-
Será que todo
processo é igual?
-
Dentro da empresa,
tudo o que acontece
-
tem o mesmo nível
de importância, por exemplo?
-
Tem um pouco de diferença aí.
-
Existem categorias de processos,
a gente pode dividir os processos
-
entre aqueles processos
fundamentais,
-
ou aqueles core
do negócio, sabe,
-
que representam intimamente
o que a empresa veio para fazer.
-
E, para suportar isso, a gente
tem os processos de apoio,
-
que não são processos
que entregam valor diretamente,
-
mas que apoiam os processos
fundamentais a existir e executar.
-
Existe também algumas teorias que
chamam processos organizacionais,
-
que são aqueles que cuidam
da administração do negócio,
-
não ligado diretamente ao objeto
de trabalho que a gente tem.
-
Mas existe a teoria
do Michael Porter,
-
que já tem décadas
e décadas de existência
-
e que fala da cadeia de valor.
-
Esse é um que eu gosto bastante,
porque ele traz o dinheiro,
-
traz o valor para dentro
da nossa discussão,
-
e processo está aqui
para gerar valor.
-
A cadeia de valor separa
os processos fundamentais também,
-
aqueles que entregam valor
diretamente para o cliente.
-
São processos como aquisição,
transformação de matéria-prima,
-
empacotamento, logística,
comercial e vendas,
-
até a entrega
para o cliente final.
-
Então, se você está em
uma empresa de manufatura
-
e você faz caixa
de papelão, por exemplo,
-
toda a sua linha de fornecimento,
entre pegar matéria-prima da caixa,
-
fazer a cortagem,
dobragem, montagem,
-
logística de entrega
e vender isso aqui,
-
isso é o que a gente chama
de processo fundamental.
-
E aí, você deve estar pensando:
"mas cadê tecnologia?"
-
Tecnologia é classificado
como processo de apoio.
-
E sim, eu fico tão
revoltado quanto você
-
de falar que é
um processo de apoio.
-
Que o negócio hoje
funciona sem tecnologia?
-
O que a gente
está apoiando?
-
Mas calma lá, a tecnologia
nas empresas
-
existe para apoiar o negócio
a fazer sua atividade principal.
-
A empresa que vende caixa,
não vende tecnologia,
-
ela precisa de tecnologia
para vender caixa,
-
mas tecnologia é um apoio,
-
assim como recursos
humanos, contabilidade
-
e outros processos que não
conversam direto com o cliente,
-
não geram valor diretamente, mas
estão aqui para apoiar o negócio.
-
Existe uma brincadeira
que a gente faz
-
de que o pessoal
da cadeia de valor
-
é aquele que ganha viagem
quando bate meta,
-
é o que estoura champanhe,
é o que vai para convenção,
-
e nós de tecnologia,
dos processos de apoio,
-
estamos aqui na labuta do dia a dia,
sem deixar o negócio parar.
-
É importante entender
essa distinção,
-
porque a divisão dos processos faz
com que você consiga enxergar
-
a comunicação deles
de maneira mais eficiente.
-
O processo de tecnologia dificilmente
fala com o cliente final da empresa,
-
o seu cliente de tecnologia
é um cliente interno.
-
Ao passo que o processo de logística
se preocupa com uma entrega
-
que vai refletir lá na pontinha,
com o cliente final da empresa.
-
Então, essas diferenças, essas
divisões, ajudam a gente a separar
-
até onde cada processo pode
chegar e o que ele pode fazer.
-
Outra maneira de avaliar
os processos
-
é o que a gente
chama de elos.
-
Um elo horizontal conecta
atividades dentro do mesmo escopo,
-
ou dentro da mesma área
organizacional dentro da empresa.
-
E a gente tem os elos verticais,
que podem ser externos ou internos.
-
Um elo interno é quando
a execução do processo
-
extravasa uma área organizacional
e começa a conectar áreas distintas
-
de diretorias
ou departamentos separados.
-
Os elos verticais externos
conectam o seu processo
-
aos seus fornecedores,
aos seus clientes,
-
fazendo com que a sua
cadeia de suprimento
-
fique totalmente mapeada.
-
Então, repara que existem
diversas maneiras diferentes
-
de você enxergar
elementos do processo.
-
Não é que tem
certo e errado,
-
você tem que combinar
todo esse conhecimento
-
para enxergar a empresa,
que é uma coisa complexa,
-
com prismas diferentes.
-
No final de tudo, você vai ter
um conhecimento muito maior
-
sobre como tudo funciona
dentro da sua empresa.