Esta pintura vai alterar a química do vosso cérebro

Esta pintura chama-se "Retrato de uma Senhora com um Unicórnio", de Rafael.

Somos colocados perante uma jovem sentada numa elegante varanda. Um muro baixo separa-a duma paisagem de sonho, verde-azulada por detrás dela. O corpo está virado levemente, a cabeça olha na nossa direção, mas os olhos desviam-se bruscamente. Os cabelos emolduram as bochechas redondas e rosadas, que contrastam com uma boca pequena e delicada. No topo da cabeça, um pequeno fecho prende o cabelo dourado que se afasta do rosto e cai em cascata pelas costas. Um tecido transparente envolve-lhe os ombros.
Tem um vestido opulento e caro. As mangas de veludo vermelho saem de um espartilho apertado envolto em seda verde fina. O decote largo e quadrado exibe um elaborado colar de ouro formado por um cordão com nós que segura um enorme pendente com uma esmeralda, um rubi e uma grande pérola em forma de gota.
Ela aparece elegante mas distante e completamente imperturbável por um unicórnio aninhado no seu colo. Vemos os dedos dela enrolados em volta das perninhas dele A criatura, por outro lado, parece bastante confortável e contente. Tem a cabeça virada para a rapariga. A boca está ligeiramente aberta.
Rafael pintou o "Retrato de uma Senhora com um Unicórnio" por volta de 1505 ou 1506, provavelmente para comemorar um casamento. É inegável a influência da Mona Lisa de Leonardo, quando olhamos para a obra de Rafael: o cenário da varanda, a paisagem distante, a pose a meio comprimento com a pessoa sentada virada ligeiramente para o lado.
Pensa-se que a identidade da rapariga seja Maddalena Strozzi Doni, uma nobre que casou com um rico comerciante de tecidos chamado Agnolo Doni, ou Laura Orsini, uma nobre romana.
Mas a pintura de Rafael nem sempre teve o unicórnio. No início, pintou um cão. Os cães eram frequentemente incluídos na pintura para simbolizar a fidelidade, pelo que faz sentido que sejam incluídos num retrato de casamento. Uma teoria é que o retrato do cão de colo se destinava a um noivado anterior que fracassou. No final do século XVII, "O Retrato de uma Senhora com um Unicórnio" foi transformado para Santa Catarina de Alexandria. O vestido foi escondido sob um pesado manto, o pequeno unicórnio foi tapado por uma palma de mártir e por uma roda com espigões.
Até 1927, quando o historiador de arte Roberto Longhi observou o quadro de Santa Catarina, soube imediatamente que tinha sido pintado por Rafael. E também reconheceu que uma grande parte do quadro tinha sido pintado por cima. E tinha razão.
Nos anos 30, foi efetuado um restauro e, passados quase 400 anos, a Senhora de Rafael e o seu unicórnio voltaram a aparecer.
Ainda há tantas perguntas por responder sobre este quadro, o que é realmente irritante. Mas o que é ainda mais irritante é que nunca mais vou poder olhar para um unicórnio da mesma maneira! Obrigado por assistirem!

Traduzido com a ajuda da versão gratuita do tradutor - DeepL.com

Legendas em português de Margarida Mariz (2025)

Não posso acreditar
que o meu retrato foi pintado

por um dos maiores artistas
de todos os tempos

cujo nome será um dia pronunciado
com o mesmo respeito

que o de Miguel Ângelo
e Leonardo da Vinci.

Daqui a séculos, esta pintura
estará em exposição para todos verem

e toda a gente saberá o meu nome.

- Bela pintura, chefe.

Quem é esta? Outra artista
a admirar o meu retrato?

- Bom, está em muito mau estado.

Mau estado? Há quanto tempo
é que eu estou aqui?

- Já deve ter uns 200 anos, segundo creio.

Será que eles ouvem os meus pensamentos?

- Penso que chegou a altura
de o renovar um pouco.

Renovar?

- Podemos tapar estes ombros atrevidos?

Mas os meus ombros são
a minha melhor característica.

- Como não sei quem ela é,

talvez possamos transformá-la
em Santa Catarina.

Eu não sou Santa Catarina, sou...

- E já agora, vemo-nos livres
desse unicórnio assustador.

Não. o unicórnio não.

[...]

Unicórnios, eu julgava que eram reais.

Esta obra chama-se
"Retrato de uma Dama com um Unicórnio"

de Rafael, um dos maiores
artistas de todos os tempos

que fez esta pintura

e esta pintura

e esta pintura.

Bom, por agora, deem-lhe algum espaço.

Olhando para aqueles olhos azuis do mar,

pergunto-me, quem é ela?

Porque é que ela parece
a versão loira da Mona Lisa?

E porque é que tem um unicórnio ao colo?

Quando olho para aqueles
olhos negros de Boba

não posso deixar de pensar
neste bicharoco

que parece ter estado
no meio de tubarões,

e parece porque esteve mesmo.

Esta pintura passou disto

para isto

para isto

e de novo para isto.

Se vocês pensam que os unicórnios
são criaturas mágicas adoráveis,

com cocó de pó de fada
e vivem, riem e amam

até desaparecerem,

preparem-se para ver o vosso mundo
totalmente abalado.

Estamos perante uma jovem
sentada numa elegante varanda

conhecida por "loggia",

isto, se precisarem de o saber
para o Trivia ou coisa parecida.

Um muro baixo separa-a

duma paisagem de sonho,
verde-azulada, por trás dela.

Tem o corpo levemente virado par o lado,
a cabeça na nossa direção

mas os olhos desviam-se bruscamente.

Caracolinhos de bebé emolduram
as bochechas redondas e rosadas

que contrastam com uma boquinha delicada.

No topo do cabelo, um pequeno fecho
prende-lhe o cabelo dourado

que se afasta do rosto
e cai em cascata pelas costas.

Um tecido transparente
envolve-lhe os ombros

com uma inclinação mais acentuada
que as colinas ondulantes.

Uma inclinação tão acentuada
pode hoje parecer-nos anormal

mas, no início do século XVI,
era o suprassumo da beleza feminina.

O vestido é opulento e caro.

As mangas de veludo vermelho
estão presas num corpete apertado.

de seda fina verde.

O amplo decote quadrado
emoldura um elaborado colar de ouro

composto por um cordão com nós
que segura um pendente gigante

com uma esmeralda, um rubi
e uma grande pérola em forma de gota.

Tem um aspeto elegante
mas está distante e imperturbável

quanto ao pequeno unicórnio
aninhado no colo dela.

Vemos que tem os dedos dela
enrolados à volta das perninhas dele

escondendo-lhe as patas... os cascos.

Esta pequena criatura, por outro lado,
parece confortável e satisfeita.

Tem a cabeça virada para a rapariga,

a boca levemente aberta,
omo deixando soltar um suave...

(Forte relincho)

Ops!

(Suave relincho)

Acho que assim é melhor.

Rafael pintou o retrato
de uma dama com um unicórnio

quando tinha pouco mais de 20 anos!

Inacreditável!

Mas, de novo, era Rafael sempre
a querer impressionar toda a gente.

Dormir? Podia fazê-lo
quando estivesse morto.

Rafael nasceu em Urbino, na Itália, em 1483.

O pai era pintor da Corte
do Duque de Urbino.

Crescer na Corte de Urbino

significou que Rafael esteve
sempre em contacto

com as belas-artes, a ciência e a poesia.

Mas esta infância de contos de fadas
teve uma paragem brusca

quando a mãe dele morreu,
tinha ele apenas nove anos

e dois anos depois,
o pai dele também morreu.

Rafael ficou órfão
quanto tinha apenas 11 anos.

Mais tarde, Rafael referiu:

"A minha mãe disse-me sempre que:

"para ter êxito neste mundo,

"age como se soubesses
para onde vais e porquê,

"especialmente se estiveres com medo."

E Rafael deve ter assumido isso
como um Evangelho.

Assumiu a direção da oficina do pai
ainda era adolescente

e, ainda não tinha 20 anos,
já trabalhava como artista independente

em importantes encomendas na região,

incluindo esta obra que criou
quando tinha só 19 anos.

A certa altura, na viragem
para o século XVI,

Rafael foi para Perugia
para estudar com Pietro Perugino.

A influência de Perugino
é clara como água

quando comparamos estas versões
de "O Casamento da Virgem" lado a lado.

A de Perugino´é impressionante
mas a de Rafael é melhor,

pode dizer-se, um caso de um estudante
que ultrapassa o mestre.

Durante todo o tempo em Perugia,
Rafael tinha os olhos postos em Florença,

o um lugar de eleição
para mecenas abastados e artistas lendários

como Miguel Ângelo e Leonardo da Vinci.

Suspeito que, quando Rafael,
em 1504, lá chegou

sabia que ia ser um deles
e bem depressa.

Rafael disse um dia:

"Vivemos juntos, treinamos juntos,
lutamos juntos,

"juntos defendemos o bem,
somos ninjas."

Oh, Rafael, desculpa, enganei-me.

Mas ele disse: "A beleza da pintura
está no seu silêncio."

E isso é encantador

mas nem todos temos de ser
um prodígio como Rafael

para gostar de fazer arte.

O patrono do vídeo de hoje,
a Skillshare, pode ajudar-vos a começar,

A Skillshare é a maior comunidade online
de aprendizagem criativa

com milhares de aulas sobre tudo

da ilustração e desenho
à animação, fotografia e muito mais.

Já chegou a Primavera

que é a época perfeita
para um começar de novo.

Por vezes, esqueço a arte criativa

porque torna-se uma coisa tão grande
e assustadora na minha cabeça.

Talvez vocês já tenham tido essa sensação

mas uma ótima forma
de ultrapassar essa sensação

é implementando o hábito
da arte dária

e a Skillshare tem uma série
de aulas que ajudam a inspiração

e a criar um impulso criativo.

Acho que as aulas de desenho da Mike
são acessíveis e divertidas

e acho que as aulas de aguarela da Zenina
são extremamente calmantes

e ela mostra-nos, passo a passo,
como fazer obras de arte espantosas

que são rápidas e fáceis de fazer.

As aulas são muito terapêuticas
e ajudam-nos a ultrapassar

o que julgamos ser a parte mais difícil
da arte criativa

que é começar.

O formato, a pedido, da Skillshare
e as lições de tamanho reduzido tornam-na perfeita

quer estejamos a começar
procurando orientação

quer sejamos um artista experiente
necessitando duma centelha de motivação.

As primeiras 500 pessoas que usarem
a minha ligação, na descrição

receberão um mês
de experiência gratuita na Skillshare.

Há imensos cursos
que vocês podem visitar

antes desta experiência gratuita acabar

por isso, vale mesmo a pen experimentar.

Obrigada novamente à Skillshare
por patrocinar este vídeo.

Agora, voltemos à Alta Renascença, OK?

Rafael era encantador, confiante

e, em Florença, absorvia tudo
à sua volta como uma esponja,

Como muitos artistas, aprendia
imitando os outros

mas Rafael tinha uma capacidade única
para absorver, adaptar e refinar o seu estilo

e sintetizar isso tudo numa coisa
somente dele.

Também criou muitas das suas
famosas pinturas de Virgens com o Menino

enquanto esteve em Florença.

É difícil não imaginar
que a sua obsessão por este tema

provém da sua relação com a falecida mãe.

Ele era especialmente obcecado
pela obra de Leonardo da Vinci,

em particular, a Mona Lisa

e tentou pintá-la de novo

e de novo

e de novo.

Este esboço quase parece
uma mistura de duas pinturas

embora fosse mais como
um estudo da Mona Lisa

do que um desenho preparatório

do retrato duma dama com um unicórnio.

A influência de Leonardo é inegável

quando olhamos para a peça de Rafael.

O cenário da varanda, a paisagem distante,

a pose de meio corpo, com a dama
levemente virada de lado.

Mas ela é diferente da Mona Lisa

na medida em que a dama de Rafael
parece um pouco mais distante

e tem armadilhas mais impressionantes.

Pensa-se que Rafael pintou
a dama com um unicórnio

por volta de 1505 ou 1506,

provavelmente para comemorar um casamento

porque, naquela época,
era habitualmente por isso

que se pintavam
os primeiros retratos de jovens.

E dado o contexto,
faz todo o sentido.

Porque é que ela tinha n
aquele ar tão fechado?

Porque, no início do século XVI,
a maioria dos homens não gostava

que as mulheres fossem demasiado
abertas e dadas,

se bem percebem o que eu estou a dizer.

Há algumas pistas claras
relacionadas com casamento

nesta pintura.

Primeiro que tudo,
ela tem um cinto de casamento,

um acessório de noivado usual.

O colar também tm significado

porque as pedras preciosas
são das que as noivas usam habitualmente.

As pérolas simbolizavam a pureza

enquanto as esmeraldas e os rubis
eram ofertas feitas às noivas

porque se pensava que promoviam
força corporal.

Um pendente muito parecido
aparece noutro retrato de Rafael

de Maddalena Strozzi,

uma mulher da nobreza que casou
com um rico mercador de tecidos

chamado Anulo Doni, em 1504.

Esta também é uma das identidades
propostas

para o retrato
de "A Dama com um Unicórnio"

Maddalena estava no local certo
na altura certa

para ser o modelo deste retrato.

Tinha uma clara ligação com Rafael

e casou-se por volta desta altura.

Mas a razão mais importante por que ela
é considerada ser a dama com o unicórnio

é por causa da parecença
entre as duas damas.

Eu não a vejo lá muito bem,

mas vejamos o que é que vocês acham.

Vamos voltar a ver este desenho
por momentos.

A historiadora de arte
Linda Woke Simon sugere

que isto podia estar mais relacionado
com a retrato do unicórnio de Rafael

do que se pensava antes.

Assinala que o desenho
é um pouco contraditório

porque, embora as roupas,
o penteado e o cenário

sejam bastante específicos,

as feilções da rapariga são muito
mais vagas e estereotipadas

como se tivessem dito a Rafael
para desenhar uma dama bonita

e ele tenha aparecido com isto.

Por outro lado,

as feições da dama com o unicórnio
são muito mais distintas.

Ela tem o cabelo louro,
uma cor muito rara na Itália, na época,

e olhos azuis.

Woke Simon também sugere

que a estrutura do lado direito
da pintura

representa a igreja
de São Francisco de Urbino

e que o campanário saliente

foi posteriormente transformado
numa pequena torre distante,

em "A Dama com o Unicórnio".

Se isso é verdade, o patrono da pintura
podia ter laços

com Urbino, a cidade natal de Rafael.

Então, quem se encaixa no sino?

Segundo Woke Simon,

uma rapariga sobressai entre as restantes.

Laura Orsini, uma mulher nobre romana

com ligações tanto a Urbino
como a Rafael.

A mãe de Laura era Giulia Farese,
uma beleza famosa

e amante do famigerado devasso
Papa Alexandre VI.

Toda a gente sabia bem que Laura
era filha biológica do Papa

e não de Ordino Orsini,
o marido de Guilia.

Embora não saibamos
qual era o aspeto de Laura,

sabemos que o Papa tinha
outra filha ilegítima,

chamada Lucrécia Bórgia

que, portanto, seria meia irmã de Laura.

E sabemos que ela tinha cabelo loiro

porque um caracol do cabelo de Lucrécia
está em exposição

na Biblioteca Ambrosiana.

Laura Orsini casou
com Nicola Franciotti della Rovere,

sobrinho do Papa Júlio II,
em novembro de 1505,

mesmo na altura em que Rafael pintou
"A Dama com um Unicórnio".

Só que havia um problema.

Rafael e Laura nunca se encontraram.

Portanto, se este é o retrato dela,
ele tê-lo-ia pintado

sem sequer a ter visto,

o que hoje nos pode parecer estranho

mas naquela época não seria
assim tão invulgar.

Se esta teoria é verdade,
Rafael teria trabalhado

com algumas descrições genéricas
de Laura:

o cabelo loiro encaracolado,
as bochechas rosadas, os olhos azuis,

a natureza reservada

e depois preenchera o resto
com base nos ideais de beleza da época.

Mas agora, penso que é a altura
de pensar no elefante, quer dizer, no unicórnio na sala.

Os pequenos unicórnios costumavam andar pela Terra
e trepar para o colo das pessoas?

Os unicórnios têm vindo a galopar

pelas nossas imaginações coletivas
desde há séculos.

Mas, provavelmente, não da forma
como podiam pensar.

Voltemos ao princípio.

Os contos de animais com um corno
remontam a milhares de anos

mas foi Plínio, o Velho,
que foi mais específico

na sua enciclopédia
no século I.

Escreve:

"O unicórnio tem a cabeça de um veado,
as patas do elefante

"e o traseiro de um javali,

"enquanto o resto do corpo
é como o de um cavalo."

O unicórnio até aparece na versão
da Bíblia do Rei Jaime

embora muita gente pense
que isso foi apenas um erro de tradução

e provavelmente,
era uma referência a um boi.

No século II, o texto greco-cristão
Physiologus

acrescentou ao mito
um saboroso pormenor novo.

Não só os unicórnios eram fortes,
uns animais indomáveis,

como só podiam ser dominados
por uma donzela virgem

e para os europeus da Idade Média

isto era aceite basicamente
como um facto na vida escolar.

Isidoro de Sevilha ainda deu
mais um passo, escrevendo:

"O unicórnio é demasiado forte
para ser apanhado por caçadores

"a não ser por uma artimanha.

"Se uma rapariga virgem se colocar
em frente do unicórnio,

"e lhe encostar o peito,

"toda a sua ferocidade terminará
e ele deitará a cabeça no colo dela.

"Assim, acalmado, é apanhado facilmente."

Até Leonardo da Vinci
contribuiu para a lenda.

Escreveu: "O unicórnio
através da sua intolerância

"e sem saber como se controlar

"só pelo amor que tem
por raparigas virgens

"se esquece da sua ferocidade
e selvajaria

"e pondo de parte todo o receio,
aproximar-se-á duma donzela sentada

"e dormirá no colo dela

"e assim os caçadores poderão apanhá-lo."

Assim, os unicórnios tornaram-se
no símbolo medieval da pureza.

Mas era um pouco mais
específico do que isso,

A investigadora medieval Maggie Solberg
descreve que o unicórnio

simboliza a pureza,
no sentido de potência,

algo maduro para ser fertilizado.

Em vez de ser um estado permanente,

este tipo de pureza amadurece
até ser colhido

Nas antigas culturas patriarcais,
queriam casar-se com uma virgem

a fim de garantir que os filhos dela
seriam os seus filhos,

A virgindade existe para ser conquistada
e não para ser um estado permanente.

A razão por que a virgem
e o unicórnio se juntam

é porque ambos são puros e potentes

e prontos para serem fertilizados
ou apanhados.

Qualquer marido em perspetiva,
ao olhar para este retrato,

teria ficado a saber que esta rapariga
não teria andado às cambalhotas

o que, se este retrato é mesmo
o de Laura Orsini,

teria sido confortável saber

visto que ela devia ter
uns 13 anos, nessa altura.

No caso de Laura, o unicórnio
também podia ser uma espécie
de trocadilho visual.

Também poia ser