RAM, ou uma memória
-
SSD, que substitui lá um HD, é um dispositivo de memória muito mais
-
caro que o HD, mas muito mais rápido.
-
Eu estou me referindo, por exemplo, a fitas e discos magnéticos
-
externos.
-
Então, eu posso ter dispositivos externos, de fita ou de discos, em
-
que o acesso, gravação e leitura é muito mais lento.
-
Só que esses dispositivos são mais baratos do que um HD interno.
-
Então, eu posso escolher onde eu vou colocar meus dados em função dos
-
indicadores de desempenho que eu defini.
-
Eu tenho lá um KPI, que aponta para mim o uso dos dados.
-
Se eu tenho um dado que é menos usado, com menos frequência, eu o
-
jogo para uma mídia mais barata.
-
Aquele dado que eu uso toda hora, todo dia, eu deixo na mídia mais
-
cara, com alto desempenho.
-
E aquele dado que eu nunca uso, eu expurgo.
-
Começa a entender agora a importância da governança baseada em
-
indicadores de desempenho?
-
Olha quanta coisa você pode fazer na área de tecnologia utilizando
-
esse método de gestão por indicadores, hein?