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PBL IA ANO 01 FASE 05 2025 VIDEOCAST MINDSET MACHINE LEARNING

  • 0:08 - 0:11
    Será que as máquinas
    conseguem aprender?
  • 0:11 - 0:13
    Sendo bem direto
    e objetivo, sim,
  • 0:13 - 0:16
    graças ao poder
    da Inteligência Artificial,
  • 0:16 - 0:19
    um grande leque de opções
    que, dentro dele,
  • 0:19 - 0:20
    tem o tal do Machine Learning.
  • 0:20 - 0:24
    E esse é o assunto
    do nosso bate-papo de hoje.
  • 0:24 - 0:26
    Vamos falar sobre tipos
    de Machine Learning,
  • 0:26 - 0:28
    polêmicas, e o que vem por aí.
  • 0:28 - 0:31
    Eu sou o Gustavo Torrente,
    professor da FIAP,
  • 0:31 - 0:32
    e não estou sozinho.
  • 0:32 - 0:35
    Estou aqui com grandes
    especialistas da área.
  • 0:35 - 0:38
    Professor Flávio Marques,
    professor Henrique,
  • 0:38 - 0:39
    sejam muito bem-vindos.
  • 0:39 - 0:40
    Tudo bom, Flávio?
  • 0:40 - 0:42
    Tudo bom, Gustavo.
  • 0:42 - 0:43
    Olá a todos e a todas.
  • 0:43 - 0:45
    Sou o Flávio, especialista
    em infraestrutura
  • 0:45 - 0:48
    e instrutor da Cisco Systems.
  • 0:48 - 0:49
    Sensacional!
  • 0:49 - 0:50
    Seja bem-vindo, Henrique.
  • 0:50 - 0:52
    Obrigado, Gustavo,
    obrigado, Fábio.
  • 0:52 - 0:54
    Vai ser um prazer
    conversar com vocês.
  • 0:54 - 0:57
    Sou Henrique Ferreira, sou
    pesquisador na área de IA,
  • 0:57 - 0:59
    engenheiro de informação,
  • 0:59 - 1:02
    e estou envolvido na construção
    de Inteligências Artificiais
  • 1:02 - 1:03
    usando Machine Learning.
  • 1:03 - 1:06
    Bom, para começar esse bate-papo,
    não é novidade para ninguém
  • 1:06 - 1:10
    que a Inteligência Artificial
    é um grande guarda-chuva
  • 1:10 - 1:12
    que abriga várias ramificações,
  • 1:12 - 1:16
    e uma delas é o tal
    do Machine Learning.
  • 1:16 - 1:18
    Onde se encaixa
    o Machine Learning
  • 1:18 - 1:20
    dentro desse universo
    da IA, Flávio?
  • 1:20 - 1:25
    Todo mundo fala hoje em ChatGPT,
    e fica com esse foco.
  • 1:25 - 1:29
    Mas a gente não pode esquecer
    que Machine Learning
  • 1:29 - 1:31
    é uma subárea
    da Inteligência Artificial,
  • 1:31 - 1:33
    e é para deixar
    muito claro isso.
  • 1:33 - 1:36
    Então a gente tem, dentro
    da Inteligência Artificial,
  • 1:36 - 1:38
    uma subárea que é
    a Machine Learning.
  • 1:38 - 1:41
    E um pouco mais aprofundado,
    que também faz parte disso
  • 1:41 - 1:43
    quando a gente trabalha
    com redes neurais,
  • 1:43 - 1:46
    a gente vai começar
    a trabalhar com Deep Learning.
  • 1:46 - 1:46
    Perfeito.
  • 1:46 - 1:49
    Henrique, Machine Learning,
  • 1:49 - 1:50
    o professor Flávio
    falou muito bem,
  • 1:50 - 1:53
    é uma subárea dentro da IA,
    que não é de hoje.
  • 1:53 - 1:57
    E, na sua visão, onde se encaixa
    dentro desse universo?
  • 1:57 - 1:59
    É muito interessante...
  • 1:59 - 2:00
    A gente falou de ChatGPT hoje,
  • 2:00 - 2:03
    mas Machine Learning,
    aprendizado de máquina, na verdade,
  • 2:03 - 2:06
    é um artigo seminal
    da década de 1950.
  • 2:06 - 2:07
    É uma velha senhora
    de 80 anos, né?
  • 2:09 - 2:11
    É algo que tem há muito tempo.
  • 2:11 - 2:13
    Só que, o poder computacional
  • 2:13 - 2:16
    para conseguir
    extrair valor disso,
  • 2:16 - 2:17
    teve que ser desenvolvido.
  • 2:17 - 2:19
    Então a gente precisou
    ter as placas de vídeo
  • 2:19 - 2:22
    para conseguir treinar
    redes neurais profundas
  • 2:22 - 2:24
    que utilizam o aprendizado
    de máquina
  • 2:24 - 2:26
    para conseguir extrair valor
  • 2:26 - 2:29
    e conseguir criar sistemas,
    como o ChatGPT.
  • 2:29 - 2:33
    Então é algo antigo que está
    sendo pesquisado há muito tempo.
  • 2:33 - 2:35
    O objetivo do Machine Learning,
    dentro da Inteligência Artificial,
  • 2:35 - 2:38
    é fazer as máquinas aprenderem.
  • 2:38 - 2:38
    Muito bom!
  • 2:38 - 2:42
    E dentro desse tal
    de aprendizado máquina,
  • 2:42 - 2:45
    nós temos o aprendizado
    não supervisionado
  • 2:45 - 2:47
    e o supervisionado.
  • 2:47 - 2:49
    Tem pior, melhor?
  • 2:49 - 2:51
    Quando eu uso um,
    quando eu uso o outro?
  • 2:51 - 2:53
    Quem quer responder essa?
  • 2:53 - 2:55
    Eu vou falar de uma forma
    um pouco mais...
  • 2:57 - 2:58
    Generalista.
  • 2:58 - 3:01
    A gente tem os dois grandes
    paradigmas do Machine Learning,
  • 3:01 - 3:03
    o supervisionado
    e o não supervisionado.
  • 3:03 - 3:04
    Quando você tem algo controlado,
  • 3:04 - 3:06
    que você já tem medições feitas,
  • 3:06 - 3:09
    e você consegue já tem a certeza
    do que é certo, do que é errado,
  • 3:09 - 3:11
    do que você está querendo medir,
  • 3:11 - 3:14
    você está falando
    em modelo supervisionado.
  • 3:14 - 3:15
    Quando você tem
    uma situação caótica
  • 3:15 - 3:17
    em que você não sabe
    o que você tem,
  • 3:17 - 3:19
    a gente fala em modelo
    não supervisionado.
  • 3:19 - 3:22
    E se a gente for falar em algo
    um pouco mais concreto,
  • 3:22 - 3:24
    se eu estiver falando,
    por exemplo, de roupas,
  • 3:24 - 3:29
    se eu quiser fazer
    uma classificação
  • 3:29 - 3:32
    para poder separar gravatas
    de pequenas ou grandes,
  • 3:32 - 3:35
    eu faço o modelo de regressão,
    que é supervisionado.
  • 3:35 - 3:38
    Se eu quiser classificar
    se uma roupa
  • 3:38 - 3:40
    tem um padrão de uma gravata,
  • 3:40 - 3:41
    uma cueca, ou
    algo nesse sentido,
  • 3:41 - 3:43
    eu faço um processo
    de classificação.
  • 3:43 - 3:48
    Agora, se eu tiver uma prerrogativa
    de agrupar as roupas,
  • 3:48 - 3:51
    separar gravata, separar
    cuecas e camisas,
  • 3:51 - 3:53
    aí vou ter que trabalhar
    em um modelo não supervisionado,
  • 3:53 - 3:55
    porque eu não sei
    o que eu vou encontrar.
  • 3:55 - 3:56
    Eu vou encontrar um padrão.
  • 3:56 - 3:59
    Então isso é uma das grandes
    diferenças entre os dois tipos.
  • 3:59 - 4:01
    Um é caótico, que é
    o não supervisionado,
  • 4:01 - 4:03
    e o outro já é
    muito bem conhecido
  • 4:03 - 4:05
    e possível de ser treinado.
  • 4:05 - 4:05
    Muito bom!
  • 4:05 - 4:08
    Quais são as outras características
    desses modelos, Henrique?
  • 4:08 - 4:12
    Como o professor Flávio
    falou aqui perfeitamente,
  • 4:12 - 4:14
    no supervisionado,
    você precisa dos rótulos.
  • 4:14 - 4:18
    Então existe um certo custo
    de ter esses rótulos.
  • 4:18 - 4:20
    E o não supervisionado,
    você não precisa dos rótulos.
  • 4:20 - 4:23
    Então é um pouco mais barato
    de você explorar aquilo
  • 4:23 - 4:27
    porque você não precisa ter
    esses rótulos naquele momento.
  • 4:27 - 4:28
    Mas aí vem as nuances,
  • 4:28 - 4:31
    por exemplo, o aprendizado
    autossupervisionado,
  • 4:31 - 4:35
    onde você quer algo que tenha
    as características do supervisionado,
  • 4:35 - 4:38
    mas você ainda não tem aqueles
    rótulos escritos por humanos,
  • 4:38 - 4:39
    e aí você tem que usar
    algumas estratégias
  • 4:39 - 4:42
    que é, por exemplo, o que está por trás
    de grandes modelos de linguagem,
  • 4:42 - 4:44
    como o ChatGPT.
  • 4:44 - 4:46
    A ideia do auto supervisionado
    é você pegar texto
  • 4:46 - 4:49
    da internet, de diversas fontes,
  • 4:49 - 4:53
    e mascarar algumas palavras
    para fazer o modelo prever
  • 4:53 - 4:56
    qual é a próxima palavra
    com os dados que você já tem.
  • 4:56 - 4:58
    Então é o que a gente chama
    de autossupervisionado.
  • 4:58 - 4:59
    Ele aprende com aqueles dados
  • 4:59 - 5:02
    sem nenhum ser humano
    ter que rotular o que ele significa.
  • 5:02 - 5:04
    E por trás desses ambos modelos,
  • 5:04 - 5:06
    cá entre nós, tem
    muita matemática, né?
  • 5:06 - 5:08
    As pessoas acham que é mágica.
  • 5:08 - 5:10
    "Meu Deus! Ele adivinhou
    o que eu estava pensando.
  • 5:10 - 5:13
    Ele adivinhou qual era
    a próxima palavra",
  • 5:13 - 5:14
    ou qual era o próximo texto.
  • 5:14 - 5:17
    E, na verdade, o professor
    Flávio falou de regressão,
  • 5:17 - 5:20
    mas tem estatística,
    probabilidade.
  • 5:20 - 5:23
    E é muito interessante
    esses modelos,
  • 5:23 - 5:26
    a entrada desses dados,
    processamento e as saídas,
  • 5:26 - 5:28
    como no caso
    de um cartão de crédito,
  • 5:28 - 5:32
    quando vai bloquear uma transação
    por segurança ou não.
  • 5:32 - 5:34
    Não é mais alguém que fica
    ali atrás do computador
  • 5:34 - 5:37
    bloqueando, mas sim um algoritmo.
  • 5:37 - 5:40
    E o não supervisionado,
    no nosso dia a dia,
  • 5:40 - 5:43
    está presente
    no algoritmo da Netflix
  • 5:43 - 5:47
    na hora de sugerir
    um filme baseado em padrões,
  • 5:47 - 5:49
    ou no Spotify, e por aí vai.
  • 5:49 - 5:51
    - São exemplos mais clichês, né?
    - Um exemplo bem interessante...
  • 5:51 - 5:53
    Quando ele fala
    em não se posicionado
  • 5:53 - 5:56
    é, por exemplo,
    a questão de cancelamento.
  • 5:56 - 5:59
    Por que uma empresa tem um grande
    número de cancelamentos?
  • 5:59 - 6:01
    É uma situação caótica.
  • 6:01 - 6:03
    Ela não sabe por que está
    sendo cancelado o serviço,
  • 6:03 - 6:07
    então ela vai recorrer a esse tipo
    de modelo, não supervisionado,
  • 6:07 - 6:10
    para entender qual é o padrão,
    dentre os meus clientes,
  • 6:10 - 6:13
    que está acontecendo
    nesse tipo de cancelamento.
  • 6:13 - 6:15
    Então ela vai começar
    a trabalhar com clusters,
  • 6:15 - 6:18
    identificar padrões dentro
    do que ela não conhece, a priori,
  • 6:18 - 6:20
    no que está acontecendo.
  • 6:20 - 6:23
    E quando a gente
    conecta essas buzzwords
  • 6:23 - 6:25
    com outras áreas da tecnologia,
  • 6:25 - 6:28
    e aqui eu quero falar
    do Data Science, né,
  • 6:28 - 6:31
    de que maneira o aprendizado
    de máquina, Henrique,
  • 6:31 - 6:33
    se conecta com Data Science,
  • 6:33 - 6:37
    sobretudo quando nós falamos
    da manipulação dos bancos de dados?
  • 6:37 - 6:38
    Perfeito.
  • 6:38 - 6:41
    Essa pergunta é excelente.
  • 6:41 - 6:44
    Basicamente, a Ciência de Dados
    é você extrair valor
  • 6:44 - 6:46
    de um certo conjunto de dados.
  • 6:46 - 6:48
    E o Machine Learning, que são
    algoritmos computacionais,
  • 6:48 - 6:51
    faz esse trabalho de extrair
    valor dos dados.
  • 6:51 - 6:55
    Então hoje, nas empresas,
    você tem as áreas de dados
  • 6:55 - 6:57
    onde você tem
    profissionais especializados
  • 6:57 - 7:00
    em tentar extrair valor dos dados
    que a empresa produz.
  • 7:00 - 7:02
    Então a ideia é você encontrar
    um padrão, por exemplo,
  • 7:02 - 7:05
    do porquê está sendo
    cancelado, ou, de repente,
  • 7:05 - 7:07
    como eu recomendo um novo
    produto para o meu cliente,
  • 7:07 - 7:11
    seja a Netflix ou a Amazon.
  • 7:11 - 7:14
    Eu quero fazer um sistema automático
    com os dados que eu já tenho
  • 7:14 - 7:17
    e aí eu vou usar Machine Learning,
    vou usar algoritmos.
  • 7:17 - 7:19
    Então, a Ciência de Dados
    é um profissional,
  • 7:19 - 7:21
    um cientista de dados
    é um profissional,
  • 7:21 - 7:23
    que está por trás ali
    para entender esse padrão
  • 7:23 - 7:27
    que a máquina está descobrindo
    e atrelar isso a alguma coisa
  • 7:27 - 7:28
    que vai trazer valor
    para a empresa.
  • 7:28 - 7:31
    Então ele precisa entender
    o produto da empresa,
  • 7:31 - 7:33
    entender
    o que a empresa pode fazer,
  • 7:33 - 7:37
    e pegar esses algoritmos automáticos
    para que a empresa entregue
  • 7:37 - 7:39
    e você consiga extrair
    valor dos dados.
  • 7:39 - 7:40
    Poxa, que bacana!!
  • 7:40 - 7:42
    Esse universo
    do Data Science hoje,
  • 7:42 - 7:46
    eu poderia falar, Flávio, que é
    imprescindível a gente ter ali
  • 7:46 - 7:48
    Machine Learning,
    outros algoritmos?
  • 7:48 - 7:51
    Olha, hoje, todas as empresas,
    para sobreviverem,
  • 7:51 - 7:52
    precisam ser data-driven,
  • 7:52 - 7:54
    então elas precisam
    ser orientadas a dados.
  • 7:54 - 7:57
    É justamente por causa desse
    grande volume de dados
  • 7:57 - 8:00
    que começou a ser possível
    a gente ter novos algoritmos,
  • 8:00 - 8:01
    Chegar nesse nível, né?
  • 8:01 - 8:05
    Para chegar nesse nível,
    para você ter novos algoritmos.
  • 8:05 - 8:07
    A gente está falando mais
    de 400, 500 algoritmos,
  • 8:07 - 8:08
    que você poderia utilizar
  • 8:08 - 8:11
    usando bibliotecas
    do próprio Python,
  • 8:11 - 8:12
    como o scikit-learn.
  • 8:12 - 8:16
    E, a partir daí, você tem diversos
    algoritmos que vão trabalhar,
  • 8:16 - 8:20
    seja usando regressão, seja usando
    o modelo não supervisionado,
  • 8:20 - 8:23
    seja random forest,
    enfim, diversos algoritmos,
  • 8:23 - 8:25
    para tentar resolver o problema
    de uma forma ou outra.
  • 8:25 - 8:29
    O que é legal é que as empresas
    procurem também utilizar
  • 8:29 - 8:32
    uma metodologia, qualquer
    que seja a metodologia.
  • 8:32 - 8:35
    Uma das mais conhecidas
    é a CRISP-DM,
  • 8:35 - 8:39
    que é uma metodologia em que você
    consegue fazer projetos
  • 8:39 - 8:42
    envolvendo dados desde
    o entendimento do negócio...
  • 8:42 - 8:44
    Porque se não tiver
    entendimento do negócio,
  • 8:44 - 8:45
    nada vai funcionar.
  • 8:45 - 8:48
    Entendimento dos dados,
    preparação.
  • 8:48 - 8:50
    Aí entra na parte de modelagem,
  • 8:50 - 8:52
    algoritmos que envolvem
    Machine Learning
  • 8:52 - 8:54
    para depois
    você ter a avaliação.
  • 8:54 - 8:57
    Então é aí que entra
    a estatística.
  • 8:57 - 8:58
    Qual é a acurácia
    do meu modelo?
  • 8:58 - 8:59
    Quanto que ele acerta?
  • 8:59 - 9:02
    Então a gente vai chegar
    em fases do modelo CRISP,
  • 9:02 - 9:06
    e isso ajuda a sustentar muito
    projetos relacionados à dados.
  • 9:06 - 9:07
    Olha só!
  • 9:07 - 9:08
    Isso é muito importante,
    Henrique,
  • 9:08 - 9:13
    porque toda empresa hoje
    quer ter Inteligência Artificial.
  • 9:13 - 9:15
    Eu falo que, nos anos 2000,
  • 9:15 - 9:17
    toda empresa
    queria ter o seu site,
  • 9:17 - 9:19
    nos anos nos anos 2010, toda
    empresa queria ter seu aplicativo,
  • 9:19 - 9:22
    e agora toda empresa quer ter
    a sua Inteligência Artificial.
  • 9:22 - 9:25
    Todo mundo quer, mas e aí,
    como está a sua casinha?
  • 9:25 - 9:27
    Como estão os seus dados?
  • 9:27 - 9:29
    Onde eles estão armazenados?
  • 9:29 - 9:30
    Como?
  • 9:30 - 9:32
    Quais são os níveis
    de permissão, os rótulos,
  • 9:32 - 9:34
    a classificação disso?
  • 9:34 - 9:37
    Todo mundo quer o que está
    no final do arco íris, né?
  • 9:37 - 9:41
    Mas a gente tem que fazer
    esse trabalho dentro de casa.
  • 9:41 - 9:44
    Eu, quando era um profissional
    de início de carreira,
  • 9:44 - 9:46
    há 15 anos,
  • 9:46 - 9:48
    quando eu quis ir
    para a área de tecnologia,
  • 9:48 - 9:51
    eu comecei a pesquisar
    sobre ferramentas,
  • 9:51 - 9:53
    linguagens de programação,
  • 9:53 - 9:56
    seguir profissionais,
    os cursos que eles faziam.
  • 9:56 - 9:58
    Então, para aproveitar esse
    momento que nós estamos aqui,
  • 9:58 - 10:03
    Flávio, quais são as ferramentas
    e os principais comandos
  • 10:03 - 10:06
    que um profissional
    de tecnologia precisa saber
  • 10:06 - 10:09
    para aplicar Machine Learning
    dentro do seu dia a dia?
  • 10:09 - 10:13
    Bom, se a gente for por um caminho
    que envolva a Ciência de Dados,
  • 10:13 - 10:17
    é muito importante que primeiro
    tenha a base de sustentação no SQL.
  • 10:17 - 10:19
    Então, a linguagem
    de consulta estruturada
  • 10:19 - 10:22
    é extremamente importante
    para dados estruturados.
  • 10:22 - 10:23
    Ponto.
  • 10:23 - 10:24
    O primeiro passo é SQL?
  • 10:24 - 10:25
    O SQL é importantíssimo.
  • 10:25 - 10:28
    É claro que não é só ele,
    ele aponta uma linguagem,
  • 10:28 - 10:30
    ou algumas linguagens
    de programação,
  • 10:30 - 10:33
    com conhecimento quase
    fluente, como Python e R.
  • 10:33 - 10:35
    Então R é uma linguagem
    mais estatística.
  • 10:35 - 10:37
    O Python é algo
    que é muito mais...
  • 10:37 - 10:39
    A gente fala que é muito mais
    apropriado para o mercado,
  • 10:39 - 10:41
    quando você fala
    em projetos de dados.
  • 10:41 - 10:44
    Agora, se for por um caminho
    de Engenharia de Dados,
  • 10:44 - 10:47
    quem fica nos bastidores
    de toda essa parte,
  • 10:47 - 10:51
    aí eu teria que falar um pouquinho
    em microsserviços,
  • 10:51 - 10:53
    a parte de orquestração
    de software.
  • 10:53 - 10:57
    Então vai depender muito da área
    que o profissional quer seguir,
  • 10:57 - 10:59
    seja Ciência de Dados
    ou Engenharia de Dados.
  • 10:59 - 11:00
    Perfeito.
  • 11:00 - 11:03
    E na sua opinião,
    na sua visão, Henrique,
  • 11:03 - 11:04
    nessas ferramentas do dia a dia,
  • 11:04 - 11:07
    quais são as suas dicas
    para esse profissional
  • 11:07 - 11:09
    que vai adentrar
    em Ciência de Dados?
  • 11:09 - 11:11
    Eu vou até pegar
    o que o Flávio disse
  • 11:11 - 11:13
    e colocar mais uma profissão.
  • 11:13 - 11:16
    A gente tem o cientista de dados,
    o engenheiro de dados,
  • 11:16 - 11:18
    e também temos
    um engenheiro de IA,
  • 11:18 - 11:20
    que é aquele que vai
    construir, por exemplo,
  • 11:20 - 11:24
    uma rede neural, ou um sistema
    que conecta várias outras IAs,
  • 11:24 - 11:27
    para gerar um resultado final,
  • 11:27 - 11:29
    por exemplo, um carro autônomo.
  • 11:29 - 11:31
    Então, para esse profissional,
    as ferramentas adicionais
  • 11:31 - 11:35
    poderiam ser, por exemplo,
    um Keras TensorFlow,
  • 11:35 - 11:38
    um PyTorch, que hoje está por trás
    dos grandes modelos de linguagem.
  • 11:38 - 11:42
    Então, são ferramentas que você
    pode utilizar com Python, né,
  • 11:42 - 11:45
    e eles dão um subsídio para você
    construir as redes neurais,
  • 11:45 - 11:46
    que é o Deep Learning.
  • 11:46 - 11:48
    E não precisa
    reinventar a roda, né,
  • 11:48 - 11:50
    não precisa fazer
    um negócio do zero,
  • 11:50 - 11:52
    do PyTorch, entre
    outras ferramentas,
  • 11:52 - 11:54
    para alguém já resolver
    alguns problemas, né?
  • 11:54 - 11:56
    Exatamente. Tem uma coisa
    bem interessante,
  • 11:56 - 11:58
    que hoje muitos modelos
    já estão disponibilizados,
  • 11:58 - 11:59
    por exemplo, no Hugging Face.
  • 11:59 - 12:01
    Então você pode pegar
    um modelo pré-treinado...
  • 12:01 - 12:03
    O que seria um modelo
    pré-treinado?
  • 12:03 - 12:06
    Uma rede neural onde você já descobriu
    quais são os pesos sinápticos,
  • 12:06 - 12:08
    ela já está apta a resolver
    uma determinada tarefa,
  • 12:08 - 12:10
    por exemplo,
    de classificação ou regressão.
  • 12:10 - 12:12
    Você pode baixar esse modelo
  • 12:12 - 12:15
    e colocá-lo para fazer
    as inferências em produção.
  • 12:15 - 12:19
    E aí vem a parte de como eu faço
    para colocar isso em produção.
  • 12:19 - 12:22
    Aí você vai precisar de alguns
    outros detalhes profissionais.
  • 12:22 - 12:24
    Por exemplo, o Machine
    Learning DevOps, né?
  • 12:24 - 12:26
    MLDevOps.
  • 12:26 - 12:27
    MLDevOps.
  • 12:27 - 12:28
    MLOps, e por aí vai.
  • 12:28 - 12:31
    Para quem não sabe
    o que é o Hugging Face,
  • 12:31 - 12:34
    é a primeira vez que o pessoal está
    escutando esse termo Hugging Face,
  • 12:34 - 12:37
    posso falar que é um GitHub
    da Inteligência Artificial?
  • 12:37 - 12:38
    Mais ou menos isso?
  • 12:38 - 12:42
    Sim, eu acho que é
    uma boa forma de colocar.
  • 12:42 - 12:44
    Eles são uma empresa,
    e têm um repositório de modelos.
  • 12:44 - 12:47
    Então todo mundo que produz
    um modelo de linguagem
  • 12:47 - 12:49
    quer disponibilizá-lo.
  • 12:49 - 12:53
    Llama, por exemplo, é um modelo
    de linguagem da Meta, do Facebook,
  • 12:53 - 12:56
    que é basicamente
    igual ao ChatGPT...
  • 12:56 - 12:57
    - Só que ele está disponibilizado...
    - Open source.
  • 12:57 - 12:59
    Open source, exatamente.
  • 12:59 - 13:01
    Isso me lembrou
    muito o RM Studio,
  • 13:01 - 13:04
    que foi o que eu
    comecei a brincar.
  • 13:04 - 13:06
    É um software que você instala,
  • 13:06 - 13:09
    e, por ele, você consegue baixar
    os modelos já pré-treinados
  • 13:09 - 13:12
    e a rodar local sem
    a necessidade da internet.
  • 13:12 - 13:13
    Fantástico isso.
  • 13:13 - 13:15
    Agora você levantou
    um gancho importante aqui
  • 13:15 - 13:18
    para a continuação do nosso
    bate-papo, que é a nuvem.
  • 13:18 - 13:22
    Como a gente está
    usando esses recursos,
  • 13:22 - 13:24
    vantagens, os desafios
    do Machine Learning,
  • 13:24 - 13:26
    dentro da Cloud Computing?
  • 13:27 - 13:28
    Eu diria que, a primeira coisa,
  • 13:28 - 13:31
    pensando especificamente
    em redes neurais,
  • 13:31 - 13:32
    é o custo de treinamento.
  • 13:32 - 13:35
    Porque além de você
    ter muitos dados,
  • 13:35 - 13:36
    você vai precisar
    de placas de vídeo,
  • 13:36 - 13:38
    e são Parks com muitas...
  • 13:40 - 13:44
    É custoso você construir essa
    infraestrutura dentro da sua empresa,
  • 13:44 - 13:46
    e às vezes é muito
    mais vantajoso
  • 13:46 - 13:48
    você contratar
    um serviço de cloud
  • 13:48 - 13:50
    para você ter essa
    etapa de treinamento.
  • 13:50 - 13:53
    Além disso, na nuvem,
    as coisas estão disponíveis 24/7.
  • 13:53 - 13:55
    Então, mesmo que o modelo
    já esteja treinado
  • 13:55 - 13:58
    e agora está em produção,
    está sendo utilizado,
  • 13:58 - 14:01
    você tem a garantia
    de que ele vai ficar disponível.
  • 14:01 - 14:03
    A solução, se você quiser fazer
  • 14:03 - 14:04
    dentro da sua empresa
    ou na sua casa,
  • 14:04 - 14:08
    você vai ter que conseguir
    disponibilizar isso em 24/7
  • 14:08 - 14:10
    então você tem esses
    custos associados.
  • 14:10 - 14:12
    O que eu vejo normalmente é...
  • 14:12 - 14:15
    Por exemplo, eu quero
    um modelo de linguagem
  • 14:15 - 14:18
    para fazer um papel,
    por exemplo, como o Copilot.
  • 14:18 - 14:21
    Ele vai auxiliar os meus
    desenvolvedores, os meus devs,
  • 14:21 - 14:23
    na produção de código.
  • 14:23 - 14:26
    Então, o modelo de linguagem
    que vai auxiliar na produção de código.
  • 14:26 - 14:28
    Só que eu não quero
    expor esse código,
  • 14:28 - 14:32
    eu não quero que uma empresa
    de terceiro veja esse código.
  • 14:32 - 14:36
    Então às vezes é melhor
    eu criar um servidor local
  • 14:36 - 14:38
    com uma placa de vídeo,
    um modelo já pré-treinado,
  • 14:38 - 14:39
    eu o coloco disponibilizado...
  • 14:39 - 14:42
    Aquela NVIDIA, que eu
    posso programar agora.
  • 14:42 - 14:46
    E aí você consegue disponibilizar
    para todos seus devs
  • 14:46 - 14:48
    um Copilot, ou algo semelhante,
  • 14:48 - 14:50
    que vai ajudar
    na produção de código
  • 14:50 - 14:53
    e não expor o seu código
    para nenhum terceiro.
  • 14:53 - 14:54
    Então essa é uma solução caseira
  • 14:54 - 14:56
    que eu tenho visto
    muitas empresas adotando.
  • 14:56 - 14:58
    Prós e contras, né, Flávio?
  • 14:58 - 15:00
    A nuvem sem dúvida é o caminho
  • 15:00 - 15:02
    quando você quer
    ter algo escalonável.
  • 15:02 - 15:04
    Não tem como você fazer isso
    que não seja em nuvem.
  • 15:04 - 15:08
    Agora, existem estratégias para que você
    não gaste muito em nuvem.
  • 15:08 - 15:10
    Então, por exemplo, você pode
    subir uma máquina virtual,
  • 15:10 - 15:12
    colocar um Spark nela,
  • 15:12 - 15:15
    e começar a brincar
    de forma profissional,
  • 15:15 - 15:16
    mas sem gastar muito
  • 15:16 - 15:19
    quando você usar o serviço
    diretamente na nuvem,
  • 15:19 - 15:21
    como as empresas às vezes fazem.
  • 15:21 - 15:23
    Então você sobe
    máquinas virtuais
  • 15:23 - 15:27
    e coloca um Spark ali
    de uma forma parruda
  • 15:27 - 15:29
    para conseguir resolver
    problemas mais sofisticados.
  • 15:29 - 15:31
    E dependendo do que você
    faz em dados...
  • 15:31 - 15:32
    Me corrijam se eu estiver errado,
  • 15:32 - 15:35
    porque eu estou tirando
    a certificação da AWS agora.
  • 15:35 - 15:38
    Tem algumas instâncias
    que você pode comprar
  • 15:38 - 15:39
    que são muito mais baratas,
  • 15:39 - 15:40
    mas é aquela história, né...
  • 15:40 - 15:42
    "Olha, qualquer hora pode
    parar de funcionar.
  • 15:42 - 15:44
    Mas é muito mais barato.
  • 15:44 - 15:46
    Você pode consumir esse recurso
    que eu não estou utilizando".
  • 15:46 - 15:48
    É uma forma de economizar
    também, né?
  • 15:49 - 15:51
    Às vezes eles fazem isso,
  • 15:51 - 15:54
    usam, mas deixam, por exemplo,
    alguma instância no BigQuery
  • 15:54 - 15:57
    porque você consegue ter
    uma rotatividade mensal
  • 15:57 - 15:59
    para diminuir custo,
  • 15:59 - 16:01
    e aí você consegue realmente
  • 16:01 - 16:03
    direcionar os esforços
    para outros pontos
  • 16:03 - 16:05
    que não só a nuvem, né,
    porque senão fica muito custoso.
  • 16:05 - 16:07
    Dúvidas sanadas,
  • 16:07 - 16:10
    vamos para o nosso próximo
    bloco aqui do bate-papo.
  • 16:10 - 16:12
    Vamos falar agora sobre ética,
  • 16:12 - 16:14
    um assunto muito importante.
  • 16:14 - 16:16
    Depois desse hype da IA,
  • 16:16 - 16:18
    a gente precisa
    voltar uma casinha
  • 16:18 - 16:23
    e falar quais são as principais
    responsabilidades éticas,
  • 16:23 - 16:24
    na visão de vocês,
  • 16:24 - 16:27
    para a gente treinar esses
    modelos de Machine Learning.
  • 16:28 - 16:32
    Olha, tem uma questão que eu
    sempre falo para os meus alunos,
  • 16:32 - 16:34
    que é a questão
    da escolha das features.
  • 16:34 - 16:36
    Digamos que você
    vai construir, por exemplo,
  • 16:36 - 16:38
    um sisteminha para o RH
  • 16:38 - 16:40
    para fazer seleção
    de próximos profissionais
  • 16:40 - 16:43
    e você quer automatizar
    usando Machine Learning.
  • 16:43 - 16:46
    Será que faz sentido você colocar
    uma coluna, ou uma feature,
  • 16:46 - 16:49
    ali na entrada do seu modelo
    de sexo do profissional?
  • 16:51 - 16:52
    Pra quê, né?
  • 16:52 - 16:55
    Você não quer
    selecionar o profissional
  • 16:55 - 16:56
    usando esse tipo de informação.
  • 16:56 - 16:59
    Agora você está criando
    um sistema de diagnóstico médico.
  • 16:59 - 17:01
    - Faz sentido trazer feature?
    - Ah, sim!
  • 17:01 - 17:04
    Então, esse é o primeiro
    pensamento ético
  • 17:04 - 17:05
    do profissional
    que está construindo a IA
  • 17:05 - 17:09
    porque é a primeira linha de frente
    na hora que ele seleciona as features.
  • 17:09 - 17:11
    E depois essas coisas
    ficam meio que ocultadas,
  • 17:11 - 17:13
    por uma vez que o modelo está pronto,
    você não sabe exatamente
  • 17:13 - 17:16
    o que está sendo usado,
    o que ele aprendeu.
  • 17:16 - 17:18
    Então esse é o primeiro ponto
  • 17:18 - 17:20
    que a gente tem
    que tomar cuidado.
  • 17:20 - 17:23
    E outro ponto, também ainda
    relacionado com isso,
  • 17:23 - 17:26
    é a questão do envenenamento
    de corpos que a gente diz,
  • 17:26 - 17:29
    que é: qualquer coisa
    que tiver ruim
  • 17:29 - 17:31
    no seu corpus de treinamento,
  • 17:31 - 17:33
    e, corpus, eu quero dizer os dados
    que você está usando, por exemplo.
  • 17:33 - 17:35
    para treinar
    o modelo de linguagem,
  • 17:35 - 17:37
    que envolve grandes
    quantidades de texto,
  • 17:37 - 17:39
    todo aquele viés
    que está no texto
  • 17:39 - 17:42
    pode ser aprendido pelo modelo.
  • 17:42 - 17:45
    Então a gente pode tentar fazer
    algo autossupervisionado
  • 17:45 - 17:48
    para economizar na rotulagem,
  • 17:48 - 17:50
    na etapa ali que a gente
    está analisando,
  • 17:50 - 17:52
    mas tem uma hora
    que a gente precisa avaliar
  • 17:52 - 17:54
    o que está sendo
    escrito de fato.
  • 17:54 - 17:56
    Então, por exemplo, a OpenAI,
  • 17:56 - 17:58
    que está por trás do ChatGPT,
  • 17:58 - 18:00
    contrataram profissionais
  • 18:00 - 18:02
    para verificar o grosso do texto
  • 18:02 - 18:04
    que foi usado durante
    o treinamento
  • 18:04 - 18:07
    para eliminar,
    durante o treinamento,
  • 18:07 - 18:10
    assuntos, vamos dizer assim,
    muito polêmicos.
  • 18:10 - 18:12
    Então...
  • 18:12 - 18:14
    Abuso sexual, qualquer
    tipo de texto que...
  • 18:14 - 18:15
    Crimes?
  • 18:15 - 18:16
    Crimes.
  • 18:16 - 18:20
    Então, esse tipo de assunto
    eles eliminavam
  • 18:20 - 18:21
    para o modelo não aprender
  • 18:21 - 18:23
    e não reproduzir esse tipo de...
  • 18:23 - 18:25
    E é uma constância, né, Flávio,
  • 18:25 - 18:26
    é um trabalho que não tem fim.
  • 18:26 - 18:28
    Porque mesmo eles
    contratando esses profissionais,
  • 18:28 - 18:30
    como o Henrique
    muito bem trouxe,
  • 18:30 - 18:31
    no início ali,
  • 18:31 - 18:33
    quando a OpenAI
  • 18:33 - 18:36
    disponibilizou para os usuários
    aquele modelo 3.5,
  • 18:36 - 18:40
    depois, em paralelo,
    teve o DALL-E, e juntou,
  • 18:40 - 18:43
    você pedia ali:
    "Desenhe um CEO".
  • 18:43 - 18:45
    E aí tinha o viés de sempre ser
  • 18:45 - 18:47
    um homem, branco, mais velho...
  • 18:48 - 18:51
    Realmente esse viés,
    como ela é treinada,
  • 18:51 - 18:54
    e os humanos é que vão gerar
  • 18:54 - 18:56
    os dados para esse treinamento,
  • 18:56 - 19:00
    pode ter sim um viés,
    e às vezes é proposital.
  • 19:00 - 19:01
    Então, o que as empresas
    precisam entender
  • 19:01 - 19:04
    é que é preciso,
  • 19:04 - 19:07
    dentro dessa fase, dentro
    do entendimento dos dados,
  • 19:07 - 19:09
    como o Henrique mencionou...
  • 19:09 - 19:10
    Se ela não tiver noção
  • 19:10 - 19:12
    se aquela feature vai ser
    considerada ou não,
  • 19:12 - 19:14
    que use uma matriz de correlação
  • 19:14 - 19:16
    para ver o quanto aquela
    feature vai impactar
  • 19:16 - 19:17
    na medida que você
    está querendo fazer.
  • 19:17 - 19:21
    Então, entender se é
    significativa ou não
  • 19:21 - 19:22
    a presença daquela feature
  • 19:22 - 19:25
    para um determinado
    treinamento que você vai fazer.
  • 19:25 - 19:27
    O pessoal fala já há muito tempo
    sobre os vieses algoritmos.
  • 19:27 - 19:29
    E não é só o desenvolvedor.
  • 19:29 - 19:32
    É também quem usa, porque
    quem usa é quem está alimentando,
  • 19:32 - 19:34
    então é dos dois lados.
  • 19:34 - 19:37
    Vocês se recordam, se lembram,
    de algum caso emblemático
  • 19:37 - 19:42
    que tem relação com esse mau
    treinamento desses dados?
  • 19:42 - 19:43
    Eu lembro de um caso
    bastante emblemático,
  • 19:43 - 19:46
    que tem a ver com a ideia
    de você fazer o próprio usuário
  • 19:46 - 19:48
    fornecer dados para treinar,
  • 19:48 - 19:50
    um treinamento constante.
  • 19:51 - 19:53
    Chamava-se "Microsoft Tay".
  • 19:53 - 19:56
    Era um chatbot que foi
    disponibilizado no Twitter,
  • 19:56 - 20:00
    e em 24 horas, a Microsoft teve
    que desligar esse chatbot
  • 20:00 - 20:04
    porque os trolls
    da internet ensinaram
  • 20:04 - 20:08
    o bot a falar "hue hue hue".
  • 20:08 - 20:10
    Então eles tiveram que desligar.
  • 20:10 - 20:12
    É um risco, né,
    quando você coloca ali
  • 20:12 - 20:15
    porque o usuário pode...
  • 20:15 - 20:17
    É o risco do não supervisionado.
  • 20:17 - 20:21
    Como você não está observando
    aquela realimentação dos dados
  • 20:21 - 20:23
    que os usuários estão
    imputando no sistema,
  • 20:23 - 20:25
    o sistema aprendeu
    com os usuários, e aí...
  • 20:25 - 20:26
    Foram ingênuos demais.
  • 20:26 - 20:27
    Exatamente.
  • 20:27 - 20:30
    Tempos atrás também, a Amazon
    teve um processo seletivo
  • 20:30 - 20:33
    e quis fazer algo automatizado.
  • 20:33 - 20:34
    E o que acabou acontecendo?
  • 20:34 - 20:38
    Como ela tinha uma base
    totalmente formada por homens,
  • 20:38 - 20:40
    então ela acabou,
    no processo de escolha,
  • 20:40 - 20:41
    deixando as mulheres de lado.
  • 20:41 - 20:45
    Então, nesse processo em que você
    usa algo automatizado,
  • 20:45 - 20:48
    você tem que entender que, se você
    usar uma base histórica de profissionais
  • 20:48 - 20:51
    que fazem parte de uma empresa,
    você tem que identificar que...
  • 20:51 - 20:53
    "Opa, eu não posso fazer isso
    com o processo seletivo,
  • 20:53 - 20:56
    porque senão eu só
    vou contratar homens".
  • 20:56 - 20:59
    E como a gente pode evitar de isso
    acontecer daqui para frente, Flávio?
  • 21:00 - 21:02
    A gente precisa
    identificar a amostra, tá?
  • 21:02 - 21:05
    A amostra realmente
    vai ser usada...
  • 21:05 - 21:07
    Uma parte é para treino
    e a outra é para teste.
  • 21:07 - 21:08
    É sempre assim que a gente
    trabalha com Machine learning.
  • 21:08 - 21:10
    Então, dentro da sua mostra,
  • 21:10 - 21:13
    você tem que verificar se ela tem
    o balanceamento correto.
  • 21:13 - 21:16
    Se ela estiver desbalanceada,
    você tem que usar algumas técnicas
  • 21:16 - 21:18
    para poder fazer esse
    balanceamento acontecer
  • 21:18 - 21:22
    de forma probabilística
    ou de uma forma apropriada.
  • 21:22 - 21:24
    Isso pode acarretar problemas
    se você não observar.
  • 21:24 - 21:29
    Então, se você tem um dataset
    totalmente desbalanceado,
  • 21:29 - 21:30
    você vai ter problemas.
  • 21:30 - 21:31
    Isso é fato.
  • 21:31 - 21:34
    Mesmo que a acurácia seja alta,
  • 21:34 - 21:36
    você pode ter um problema
    de overfitting.
  • 21:36 - 21:39
    Mas eu preciso entender dos dados
    para saber o que eu tenho...
  • 21:39 - 21:41
    Eu tenho que enriquecer
    os dados às vezes,
  • 21:41 - 21:42
    eu tenho que fazer alguma coisa
  • 21:42 - 21:44
    para que a minha amostra
    realmente seja significativa,
  • 21:44 - 21:46
    para que eu tenha
    o treinamento adequado.
  • 21:46 - 21:49
    É dessa forma que você está ensinando
    em sala de aula, Henrique?
  • 21:49 - 21:50
    Sim.
  • 21:50 - 21:53
    Tem duas coisas
    que eu gostaria de adicionar
  • 21:53 - 21:54
    ao que o Flávio disse aqui.
  • 21:54 - 21:56
    A primeira é que eu me
    recordo de um caso,
  • 21:56 - 21:57
    o COMPAS software,
  • 21:57 - 22:01
    que foi um software
    de Machine Learning proposto...
  • 22:02 - 22:04
    Em 2013, 2014,
  • 22:04 - 22:06
    para auxiliar juízes
  • 22:06 - 22:09
    a tomarem decisões de casos.
  • 22:09 - 22:14
    Por exemplo, um prisioneiro
    dos tribunais americanos chega e fala:
  • 22:14 - 22:16
    "Ah, quero liberdade condicional".
  • 22:16 - 22:19
    Aí avaliava se ele tinha chance
    de reincidir no crime.
  • 22:19 - 22:22
    O que aconteceu
    é que o algoritmo era racista.
  • 22:22 - 22:26
    O algoritmo decidia muito mais
    a favor de pessoas brancas
  • 22:26 - 22:27
    do que de pessoas negras.
  • 22:27 - 22:31
    E aí foram analisar
    do porquê isso acontecia.
  • 22:31 - 22:34
    Isso tem a ver com o viés nos dados
    do sistema prisional americano.
  • 22:34 - 22:37
    Você tem uma população
    carcerária de maioria negra,
  • 22:37 - 22:40
    por isso que acabou
    criando esse tipo de viés,
  • 22:40 - 22:42
    e o algoritmo aprendeu.
  • 22:42 - 22:45
    Mas isso levanta uma questão
    mais fundamental.
  • 22:45 - 22:49
    Será que faz sentido você criar
    um software para fazer isso?
  • 22:49 - 22:52
    Será que é justo avaliar
    as pessoas, nesse sentido,
  • 22:52 - 22:53
    com um software?
  • 22:53 - 22:55
    Então a gente também
    tem uma defesa de:
  • 22:55 - 22:58
    será que faz sentido
    automatizar esse processo?
  • 22:58 - 23:00
    Será que, ao automatizar
    esse processo,
  • 23:00 - 23:04
    eu não estou tirando o julgamento
    necessário de um ser humano,
  • 23:04 - 23:06
    que um ser humano
    que realmente teria que avaliar?
  • 23:06 - 23:09
    Então isso é uma coisa que a gente
    também tem que se preocupar,
  • 23:09 - 23:12
    e é uma questão que vai
    além da parte técnica.
  • 23:12 - 23:15
    E a outra questão técnica
    que a gente tem desenvolvido
  • 23:15 - 23:18
    para melhorar os modelos
  • 23:18 - 23:20
    para a gente entendê-los
  • 23:20 - 23:23
    é a explicabilidade
    e a interpretabilidade.
  • 23:23 - 23:26
    Então o modelo não tem só
    que inferir uma resposta, dizer...
  • 23:27 - 23:30
    "Esse prisioneiro não pode
    ter liberdade condicional".
  • 23:30 - 23:34
    Ele também tem que dizer por que
    e como ele chegou nessa conclusão.
  • 23:34 - 23:37
    É isso que a gente está tentando
    fazer os modelos conseguirem produzir,
  • 23:37 - 23:40
    a explicação de como ele
    chegou na resposta
  • 23:40 - 23:43
    para a gente conseguir interpretar
    com detalhe e ver se foi justo.
  • 23:43 - 23:44
    Até mesmo no prompt
    a gente recomenda
  • 23:44 - 23:47
    que você não
    só peça o resultado,
  • 23:47 - 23:51
    mas também explique para mim
    como você chegou a ele.
  • 23:51 - 23:53
    Isso é uma forma interessante
    de você entender se ela alucinou ou não.
  • 23:53 - 23:56
    Então é até uma dica
    para quem vai trabalhar
  • 23:56 - 23:58
    com a parte
    de engenharia de prompt,
  • 23:58 - 24:02
    não só pedir algo, uma tarefa,
    mas depois explicar por que,
  • 24:02 - 24:04
    ou como ela chegou
    nesse resultado.
  • 24:04 - 24:06
    Ou você pergunta ou você fala:
  • 24:06 - 24:10
    "Olha, eu quero que você use
    esse raciocínio, essa lógica".
  • 24:10 - 24:13
    Decisões mais complexas
    vão precisar de instruções
  • 24:13 - 24:15
    mais complexas.
  • 24:15 - 24:17
    Bom, estamos indo
    para o nosso último bloco.
  • 24:17 - 24:20
    Vamos falar agora
    de tendências e futuros.
  • 24:20 - 24:24
    E diante do que vocês estão
    vendo, essas novidades,
  • 24:24 - 24:26
    aplicações, ferramentas,
  • 24:26 - 24:28
    na sua opinião, Flávio,
  • 24:28 - 24:31
    quais são as tendências
    que se destacam
  • 24:31 - 24:34
    quando nós pensamos nesse
    mercado de Machine Learning?
  • 24:34 - 24:36
    Eu vejo duas grandes tendências.
  • 24:36 - 24:38
    Uma delas são
    os agentes autônomos.
  • 24:38 - 24:41
    Estão vindo com tudo,
    principalmente com assistentes virtuais.
  • 24:41 - 24:43
    Estou falando em conversação,
    algo conversacional,
  • 24:43 - 24:45
    por voz, que é fantástico.
  • 24:45 - 24:48
    E a diferença é que os agentes
    conseguem tomar
  • 24:48 - 24:50
    decisões autônomas.
  • 24:50 - 24:51
    Isso que é interessante.
  • 24:51 - 24:53
    Não é assim... "Olha, deixe-me
    ver o que ele pode fazer".
  • 24:53 - 24:56
    Não. Ele já tem ações para serem
    tomadas de forma autônoma.
  • 24:56 - 24:58
    E um outro ponto que também
    está crescendo muito
  • 24:58 - 25:01
    para poder empoderar os profissionais
    que trabalham com negócios,
  • 25:01 - 25:03
    mas não são especialistas
    em tecnologia,
  • 25:03 - 25:04
    é o Auto Machine Learning.
  • 25:04 - 25:07
    Então eu consigo trabalhar
    com ferramentas
  • 25:07 - 25:10
    que, dentro dela, eu já
    tenho todo o pacote,
  • 25:10 - 25:12
    os algoritmos em que você
    não vai precisar programar,
  • 25:12 - 25:16
    e sim clicar para que você tenha
    um modelo preditivo feito
  • 25:16 - 25:19
    e aí você resolva problemas
    dentro da empresa
  • 25:19 - 25:21
    e consiga tomar decisões
    mais assertivas.
  • 25:21 - 25:22
    Muito bom!
  • 25:22 - 25:23
    E na sua visão, Henrique,
  • 25:23 - 25:25
    o que o futuro nos aguarda?
  • 25:27 - 25:29
    O que o Flávio disse é perfeito,
    a questão dos agentes.
  • 25:29 - 25:32
    Mas eu quero falar uma coisa específica
    dos agentes que eu tenho visto,
  • 25:32 - 25:35
    e eu acho que em 2025
    vai estourar isso aí,
  • 25:35 - 25:37
    que é a questão de robótica.
  • 25:38 - 25:41
    Hoje nós conseguimos
    construir muito melhor robôs
  • 25:41 - 25:43
    do que a gente
    conseguia construir...
  • 25:44 - 25:45
    Décadas atrás.
  • 25:45 - 25:48
    Não, durante a história
    da humanidade, né?
  • 25:48 - 25:50
    E agora a gente consegue colocar
    um modelo de linguagem dentro dele.
  • 25:50 - 25:53
    Então, algumas questões aí,
    até de ficção científica...
  • 25:53 - 25:54
    Eu ia falar isso agora.
  • 25:56 - 25:59
    É que a robótica permite
    que o robô sinta.
  • 25:59 - 26:02
    Então a questão é que agora a gente
    consegue criar um modelo de linguagem
  • 26:02 - 26:05
    que, de certa forma,
    parece pensar.
  • 26:05 - 26:09
    Será que pensar e sentir
    pode gerar consciência?
  • 26:09 - 26:11
    Então, essa é
    uma questão interessante,
  • 26:11 - 26:13
    e é óbvio que a gente
    ainda vai explorar,
  • 26:13 - 26:14
    tem muita coisa a ser feita,
  • 26:14 - 26:18
    mas eu diria que, 2025, é um ano
    de inflexão em relação a isso.
  • 26:18 - 26:21
    A gente vai começar a explorar
    um novo cenário.
  • 26:21 - 26:24
    Superagentes, não só virtuais,
    mas também robóticos.
  • 26:24 - 26:25
    Essa é uma teoria que...
  • 26:25 - 26:28
    É claro, não tem nada factível ainda,
    mas é chamada a teoria da mente, né,
  • 26:28 - 26:31
    que a própria IA
    teria uma consciência.
  • 26:32 - 26:33
    Que loucura, gente!
  • 26:33 - 26:36
    Estamos chegando ao fim
    dessa nossa conversa.
  • 26:36 - 26:40
    Mas antes de vocês darem as dicas
    finais para os nossos alunos,
  • 26:40 - 26:43
    uma das perguntas
    que eu mais recebo,
  • 26:43 - 26:47
    principalmente em palestras
    dentro de empresas,
  • 26:47 - 26:49
    enfim, em grandes eventos, é:
  • 26:49 - 26:53
    "Gustavo, as pessoas vão
    ficar mais preguiçosas?".
  • 26:53 - 26:55
    Essa nova geração...
  • 26:55 - 26:58
    Na nossa, a gente pesquisava
    mais, argumentava mais.
  • 26:58 - 27:01
    Agora está tudo muito
    na mão, tudo mais rápido.
  • 27:01 - 27:04
    Como você enxerga essa
    relação homem-máquina
  • 27:04 - 27:06
    a longo prazo, Flávio Marques?
  • 27:06 - 27:09
    Eu pensei que você fosse perguntar
    se a IA ia roubar os nossos empregos.
  • 27:09 - 27:11
    Ah, não, isso aí já
    está batido, né, gente?
  • 27:12 - 27:15
    Mas com relação à questão
    de interface homem-máquina,
  • 27:15 - 27:19
    a gente começa a perceber que,
    com o avanço da robótica
  • 27:19 - 27:21
    e a própria Inteligência
    Artificial, juntas,
  • 27:21 - 27:25
    a gente está começando a ter
    uma forma de atendimento
  • 27:25 - 27:27
    mais personalizada.
  • 27:27 - 27:29
    Se você perceber,
  • 27:29 - 27:32
    existem atendimentos
    virtuais 24/7,
  • 27:32 - 27:35
    então eu consigo colocar
    uma IA por vídeo
  • 27:35 - 27:37
    em que ela faça
    a venda de produtos.
  • 27:37 - 27:40
    Então existem formas
    em que o ser humano
  • 27:40 - 27:42
    vai ser substituído sim,
  • 27:42 - 27:44
    e é bastante importante
    levar isso em consideração.
  • 27:44 - 27:47
    E não é que as pessoas
    vão ficar mais preguiçosas.
  • 27:47 - 27:49
    Elas vão ter que começar
    a ser direcionadas
  • 27:49 - 27:53
    para outros tipos de tarefas que não
    seja possível a automatização,
  • 27:53 - 27:56
    ou elas vão começar a ter
    um nível intelectual mais alto,
  • 27:56 - 27:58
    por isso precisam ser
    preparadas para isso.
  • 27:58 - 28:02
    Esse é o grande problema, que as pessoas
    não têm oportunidade para isso,
  • 28:02 - 28:05
    então elas vão ficar estagnadas,
    e aí sim a gente vai ter...
  • 28:05 - 28:05
    Dependentes, né...
  • 28:05 - 28:06
    A gente vai ter
    um grande problema.
  • 28:06 - 28:10
    À uma resposta que pode
    ser alucinada ou não.
  • 28:10 - 28:12
    E ao mesmo tempo, se as pessoas
    não estiverem preparadas,
  • 28:12 - 28:14
    elas não vão conseguir
    alcançar os cargos
  • 28:14 - 28:16
    que são necessários hoje.
  • 28:16 - 28:20
    Eu preciso de um pouco mais
    de intelecto, às vezes, para uma tarefa,
  • 28:20 - 28:22
    porque as outras,
    que são mais fáceis,
  • 28:22 - 28:24
    vão ser substituídas
    pela IA com certeza.
  • 28:24 - 28:27
    Então eu vejo esse problema,
    esse paradoxo, né,
  • 28:27 - 28:32
    como eu faço para que os seres
    humanos sejam treinados,
  • 28:32 - 28:34
    para que eles consigam
    sobreviver nessa nova era.
  • 28:34 - 28:38
    E você, Henrique, o que acha desse
    impacto homem-máquina a longo prazo?
  • 28:38 - 28:42
    Eu acho que tem vários pontos
    que a gente precisa destacar.
  • 28:42 - 28:45
    Pegando a fala do Flávio,
    eu acho que uma das coisas
  • 28:45 - 28:46
    seria uma tarefa
    um pouco mais fácil.
  • 28:46 - 28:49
    O que, de fato, é uma tarefa
    um pouco mais fácil?
  • 28:49 - 28:51
    Eu diria que as pessoas
    têm que estar preparadas,
  • 28:51 - 28:54
    porque tarefas
    altamente repetitivas,
  • 28:54 - 28:58
    sejam elas mecânicas
    ou burocráticas...
  • 28:58 - 29:01
    Hoje a gente tem
    processos automáticos
  • 29:01 - 29:04
    usando ferramentas de IA
    que aceleram esses processos.
  • 29:04 - 29:08
    Então, se é um processo que pode
    ser automatizado, ele é repetitivo,
  • 29:08 - 29:12
    não exige muita decisão,
    ou a decisão é muito pontual,
  • 29:12 - 29:14
    isso vai ser substituído.
  • 29:14 - 29:17
    Não tem por que ser manual,
    não faz sentido.
  • 29:17 - 29:21
    É, a máquina vai substituir
    o ser humano.
  • 29:22 - 29:24
    Agora, tem uma questão que,
  • 29:24 - 29:26
    usando essas ferramentas,
    interagindo com elas,
  • 29:26 - 29:29
    essa simbiose entre o que nós,
    humanos, fazemos,
  • 29:29 - 29:32
    e as máquinas
    que nós construímos...
  • 29:32 - 29:34
    Tem uma charge muito legal,
    eu gosto muito dessa charge,
  • 29:34 - 29:37
    que mostra uma pessoa
    digitando um e-mail,
  • 29:37 - 29:40
    e aí ela pede para uma ferramenta
    de linguagem fazer um e-mail,
  • 29:40 - 29:43
    aí ela fala: "Desse ponto,
    crie um e-mail de 30 linhas",
  • 29:43 - 29:44
    e a pessoa do outro lado fala:
  • 29:44 - 29:47
    "Resuma esse e-mail
    de 30 linhas em 1 ponto".
  • 29:47 - 29:49
    Então isso vem dizer um pouco
  • 29:49 - 29:52
    sobre como a gente
    realiza as nossas tarefas.
  • 29:55 - 29:57
    Eu acho que a ideia é que a máquina
    está sendo construída
  • 29:57 - 30:00
    na medida do homem.
  • 30:00 - 30:03
    Então a gente precisa pensar: "Será
    que essa tarefa que a gente está fazendo
  • 30:03 - 30:06
    não é sem sentido
    na origem dela?".
  • 30:06 - 30:08
    Então isso vai facilitar a forma
  • 30:08 - 30:11
    como a gente vai integrar
    IA com o nosso dia a dia.
  • 30:11 - 30:12
    O que eu quero dizer?
  • 30:12 - 30:14
    Por que eu tenho que escrever
    um e-mail grande
  • 30:14 - 30:15
    se eu posso simplesmente
    escrever um ponto
  • 30:15 - 30:17
    e mandar o ponto
    direto para a pessoa?
  • 30:17 - 30:20
    Então isso é um pouco
    de como a gente se comporta.
  • 30:20 - 30:24
    E aí, permitindo a questão
    da ficção científica,
  • 30:24 - 30:28
    eu acho que todo mundo hoje
    tem um celular no bolso,
  • 30:28 - 30:31
    a gente está cada vez mais indo
    por uma questão de transumanismo,
  • 30:31 - 30:34
    a gente realmente está
    indo por uma questão
  • 30:34 - 30:37
    de a tecnologia estar aumentando
    as nossas capacidades cognitivas.
  • 30:37 - 30:40
    Hoje a gente consegue
    fazer tantas coisas.
  • 30:41 - 30:44
    Essas ferramentas, essas tecnologias,
    desde o celular à roupa,
  • 30:44 - 30:48
    permitem que o homem vá além
    que as características biológicas dele.
  • 30:48 - 30:51
    Isso é muito interessante.
  • 30:51 - 30:53
    O futuro é incerto,
    a gente não tem como dizer,
  • 30:53 - 30:56
    mas eu fico superempolgado
    em saber o que vai acontecer.
  • 30:56 - 30:59
    Eu acho que tem grandes oportunidades
    que podem vir no futuro.
  • 30:59 - 31:01
    Sensacional!
  • 31:01 - 31:03
    Gente, que papo incrível
    que a gente teve.
  • 31:03 - 31:04
    Passou super-rápido.
  • 31:04 - 31:06
    Chegamos ao fim
    de mais um podcast,
  • 31:06 - 31:09
    então eu quero agradecer
    a presença de vocês,
  • 31:09 - 31:13
    e agradecer a sua presença,
    que ficou até agora aqui com a gente.
  • 31:13 - 31:14
    Então, palavrinhas finais?
  • 31:14 - 31:16
    Querem dar uma última dica,
  • 31:16 - 31:17
    uma última palavra?
  • 31:17 - 31:20
    Eu acho que muitos
    não vão pensar nisso,
  • 31:20 - 31:22
    mas você que está nos assistindo,
  • 31:22 - 31:26
    eu falei para vocês investirem
    em português, inglês,
  • 31:26 - 31:27
    na parte gramatical,
  • 31:27 - 31:30
    porque é isso que vai
    vai ditar os novos rumos
  • 31:30 - 31:31
    relacionados
    à Inteligência Artificial.
  • 31:31 - 31:35
    Não é só a tecnologia, é
    como você pede para a IA.
  • 31:35 - 31:37
    - Então é isso que a gente não pode esquecer.
    - Não é o quê, é o como.
  • 31:37 - 31:40
    Então tem que investir sim
    em língua portuguesa, em inglês,
  • 31:40 - 31:41
    uma segunda ou terceira língua,
  • 31:41 - 31:43
    porque isso vai fazer
    diferença no futuro.
  • 31:43 - 31:44
    Boa!
  • 31:44 - 31:46
    E você, Henrique,
    qual é o recado final?
  • 31:46 - 31:48
    Olha, eu vou pegar aqui a ideia
  • 31:48 - 31:51
    que as ferramentas estão aí
  • 31:51 - 31:54
    e temos a oportunidade
    de usá-las,
  • 31:54 - 31:56
    temos que nos adaptar a elas,
  • 31:56 - 31:58
    mas a gente também
    precisa se conectar
  • 31:58 - 32:00
    com os outros seres humanos.
  • 32:00 - 32:03
    Eu acho que é a oportunidade
    que você, aluno,
  • 32:03 - 32:05
    nós, como professores,
  • 32:05 - 32:07
    que estamos sempre aprendendo,
  • 32:07 - 32:08
    ter esse bate-papo.
  • 32:08 - 32:11
    Então, a possibilidade de conversar
    e usar a inteligência humana,
  • 32:11 - 32:15
    porque isso é que vai criar
    a tecnologia do depois de amanhã.
  • 32:15 - 32:16
    Porque a tecnologia do amanhã
    já está sendo feita.
  • 32:16 - 32:17
    Mas a do depois de amanhã,
  • 32:17 - 32:20
    que vão ser vocês, alunos,
    que vão fazer,
  • 32:20 - 32:22
    só através da interação
    que vocês vão ter entre vocês
  • 32:22 - 32:25
    que vocês vão conseguir vislumbrar
    o que é possível de ser feito.
  • 32:25 - 32:27
    Muito bom!
  • 32:27 - 32:29
    Chegamos ao fim
    de mais um podcast.
  • 32:29 - 32:31
    Nós vimos aqui
    que o Machine Learning
  • 32:31 - 32:34
    conecta, une,
    os poderes dos algoritmos
  • 32:34 - 32:36
    com os conhecimentos humanos,
  • 32:36 - 32:39
    e que, desse match,
    surgem muitas soluções
  • 32:39 - 32:42
    que estão guiando
    o nosso futuro.
  • 32:42 - 32:44
    Muito obrigado e até a próxima!
Title:
PBL IA ANO 01 FASE 05 2025 VIDEOCAST MINDSET MACHINE LEARNING
Video Language:
Portuguese, Brazilian
Duration:
32:48

Portuguese, Brazilian subtitles

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