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  • 0:08 - 0:12
    Nem tudo que se estruturou
    como a linguagem audiovisual,
  • 0:12 - 0:16
    a história do cinema,
    surgiu do cinema.
  • 0:16 - 0:18
    Como nós já vimos,
  • 0:18 - 0:22
    muito do que nós aprendemos a trabalhar
    no cinema veio do teatro.
  • 0:22 - 0:26
    Então, você tem essa construção
    das primeiras encenações,
  • 0:26 - 0:30
    das primeiras dramatizações,
    a pantomima que vem do teatro,
  • 0:30 - 0:33
    e todos os outros elementos
    de linguagem que foram surgindo
  • 0:33 - 0:35
    para chegar no que nós temos hoje
  • 0:35 - 0:39
    também vieram de outras
    vanguardas artísticas.
  • 0:39 - 0:47
    Vanguardas artísticas que trabalhavam
    a pintura, a literatura, as artes visuais,
  • 0:47 - 0:51
    e todo esse processo que veio
    culminar no cinema.
  • 0:51 - 0:56
    Essas vanguardas artísticas surgiram
    no começo do século XX
  • 0:56 - 0:59
    junto com essa efervescência
    que o século trouxe,
  • 0:59 - 1:04
    com a evolução tecnológica, com
    o desenvolvimento das sociedades,
  • 1:04 - 1:07
    e todas essas estruturas e propostas
  • 1:07 - 1:10
    que os artistas também
    desenvolveram em suas obras.
  • 1:10 - 1:15
    Então, é natural dizermos que todas
    as vanguardas artísticas
  • 1:15 - 1:18
    que estavam acontecendo
    em outras esferas,
  • 1:18 - 1:22
    também influenciaram o cinema
    de uma forma direta e objetiva.
  • 1:22 - 1:24
    Voltando para o "Griffith", por exemplo,
  • 1:24 - 1:32
    ele é um diretor que trabalhou
    e se constituiu como diretor de cinema,
  • 1:32 - 1:34
    mas ele não surgiu como
    diretor de cinema,
  • 1:34 - 1:40
    ele foi ator de algumas outras obras
    de outros realizadores menores
  • 1:40 - 1:44
    antes de ele assumir
    esse papel importante.
  • 1:44 - 1:48
    Você pega as vanguardas artísticas
    do começo do século, os próprios russos,
  • 1:48 - 1:51
    nós vamos falar um pouco
    da vanguarda russa
  • 1:51 - 1:55
    porque ela é primordial para a estrutura
    de montagem que nós temos hoje.
  • 1:55 - 1:59
    Em 1910 mais ou menos, 1917,
  • 1:59 - 2:03
    Kuleshov, que é um estudioso russo,
  • 2:03 - 2:07
    percebeu que o plano,
    a estrutura visual
  • 2:07 - 2:10
    funciona como se fosse um tijolo,
  • 2:10 - 2:12
    uma estrutura de construção
    de entendimento
  • 2:12 - 2:16
    a partir da escolha do que você
    decide mostrar.
  • 2:16 - 2:20
    E a relação que essas informações
    se constroem na nossa cabeça,
  • 2:20 - 2:23
    não pela aquela informação
    que você mostrou visualmente,
  • 2:23 - 2:28
    mas pela relação simbólica e a ideia
    que você constrói entre um plano e outro
  • 2:28 - 2:30
    que nem sempre está na imagem,
  • 2:30 - 2:36
    mas sim na forma como os nossos
    cérebros constroem esse entendimento.
  • 2:36 - 2:39
    Essa informação ficou conhecida
    como "Efeito Kuleshov".
  • 2:39 - 2:42
    O "Efeito Kuleshov" parte
    do seguinte princípio,
  • 2:42 - 2:46
    você tem uma informação que traz
    a sua ideia e seus significados,
  • 2:46 - 2:48
    e você vai ter uma segunda informação
  • 2:48 - 2:50
    que também traz as suas
    ideias e significados
  • 2:50 - 2:54
    que não necessariamente
    trabalham na mesma estrutura.
  • 2:54 - 2:58
    Quando você escolhe colocar
    o plano A e depois o plano B,
  • 2:58 - 3:03
    você carrega essas informações
    com uma série de significados e ideias
  • 3:03 - 3:08
    que o seu espectador vai entender e vai
    interpretar a partir da junção entre eles.
  • 3:09 - 3:12
    O "Efeito Kuleshov" surge com a ideia
  • 3:12 - 3:15
    de que você vai construir o entendimento
    do seu espectador,
  • 3:15 - 3:17
    não na imagem que você mostra,
  • 3:17 - 3:22
    e sim no significado e na ideia
    que duas imagens distintas,
  • 3:22 - 3:27
    quando colocadas uma depois da outra,
    criam na cabeça da pessoa.
  • 3:28 - 3:31
    Então ele fez o experimento
    mostrando um rosto,
  • 3:31 - 3:33
    imagina um rosto impassível,
    efeito Monalisa,
  • 3:33 - 3:37
    não tem aquele sorriso, não tem nada,
    você tem só o rosto.
  • 3:37 - 3:38
    O fato de você mostrar esse rosto,
  • 3:38 - 3:43
    e em seguida, você mostrar um prato
    de comida vazio e voltar para o rosto,
  • 3:43 - 3:46
    as pessoas criavam a sensação de que
    aquela pessoa estava com fome,
  • 3:46 - 3:48
    ela estava triste porque
    ela não tinha o que comer.
  • 3:48 - 3:53
    Se você pegasse o mesmo rosto
    e colocasse um buquê de flores
  • 3:53 - 3:55
    e depois voltasse para esse rosto,
  • 3:55 - 4:00
    as pessoas tinham a ideia
    de que aquela pessoa estava feliz,
  • 4:00 - 4:04
    porque ela ganhou aquele vaso,
    aquelas flores, aquele buquê,
  • 4:04 - 4:08
    então você trabalhava uma outra
    relação, uma outra sensação.
  • 4:08 - 4:11
    E o Lev Kuleshov fez isso com
    uma série de outras informações
  • 4:11 - 4:16
    que hoje, inclusive, dá a base para
    o que chamamos de montagem ideológica,
  • 4:16 - 4:18
    porque ela parte desse princípio
  • 4:18 - 4:21
    de como que você trabalha
    a junção de imagens
  • 4:21 - 4:23
    que não necessariamente
    têm o mesmo significado,
  • 4:23 - 4:25
    mas trabalham essas construções,
  • 4:25 - 4:30
    essas representações de ideia
    na cabeça das pessoas.
  • 4:30 - 4:33
    Além do Kuleshov, nós vamos
    ter outros diretores russos
  • 4:33 - 4:37
    que vão trabalhar essa estrutura
    mais construtivista do plano.
  • 4:37 - 4:41
    Serguei Eisenstein, que é um
    dos grandes diretores
  • 4:41 - 4:44
    também dessa época
    contemporânea do Kuleshov,
  • 4:44 - 4:49
    vai trabalhar muito bem essa relação
    do "Efeito Kuleshov" nos seus filmes,
  • 4:49 - 4:53
    como "A greve", "O Encouraçado Potemkin"
    e "Outubro",
  • 4:53 - 4:58
    que é um filme que ele vai falar
    da Revolução Russa, que aconteceu,
  • 4:58 - 5:03
    em meados de 1917,
    quando o Czar é deposto.
  • 5:03 - 5:06
    Essa construção do "Efeito Kuleshov"
    é muito interessante,
  • 5:06 - 5:09
    principalmente nessa
    cena do filme "Outubro",
  • 5:09 - 5:13
    porque tem um momento que o diretor
    vai querer mostrar o Czar,
  • 5:13 - 5:17
    ele como sendo aquela figura importante
    de estado que vai ser deposto,
  • 5:17 - 5:20
    e justamente porque ele está
    fazendo uma crítica ao Czar,
  • 5:20 - 5:22
    ele vai fazer uma analogia a um pavão.
  • 5:22 - 5:26
    Então, ele vai mostrar a figura,
    o ser humano, o Czar aparecendo,
  • 5:26 - 5:30
    de repente ele vai cortar para uma
    outra imagem para mostrar um pavão,
  • 5:30 - 5:32
    um pavão abrindo as suas penas
  • 5:32 - 5:37
    e se mostrando daquela forma
    mais luxuosa e visual possível,
  • 5:37 - 5:41
    depois ele corta de novo para o Czar
    e depois de novo para o pavão.
  • 5:41 - 5:42
    Se você ver essa cena,
  • 5:42 - 5:45
    você percebe que ele
    está criando uma analogia
  • 5:45 - 5:48
    não só sobre essa construção
    vistosa do pavão,
  • 5:48 - 5:52
    mas também de todo o significado
    que esse animal traz.
  • 5:52 - 5:55
    Quando você fala de um chefe de estado,
  • 5:55 - 5:57
    você sempre vai criar uma relação
  • 5:57 - 6:02
    com aquelas figuras, aqueles animais
    que trazem esse poder, essa imponência,
  • 6:02 - 6:06
    então, você vai criar uma relação
    com um tubarão, com um urso, com um leão,
  • 6:06 - 6:10
    com essas figuras que são consideradas
    o topo da cadeia alimentar
  • 6:10 - 6:13
    e que realmente representam
    essa construção,
  • 6:13 - 6:15
    essa ostentação de poder.
  • 6:15 - 6:18
    Um pavão não traz isso,
  • 6:18 - 6:20
    um pavão é um ser
    que vive das aparências,
  • 6:20 - 6:25
    ele é um ser fraco, que só tem ali
    aquela cauda vistosa para mostrar,
  • 6:25 - 6:29
    mas se você colocá-lo em um confronto
    com qualquer outro animal
  • 6:29 - 6:31
    dentro dessa estrutura
    da cadeia alimentar,
  • 6:31 - 6:34
    você percebe que ele
    vai perder muito feio.
  • 6:34 - 6:39
    Então, quando o diretor Eisenstein
    coloca o pavão e o Czar no mesmo patamar,
  • 6:39 - 6:43
    ele está transferindo essas informações
    do pavão para o Czar,
  • 6:43 - 6:46
    dizendo que ele é uma figura
    só de aparências,
  • 6:46 - 6:47
    que ele é uma figura fraca,
  • 6:47 - 6:49
    que ele não tem esse poder,
    essa imponência
  • 6:49 - 6:52
    que um chefe de estado precisava ter.
  • 6:52 - 6:55
    Mais para frente no filme,
    quando ele nos mostra
  • 6:55 - 6:58
    que o Czar foi deposto
    e que vai acontecer a revolução,
  • 6:58 - 7:00
    ele não vai mostrar o Czar,
    ele vai mostrar o pavão
  • 7:00 - 7:04
    e ele vai mostrar o pavão com
    o pescoço quebrado e caído.
  • 7:04 - 7:07
    Então, nessa analogia,
    nessa construção
  • 7:07 - 7:10
    que foi feita a partir dos experimentos
    do "Efeito Kuleshov",
  • 7:10 - 7:13
    nós conseguimos entender
    dentro da narrativa
  • 7:13 - 7:18
    que naquele momento não é o pavão
    que está morto, mas sim o Czar,
  • 7:18 - 7:23
    ele foi deposto justamente
    na figura que foi colocada ali.
  • 7:23 - 7:28
    E é essa estrutura de montagem em conjunto
    com outras vanguardas artísticas,
  • 7:28 - 7:30
    com o passar do tempo,
  • 7:30 - 7:33
    vai construindo
    essas referências visuais
  • 7:33 - 7:36
    e essa relação do que vai
    se tornar o audiovisual.
  • 7:36 - 7:41
    Os russos, quando você pensa nessa
    estrutura construtivista da montagem,
  • 7:41 - 7:43
    vão ter um papel muito importante.
  • 7:43 - 7:47
    Além dos russos, nós vamos
    ter os franceses
  • 7:47 - 7:52
    tendo um outro papel importante,
    quando você pensa na estrutura narrativa
  • 7:52 - 7:56
    a partir do impressionismo francês
    e do surrealismo francês.
  • 7:56 - 7:59
    Vai ser um diretor como o Luis Buñuel,
  • 7:59 - 8:03
    que vai trabalhar com um artista
    como Salvador Dalí,
  • 8:03 - 8:06
    que vai trazer essa relação das metáforas,
  • 8:06 - 8:11
    essa relação do abstrato que se constrói
    nas obras de arte para o cinema,
  • 8:11 - 8:15
    de uma forma que nós conseguimos
    trabalhar ideias, sensações,
  • 8:15 - 8:17
    pensamentos e até ilusões
  • 8:17 - 8:20
    que acontecem na nossa
    cabeça de uma forma visual.
  • 8:20 - 8:25
    Dalí, junto com o Buñuel,
    vai trazer metáforas,
  • 8:25 - 8:28
    por exemplo, com uma mão formigando.
  • 8:28 - 8:31
    Como que você constrói às vezes
    uma sensação física,
  • 8:31 - 8:33
    uma sensação que é tão interna
  • 8:33 - 8:38
    e traz para a tela de uma
    forma que seja interessante?
  • 8:38 - 8:39
    Então, esses primeiros experimentos,
  • 8:39 - 8:43
    as primeiras construções de história
    a partir do surrealismo,
  • 8:43 - 8:50
    que vão trazer essas relações de imagem,
    ilusão, pensamento, ideias para a tela.
  • 8:50 - 8:53
    Quando você tem o personagem
    que imagina as coisas,
  • 8:53 - 8:58
    ele nos mostra o que o personagem está
    imaginando a partir desses experimentos,
  • 8:58 - 9:01
    e vai ser o surrealismo
    que vai trazer essas relações,
  • 9:01 - 9:06
    a possibilidade de você trabalhar
    ideias, críticas e outras histórias
  • 9:06 - 9:10
    a partir de metáforas,
    a partir de discussões visuais
  • 9:10 - 9:15
    daquela situação que a sociedade
    está vivendo naquele momento,
  • 9:15 - 9:19
    naquele ponto específico
    do tempo e da história.
  • 9:19 - 9:23
    Outra vanguarda que vai ter
    um papel muito importante
  • 9:23 - 9:24
    é o expressionismo alemão.
  • 9:24 - 9:30
    Expressionismo alemão justamente
    nesses primeiros 20 anos do século XX,
  • 9:30 - 9:34
    ele vai ter um papel transformador
  • 9:34 - 9:37
    quando nós falamos na construção
    da direção de arte.
  • 9:37 - 9:40
    A Alemanha acabou de sair
    da Primeira Guerra Mundial
  • 9:40 - 9:44
    como sendo um país
    que perdeu a guerra,
  • 9:44 - 9:48
    e essa perda é demonstrada
    inclusive na forma como o país faliu.
  • 9:48 - 9:53
    Então, as pessoas, os alemães
    naquela época,
  • 9:53 - 9:55
    se sentem perdidos,
    desorientados,
  • 9:55 - 9:59
    eles estão tristes, existe uma
    depressão na sociedade.
  • 9:59 - 10:02
    E aí os artistas visuais
    do expressionismo alemão
  • 10:02 - 10:07
    vão conseguir trazer isso para
    a literatura, para as artes plásticas,
  • 10:07 - 10:11
    esse sentimento, essa revolta
    que os alemães estão sentindo na época.
  • 10:11 - 10:17
    E os diretores Murnau, Fritz Lang
    e vários outros diretores dessa época
  • 10:17 - 10:20
    vão conseguir trazer para as telas
    essa mesma sensação.
  • 10:20 - 10:24
    Então nós temos
    "O Gabinete do Dr. Caligari"
  • 10:24 - 10:27
    como sendo um dos principais filmes
  • 10:27 - 10:32
    que vai abrir o expressionismo alemão
    nesse segmento cinematográfico.
  • 10:32 - 10:33
    Nós vamos ter "Nosferatu",
  • 10:33 - 10:38
    que é um filme que vai trabalhar
    essa relação do vampiro.
  • 10:38 - 10:41
    Nós vamos ter o Fritz Lang
    trazendo um papel
  • 10:41 - 10:45
    que não deixa de trabalhar essa
    construção mais depressiva da época,
  • 10:45 - 10:47
    mas com uma construção
    mais futurista também,
  • 10:47 - 10:49
    quando ele vai fazer o "Metrópolis".
  • 10:49 - 10:54
    "Metrópolis" é um filme tão importante
    para o audiovisual que ele vai ser base
  • 10:54 - 10:57
    para a maioria dos filmes que
    se fala de robô nos dias de hoje.
  • 10:57 - 11:00
    E é um filme que se passa no século,
    no século não, desculpa,
  • 11:00 - 11:02
    se passa nos anos 1920.
  • 11:02 - 11:04
    O diretor é dos anos 1920,
  • 11:04 - 11:06
    e estamos falando de uma época
    que não tem uma tecnologia
  • 11:06 - 11:08
    para poder fazer o robô,
  • 11:08 - 11:10
    mas ele consegue construir
    um replicante,
  • 11:10 - 11:13
    ele consegue fazer essas construções
    visuais muito legais.
  • 11:13 - 11:21
    E vão ser essas vanguardas que vão
    implementar esses olhares, essas visões,
  • 11:21 - 11:26
    essas discussões que estão acontecendo
    na sociedade naquele momento,
  • 11:26 - 11:28
    que vão se transformar
    em elementos de linguagem,
  • 11:28 - 11:31
    que vão construir o audiovisual.
  • 11:31 - 11:34
    O expressionismo alemão vai
    ser muito importante
  • 11:34 - 11:37
    na construção do exagero,
    da dramaticidade e da atuação,
  • 11:37 - 11:41
    mas também nos figurinos,
    nos cenários,
  • 11:41 - 11:45
    na construção do claro e escuro,
    nos contrastes de luz
  • 11:45 - 11:51
    que hoje, quando você pega um filme
    mais dramático, um melodrama,
  • 11:51 - 11:55
    praticamente é a base do que foi
    o expressionismo alemão naquela época.
  • 11:55 - 12:00
    Tim Burton é um diretor que trabalha muito
    o que foi o expressionismo alemão,
  • 12:00 - 12:04
    ele é considerado hoje, inclusive,
    um dos herdeiros do que foi essa vanguarda,
  • 12:04 - 12:08
    pela forma como ele trabalha
    essa construção estética nos seus filmes,
  • 12:08 - 12:12
    e ele está usando realmente
    essas referências lá do começo.
  • 12:12 - 12:17
    O diretor chamado Almodóvar,
    é um diretor espanhol,
  • 12:17 - 12:18
    David Lynch,
  • 12:18 - 12:23
    são diretores que hoje
    trabalham o realismo fantástico
  • 12:23 - 12:25
    em termos de narrativa,
    não em termos visuais,
  • 12:25 - 12:27
    mas em termos narrativos,
  • 12:27 - 12:29
    em contar histórias
    de um jeito diferente,
  • 12:29 - 12:32
    que remete muito ao que foi o surrealismo
  • 12:32 - 12:36
    no começo do século XX.
  • 12:36 - 12:38
    Pensando justamente como
    que você vai trabalhar
  • 12:38 - 12:41
    formas diferentes, histórias diferentes,
  • 12:41 - 12:46
    a partir dessas construções visuais,
    essas construções artísticas.
  • 12:46 - 12:51
    Hoje os russos servem
    de referência
  • 12:51 - 12:54
    para muitas montagens
    que nós fazemos,
  • 12:54 - 12:58
    levando em consideração às vezes
    a estrutura do videoclipe,
  • 12:58 - 13:04
    quando você pensa nos cortes, no ritmo,
    na construção do plano,
  • 13:04 - 13:09
    na estética como você usa a montagem
    para contar uma história,
  • 13:09 - 13:11
    é muito importante nesse sentido.
  • 13:11 - 13:15
    Então, as vanguardas
    foram muito importantes,
  • 13:15 - 13:17
    não só pela sua estrutura histórica,
  • 13:17 - 13:22
    mas também pela forma
    como elas influenciaram,
  • 13:22 - 13:25
    inclusive em um espaço
    muito curto de tempo,
  • 13:25 - 13:27
    as produções que vieram depois.
  • 13:27 - 13:31
    Porque todas essas vanguardas
    aconteceram na Europa
  • 13:31 - 13:36
    durante o momento em que a Europa estava
    passando por uma mudança cultural,
  • 13:36 - 13:38
    social e econômica muito importante.
  • 13:38 - 13:43
    E essas mudanças acabaram
    chegando nas Américas
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    e elas foram a base para a construção
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    de um dos pilares da indústria que
    nós temos até hoje, que é Hollywood.
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    Então, se não fossem
    as vanguardas artísticas,
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    Hollywood não teria existido.
Title:
vimeo.com/.../937902958
Video Language:
Portuguese, Brazilian
Duration:
14:02

Portuguese, Brazilian subtitles

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