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Samadhi Part 1 - "Maya, the Illusion of the Self"

  • 1:24 - 1:29
    Samadhi é uma palavra antiga do sânscrito, para
    a qual não possui nenhum equivalente moderno.
  • 1:32 - 1:38
    Há um desafio fundamental em fazer
    um filme sobre Samadhi.
  • 1:38 - 1:44
    Samadhi leva a algo impossível de
    ser transmitido no nível da mente.
  • 1:54 - 2:00
    Este filme é simplesmente a manifestação
    exterior da minha jornada interior.
  • 2:00 - 2:06
    A intenção não é lhe ensinar sobre Samadhi,
    ou fornecer informações para sua mente,
  • 2:06 - 2:12
    mas sim, inspirar você a descobrir
    diretamente sua natureza real.
  • 2:24 - 2:27
    Samadhi é relevante agora mais do que nunca.
  • 2:29 - 2:34
    Estamos em uma época na história,
    em que esquecemos não só o Samadhi,
  • 2:34 - 2:37
    mas temos esquecido do que nós esquecemos.
  • 2:43 - 2:49
    Este esquecimento é Maya, a ilusão do Ser.
  • 3:01 - 3:04
    Parte 1: Maya - A ilusão do Ser
  • 3:28 - 3:34
    Como humanos, a maioria de nós vive imerso
    em nossas vidas cotidianas,
  • 3:34 - 3:41
    com pouca ideia de quem somos, por quê
    estamos aqui, ou para onde estamos indo.
  • 3:42 - 3:50
    A maioria de nós nunca realizou o verdadeiro Ser,
    a alma ou o que Buda chamou de Annata
  • 3:50 - 3:56
    - aquilo que está além de nomes e formas,
    além do pensamento.
  • 3:56 - 4:01
    Como resultado acreditamos que
    somos esses corpos limitados.
  • 4:04 - 4:10
    Vivemos no medo, consciente ou inconsciente
    de que a estrutura limitada do Ser
  • 4:10 - 4:14
    que estamos identificados, irá morrer.
  • 4:26 - 4:32
    No mundo de hoje a maioria das pessoas que
    estão empenhadas em práticas religiosas ou espirituais
  • 4:32 - 4:38
    como yoga, oração, meditação, cânticos
    ou qualquer tipo de ritual,
  • 4:39 - 4:43
    estão praticando técnicas
    que são condicionadas.
  • 4:43 - 4:46
    O que significa que são apenas parte
    das construções do ego.
  • 4:50 - 4:53
    A busca e a atividade não é o problema.
  • 4:54 - 4:59
    Pensar que você encontrou a resposta
    em alguma forma externa é o problema.
  • 5:01 - 5:07
    Espiritualidade em sua forma mais comum
    não é diferente do pensamento patológico
  • 5:07 - 5:10
    que está acontecendo em todos os lugares.
  • 5:11 - 5:14
    É mais uma agitação da mente.
  • 5:15 - 5:18
    Mais afazeres humanos,
    em oposição a "ser" humano.
  • 5:20 - 5:26
    A construção do ego quer mais dinheiro,
    mais poder, mais amor, mais de tudo.
  • 5:29 - 5:37
    Aqueles no chamado caminho espiritual desejam ser
    mais espirituais, mais despertos, mais equânimes,
  • 5:38 - 5:42
    mais pacíficos, mais iluminados.
  • 5:44 - 5:50
    O perigo de você assistir a este filme é que
    sua mente vai querer alcançar Samadhi.
  • 5:53 - 5:58
    Ainda mais perigoso é que sua mente
    pode pensar que alcançou Samadhi.
  • 6:01 - 6:06
    Sempre que há um desejo de alcançar algo
    você pode ter certeza de que
  • 6:06 - 6:08
    é a construção do ego trabalhando.
  • 6:09 - 6:13
    Samadhi não é sobre alcançar ou acrescentar
    qualquer coisa para si mesmo.
  • 6:18 - 6:23
    Realizar o Samadhi é aprender a morrer
    antes de você morrer.
  • 6:27 - 6:32
    Vida e morte são como yin e yang
    - um continuum inseparável.
  • 6:32 - 6:37
    Incessantemente desdobrando,
    sem começo nem fim.
  • 6:38 - 6:42
    Quando afastamos a morte,
    também afastamos a vida.
  • 6:43 - 6:47
    Quando você experimenta diretamente
    a verdade de quem você é,
  • 6:47 - 6:51
    não há mais medo da vida ou da morte.
  • 6:55 - 7:00
    Somos informados de quem somos pela nossa
    sociedade e nossa cultura e, ao mesmo tempo,
  • 7:00 - 7:07
    somos escravos do profundo desejo biológico
    inconsciente e aversão que governam nossas escolhas.
  • 7:13 - 7:17
    A construção do ego não é mais
    do que o impulso de repetir.
  • 7:18 - 7:21
    É simplesmente o caminho que
    a energia tomou uma vez
  • 7:21 - 7:24
    e a tendência da energia a tomar
    esse caminho novamente,
  • 7:25 - 7:28
    Seja positivo ou negativo para o organismo.
  • 7:33 - 7:39
    Existem infinitos níveis de memória ou mente,
    espirais dentro de espirais.
  • 7:40 - 7:45
    Quando a sua consciência se identifica
    com essa mente ou construção do ego,
  • 7:45 - 7:51
    ela lhe prende ao condicionamento social,
    que você pode chamar de matriz.
  • 7:55 - 8:00
    Há aspectos do ego de que podemos estar
    conscientes, mas é o inconsciente,
  • 8:01 - 8:08
    a fiação arcaica, os medos existenciais primitivos,
    que estão realmente dirigindo toda a máquina.
  • 8:13 - 8:19
    Padrões infinitos relacionados a buscar o prazer
    e evitar a dor são sublimados
  • 8:19 - 8:30
    em comportamentos patológicos... nosso trabalho...
    nossos relacionamentos... nossas crenças,
  • 8:31 - 8:34
    nossos próprios pensamentos e
    todo o nosso modo de viver.
  • 8:37 - 8:42
    Como gado, a maioria dos seres humanos vive
    e morre em subjugação passiva,
  • 8:44 - 8:46
    alimentando suas vidas para a matriz.
  • 9:08 - 9:12
    Vivemos vidas trancadas em padrões limitados.
  • 9:12 - 9:17
    Vidas muitas vezes cheias de grande sofrimento,
    e nunca nos ocorre de podermos
  • 9:18 - 9:20
    realmente tornar-se livres.
  • 9:26 - 9:31
    É possível abandonar a vida
    que foi herdada do passado,
  • 9:34 - 9:39
    para viver aquela que está esperando
    para vir através do mundo interior.
  • 10:08 - 10:16
    Todos nós nascemos neste mundo com estruturas
    biológicas condicionadas, mas sem auto-consciência.
  • 10:21 - 10:28
    Muitas vezes, quando você olha para os olhos de uma
    criança, não há vestígio do Ser, apenas vazio luminoso.
  • 10:32 - 10:38
    A pessoa que se desenvolve é uma máscara
    usada sobre a consciência.
  • 10:40 - 10:44
    Shakespeare disse: "O mundo inteiro é um palco,
  • 10:45 - 10:50
    e todos os homens e mulheres
    não passam de meros atores".
  • 10:55 - 11:02
    Em um indivíduo desperto, a consciência brilha
    através da personalidade, através da máscara.
  • 11:05 - 11:09
    Quando você está desperto,
    você não se identifica com seu personagem.
  • 11:09 - 11:13
    Você não acredita que você é
    as máscaras que você está vestindo.
  • 11:17 - 11:21
    Mas também não desiste
    de desempenhar um papel.
  • 11:42 - 11:47
    Quando estamos identificados com o
    nosso personagem, nossa personalidade,
  • 11:48 - 11:51
    isto é Maya, a ilusão do Ser.
  • 11:54 - 12:01
    Samadhi é despertar do sonho do
    personagem no jogo da vida.
  • 12:13 - 12:17
    Dois mil e quatrocentos anos depois
    que Platão escreveu A República,
  • 12:18 - 12:22
    a humanidade ainda está saindo
    da caverna de Platão.
  • 12:26 - 12:31
    Na verdade, podemos estar mais
    fascinados por ilusões do que nunca.
  • 12:37 - 12:40
    Platão tinha um relato de Sócrates
    sobre um grupo de pessoas
  • 12:40 - 12:43
    que viviam acorrentadas em uma
    caverna por todas as suas vidas,
  • 12:43 - 12:45
    de frente para uma parede em branco.
  • 12:46 - 12:50
    Tudo o que podiam ver eram sombras projetadas
    na parede pelas coisas que passavam
  • 12:51 - 12:54
    diante de um fogo que estava atrás deles.
  • 12:54 - 12:57
    Este show de marionetes se torna o mundo deles.
  • 13:00 - 13:05
    De acordo com Sócrates, as sombras eram
    tão próximas que os prisioneiros
  • 13:05 - 13:08
    jamais conseguiriam ver a realidade.
  • 13:11 - 13:14
    Mesmo depois de serem informados
    sobre o mundo exterior,
  • 13:15 - 13:19
    eles continuaram a acreditar
    que as sombras eram tudo o que havia.
  • 13:19 - 13:23
    Mesmo se eles suspeitassem que havia algo mais,
  • 13:23 - 13:27
    eles não estavam dispostos
    a deixar o que era familiar.
  • 13:36 - 13:41
    A humanidade hoje é como as pessoas que
    só viram as sombras na parede da caverna.
  • 13:42 - 13:45
    As sombras são análogas aos nossos pensamentos.
  • 13:45 - 13:48
    O mundo do pensamento é o
    único mundo que conhecemos.
  • 13:49 - 13:52
    Mas há outro mundo que
    está além do pensamento.
  • 13:52 - 13:54
    Além da mente dualista.
  • 13:57 - 14:02
    Você está disposto a sair da caverna,
    para deixar tudo o que você tem conhecido
  • 14:03 - 14:07
    para descobrir a verdade de quem você é?
  • 14:17 - 14:22
    Para experienciar Samadhi é necessário
    desviar a atenção das sombras,
  • 14:22 - 14:26
    dos pensamentos em direção a luz.
  • 14:28 - 14:31
    Quando uma pessoa é acostumada somente
    à escuridão, então deve gradualmente
  • 14:31 - 14:34
    acostumar-se à luz.
  • 14:49 - 14:55
    Como aclimatizar a qualquer novo paradigma
    leva tempo e esforço, e uma vontade
  • 14:55 - 15:00
    de explorar o novo,
    bem como largar o velho.
  • 15:17 - 15:24
    A mente pode ser comparada a uma armadilha
    para a consciência, um labirinto ou uma prisão.
  • 15:30 - 15:36
    Não é que você está na prisão,
    você é a prisão.
  • 15:45 - 15:48
    A prisão é uma ilusão.
  • 15:49 - 15:54
    Se você se identifica com um eu ilusório,
    então você está dormindo.
  • 15:54 - 16:00
    Uma vez que você está ciente da prisão, se você luta
    para sair da ilusão, então você está tratando
  • 16:00 - 16:06
    a ilusão como se fosse real e você
    ainda permanece dormindo, só que agora
  • 16:06 - 16:09
    o sonho se torna um pesadelo.
  • 16:09 - 16:14
    Você estará perseguindo e fugindo
    de sombras para sempre.
  • 16:20 - 16:26
    Samadhi é despertar do sonho do eu separado
    ou a construção egóica.
  • 16:27 - 16:34
    Samadhi é despertar da identificação
    com a prisão que chamo de EU.
  • 16:39 - 16:46
    Você nunca pode ser realmente livre,
    porque onde quer que vá sua prisão está lá.
  • 16:47 - 16:53
    Despertar não se trata de se livrar
    da mente ou da matriz, pelo contrário;
  • 16:54 - 16:57
    quando você não está identificado com ele,
    então você pode experimentar
  • 16:57 - 17:03
    o jogo da vida mais plenamente, apreciando o
    show como ele é, sem desejo ou medo.
  • 17:04 - 17:09
    Nos antigos ensinamentos isso era
    chamado de jogo divino de Leila:
  • 17:09 - 17:12
    o jogo de jogar na dualidade.
  • 17:22 - 17:25
    A consciência humana é um continuum.
  • 17:26 - 17:31
    Em um extremo, os seres humanos estão
    identificados com o eu material.
  • 17:32 - 17:36
    No outro extremo está o Samadhi,
    a cessação do eu.
  • 17:38 - 17:44
    Cada passo que damos no continuum em
    direção ao Samadhi traz menos sofrimento.
  • 17:47 - 17:51
    Menos sofrimento não significa
    que a vida está livre da dor.
  • 17:53 - 17:58
    Samadhi está além da dualidade de dor e prazer.
  • 17:59 - 18:04
    O que significa é que há menos mente,
    menos EU criando resistência
  • 18:04 - 18:11
    a tudo o que se revela, e essa
    resistência é o que cria sofrimento.
  • 18:22 - 18:25
    Realizar Samadhi ao menos uma vez permite que você
  • 18:25 - 18:28
    veja o que está na outra extremidade do continuum.
  • 18:29 - 18:35
    Para ver que há algo além do
    mundo material e interesse próprio.
  • 18:35 - 18:41
    Quando há uma cessação real da estrutura do
    eu em Samadhi não há pensamento egoico,
  • 18:42 - 18:51
    nenhum EU, nenhuma dualidade ainda haja o
    "eu sou", annata ou nenhum self.
  • 18:54 - 19:02
    Nesse vazio está a aurora do prajna ou da sabedoria
    - a compreensão de que o Ser imanente
  • 19:02 - 19:08
    está muito além do jogo da dualidade,
    além de todo o continuum.
  • 19:11 - 19:17
    O Ser imanente é atemporal, imutável, sempre agora.
  • 19:18 - 19:29
    A iluminação é a fusão da espiral primordial, do
    mundo manifestado ou do lótus em constante mutação,
  • 19:29 - 19:33
    no qual o tempo se desdobra,
    com o seu Ser atemporal.
  • 19:35 - 19:42
    Sua fiação interna cresce como uma flor desdobrante
    enquanto você se desidentifica com o eu,
  • 19:42 - 19:48
    tornando-se uma ponte viva entre
    o mundo do tempo e o atemporal.
  • 20:10 - 20:14
    Meramente realizar o Ser imanente
    é apenas o começo de um caminho.
  • 20:15 - 20:20
    A maioria das pessoas terá que experimentar
    e perder Samadhi inúmeras vezes em meditação
  • 20:21 - 20:25
    antes que sejam capazes de se integrar
    em outras facetas da vida.
  • 20:26 - 20:33
    Não é incomum ter profundas percepções sobre
    a natureza do seu Ser durante a meditação
  • 20:33 - 20:40
    ou auto-investigação, apenas para encontrar-se
    novamente caindo de volta em velhos padrões,
  • 20:40 - 20:43
    esquecendo a verdade de quem você é.
  • 20:54 - 21:01
    Para realizar essa quietude ou o vazio
    em cada faceta da vida, cada faceta de si mesmo,
  • 21:02 - 21:07
    é tornar-se o vazio dançando como todas as coisas.
  • 21:23 - 21:28
    Quietude não é algo separado do movimento.
  • 21:28 - 21:31
    Não é oposto ao movimento.
  • 21:31 - 21:42
    Em Samadhi a quietude é reconhecida como sendo
    idêntica ao movimento, a forma é idêntica ao vazio.
  • 21:42 - 21:51
    Isso é sem sentido para a mente porque a mente
    é o surgimento da dualidade.
  • 22:03 - 22:08
    Rene Descartes, o pai da filosofia ocidental,
    é famoso pelo provérbio:
  • 22:09 - 22:12
    "Penso, logo existo."
  • 22:13 - 22:17
    Nenhuma outra frase resume de forma
    mais clara a queda da civilização
  • 22:18 - 22:23
    e a total identificação com
    as sombras na parede da caverna.
  • 22:26 - 22:30
    O erro de Descartes, como o erro
    de quase todos os seres humanos,
  • 22:31 - 22:36
    era igualar o Ser fundamental com o pensamento.
  • 22:47 - 22:54
    No início de seu tratado mais famoso, Descartes
    escreveu que quase tudo pode ser posto em dúvida;
  • 22:54 - 22:58
    Ele pode duvidar de seus sentidos
    e até de seus pensamentos.
  • 23:04 - 23:10
    Da mesma forma, no Kalama Sutra,
    o Buda disse que, a fim de apurar a verdade,
  • 23:10 - 23:15
    deve-se duvidar de todas as tradições,
    escrituras, ensinamentos
  • 23:15 - 23:20
    e todo o conteúdo da mente e dos sentidos.
  • 23:23 - 23:28
    Ambos começaram com grande ceticismo,
    mas a diferença foi que Descartes
  • 23:28 - 23:33
    parou de perguntar ao nível do pensamento,
    enquanto o Buda se aprofundava
  • 23:34 - 23:39
    - ele penetrou além dos níveis
    mais profundos da mente.
  • 23:40 - 23:44
    Talvez se Descartes fosse além
    de sua mente pensante,
  • 23:44 - 23:47
    ele teria percebido que sua verdadeira natureza
  • 23:47 - 23:52
    e consciência ocidental seria muito diferente hoje.
  • 23:55 - 24:00
    Em vez disso, Descartes descreveu
    a possibilidade de um demônio maligno
  • 24:00 - 24:04
    que poderia estar nos mantendo
    sob um véu de ilusão.
  • 24:04 - 24:10
    Descartes não reconheceu esse
    demônio diabólico pelo que era.
  • 24:14 - 24:20
    Como no filme Matrix, todos nós poderíamos
    estar ligados a algum programa elaborado
  • 24:20 - 24:22
    criando um ilusório mundo de sonhos.
  • 24:23 - 24:27
    No filme, os seres humanos viveram suas vidas
    na matriz, enquanto em outro nível eles
  • 24:28 - 24:32
    eram meramente baterias, alimentando sua
    força vital para as máquinas que usavam
  • 24:33 - 24:36
    sua energia para sua própria programação.
  • 25:07 - 25:12
    As pessoas sempre querem culpar algo fora
    de si mesmos pelo estado do mundo
  • 25:12 - 25:14
    ou pela sua própria infelicidade.
  • 25:14 - 25:19
    Quer seja uma pessoa, um grupo ou
    país em particular, uma religião
  • 25:19 - 25:22
    ou de algum tipo de Illuminati de controle,
  • 25:22 - 25:27
    como o demônio diabólico de Descartes,
    ou as máquinas sencientes na Matrix.
  • 25:30 - 25:34
    Ironicamente, o demônio que Descartes
    imaginava era exatamente
  • 25:34 - 25:37
    o que ele próprio se definia.
  • 25:37 - 25:43
    Quando você realiza o Samadhi, fica claro
    que há um controlador, há uma máquina,
  • 25:43 - 25:47
    um diabo demoniando sua vida dia após dia.
  • 25:49 - 25:53
    A máquina é você.
  • 26:02 - 26:08
    Sua estrutura é composta de muitos pequenos
    sub-programas condicionados ou pequenos patrões.
  • 26:08 - 26:18
    Um pequeno patrão que anseia comida, outro
    anseia dinheiro, outro status, postura, poder,
  • 26:21 - 26:24
    sexo, intimidade.
  • 26:26 - 26:29
    Outro quer a consciência
    ou a atenção dos outros.
  • 26:30 - 26:35
    Os desejos são literalmente infinitos
    e nunca podem ser satisfeitos.
  • 26:35 - 26:39
    Gastamos muito tempo e energia
    decorando nossas prisões,
  • 26:39 - 26:42
    sucumbindo às pressões para
    melhorar nossas máscaras,
  • 26:43 - 26:47
    e alimentando os patrões,
    tornando-os mais poderosos.
  • 26:47 - 26:53
    Como os viciados em drogas, quanto mais tentamos
    satisfazer os patrões, mais acabamos desejando.
  • 26:59 - 27:03
    O caminho para a liberdade
    não é auto-aperfeiçoamento,
  • 27:03 - 27:06
    ou de alguma forma satisfazer
    o planejamento do eu,
  • 27:06 - 27:10
    mas é uma queda do planejamento
    do eu completamente.
  • 27:13 - 27:17
    Algumas pessoas temem que despertar sua
    verdadeira natureza significa que eles perderão
  • 27:18 - 27:21
    sua individualidade e gozo da vida.
  • 27:21 - 27:28
    Na verdade, o oposto é verdadeiro;
    A única individuação da alma só pode ser expressa
  • 27:29 - 27:33
    quando o eu condicionado é superado.
  • 27:36 - 27:41
    Porque permanecemos adormecidos na matriz,
    a maioria de nós nunca descobre
  • 27:41 - 27:45
    o que a alma realmente quer expressar.
  • 27:58 - 28:07
    O caminho para Samadhi envolve meditação, que
    é tanto observar o eu condicionado: o que muda,
  • 28:08 - 28:14
    e realizando a sua verdadeira
    natureza: o que não muda.
  • 28:15 - 28:23
    Quando você chegar ao seu ponto inerte, a fonte
    de seu Ser, então você espera mais instruções
  • 28:23 - 28:28
    sem qualquer insistência de como
    o seu mundo exterior tem de mudar.
  • 28:28 - 28:34
    Não a minha vontade, mas a
    vontade superior, seja feita.
  • 28:39 - 28:44
    Se a mente só tenta mudar o mundo exterior
    para sujeitar-se a alguma ideia do que
  • 28:44 - 28:49
    você acha que o caminho deve ser,
    é como tentar mudar a imagem em um espelho,
  • 28:49 - 28:52
    manipulando a reflexão.
  • 28:52 - 28:58
    Para fazer a imagem em um espelho sorrir
    você obviamente não pode manipular a reflexão,
  • 28:59 - 29:05
    você tem que realizar o "você"
    que é a fonte autêntica da reflexão.
  • 29:06 - 29:10
    Uma vez que você realiza o eu autêntico,
    isso não significa que qualquer coisa
  • 29:10 - 29:14
    no exterior necessariamente precisa mudar.
  • 29:14 - 29:21
    O que muda é a energia interior, consciente,
    inteligente, ou prana, que é liberta
  • 29:21 - 29:27
    dos padrões condicionados e torna-se
    disponível para ser direcionada pela alma.
  • 29:30 - 29:35
    Você só pode tornar-se consciente do propósito
    da alma quando você é capaz de observar
  • 29:35 - 29:41
    o eu condicionado e suas intermináveis
    perseguições, e deixá-los ir.
  • 29:59 - 30:04
    Na mitologia grega, foi dito que os deuses
    condenaram Sísifo a repetir uma tarefa
  • 30:04 - 30:07
    sem sentido por toda a eternidade.
  • 30:07 - 30:11
    Sua tarefa era empurrar sem parar
    uma pedra montanha acima,
  • 30:11 - 30:14
    só para depois deixar rolar montanha abaixo novamente.
  • 30:25 - 30:31
    O existencialista francês e autor vencedor
    do Prêmio Nobel, Albert Camus,
  • 30:31 - 30:35
    viu a situação de Sísifo
    como uma metáfora para a humanidade.
  • 30:36 - 30:42
    Ele fez a pergunta: "Como podemos
    encontrar significado nesta existência absurda?".
  • 30:47 - 30:54
    Como humanos estamos trabalhando sem parar,
    construindo para um amanhã que nunca chega,
  • 30:55 - 30:58
    e então morremos.
  • 31:10 - 31:16
    Se verdadeiramente realizarmos essa verdade,
    ou nos tornaremos loucos se formos identificados
  • 31:16 - 31:24
    com nossas personalidades egoicas,
    ou então despertaremos e nos tornaremos livres.
  • 31:33 - 31:38
    Nunca poderemos ter sucesso na luta externa,
    porque é apenas um reflexo
  • 31:38 - 31:40
    do nosso mundo interior.
  • 31:40 - 31:46
    A piada cósmica, o absurdo da situação
    torna-se claro quando há um completo e absoluto
  • 31:47 - 31:53
    fracasso do eu egoico para
    despertar através de suas buscas fúteis.
  • 32:15 - 32:23
    No Zen há um ditado: "Antes da iluminação
    corte madeira, carregue água.
  • 32:24 - 32:30
    Após a iluminação, corte madeira, carregue água."
  • 32:35 - 32:41
    Antes da iluminação é preciso rolar
    a bola morro acima. Após a iluminação,
  • 32:41 - 32:44
    também é preciso rolar a bola morro acima.
  • 32:45 - 32:47
    O que mudou?
  • 32:48 - 32:51
    A resistência interior ao que é.
  • 32:52 - 32:57
    A luta foi abandonada, ou melhor,
    a pessoa que luta
  • 32:57 - 33:01
    foi percebida como ilusória.
  • 33:02 - 33:11
    A vontade individual ou a mente individual e a
    vontade divina, ou mente superior, estão alinhadas.
  • 33:20 - 33:24
    Samadhi é, em última análise, uma queda
    de toda a resistência interior
  • 33:25 - 33:28
    - a todos os fenômenos
    mutáveis, sem exceção.
  • 33:29 - 33:36
    Aquele que é capaz de realizar a paz interior,
    independente da circunstância,
  • 33:36 - 33:39
    atingiu o verdadeiro Samadhi.
  • 33:40 - 33:45
    Você abandona a resistência não porque aceita
    uma coisa ou outra, mas para que sua
  • 33:45 - 33:50
    liberdade interior não dependa do exterior.
  • 33:52 - 33:57
    É importante comentar que quando aceitamos
    a realidade como ela é, não significa
  • 33:57 - 34:03
    necessariamente que paramos de agir no mundo,
    ou nos tornamos meditadores pacifistas.
  • 34:04 - 34:09
    Na verdade, o oposto pode ser verdade;
    Quando somos livres para agir sem ser movidos
  • 34:09 - 34:16
    por motivos inconscientes, então é possível
    agir em alinhamento com o Tao, com toda a força
  • 34:16 - 34:20
    de nossa energia interior atrás de nós.
  • 34:30 - 34:36
    Muitos vão argumentar que, a fim de mudar
    o mundo e trazer a paz, precisamos lutar
  • 34:36 - 34:39
    mais duramente contra os
    nossos inimigos percebidos.
  • 34:40 - 34:48
    Lutar pela paz é como gritar pelo silêncio;
    Apenas cria mais do que você não quer.
  • 34:49 - 34:56
    Hoje há guerra contra tudo: a guerra contra
    o terrorismo, uma guerra contra a doença,
  • 34:57 - 34:59
    uma guerra contra a fome.
  • 35:00 - 35:05
    Toda guerra é na verdade
    uma guerra contra nós mesmos.
  • 35:14 - 35:17
    A luta é parte de um delírio coletivo.
  • 35:18 - 35:24
    Dizemos que queremos a paz, mas continuamos
    a eleger líderes que se engajam na guerra.
  • 35:24 - 35:29
    Mentimos a nós mesmos dizendo que defendemos
    os direitos humanos, mas continuamos
  • 35:29 - 35:32
    a comprar produtos feitos em fábricas.
  • 35:33 - 35:36
    Dizemos que queremos ar puro,
    mas continuamos a poluir.
  • 35:37 - 35:41
    Queremos que a ciência nos cure do câncer, mas
    não mudamos nossos comportamentos habituais
  • 35:41 - 35:46
    autodestrutivos que nos tornam
    mais suscetíveis a adoecer.
  • 35:46 - 35:50
    Nos iludimos que estamos
    promovendo uma vida melhor.
  • 35:51 - 35:56
    Não queremos ver nossas partes ocultas
    que estão tolerando o sofrimento e a morte.
  • 35:59 - 36:05
    A crença de que podemos ganhar uma guerra
    contra o câncer, a fome, o terror ou qualquer
  • 36:05 - 36:10
    inimigo que foi criado por nosso próprio
    pensamento e comportamento, na verdade
  • 36:10 - 36:18
    nos permite continuar iludidos que não temos
    de mudar a forma como agimos neste planeta.
  • 36:19 - 36:23
    O mundo interior é onde a revolução
    deve primeiro acontecer.
  • 36:25 - 36:29
    Somente quando pudermos sentir diretamente
    a espiral da vida interior,
  • 36:30 - 36:33
    o mundo exterior entrará
    em alinhamento com o Tao.
  • 36:34 - 36:40
    Até lá, qualquer coisa que façamos
    contribuirá para o caos já criado pela mente.
  • 36:42 - 36:49
    Guerra e paz surgem juntos em uma
    dança sem fim; Eles são um contínuum.
  • 36:50 - 36:53
    Uma metade não pode existir sem a outra.
  • 36:53 - 36:59
    Assim como a luz não pode existir sem
    escuridão, e acima não pode existir sem abaixo.
  • 36:59 - 37:05
    O mundo parece querer luz sem escuridão,
    plenitude sem vazio,
  • 37:06 - 37:09
    felicidade sem tristeza.
  • 37:33 - 37:38
    Quanto mais a mente se envolve,
    mais fragmentado o mundo se torna.
  • 37:39 - 37:44
    Cada solução que vem da mente egóica é
    impulsionada pela idéia de que há um problema,
  • 37:45 - 37:51
    e a solução se torna um problema ainda
    maior do que o que estava tentando resolver.
  • 37:53 - 37:56
    O que você resiste persiste.
  • 38:07 - 38:13
    A criatividade humana cria novos antibióticos
    e descobrem que a natureza
  • 38:13 - 38:17
    fica mais esperta à medida que
    as bactérias se fortalecem.
  • 38:17 - 38:22
    Apesar dos nossos melhores esforços
    na luta atual, a prevalência do câncer
  • 38:22 - 38:28
    está aumentando, o número de pessoas famintas
    no mundo cresce de forma constante,
  • 38:30 - 38:35
    o número de ataques terroristas
    em todo o mundo continua a aumentar.
  • 38:41 - 38:45
    O que há de errado com nossa abordagem?
  • 38:45 - 38:51
    Como o Aprendiz de Feiticeiro do poema
    de Goethe, temos conquistado um grande poder,
  • 38:51 - 38:55
    mas não temos a sabedoria para usá-lo.
  • 38:59 - 39:03
    O problema é que não entendemos
    a ferramenta que estamos usando.
  • 39:04 - 39:08
    Não entendemos a mente humana,
    seu papel e propósito.
  • 39:18 - 39:23
    A crise nasce do modo condicionado
    e limitado em que pensamos,
  • 39:24 - 39:27
    a maneira que nós sentimos
    e experimentamos a vida.
  • 39:35 - 39:41
    Nosso racionalismo nos roubou nossa capacidade
    de reconhecer e experimentar
  • 39:41 - 39:45
    a sabedoria de muitas culturas antigas.
  • 39:48 - 39:53
    Nosso pensamento egoico nos roubou a
    capacidade de sentir a profundidade
  • 39:53 - 39:59
    e a profunda sacralidade da vida,
    a numinosidade da vida, e de realizar
  • 40:00 - 40:06
    níveis inteiramente diferentes de consciência, que
    agora estão quase perdidos para a humanidade.
  • 40:12 - 40:17
    Na antiga tradição egípcia, Neters eram
    formas arquetípicas cujas características
  • 40:17 - 40:23
    podiam ser encarnadas por aqueles que
    purificavam seus corpos físico e espiritual
  • 40:23 - 40:29
    de tal forma que eles estavam aptos
    a abrigar consciências superiores.
  • 40:31 - 40:39
    O Neter original, ou o princípio divino desta
    sabedoria era conhecido como Thoth ou Tehuti.
  • 40:39 - 40:43
    Representado frequentemente como um escriba
    com a cabeça de um pássaro ou de um Íbis,
  • 40:44 - 40:48
    e representava a origem de todo
    o conhecimento e sabedoria.
  • 40:49 - 40:55
    Thoth poderia ser descrito como o princípio
    cósmico do pensar ou do pensamento.
  • 40:57 - 41:02
    Thoth nos deu a linguagem, conceitos,
    escrita, matemática e todas
  • 41:02 - 41:06
    as artes e manifestações da mente.
  • 41:07 - 41:10
    Somente aqueles que haviam
    passado por treinamento especial
  • 41:10 - 41:14
    eram autorizados a acessar o
    conhecimento sagrado de Thoth.
  • 41:18 - 41:22
    O livro de Thoth não é um livro físico,
    mas é a sabedoria
  • 41:22 - 41:26
    do reino akáshico ou etérico.
  • 41:28 - 41:32
    A lenda conta que o conhecimento de Thoth estava
    profundamente escondido em um lugar secreto
  • 41:32 - 41:38
    dentro de cada ser humano, e estava
    protegido por uma serpente dourada.
  • 41:43 - 41:49
    O mito arquetípico ou perene da serpente
    ou dragão que guarda um tesouro é aquele
  • 41:49 - 41:59
    que permeia muitas culturas e tem sido
    chamado por nomes como kundalini shakti,
  • 42:00 - 42:05
    chi, espírito santo e energia interior.
  • 42:06 - 42:12
    A serpente dourada é a construção egóica
    que está ligada nas energias interiores
  • 42:13 - 42:20
    e até que ela seja dominada e superada, a alma
    nunca será capaz de alcançar a verdadeira sabedoria.
  • 42:20 - 42:25
    Dizia-se que o livro de Thoth trouxe nada
    além de sofrimento a qualquer indivíduo
  • 42:25 - 42:32
    que o leu, mesmo que eles encontrassem
    os segredos dos próprios deuses e tudo
  • 42:32 - 42:36
    o que está escondido nas estrelas.
  • 42:36 - 42:42
    O que deve ser entendido é que o livro
    trouxe sofrimento a qualquer indivíduo que leu,
  • 42:42 - 42:46
    qualquer ego que tentou controlá-lo.
  • 42:47 - 42:54
    Na tradição egípcia, a consciência
    desperta foi representada por Osíris.
  • 42:54 - 42:59
    Sem essa consciência desperta, qualquer
    conhecimento ou entendimento obtido pelo
  • 42:59 - 43:06
    eu limitado seria perigoso,
    desconectado da sabedoria superior.
  • 43:08 - 43:13
    O olho de Hórus tinha que estar aberto.
  • 43:16 - 43:21
    O significado esotérico que encontramos
    aqui é semelhante à história mais conhecida
  • 43:21 - 43:24
    da "queda" no jardim do Éden.
  • 43:25 - 43:30
    O livro de Thoth é paralelo ao livro do
    conhecimento do bem e do mal cujo fruto
  • 43:30 - 43:34
    Adão e Eva foram tentados a comer.
  • 43:42 - 43:49
    A humanidade, é claro, já comeu o fruto
    proibido, já abriu o livro de Thoth,
  • 43:49 - 43:53
    e foi lançado fora do jardim.
  • 43:56 - 44:01
    A serpente é uma metáfora para a
    espiral primordial que se estende
  • 44:01 - 44:04
    do microcosmo ao macrocosmo.
  • 44:07 - 44:11
    Hoje a serpente está vivendo como você.
  • 44:12 - 44:17
    É a mente egóica expressa
    como o mundo manifestado.
  • 44:19 - 44:24
    Nós nunca tivemos acesso
    a tanto conhecimento.
  • 44:24 - 44:28
    Temos penetrado profundamente no mundo
    material, até encontrando a assim chamada
  • 44:29 - 44:35
    partícula de Deus, mas nunca fomos mais
    limitados, mais ignorantes de quem somos,
  • 44:35 - 44:42
    como viver e não entendemos o mecanismo
    pelo qual criamos sofrimento.
  • 45:29 - 45:33
    Nosso pensamento criou o
    mundo como ele é agora.
  • 45:33 - 45:37
    Sempre que rotulamos algo como bom ou mau,
    ou criamos preferência em nossa mente,
  • 45:38 - 45:43
    é devido ao surgimento de estruturas
    egóicas ou interesses pessoais.
  • 45:44 - 45:50
    A solução não é lutar pela paz ou
    conquistar a natureza, mas simplesmente
  • 45:50 - 45:58
    reconhecer a verdade; Que a própria
    existência da estrutura do ego cria dualidade,
  • 45:59 - 46:08
    uma divisão entre o eu e o outro, o meu e o seu,
    o homem e a natureza, interior e exterior.
  • 46:11 - 46:20
    O ego é violência; Requer uma barreira,
    uma divisão do outro a fim de ser.
  • 46:21 - 46:25
    Sem ego não há guerra contra nada.
  • 46:25 - 46:30
    Não há arrogância, não há natureza
    excessiva para tirar proveito.
  • 46:31 - 46:37
    Essas crises externas em nosso mundo
    refletem uma grave crise interna;
  • 46:38 - 46:41
    Não sabemos quem somos.
  • 46:42 - 46:46
    Estamos completamente identificados com
    nossas identidades egoicas, consumidos
  • 46:46 - 46:51
    pelos medos e separados de
    nossa verdadeira natureza.
  • 46:53 - 46:59
    As raças, religiões, países, afiliações
    políticas, qualquer grupo a que pertencemos,
  • 47:00 - 47:04
    reforçam todas as nossas identidades egoicas.
  • 47:05 - 47:10
    Quase todos os grupos que existem no
    planeta hoje querem reivindicar sua perspectiva
  • 47:10 - 47:16
    como verdadeira e correta,
    como fazemos em um nível individual.
  • 47:16 - 47:21
    Ao afirmar a verdade como sua, o grupo
    perpetua sua própria existência
  • 47:21 - 47:27
    da mesma forma que um ego ou
    auto-estrutura se define contra os outros.
  • 47:30 - 47:35
    Agora, mais do que nunca, diferentes
    realidades e sistemas de crença polarizados
  • 47:35 - 47:37
    estão coexistindo na Terra.
  • 47:38 - 47:43
    É possível que pessoas diferentes
    experimentem pensamentos e reações emocionais
  • 47:44 - 47:48
    completamente diferentes
    aos mesmos fenômenos externos.
  • 47:49 - 47:56
    Da mesma forma, samsara e nirvana,
    céu e inferno, são duas dimensões diferentes
  • 47:56 - 48:00
    que ocupam o mesmo mundo.
  • 48:00 - 48:04
    Um evento que pode parecer
    apocalíptico para uma pessoa,
  • 48:06 - 48:10
    pode ser visto como uma bênção para outro.
  • 48:12 - 48:17
    Então, o que está se tornando óbvio é que
    suas circunstâncias externas não precisam
  • 48:17 - 48:21
    afetar seu mundo interior
    de nenhuma maneira particular.
  • 48:23 - 48:30
    Realizar o Samadhi é tornar-se uma roda
    autopropulsada, tornar-se autônomo,
  • 48:30 - 48:33
    um universo para si mesmo.
  • 48:37 - 48:42
    Sua experiência de vida não
    depende de mudanças de fenômenos.
  • 48:45 - 48:49
    Uma analogia pode ser feita
    com o cubo de Metatron.
  • 48:51 - 48:56
    Metatron é mencionado em vários textos
    antigos cristãos, islâmicos e judaicos,
  • 48:56 - 49:01
    e é arquetípicamente relacionado
    com o egípcio Neter Thoth,
  • 49:01 - 49:05
    bem como Hermes Trismegisto da Grécia.
  • 49:06 - 49:10
    Metatron está intimamente
    ligado ao tetragrama.
  • 49:11 - 49:18
    O tetragrama é o padrão geométrico fundamental,
    o modelo ou emanação primordial da
  • 49:18 - 49:24
    realidade física, que tem sido chamado
    de palavra de Deus ou Logos.
  • 49:26 - 49:32
    Aqui vemos uma representação bidimensional
    da figura, mas se você olhar de uma certa maneira,
  • 49:33 - 49:35
    você vê um cubo 3D.
  • 49:36 - 49:42
    Quando você vê o cubo, nada mudou
    na figura, mas sua mente adicionou
  • 49:42 - 49:45
    uma nova dimensão à sua visão.
  • 49:46 - 49:52
    Dimensionalidade ou a perspectiva de alguém
    é simplesmente uma questão de habituar-se
  • 49:52 - 49:55
    a uma nova maneira de perceber o mundo.
  • 49:57 - 50:02
    Ao realizar o Samadhi, nos tornamos livres
    de perspectiva ou livres para criar
  • 50:02 - 50:10
    novas perspectivas, porque não há um Eu envolvido
    ou ligado a um determinado ponto de vista.
  • 50:17 - 50:22
    As maiores mentes da história humana
    frequentemente apontam para níveis
  • 50:22 - 50:25
    de pensamento além da
    estrutura limitada do eu.
  • 50:26 - 50:32
    Einstein disse: "A verdadeira escala de um ser
    humano é determinada principalmente pelo grau
  • 50:33 - 50:39
    e senso em que ele alcançou
    a libertação do eu."
  • 50:41 - 50:47
    Portanto, não é que o pensamento e a existência
    do eu sejam ruins, o pensamento é uma
  • 50:47 - 50:52
    ferramenta maravilhosa quando a mente
    está ao serviço do coração.
  • 50:54 - 51:01
    No Vedanta diz-se que a mente cria
    um bom servo, mas um pobre mestre.
  • 51:07 - 51:11
    O ego perpetuamente filtra a realidade
    através da linguagem e dos rótulos,
  • 51:12 - 51:14
    e está constantemente julgando.
  • 51:14 - 51:17
    Preferindo uma coisa sobre a outra.
  • 51:18 - 51:23
    Quando a mente e os sentidos são seu mestre,
    eles criarão sofrimento infinito,
  • 51:24 - 51:30
    desejo e antipatia sem fim, nos
    trancando na matriz do pensamento.
  • 51:33 - 51:39
    Se você quiser realizar Samadhi, não julgue
    seus pensamentos como bons ou maus,
  • 51:39 - 51:46
    mas descubra quem você é antes
    do pensamento, antes dos sentidos.
  • 51:46 - 51:53
    Quando todos os rótulos são descartados,
    então é possível ver as coisas como elas são.
  • 51:58 - 52:04
    No momento em que uma criança ouve o que é
    um pássaro, se elas acreditarem no que ouviram,
  • 52:05 - 52:08
    então elas nunca mais verão um pássaro.
  • 52:09 - 52:12
    Elas só vêem seus pensamentos.
  • 52:52 - 52:57
    A maioria das pessoas pensa que são
    livres, conscientes e despertas.
  • 52:58 - 53:03
    Se você acredita que já está desperto,
    então por que você faz um esforço árduo
  • 53:04 - 53:08
    para alcançar o que você
    acredita que já tem?
  • 53:09 - 53:16
    Antes que seja possível despertar,
    é necessário aceitar que você está adormecido,
  • 53:16 - 53:19
    vivendo na matriz.
  • 53:21 - 53:25
    Examine sua vida honestamente,
    sem mentir para si mesmo.
  • 53:26 - 53:32
    Você é capaz de parar seus padrões de
    vida robóticos, repetitivos, se quiser?
  • 53:32 - 53:36
    Você consegue parar de buscar
    o prazer e evitar a dor?
  • 53:36 - 53:41
    Você é viciado em certos alimentos,
    atividades, passatempos?
  • 53:42 - 53:48
    Você está constantemente julgando, culpando,
    criticando a si mesmo e aos outros?
  • 53:49 - 53:56
    Sua mente procura incessantemente estímulo,
    ou você é completamente realizado
  • 53:56 - 53:59
    apenas estando em silêncio?
  • 54:00 - 54:03
    Você se importa sobre o que
    as pessoas pensam sobre você?
  • 54:03 - 54:07
    Está buscando aprovação, reafirmações positivas?
  • 54:07 - 54:11
    Você de alguma forma sabota situações em sua vida?
  • 54:12 - 54:18
    A maioria das pessoas experimentará suas vidas
    da mesma maneira hoje como será amanhã
  • 54:18 - 54:21
    e daqui a um ano, e daqui a dez anos.
  • 54:23 - 54:30
    Quando você começa a observar sua natureza
    robotizada, você se torna mais desperto.
  • 54:30 - 54:34
    Você começa a reconhecer a
    profundidade do problema.
  • 54:35 - 54:42
    Você está completamente e absolutamente
    adormecido, perdido em um sonho.
  • 54:42 - 54:48
    Como os habitantes da caverna de Platão,
    muitos que ouvem esta verdade não estarão dispostos
  • 54:48 - 54:54
    ou capazes de mudar suas vidas porque
    estão apegados a seus padrões familiares.
  • 54:56 - 55:02
    Vamos muito longe justificando nossos padrões,
    enterrando nossas cabeças na areia
  • 55:02 - 55:05
    em vez de encarar a verdade.
  • 55:06 - 55:11
    Queremos os nossos salvadores, mas não estamos
    dispostos a subir na cruz nós mesmos.
  • 55:12 - 55:17
    O que você está disposto
    a pagar para ser livre?
  • 55:20 - 55:26
    Perceba que se você mudar seu mundo interior, você
    deve estar preparado para mudar a vida exterior.
  • 55:27 - 55:31
    Sua antiga estrutura e sua antiga identidade
    devem se tornar o solo morto
  • 55:31 - 55:35
    do qual o novo crescimento surge.
  • 55:40 - 55:45
    O primeiro passo para o despertar é
    perceber que estamos identificados com a
  • 55:45 - 55:49
    matriz da mente humana, com a máscara.
  • 55:50 - 55:56
    Algo dentro de nós deve ouvir esta
    verdade e ser despertado desse sono.
  • 55:57 - 56:02
    Há uma parte de você, algo intemporal,
    que sempre conheceu a verdade.
  • 56:19 - 56:29
    A matriz da mente nos distrai, nos entretém,
    nos mantém eternamente fazendo, consumindo,
  • 56:30 - 56:37
    agarrando em um ciclo de desejo e aversão
    com formas em constante mudança,
  • 56:38 - 56:41
    nos impedindo de florescer nossa consciência,
  • 56:41 - 56:45
    de nosso direito de nascimento
    evolutivo que é Samadhi.
  • 56:47 - 56:52
    Pensamento patológico é o
    que ocorre na vida normal.
  • 56:59 - 57:05
    Sua essência divina tornou-se escravizada,
    identificada com a estrutura limitada do eu.
  • 57:07 - 57:14
    A grande sabedoria, a verdade de quem você é
    está enterrada profundamente em seu ser.
  • 57:20 - 57:23
    J. Krishnamurti disse:
  • 57:23 - 57:33
    "Não é sinal de saúde estar bem adaptado
    a uma sociedade profundamente doente."
  • 57:39 - 57:50
    Identificação com a mente egóica
    é a doença, e Samadhi é a cura.
  • 58:18 - 58:23
    Os santos, sábios e seres despertos
    ao longo da história
  • 58:24 - 58:28
    aprenderam a sabedoria da auto-entrega.
  • 58:35 - 58:41
    Como é possível realizar o verdadeiro Ser?
  • 58:45 - 58:49
    Quando você olhar através do véu de Maya,
  • 58:49 - 58:55
    e abandonar o eu ilusório, o que resta?
Title:
Samadhi Part 1 - "Maya, the Illusion of the Self"
Description:

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Video Language:
English
Team:
Awaken the World
Project:
01 -Samadhi Film Series
Duration:
59:14

Portuguese, Brazilian subtitles

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