-
Será que as máquinas
conseguem aprender?
-
Sendo bem direto
e objetivo, sim,
-
graças ao poder
da Inteligência Artificial,
-
um grande leque de opções
que, dentro dele,
-
tem o tal do Machine Learning.
-
E esse é o assunto
do nosso bate-papo de hoje.
-
Vamos falar sobre tipos
de Machine Learning,
-
polêmicas, e o que vem por aí.
-
Eu sou o Gustavo Torrente,
professor da FIAP,
-
e não estou sozinho.
-
Estou aqui com grandes
especialistas da área.
-
Professor Flávio Marques,
professor Henrique,
-
sejam muito bem-vindos.
-
Tudo bom, Flávio?
-
Tudo bom, Gustavo.
-
Olá a todos e a todas.
-
Sou o Flávio, especialista
em infraestrutura
-
e instrutor da Cisco Systems.
-
Sensacional!
-
Seja bem-vindo, Henrique.
-
Obrigado, Gustavo,
obrigado, Fábio.
-
Vai ser um prazer
conversar com vocês.
-
Sou Henrique Ferreira, sou
pesquisador na área de IA,
-
engenheiro de informação,
-
e estou envolvido na construção
de Inteligências Artificiais
-
usando Machine Learning.
-
Bom, para começar esse bate-papo,
não é novidade para ninguém
-
que a Inteligência Artificial
é um grande guarda-chuva
-
que abriga várias ramificações,
-
e uma delas é o tal
do Machine Learning.
-
Onde se encaixa
o Machine Learning
-
dentro desse universo
da IA, Flávio?
-
Todo mundo fala hoje em ChatGPT,
e fica com esse foco.
-
Mas a gente não pode esquecer
que Machine Learning
-
é uma subárea
da Inteligência Artificial
-
e é para deixar
muito claro isso.
-
Então a gente tem, dentro
da Inteligência Artificial,
-
uma subárea que é
a Machine Learning.
-
E um pouco mais aprofundado,
que também faz parte disso
-
quando a gente trabalha
com redes neurais,
-
a gente vai começar
a trabalhar com Deep Learning,
-
Perfeito.
-
Henrique, Machine Learning,
-
o professor Flávio
falou muito bem,
-
é uma subárea dentro da IA,
que não é de hoje.
-
E, na sua visão, onde se encaixa
dentro desse universo?
-
É muito interessante...
-
A gente falou de ChatGPT hoje,
-
mas Machine Learning,
aprendizado de máquina, na verdade,
-
é um artigo seminal
da década de 1950.
-
É uma velha senhora
de 80 anos, né?
-
É algo que tem há muito tempo.
-
Só que, o poder computacional
-
para conseguir
extrair valor disso,
-
teve que ser desenvolvido.
-
Então a gente precisou
ter as placas de vídeo
-
para conseguir treinar
redes neurais profundas
-
que utilizam o aprendizado
de máquina
-
para conseguir extrair valor
-
e conseguir criar sistemas,
como o ChatGPT.
-
Então é algo antigo que está
sendo pesquisado há muito tempo.
-
O objetivo do Machine Learning,
dentro da Inteligência Artificial,
-
é fazer as máquinas aprenderem.
-
Muito bom!
-
E dentro desse tal
de aprendizado máquina,
-
nós temos o aprendizado
não supervisionado
-
e o supervisionado.
-
Tem pior, melhor?
-
Quando eu uso um,
quando eu uso o outro?
-
Quem quer responder essa?
-
Eu vou falar de uma forma
um pouco mais...
-
Generalista.
-
A gente tem os dois grandes
paradigmas do Machine Learning,
-
o supervisionado
e o não supervisionado.
-
Quando você tem algo controlado
-
que você já tem medições feitas
-
e você consegue já tem a certeza
do que é certo, do que é errado,
-
do que você está querendo medir,
-
você está falando
em modelo supervisionado.
-
Quando você tem
uma situação caótica
-
em que você não sabe
o que você tem,
-
a gente fala em modelo
não supervisionado.
-
E se a gente for falar em algo
um pouco mais concreto,
-
se eu tiver falando,
por exemplo, de roupas,
-
se eu quiser fazer
uma classificação
-
para poder separar gravatas
de pequenas ou grandes,
-
eu faço o modelo de regressão,
que é supervisionado.
-
Se eu quiser classificar
se uma roupa
-
tem um padrão de uma gravata,
-
uma cueca, ou
algo nesse sentido,
-
eu faço um processo
de classificação.
-
Agora, se eu tiver uma prerrogativa
de agrupar as roupas,
-
separar gravata, separar
cuecas e camisas,
-
aí vou ter que trabalhar
em um modelo não supervisionado,
-
porque eu não sei
o que eu vou encontrar.
-
Eu vou encontrar um padrão.
-
Então isso é uma das grandes
diferenças entre os dois tipos.
-
Um é caótico, que é
o não supervisionado,
-
e o outro já é
muito bem conhecido
-
e possível de ser treinado.
-
Muito bom!
-
Quais são outras características
desses modelos, Henrique?
-
Como o professor Flávio
falou aqui perfeitamente,
-
no supervisionado,
você precisa dos rótulos.
-
Então existe um certo custo
de ter esses rótulos.
-
E o não supervisionado,
você não precisa dos rótulos.
-
Então é um pouco mais barato
de você explorar aquilo
-
porque você não precisa
ter esses rótulos em outro momento.
-
Mas aí vem os nuances.
-
Por exemplo, aprendizado
auto supervisionado,
-
onde você é algo que tem
as características do supervisionado,
-
mas você ainda não tem aqueles rótulos
escritos por humanos
-
e aí você tem que usar algumas estratégias
que por exemplo, o que está por trás
-
de grandes modelos de linguagem, como o
de ter a ideia do auto supervisionado
-
e você pegar texto na internet
de diversas fontes
-
e mascarar algumas palavras
para fazer o modelo prever
-
qual é a próxima palavra
com os dados que você já tem.
-
Então, o que a gente chama de autos?
-
Por um lado, ele aprende com aqueles dados
-
sem um sermão,
tem que rotular o que ele significa.
-
E por trás desses modelos, cá entre nós,
tem muita matemática, né?
-
As pessoas acham que é mágica.
-
Meu Deus,
ele adivinhou o que eu estava pensando.
-
Ele adivinhou qual era a próxima palavra
ou qualquer o próximo texto.
-
Na verdade,
o professor Fábio falou de regressão.
-
Tem estatística, probabilidade.
-
É muito interessante.
-
Esses modelos, a entrada desses dados,
processamento e as saídas,
-
como no caso de um cartão de crédito,
quando vai bloquear uma transação
-
por segurança ou não, não é mais alguém
que fica ali atrás do computador
-
bloqueando um algoritmo.
-
É o não supervisionado.
-
No nosso dia a dia está presente
no algoritmo da Netflix na hora de sugerir
-
um filme baseado em padrões
ou no Spotify e por aí vai.
-
Um exemplo.
-
Um exemplo bem interessante
-
quando ele fala em não se posicionado é,
por exemplo, a questão de cancelamento.
-
Por que uma empresa
tem um grande número de cancelamento?
-
É uma situação caótica.
-
Ela não sabe por que está sendo cancelado
o serviço, então ela vai recorrer
-
a esse tipo de modelo para entender
qual é o padrão dentre os meus clientes.
-
Por que está acontecendo
esse tipo de cancelamento?
-
Ele vai começar a trabalhar com clusters,
identificar padrões dentro
-
do que ela não conhece a priori,
o que está acontecendo.
-
E quando a gente conecta essas duas words
com outras áreas da tecnologia.
-
E aqui eu quero falar do Data Science, né?
-
De que maneira o aprendizado máquina
Henrique se conecta com Data Science,
-
sobretudo quando nós falamos
da manipulação dos bancos de dados.
-
Essa pergunta é
-
excelente porque basicamente
-
a ciência de dados é você extrair valor
de um certo número de dados.
-
É o machine learning,
um algoritmo nos computacionais
-
fazem esse trabalho de extrair
valor dos dados.
-
Então hoje nas empresas
você tem as áreas de dados
-
onde você tem profissionais especializados
-
em tentar extrair o amor dos dados
que a empresa produz.
-
Então, a ideia é você
encontrar um padrão, por exemplo,
-
porque está sendo cancelado
ou de repente.
-
Como é que eu recomendo
um novo produto como cliente?
-
Você já vai Flix
ou a Amazon leva e recomenda?
-
Eu quero fazer um sistema automático
com os dados que eu já tenho
-
e aí eu vou ter que usar machine learning
ou usar algoritmos.
-
Então a ciência de dados
é um profissional, um cientista de dados
-
e o profissional que está ali por trás
para entender esse padrão
-
que a máquina está descobrindo
e não é isso
-
alguma coisa que vai trazer valor
para a empresa, Então ele precisa entender
-
o produto da empresa,
entender o que a empresa pode fazer
-
e pegar esses algoritmos automáticos
para que a empresa entregue.
-
Aí você consiga extrair valor dos dados.
-
Poxa,
que bacana esse universo do Data Science!
-
Hoje eu poderia falar sobre o
que é imprescindível hoje em.
-
Olha, hoje, em todas as empresas,
para sobreviverem,
-
elas precisam ser dita driven,
Elas precisam ser orientada a dados.
-
Então é justamente com esse grande volume
de dados é que começou a ser possível
-
a gente ter novos algoritmos E realmente
-
para chegar nesse nível,
para você ter novos algoritmos,
-
a gente está falando mais de 400,
500 algoritmos que você poderia utilizar
-
usando bibliotecas do próprio Python,
como o kit learning,
-
e a partir daí você tem diversos
algoritmos que vão trabalhar,
-
seja de uma forma usando regressão,
seja usando o modelo
-
nós posicionado, ou seja usando force,
enfim, diversos algoritmos
-
para tentar resolver o problema
de uma forma ou outra.
-
O que é legal é que as empresas, elas
procuram também utilizar uma metodologia
-
muito, qualquer que seja uma metodologia,
mais uma das mais conhecidas,
-
que é uma
-
metodologia em que você consegue fazer
projetos envolvendo dados
-
desde o entendimento do negócio que
se não tiver entendimento do negócio, não,
-
nada vai funcionar.
-
Entendimento dos dados, preparação.
-
Aí entra na parte de modelagem
algoritmos que envolvem
-
machine learning
para depois você ter a avaliação.
-
Então é aí que entra a estatística.
-
Qual é a acurácia do meu modelo?
-
Quanto que ele acerta?
-
Então a gente vai chegar em fases
do modelo CRISP.
-
Isso ajuda a sustentar
muito projetos relacionados a dados.
-
Isso é muito importante
-
porque toda empresa hoje
quer ter inteligência artificial.
-
Eu falo que nos anos 2000 toda empresa
queria ter seu site nos anos 2010
-
toda empresa queria ter seu aplicativo
e agora toda empresa
-
quer ter sua inteligência artificial.
-
Todo mundo quer, mas e aí,
Como é que está a sua casinha?
-
Como é que estão os seus dados?
-
Onde eles estão armazenados?
-
Como?
-
Quais são os níveis de permissão,
os rótulos, a classificação disso?
-
Todo mundo que está ali
no final do arco íris.
-
Mas a gente tem que fazer esse trabalho
dentro de casa.
-
Eu, quando era um profissional
de início de carreira,
-
há 15 anos atrás, quando eu quis ir
para a área de tecnologia,
-
eu comecei a pesquisar sobre ferramentas,
linguagens de programação,
-
seguir profissionais,
os cursos que eles faziam,
-
então aproveitar esse momento
que nós estamos aqui.
-
Flávio
quais são as ferramentas e os principais
-
comandos que um profissional de tecnologia
precisa saber
-
para aplicar learning dentro do seu dia
a dia? Não.
-
Sempre foi por um caminho em que envolve
e envolva a ciência de dados.
-
É muito importante que primeiro
tenha base de sustentação no SQL.
-
Então,
a linguagem de conceitos estruturada
-
é extremamente importante para dados
estruturados.
-
Ponto Sempre passo
o SQL é importantíssimo.
-
É claro que não é só ele,
ele aponta uma linguagem,
-
algumas linguagens de programação
com conhecimento
-
quase fluente, como Python e R.
-
Então R uma linguagem mais estatística.
-
Python é algo que é muito mais.
-
A gente fala muito
que é mais apropriado para o mercado.
-
Quando você fala em projetos de dados.
-
Agora,
-
se for por um caminho de engenharia de
dados, quem fica no base, nos bastidores
-
de toda essa parte aí eu teria que falar
um pouquinho em microsserviços.
-
É a parte de orquestração de software.
-
Então vai depender muito da área
que o profissional quer seguir,
-
seja ciência de
dados ou engenharia de dados.
-
É, na sua opinião, na sua visão?
-
Henrique essas ferramentas do dia a dia.
-
Quais são as suas dicas
para esse profissional
-
que vai adentrar na ciência de dados?
-
Eu vou até pegar o que o Flávio disse
e colocar mais uma profissão.
-
Aí a gente tem o cientista de dados,
o engenheiro de dados
-
e também temos um engenheiro de ar
que, olha só, mostrei, por exemplo,
-
uma rede neural ou um sistema que conecta
vários outros
-
e para gerar o resultado
final, por exemplo, um carro autônomo.
-
Então, para esse profissional,
as ferramentas adicionais como ser,
-
por exemplo,
eu quero as TensorFlow para você criar
-
o Python, arte que hoje está por trás
dos grandes modelos de linguagem.
-
Então são ferramentas que você pode
utilizar.
-
Com Python.
-
É legal dá um subsídio para você construir
as redes neurais que são o deep learning
-
e não precisa reinventar a roda,
você fazer negócio do zero do pacote,
-
entre outras ferramentas
para alguém já resolver alguns problemas.
-
Exatamente.
-
Tem uma coisa bem interessante
que é que hoje
-
muitos modelos já estão disponibilizados.
Por exemplo, alguém fez?
-
Então você pode ter um modelo pré
treinado, que seria um modelo pré
-
treinado, uma rede neural onde você
já descobriu quais são os destinatários.
-
Ela já está apta
-
a resolver uma determinada tarefa,
por exemplo, de classificação da pressão.
-
Você pode baixar esse modelo e colocar ele
para fazer as inferências em produção.
-
E aí vem a parte de
-
como é que eu vou, como é que eu faço
para colocar isso em produção.
-
Aí você vai alguns outros detalhes
profissionais.
-
Por exemplo, o machine learning.
-
E por aí vai.
-
Para quem não sabe o que é o ranking,
fez a primeira vez
-
que o pessoal está escutando
esse termo vez.
-
Posso falar que é um GitHub
da inteligência artificial?
-
Mais ou menos isso.
-
Sim, acho que é uma boa forma
de colocar a ideia.
-
Você é uma empresa,
eles têm um repositório de modelos,
-
Então todo mundo que produz
um modelo de negócio e quer colocar
-
e disponibilizar para depois de amanhã
não é um modelo de linguagem da meta,
-
sim do Facebook,
que ele é basicamente igual.
-
Um site vai ter
-
open source open source.
-
Você questionou.
-
Isso me lembra muito uma que eu
comecei a brincar com ele Game Studio
-
é um software que você instala por ele
você consegue baixar os modelos
-
já pré treinados e você consegue
rodar local sem a necessidade da internet.
-
É fantástico.
-
Ele levantou um gancho importante
aqui para a continuação do nosso bate papo
-
que é a nuvem.
-
Como é que a gente está usando esses
recursos?
-
Vantagens Os desafios do machine learning
dentro do cloud computing.
-
Eu diria que a primeira coisa
-
que tem que ser especificamente
em redes neurais é o custo de treinamento.
-
Porque além de você ter muitos dados,
você vai precisar de placas de vídeo
-
e são partes com
-
muitas.
-
É custoso
você construir essa infraestrutura
-
dentro da sua empresa
e às vezes é muito mais vantajoso
-
você contratar um serviço de cloud
para você ter essa etapa.
-
Além disso, na nuvem as coisas estão 24%.
-
Então,
mesmo que o modelo já esteja treinado
-
e agora está em produção
-
utilizado, você tem a garantia
de que ele vai ficar disponível.
-
A solução
-
que se você quiser fazer
dentro da sua empresa ou na sua casa,
-
você vai ter que conseguir
disponibilizar isso 24%.
-
Você tem esses custos associados
normalmente?
-
O que?
-
O que eu vejo?
-
Por exemplo,
eu quero um modelo de linguagem
-
para fazer um papel, por exemplo,
como copywriting vai ser
-
vai auxiliar os meus desenvolvedores,
os meus deveres na produção de código.
-
Então, o modelo de linguagem
que vai auxiliar na produção de código.
-
Só que eu não quero expor esse código,
-
não quero que empresa de terceiro
veja esse conteúdo.
-
Então às vezes
é melhor eu criar um servidor
-
com uma
plataforma de modelo já pré treinado,
-
eu coloco ele disponibiliza vídeo aqui,
eu posso programar agora.
-
E aí você consegue disponibilizar
para todos seus dados
-
um pivot ou algo semelhante
que vai ajudar na produção de código.
-
Eu não vou expor seu código
como um terceiro.
-
Essa é uma solução caseira
que eu tenho visto
-
muitas empresas até feito prós
e contras a nuvem ela.
-
Sem dúvida ela é o caminho.
-
Quando você quer ter algo escalonável,
-
você não tem como fazer isso
que não seja em nuvem.
-
Agora sim estratégias
para que você não gaste muito em nuvem.
-
Então você pode subir uma máquina virtual,
colocar uns parques nela
-
e começar a brincar de forma profissional,
mas sem gastar muito.
-
Quando você usar o serviço
diretamente na nuvem, como as empresas
-
as vezes fazem,
então você sobe em máquinas virtuais
-
e coloca um Spark ali de uma forma
parruda para conseguir
-
resolver problemas mais sofisticados
do que você faz em dados.
-
Me corrijam se eu estiver errado,
eu estou dando a certificação da WS,
-
tem algumas instâncias que você
-
pode comprar que é muito mais barato,
mas é aquela história olha,
-
qualquer hora pode parar de funcionar,
mas é muito mais barato.
-
Você pode consumir esse recurso
que eu não estou utilizando
-
como forma de economizar também.
-
Eles usam.
-
As vezes eles fazem isso e usam,
mas deixam por exemplo,
-
alguma instância no Big Clearing,
-
porque você consegue ter
uma rotatividade mensal pra diminuir custo
-
e aí você consegue realmente direcionar
os esforços para outros pontos que não são
-
a nuvem. Não precisa ficar muito custoso.
-
Muito bom!
-
Dúvidas sanadas, vamos para o nosso
próximo bloco aqui do bate papo.
-
Vamos falar agora sobre ética,
um assunto muito importante.
-
Depois desse rápida daí a gente precisa
voltar a uma casinha e falar
-
quais são as principais responsabilidades
éticas na visão de vocês.
-
Pra gente
treinar esses modelos de machine learning,
-
tem uma questão que eu sempre falo
pro meus alunos
-
que é a questão da escolha das filtros.
-
Então digamos que você vai construir,
por exemplo,
-
um sisteminha pro RH pra
fazer seleção de próximos profissionais.
-
Você quer automatizar usando machine Boa?
-
Será que faz sentido
você colocar uma coluna ou uma síntese
-
ali na entrada do seu modelo
de sexo do profissional
-
aqui, pra que
-
você não quer selecionar o profissional
usando esse tipo de informação.
-
Agora você está criando
um sistema de diagnóstico médico.
-
Faz sentido passar assim?
-
Esse é o primeiro primeiro
pensamento ético do profissional
-
que está construindo aí,
-
porque ele é a primeira linha de frente
ele na hora que ele seleciona os filtros
-
e depois essas coisas ficam meio
que ocultados
-
por uma vez que o modelo está pronto,
você não sabe
-
exatamente o que está sendo usado,
o que ele aprendeu.
-
Então esse é o primeiro ponto
que a gente tem que tomar cuidado.
-
E o outro ponto
também ainda relacionado com isso
-
é a questão do envenenamento de corpos
que a gente diz que é
-
qualquer coisa que você tiver ruim
no seu corpus de treinamento
-
e aquilo o corpo já quer dizer os dados
que você está usando, por exemplo.
-
Afinal, o modelo de linguagem
que envolve grandes quantidades de texto,
-
todo aquele viés que está no texto,
ele pode ser apreendido pelo modelo.
-
Então a gente pode tentar fazer algo
-
autos
provisionado pra economizar na rotulagem.
-
Aí está falhando,
A gente está analisando, mas tem 01h00
-
que a gente precisa avaliar
o que está sendo escrito de fato.
-
Então, por exemplo,
alguém aí que está por trás do chat,
-
eles contrataram profissionais
-
para verificar o grosso do texto
que foi usado durante o treinamento
-
pra eliminar durante o treinamento
assuntos assim muito polêmicos.
-
Então,
-
abuso sexual, qualquer tipo de texto,
-
crimes e crimes,
então qualquer tipo de assunto,
-
bem, eles eliminavam pra por modelo
aprender e não reproduzir esse tipo.
-
E é uma constância
-
fazer um trabalho que não tem fim,
porque mesmo eles
-
contratando esses profissionais com erro,
muito bem trouxe no início ali,
-
quando a OpenID disponibilizou
para os usuários
-
que modelo 3,5, depois em paralelo três
e dali e juntou você.
-
Pedi ali, desenhem um SEO e o viés
-
de ser um homem branco sem esse viés aí.
-
Realmente, como ela é treinada
e os humanos é que
-
é que vão gerar os dados para treinamento.
-
Pode ter sim um viés
e às vezes é proposital.
-
Então, o que as empresas precisam
entender?
-
Que é preciso dentro dessa fase,
dentro do entendimento dos dados?
-
Como é que mencionou,
-
Se ela não tiver noção se aquela figura
ela vai ser considerada ou não,
-
que use uma matriz de correlação
para ver o quanto aquela figura
-
vai impactar
na medida que você está querendo fazer.
-
Então entender se é significativo ou não
a presença daquela figura
-
para um determinado
treinamento que você vai fazer.
-
O pessoal fala já há muito tempo
sobre os vieses algoritmos
-
e não é só o desenvolvedor,
é também quem usa, porque quem usa,
-
quem está alimentando, né?
-
Então, dos dois lados, os que se recordam
se lembram de algum caso emblemático
-
que tem relação com esse mau
treinamento desses dados,
-
No caso bastante emblemático,
que tem a ver com a ideia de você
-
fazer o próprio usuário
fornecer dados para treinar
-
um treinamento constante com o.
-
Olha só
-
o chatbot que foi disponibilizado
no Twitter e 24 horas.
-
A Microsoft teve que desligar esse chatbot
-
porque os trolls da internet
te ensinaram coisas errado.
-
O bot vai falar o erro.
-
O erro é 20 e 04h00
eles tiveram que desligar.
-
Então isso é um risco.
-
Quando você coloca ali porque tá o usuário
ouvir isso, quando não supervisionado
-
e quando você não está observando
aquela realimentação
-
dos dados que os usuários
estão imputando no sistema.
-
O sistema aprendeu com os usuários
foram ingênuos demais e tempos atrás
-
também a Amazon teve um processo
seletivo, quis fazer algo automatizado.
-
E o que acabou acontecendo?
-
Como ela tinha uma base
totalmente formada por homens,
-
então ela acabou no processo de escolha,
deixando as mulheres de lado.
-
Então, nesse processo em que você usa
algo automatizado, você tem que entender.
-
Se você usar uma base histórica
de profissionais
-
que fazem parte de uma empresa,
você tem que identificar que Opa,
-
eu não posso fazer isso com o processo
seletivo, porque senão só vou contratar
-
homens que a partir de um certo momento
isso acontecer daqui pra frente.
-
Flávio,
-
a gente
precisa identificar amostra a amostra
-
e realmente ela vai ser usada de uma parte
a outra para teste.
-
É sempre assim,
a gente trabalha com machine learning,
-
então dentro da sua mostra
-
você tem que verificar
se ela tem o balanceamento correto.
-
Se ela estiver desbalanceado,
você tem que usar algumas técnicas
-
para poder fazer esse balanceamento
acontecer
-
de forma probabilística
ou de uma forma apropriada.
-
Isso pode acarretar em problemas
se você não observar.
-
Então se você tem um asset totalmente
desbalanceado, você vai ter problemas.
-
Isso é fato.
-
Mesmo que acurácia seja alto alta,
você pode ter um problema de over fitting,
-
mas eu preciso entender dos dados
para saber o que eu tenho que
-
eu tenho que enriquecer os dados.
-
Às vezes eu tenho que fazer alguma coisa
para que minha amostra
-
realmente seja significativa,
para que eu tenha o treinamento adequado.
-
Dessa forma que você está ensinando
em sala de aula, Henrique
-
tem duas coisas
que eu gostaria de adicionar O que eu fiz?
-
Isso aqui?
-
A primeira é que eu recordo de um caso,
o Compasso Software um
-
foi um software de machine learning
proposto
-
em 2003 e 2014
-
para auxiliar juízes
a tomarem decisões de casos ali.
-
Por exemplo,
se eu era um prisioneiro dos tempos
-
e liberdade condicional e avaliava
se ele tinha chance de reincide no crime,
-
e aí o que aconteceu
é que o algoritmo era racista.
-
O algoritmo decidia muito mais a favor de
pessoas brancas do que de pessoas negras.
-
E aí a pergunta central
foram se analisar porque isso acontecia?
-
Isso tem a ver com o viés
nos dados do sistema prisional americano.
-
Você tem uma população carcerária
-
de maioria negra, por isso que acabou
criando esse tipo de viés.
-
O algoritmo aprendeu.
-
Mas isso levanta
uma questão mais fundamental
-
será que faz sentido
você criar um software para fazer isso?
-
Será que é justo
avaliar as pessoas nesse sentido?
-
Com software?
-
Então, a gente também tem uma defesa de
Será que faz sentido automatizar
-
esse processo?
-
Será que é automatizar esse processo?
-
Eu não estou tirando o julgamento
necessário de um ser humano.
-
O ser humano
que realmente teria que avaliar
-
isso é uma coisa que a gente também tem
que se preocupar.
-
E é uma questão
que vai além da parte técnica.
-
E a outra questão técnica que a gente
tem desenvolvido para melhorar os modelos
-
é fazer eles serem a gente entender
eles e a aplicabilidade e a integralidade.
-
Então o mundo não tem só que
inferir uma resposta, dizer
-
esse prisioneiro
não pode ter liberdade condicional.
-
Ele também tem que dizer por quê
e como ele chegou nessa conclusão?
-
É isso que a gente está tentando
fazer os modelos conseguirem produzir.
-
A explicação de como ele chegou
na resposta
-
para a gente conseguir interpretar
com detalhe e até mesmo no prompt,
-
a gente recomenda que você não
só peça o resultado,
-
mas também explique para mim
como você chegou a ele.
-
Isso é uma forma interessante
você entender se ela alucinou ou não.
-
Então até dica para quem vai trabalhar
com a parte de engenharia de prompt,
-
não só pedir alguma tarefa,
mas depois explicar por quê
-
ou como ela chegou nesse resultado.
-
Ou você pergunta
Você falou Olha, eu quero que você use
-
esse raciocínio, essa lógica.
-
Decisões mais complexas
vão precisar de instruções mais complexas.
-
Bom, estamos indo pro nosso último bloco.
-
Vamos falar agora de tendências e futuros.
-
E diante do que vocês estão
vendo, essas novidades,
-
aplicações, ferramentas Na sua opinião,
-
quais são as tendências que
-
se destacam quando nós pensamos
nesse mercado de meeting e-learning?
-
Eu vejo duas grandes tendências.
-
Uma delas são os agentes autônomos.
-
Estão vindo com tudo,
principalmente com assistentes virtuais.
-
Estou falando em conversação, algo
conversacional por voz, que é fantástico.
-
Isso é a diferença em que os agentes
conseguem tomar decisões autônomas.
-
Isso que é interessante, não é assim.
-
Olha, deixa eu ver o que ele pode fazer.
-
Ele já tem ações para serem tomadas
de forma autônoma.
-
E o outro ponto que também está crescendo
muito para poder empoderar
-
os profissionais
-
que trabalham com negócios,
mas não são especialistas em tecnologia
-
é o auto machine learning.
-
Então eu consigo trabalhar com ferramentas
que dentro dela
-
eu já tenho todo o pacote.
-
Os algoritmos em que você não vai precisar
programar, e sim clicar
-
para que você tenha um modelo preditivo
feito
-
e aí você resolva problemas
e dentro da empresa
-
e consiga tomar as decisões
mais assertivas.
-
Muito bom!
-
E na sua visão
Henrique, o que o futuro nos aguarda?
-
O Flávio
disse Perfeito a questão dos agentes.
-
Mas eu quero falar uma coisa específica
dos agentes que eu tenho visto
-
e acho que 2025 vai estourar isso aí,
-
que é a questão de robótica.
-
Hoje nós conseguimos construir robôs
muito melhor
-
do que a gente
conseguiu construir duas décadas atrás.
-
Então, durante a história
-
e agora a gente consegue colocar
o modelo de linguagem dentro dele,
-
então algumas questões e até de ficção.
-
Eu ia falar isso agora é que
a robótica permite que o robô sinta.
-
Então a questão é a gente agora
consegue criar um modelo de linguagem
-
que, de certa forma, parece pensar.
-
Será que pensar e sentir
pode gerar consciência?
-
Então, essa é uma questão interessante
e a gente ainda vai explorar.
-
Tem muita coisa a ser feita,
-
mas eu diria que 2025
é um ano de inflexão em relação a isso.
-
A gente vai começar a explorar
o novo cenário super
-
não só virtuais, mas também robótica.
-
E esse é uma teoria aqui que não cola.
-
Não tem nada factível ainda, mas é
a chamada teoria da mente que é a própria.
-
É a teoria, uma consciência.
-
Que loucura, gente!
-
Estamos
chegando ao fim dessa nossa conversa.
-
Mas antes de vocês darem as dicas finais
para os nossos alunos, uma das perguntas
-
que eu mais recebo,
principalmente em palestras
-
dentro de empresas e enfim, grandes
eventos.
-
É Gustavo,
as pessoas vão ficar mais preguiçosas.
-
Essa é a nova geração na nossa gente.
-
Pesquisava mais, argumentava mais.
-
Agora está tudo muito na mão
e tudo mais rápido.
-
Como é que você enxerga essa relação
homem máquina a longo prazo?
-
Sobre Marx,
eu pensei que você fosse perguntar
-
se a ia roubar nossos entrevistados.
-
Já estava bom.
-
E Mas com relação a questão de interface
homem máquina, a gente começa a perceber
-
que com o avanço da robótica e a própria
inteligência artificial juntas,
-
a gente está começando a ter uma forma de
atendimento mais personalizado.
-
Se você começar a perceber,
existem atendimentos virtuais 24 por set,
-
então eu consigo colocar uma I.A por vídeo
em que ela faça a venda de produtos.
-
Então existem formas
em que o ser humano vai ser substituído.
-
Sim, isso é bastante importante
levar em consideração.
-
E não é que as pessoas
-
vão ficar mais preguiçosas, Elas vão
ter que começar a ser direcionadas
-
para outros tipos de tarefas
que não sejam possíveis a automatização,
-
Ou elas vão começar a ter
um nível intelectual mais alto,
-
por isso
precisam ser preparadas para isso.
-
Esse é o grande problema que as pessoas
não têm oportunidade para isso,
-
Então elas vão ficar estagnadas e aí
sim a gente vai ter
-
gente, vai ter um grande problema,
resposta que pode ser alucinada ou não.
-
E ao mesmo tempo,
se as pessoas não tiverem preparadas,
-
elas não vão conseguir alcançar os cargos
que são necessários.
-
Hoje eu preciso de um pouco mais
de intelecto, às vezes para uma tarefa,
-
porque as outras que são mais fáceis
vão ser substituídas pela I.A.
-
Com certeza.
-
Então eu vejo assim esse problema,
esse paradoxo, não é?
-
Como é que eu faço
para que os seres humanos
-
sejam treinados para que eles consigam
sobreviver nessa nova era?
-
E você, Henrique, o que você acha desse
impacto a longo prazo?
-
Eu acho que tem vários pontos
que a gente precisa destacar.
-
Acho que uma das coisas que.
-
É uma tarefa um
-
pouco mais fácil que, de fato,
uma tarefa um pouco mais fácil.
-
Eu diria que as pessoas têm que estar
preparadas.
-
Que tarefas altamente repetitivas,
sejam elas mecânicas ou burocráticas.
-
Hoje a gente tem processos automáticos
-
usando ferramentas de ar
que aceleram esses processos.
-
Se é um processo
que pode ser automatizado,
-
ele é repetitivo, não exige muita decisão
ou a decisão é muito pontual.
-
Isso vai ser subir.
-
Não tem porque ser manual
e não faz sentido o ser humano fazer isso.
-
Vai substituir a máquina,
vai substituir o ser humano.
-
Agora tem uma questão que a gente
-
usando essas ferramentas,
interagindo com elas, essa simbiose
-
entre o que nós humanos fazemos
e as máquinas que nós construímos.
-
Tem uma charge muito legal.
-
Gosto muito dessa charge
que mostra uma pessoa digitando um e-mail
-
e aí ela pede para uma ferramenta
de linguagem fazer um e-mail, falar.
-
Nesse ponto, cria um e-mail de 30 linhas
e a pessoa do outro lado fala Resuma esse
-
meio de 30 linhas.
-
Então isso
-
deveria dizer um pouco sobre
como a gente realiza as nossas tarefas.
-
Então não só acho que a ideia é que
-
a máquina está sendo construída
e como o homem na medida do homem.
-
Então a gente precisa pensar será que
essa tarefa que a gente está fazendo
-
tem sentido próprio na origem dela?
-
Então, isso vai facilitar
a forma como a gente vai integrar
-
o nosso dia a dia.
-
Eu quero dizer por que eu
tenho que escrever um e-mail grande?
-
Se eu pudesse mandar o ponto
direto para a pessoa, se isso é um pouco
-
de como a gente se comporta
e aí permitindo a questão ali da
-
ficção científica,
eu acho que cada vez mais, hoje
-
todo mundo tem um celular no bolso.
-
A gente está cada vez mais indo
por uma questão de transhumanismo.
-
A gente tá indo por uma questão
de realmente a tecnologia
-
está aumentando as nossas capacidades
cognitivas.
-
A gente consegue fazer tantas coisas,
-
essas
-
ferramentas, essas tecnologias,
desde o celular, a roupa,
-
ela permite que o homem vá além
do que as características biológicas dele.
-
Isso é muito interessante. Isso.
-
O futuro é incerto, tem como dizer.
-
Mas eu fico super empolgado
saber o que vai acontecer.
-
Acho que isso tem grandes oportunidades
que pode vir no futuro sim.
-
Sensacional!
-
Gente, que papo incrível
que a gente teve, Passou super rápido,
-
Chegamos ao fim de mais um podcast,
então quero agradecer a presença de vocês
-
e agradecer a sua presença
que ficou até agora aqui com a gente.
-
Então Palavrinhas finais
Quer dar uma última dica?
-
Uma última palavra?
-
Olha, eu queria,
-
acho que muitos não vou pensar nisso,
mas você que está nos assistindo.
-
Aí eu falei para vocês investirem
em português e inglês na parte gramatical,
-
porque é isso que vai
vai ditar os novos rumos aí relacionados.
-
A inteligência artificial não é só
a tecnologia, é como você pede praia.
-
Então é isso que a gente não pode
esquecer.
-
Então tem que investir
sim, Língua portuguesa e inglês,
-
uma segunda, terceira língua,
porque isso vai fazer diferença no futuro.
-
Boa E você, Henrique?
Qual é o recado final?
-
Olha, eu vou pegar aqui a ideia de que
-
basicamente as ferramentas estão aí.
-
Temos oportunidade de usar
elas, nós temos que nos adaptar a elas,
-
mas a gente também precisa
se conectar com os outros seres humanos.
-
Eu acho que é a oportunidade que você,
aluno, nós,
-
como professores, mas também alunos
que estamos sempre aprendendo.
-
É muito bom esse bate papo, saudade
de conversar e usar a inteligência humana,
-
porque é isso que vai criar
a tecnologia do depois de amanhã,
-
porque a tecnologia do amanhã
já está sendo feita.
-
Mas depois de amanhã que você,
vocês, alunos, que vão fazer
-
só através da interação que vocês vão ter
entre vocês,
-
vocês vão conseguir vislumbrar
o que é possível de ser feito.
-
Muito bom!
-
Chegamos ao fim de mais um podcast
e nós vimos aqui que o e-Learning Conecta
-
une os poderes dos algoritmos
com os conhecimentos humanos
-
e desse método surgem muitas soluções
-
que estão guiando o nosso futuro.
-
Muito obrigado e até a próxima.