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IoT, também conhecida
como Internet das Coisas.
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Esse é o tema do estudo que envolve
dispositivos físicos tendo sensores
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para coletar essas informações
e transmitir para o meio digital.
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Meu nome é Ícaro Gonçales,
eu sou pesquisador
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e eu vou mostrar para vocês
como funciona,
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quais são todas
as camadas essenciais
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para um projeto
que implemente IoT.
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Então, na IoT, nós temos
5 camadas essenciais.
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Então, a primeira camada
é a de percepção.
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A camada de percepção seria
todos os sensores, atuadores,
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tudo aquilo que possa interagir
com o nosso meio físico.
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Então, quando eu
falo de sensores,
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podemos estar falando de sensores
de temperatura, luminosidade,
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acelerômetro, diversos sensores
que podem coletar informações
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do nosso meio físico.
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Então, dessa forma, esses dados
precisam ser transmitidos
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para alguma informação,
para algum local.
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Dessa forma, chegamos à segunda
camada, que é a camada de conexão.
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Então, temos esses sensores,
temos essas informações,
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esses dados coletados
pelos sensores,
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e eles são transmitidos via
Wi-Fi, via LoRa, via ZigBee.
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tem diversos protocolos
de comunicação wireless
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que conseguem fazer essa transmissão
desses dados para um gateway.
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Camada Middleware
seria a camada que mostra
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o potencial de poder
armazenar essas informações.
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Então, esses dados que foram
transmitidos por um sensor
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podem ser armazenados na nuvem,
podem ser armazenados no gateway
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ou, sem nem transmitir
as informações,
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e armazenar esses dados
próximos do dispositivo do sensor.
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Nesse caso, chegamos
à camada de aplicação.
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A camada de aplicação seria
conseguir visualizar esses dados,
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desenvolver dashboards,
informações gráficas
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que possam transmitir tudo aquilo
que aqueles dados representam
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de uma forma gráfica
que possa facilitar
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a interpretação desses dados.
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E, por fim, temos
a camada de negócio,
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que seria a camada
de tomada de decisão.
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Então, temos uma grande
quantidade de dados,
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uma grande quantidade
de informação,
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realizamos um treinamento, pode
ser via inteligência artificial,
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machine learning, deep
learning, e, a partir disso,
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podemos tomar decisões para
poder otimizar o nosso processo.
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Então, essas são as cinco
camadas de IoT.
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Nós temos três camadas
de processamento.
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Então, a primeira delas
seria o cloud computing,
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o cloud computing é quando
você tem dispositivos
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que armazenam dados e transmitem
diretamente as informações
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para a nuvem.
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Nesse caso, todas
as informações,
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tudo o que foi coletado
pelo microcontrolador
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fica armazenado na nuvem
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e pode ser acessado remotamente
por qualquer pessoa.
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A segunda camada
de processamento
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seria ter um pré-processamento
no gateway.
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Então, temos diversos sensores,
sensores de temperatura, umidade.
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Vamos citar um exemplo.
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E aí, nesse caso, esses sensores
transmitem essas informações
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para um gateway e, nesse gateway,
ele tem uma inteligência.
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Nesse caso, esse gatewy só vai
transmitir aquilo que, de fato,
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for relevante para não poder
gastar muita banda de internet.
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Agora, o melhor caso mesmo
é quando se tem inteligência
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embarcada no microcontrolador
próximo do sensor,
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que é o conceito
de edge computing.
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Então, o edge computing é quando
realizamos um treinamento,
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temos uma inteligência,
embarcamos no microcontrolador,
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e, nesse caso, ele só
transmite aquilo que, de fato,
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for interessante, for necessário,
e por que isso é importante?
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Quando falamos de solução
de IoT, muitas vezes,
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não temos uma infraestrutura
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ou energia alimentando
o nosso dispositivo,
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então temos que ter
um dispositivo
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que seja eficiente
em termos energéticos.
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Quando falamos
em gasto energético,
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o maior gasto que tem não é
na coleta dos dados dos sensores,
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não é, também, no processamento,
e sim na transmissão de dados.
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Então, por isso, quando
tem uma inteligência
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embarcada no microcontrolador,
é essencial para poder elevar
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a vida útil
desse dispositivo.
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Vamos falar, agora, na prática,
como funciona uma solução de IoT.
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Então, aqui é um problema clássico
que temos no nosso dia a dia,
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que sabemos que há um acúmulo
muito grande de irregularidades,
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de buracos nas nossas
vias pavimentadas.
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Então, essa é uma solução
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que automatiza a identificação
desses buracos.
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Então, nesse caso,
nesse dispositivo,
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foi desenvolvido um hardware
com sensores, com acelerômetro,
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no caso, e ele foi embarcado
na bandeja de suspensão do veículo.
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Sempre que o veículo
passava pelo buraco,
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ele gerava um padrão característico
de sinal de vibração.
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Bom, agora, eu vou falar quais
são as fases desse projeto de IoT.
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O que tem de essencial
para um projeto de IoT?
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Então, nesse caso, começa
pelo planejamento do hardware,
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Então, sempre é importante,
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quando for fazer qualquer
tipo de projeto de IoT,
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identificar o que
estamos medindo,
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então quais sensores
estão sendo utilizados,
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o que a gente
precisa coletar,
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e como vamos processar
essas informações.
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Então, nesse projeto
específico,
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teve que fazer
um planejamento do hardware,
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a montagem desse hardware,
desenvolvendo uma placa,
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fazendo ensaios prévios.
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Aqui é uma validação do sensor,
a validação do GPS,
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e tinha o hardware pronto.
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Então, a partir disso, como
vamos fazer um treinamento
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de inteligência artificial,
precisamos ter um dataset.
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Então, nesse projeto foi
realizado um dataset,
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então foram gerados dados rotulados,
no caso, buracos e não buracos,
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realizou-se um treinamento
via machine learning,
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com uma validação e, por fim,
embarcou esse modelo,
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essa inteligência,
no microcontrolador.
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Então, dessa forma, sempre
que o veículo passava pelo buraco,
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ele transmitia as informações,
tendo o conceito de edge computing.
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Então, vamos falar
do hardware em si.
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Então, nesse caso, nesse projeto,
foi utilizado um microcontrolador,
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esse microcontrolador
é o ESP32 Heltec V2,
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ele tem uma vantagem, porque,
além de ter Wi-Fi e Bluetooth,
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ele possui, também,
um módulo de LoRa
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com que ele consegue transmitir
informações a longas distâncias.
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Então, o acelerômetro
que foi utilizado
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e as baterias para poder
ser implementado
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na bandeja de suspensão.
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Esse aqui é o modo
final do dispositivo
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e ele foi instalado exatamente
na bandeja de suspensão.
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Então, sempre que o veículo
passava pelo buraco,
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você tinha uma oscilação do módulo
que o sensor está dentro dele.
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Então, dessa forma, nós já
temos a parte de coleta,
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a parte de percepção,
que é o acelerômetro,
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temos, também, o protocolo
de comunicação,
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porque ele transmite
as informações via LoRa,
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ele consegue armazenar
esses dados localmente
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e transmitir também
com uma inteligência embarcada,
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então temos a camada
de Middleware,
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temos também a camada
de visualização dos dados,
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porque tem, depois,
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um dashboard com a geolocalização
dessas informações,
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e, por fim,
a camada de negócio,
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porque há uma inteligência
embarcada nesse microcontrolador.
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Então, esses aqui
são alguns exemplos
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de séries temporais
de dados de acelerômetro
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que foram coletados de informações
relacionadas a buracos,
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uma classificação binária
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para se identificar o que é buraco
e o que, no caso, não é buraco.
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Então, na imagem acima,
temos a aplicação da solução,
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depois que teve, de fato,
um treinamento
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desses dados coletados
e embarcados no microcontrolador.
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Então, sempre que o veículo
passa pelo buraco,
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tem um LED vermelho que ajuda
a nós, ou até o operador,
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a poder identificar que
o dispositivo está funcionando.
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Então, dessa forma, tem
um processamento em tempo real,
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passou pelo buraco, ele
detecta que tem um buraco,
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como tem um GPS,
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ele consegue coletar as informações
de latitude e longitude
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e transmitir esses dados
para uma plataforma de IoT.
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Essa plataforma de IoT
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é onde a gente consegue visualizar
esses dados em tempo real.
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Então, novamente, temos a parte
de sensores, a parte de percepção,
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temos a camada de Middleware,
porque eles estão sendo armazenados
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e processados localmente,
temos a camada de comunicação,
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em que ele transmite
os dados via LoRa,
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temos a camada também
de visualização dos dados,
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que é a geolocalização
dessa informação, e, por fim,
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a camada de negócio, que é
a inteligência embarcada nele,
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que, a partir disso, ele consegue
fazer a tomada de decisão.
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Vamos, agora, para
um segundo projeto,
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um projeto
de deslizamento de terra.
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A ideia desse projeto seria
utilizar sensores, acelerômetros,
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enterrados em profundidades
distintas, e, dessa forma,
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a ideia é predizer quando
terá deslizamento de terras.
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Então, para ter esse
deslizamento de terras,
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no caso, precisa ter
uma chuva constante,
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com essa chuva constante, a terra
acaba absorvendo essa água
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e, a partir disso, ela
acaba descolando,
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ela acaba perdendo essa ancoragem
e acontece o deslizamento de terras.
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Então, tendo um dispositivo desse,
com uma inteligência embarcada
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é possível predizer quando tem
possíveis deslizamentos de terra.
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Então, nesse projeto prático,
os sensores coletavam as informações,
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transmitiam esses dados, nesse
caso, transmitiam todos os dados,
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todas as informações
para um concentrador,
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e, aqui, a gente tinha
o conceito de fog computing,
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porque nesse concentrador,
nesse gateway, ele só transmitia
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aquilo que, de fato,
era relevante.
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Vamos, agora, no terceiro projeto,
que é um projeto prático,
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utilizado para poder medir
o fluxo de água em um banheiro.
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Nesse caso, a ideia era identificar
o fluxo de água em mictórios
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e também nas pias.
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E, utilizando um sensor
de roda d'água,
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que basicamente é um sensor
que, quando a água flui por ele,
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ele gira uma hélice e, nesse caso,
essa hélice possui um imã
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em uma das extremidades,
então ela consegue contar,
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ela consegue identificar
quantas voltas completas
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ela conseguiu executar.
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Então, dessa forma, a partir
de cálculos matemáticos,
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é possível identificar qual foi
a vazão de água transmitida,
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a vazão de água
passada por esse cano,
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passada por esse
mictório ou pia.
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Então, tendo esses dados
em todas as saídas de água,
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então, no caso, foi desenvolvido
um hardware próprio para cada uma,
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ele coletava as informações
e aí, nesse caso,
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transmitia os dados
via ZigBee,
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que é o outro protocolo
de comunicação via wireless.
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Então, cada aplicação tem um protocolo específico que vai ter uma
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eficiência adequada para aquele tipo de solução.
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Então, nesse caso, tinha um concentrador, o ZigBee, que está na
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imagem à direita, que coletava essas informações e enviava os dados
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para a nuvem.
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Vamos agora falar de um próximo projeto, que é um projeto para poder
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identificar a saúde das árvores.
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Foi implementado sensores, acelerômetros também, e estranguezes.
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São sensores que conseguem medir a vibração, a movimentação da
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árvore.
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Então, nesse caso, quando tem uma movimentação muito forte, quando
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tem um vento aplicado nessa árvore, ela começa a se movimentar e, a
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partir desse padrão de movimentação, é possível identificar a saúde
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das árvores.
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Dessa forma, a gente coletou essas informações, transmitiu esses
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dados via LoRa para o Lungator e, a partir disso, enviou todos esses
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dados para a nuvem.
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Então, aqui é a aplicação da solução.
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Temos aqui uma árvore com os acelerômetros na parte de cima e na
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parte de baixo.
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E, dessa forma, precisava também, além de ter esses sensores, poder
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também coletar qual era a velocidade do vento, por isso que foi
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implementado um anemômetro, para poder cruzar essas informações e
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fazer um estudo de se a saúde da árvore estava correta, se a saúde
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da árvore estava boa.
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Por fim, vamos falar de uma última aplicação, uma última solução de
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IoT que foi utilizada para conseguir identificar qual é a poluição de
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ar, que, nesse caso, foi uma experiência que utilizamos lá na cidade
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de São Paulo, no centro de São Paulo.
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Então, aqui já são os dados coletados.
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Alguns dados coletados que correspondem a NO2, CO2, ozônio.
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E esses dados eram coletados a cada minuto, tendo também um GPS.
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Então, essas informações eram georreferenciadas e, a partir disso,
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plotadas no mapa e, dessa forma, é possível analisar quais são os
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pontos mais poluídos do dia que realizamos esse ensaio.
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Então, nesse caso, é possível aqui no Parque Dom Pedro identificar
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que há uma elevada concentração de gases poluentes, que, no caso, tem
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um terminal de ônibus lá.
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Então, são soluções de IoT que são aplicadas no nosso dia a dia, são
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soluções de IoT que são aplicadas para facilitar a nossa vida.
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Como que foi feita essa solução?
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Foi desenvolvido um hardware, foi desenvolvido um equipamento que foi
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instalado em algum veículo que não pudesse atrapalhar no ensaio.
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Então, foi instalado em trolibus.
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Então, dessa forma, o veículo passava pela sua trajetória normal e
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iria coletando essas informações.
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Então, aqui são alguns exemplos comparativos desses dados e percebe o
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padrão de poluição em relação à semana que foi coletada.
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Então, no sábado, onde tem o menor trânsito de veículos é onde tem a
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menor concentração de gases poluentes.
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Mas percebe que, ao longo da semana, segunda-feira, quinta-feira,
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sexta-feira, você tem um acúmulo muito grande de gases poluentes.
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E aqui é um perfil relacionado aos gases ao longo do dia e percebe
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que, do período meio-dia e quarenta e sete até as duas e quarenta
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e três é onde você tem um pico de gases poluentes.
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Então, demonstrei diversas soluções de pesquisas que estão sendo
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realizadas no dia-a-dia, que implementam a IoT.
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E essas pesquisas, elas visam ajudar, elas visam melhorar a qualidade
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de vida de todos nós.
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Então, essa é a importância de ter a IoT no nosso dia-a-dia.
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Então, a IoT, desde situações simples, como, por exemplo, uma casa
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inteligente, como você tem uma Alexa, que você envia um comando para
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a Alexa e você consegue comandar, chavear tomadas, lâmpadas, até
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pesquisas amplas que conseguem trazer um bem-estar para a sociedade.
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Então, essa é a importância de ter pesquisadores, essa é a
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importância de ter estudo, essa é a importância de se desenvolver
-
nessa área de IoT, que é uma área tão ampla, que é uma área
-
que envolve tantas outras áreas, como hardware, software, protocolo
-
de comunicação, telecomunicação, inteligência artificial, enfim, é
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uma área muito ampla, é uma área que tem um potencial muito grande
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para o nosso dia-a-dia.