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A Guerra dos Sete Anos, o primeiro conflito mundial

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    Como sou um consumidor
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    nomeadamente quando ando em viagem
    para as gravações,
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    não posso deixar de vos recomendar
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    e, no fim do episódio,
    dir-vos-ei mais sobre isto
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    e poderão aproveitar
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    Agora o vídeo.
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    Caros camaradas, bom dia.
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    Se eu disser “Primeira Guerra Mundial”,
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    vocês pensam imediatamente nos "poilus"
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    a patinhar nas trincheiras lamacentas,
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    esmagados pelos obuses,
    em Verdun, Tannenberg,
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    em tudo o que terá acontecido
    entre 1914 e 1918
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    na Europa e nas colónias,
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    e que acabou num total desastroso
    de 18 milhões de mortos.
  • 0:38 - 0:41
    No entanto, não é dessa guerra
    que vos vou falar hoje,
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    mas de uma outra, mais antiga,
    muito menos conhecida,
  • 0:43 - 0:45
    mas que é provavelmente
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    a verdadeira Primeira Guerra Mundial,
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    no sentido de que os combates
    se desenrolaram em todo o mundo,
  • 0:51 - 0:52
    envolvendo todo o tipo de povos,
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    e que teve consequências muito importantes
    para os séculos que se seguiram.
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    Recuemos 250 anos, até ao século XVIII,
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    quando o rei de França era Luís XV.
  • 1:01 - 1:04
    Em 1748, a França assina a paz
    de Aix-la-Chapelle
  • 1:04 - 1:07
    que põe fim a oito anos de guerra
    que ensanguentaram a Europa.
  • 1:08 - 1:10
    Um mau começo para a França
    mas que acabou em bem
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    porque todas as praças fortes
  • 1:12 - 1:14
    dos Países Baixos austríacos
    — a atual Bélgica —
  • 1:14 - 1:17
    e das Províncias Unidas
    — os atuais Países Baixos —
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    foram conquistadas
    pelas tropas do rei.
  • 1:19 - 1:23
    No entanto, em 1748, Luís XV,
    grande príncipe, ou antes grande rei,
  • 1:23 - 1:25
    quer negociar, e vou citar,
  • 1:25 - 1:28
    enquanto "rei e não enquanto negociante",
  • 1:28 - 1:30
    devolve todas as suas conquistas
  • 1:30 - 1:33
    para voltar finalmente
    à situação anterior ao conflito.
  • 1:33 - 1:34
    O único que beneficia
    desta operação
  • 1:34 - 1:37
    é Frederico II, o jovem
    e ambicioso rei da Prússia,
  • 1:37 - 1:39
    o aliado da França contra a Áustria,
  • 1:39 - 1:41
    que conserva a sua conquista,
  • 1:41 - 1:43
    a rica província da Silésia
  • 1:43 - 1:45
    arrancada à jovem
    Maria-Teresa da Áustria.
  • 1:45 - 1:47
    Maria Teresa da Áustria,
  • 1:47 - 1:50
    é certamente vossa conhecida,
    mesmo que não o saibam:
  • 1:50 - 1:52
    é a mãe de Maria Antonieta,
  • 1:52 - 1:54
    a 15.ª dos seus 16 filhos!
  • 1:54 - 1:58
    Naquela época, Maria Teresa é casada
    com Francisco de Lorena, o imperador.
  • 1:58 - 2:01
    Mas, na verdade, é ela
    que puxa os cordelinhos.
  • 2:01 - 2:03
    Na sequência desses
    conflitos sangrentos,
  • 2:03 - 2:06
    ninguém pode contestar
    o poder dela na Áustria e na Hungria.
  • 2:06 - 2:08
    Para resumir grosseiramente a questão,
  • 2:08 - 2:11
    o rei da Prússia recuperou
    uma província rica depois da guerra.
  • 2:11 - 2:12
    Quanto a Maria Teresa da Áustria,
  • 2:12 - 2:15
    conseguiu impor-se
    como a herdeira do seu pai
  • 2:15 - 2:16
    junto dos outros soberanos,
  • 2:16 - 2:18
    perdendo, entretanto,
    um pouco de terreno
  • 2:18 - 2:20
    coisa que ela não aceita.
  • 2:20 - 2:23
    Quanto ao rei de França,
    "trabalhara" para o rei da Prússia
  • 2:23 - 2:24
    como se dizia na época.
  • 2:24 - 2:27
    Resultados: Poucos estão
    satisfeitos com a paz
  • 2:27 - 2:30
    e, para a maioria das potências,
    trata-se apenas dumas tréguas.
  • 2:30 - 2:32
    Aliás, os combates terminam na Europa
  • 2:32 - 2:34
    mas, nas colónias,
    continuam a matar-se uns aos outros.
  • 2:35 - 2:38
    A distância, o tempo para fazer chegar
    as notícias e os costumes locais
  • 2:38 - 2:40
    fazem com que se considere,
    geralmente,
  • 2:40 - 2:43
    que não é tão importante aplicar
    imediatamente as decisões
  • 2:43 - 2:46
    que podem ter sido tomadas
    do outro lado do planeta
  • 2:46 - 2:48
    e que até podem não ser tomadas
    em consideração.
  • 2:48 - 2:51
    Na Índia, por exemplo,
    franceses e ingleses
  • 2:51 - 2:53
    dispõem, desde o século XVII,
    de feitorias,
  • 2:53 - 2:56
    ou seja, pequenos territórios,
    — cidades com frequência —
  • 2:56 - 2:58
    destinados a facilitar o comércio
  • 2:58 - 3:00
    e as trocas com os soberanos locais.
  • 3:00 - 3:03
    Duas companhias de comércio,
    uma francesa e outra inglesa,
  • 3:03 - 3:06
    são concorrentes pelo controlo
    de um comércio muito lucrativo,
  • 3:06 - 3:08
    em especial os tecidos:
  • 3:08 - 3:10
    os tecidos indianos,
    tão apreciados na Europa.
  • 3:10 - 3:13
    Jean-François Dupleix é o governador
    das feitorias francesas
  • 3:13 - 3:15
    e, desde a década de 1740,
  • 3:15 - 3:17
    lançou-se numa política
    de expansão territorial
  • 3:17 - 3:20
    com vista a controlar
    todo o comércio local.
  • 3:20 - 3:22
    Para isso, tem de desalojar os ingleses.
  • 3:22 - 3:25
    O Império Mogol, que controla a Índia,
    está em total declínio
  • 3:25 - 3:29
    e o seu poder é contestado
    por numerosos soberanos locais,
  • 3:29 - 3:32
    que não se fazem rogados em aliar-se
    às poderosas tropas francesas,
  • 3:32 - 3:34
    para aumentar o seu território.
  • 3:34 - 3:36
    Dupleix consegue assim,
    com os seus aliados indianos,
  • 3:36 - 3:39
    apoderar-se do golfo de Bengala,
    e até de Madras,
  • 3:39 - 3:42
    a feitoria inglesa,
    que se apressa a destruir.
  • 3:42 - 3:45
    A paz de 1748 e as posições
    políticas de Luís XV
  • 3:45 - 3:46
    têm como consequência direta
  • 3:46 - 3:49
    entregar as ruínas da cidade
    aos ingleses.
  • 3:49 - 3:51
    Lá se vai tudo...
    mas Dupleix não desarma.
  • 3:51 - 3:54
    Com manobras diplomáticas
    dignas da "House of Cards",
  • 3:54 - 3:59
    consegue em 1750, controlar
    um enorme território no centro da Índia
  • 3:59 - 4:02
    com o nome de Companhia
    Francesa das Índias.
  • 4:02 - 4:04
    As posições inglesas
    estão claramente ameaçadas.
  • 4:04 - 4:07
    Dupleix tem um único objetivo:
  • 4:07 - 4:10
    arruinar a companhia comercial deles
    custe o que custar.
  • 4:10 - 4:12
    Preparado para gastar
    a sua fortuna pessoal,
  • 4:12 - 4:15
    o que ele faz, à grande,
    pensando — que ingénuo —
  • 4:15 - 4:17
    ser reembolsado depois pelo Estado.
  • 4:17 - 4:19
    Infelizmente para ele,
    não tem muitos seguidores
  • 4:19 - 4:22
    nem em Versailles, que considera
    que aquilo é um assunto privado,
  • 4:22 - 4:24
    nem pela sua companhia de comércio
  • 4:24 - 4:26
    que começa a achar
  • 4:26 - 4:28
    que toda aquela história
    custa muito cara
  • 4:28 - 4:30
    sem perceber bem
    qual é o interesse económico.
  • 4:30 - 4:33
    Lembro que o objetivo
    é controlar metade da Índia.
  • 4:33 - 4:35
    A companhia inglesa
    percebeu muito bem
  • 4:35 - 4:38
    que a sua atividade estava
    nitidamente ameaçada por Dupleix.
  • 4:38 - 4:41
    Procura arregimentar outros príncipes
    indianos contra os franceses.
  • 4:41 - 4:44
    A guerra, portanto, continua
    com os golpes dos cipaios indianos
  • 4:44 - 4:46
    no início da década de 1750.
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    Por fim, a companhia francesa
    prefere parar com os custos
  • 4:49 - 4:51
    e, em 4 de agosto de 1754,
  • 4:51 - 4:54
    demite Dupleix do seu cargo
    de governador das Índias.
  • 4:54 - 4:56
    Uma excelente notícia para Londres
    que nem esperava tanto
  • 4:56 - 4:58
    e que encarrega Robert Clive
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    de fazer exatamente o mesmo
    que Dupleix!
  • 5:01 - 5:04
    De passagem, se puder aproveitar
    para desalojar os franceses da Índia,
  • 5:04 - 5:05
    melhor ainda.
  • 5:05 - 5:07
    Apesar da paz oficial na Europa,
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    a fusilaria também é ouvida
    na América do Norte.
  • 5:09 - 5:12
    Também ali, os franceses
    e os colonos americanos
  • 5:12 - 5:14
    que são súbditos
    do rei de Inglaterra,
  • 5:14 - 5:16
    confrontam-se pelo controlo
    de um território, o vale do Ohio.
  • 5:17 - 5:20
    Os franceses, a partir da Nova França,
    colonizada no século XVII
  • 5:20 - 5:22
    têm o espaço para eles:
  • 5:22 - 5:23
    dominam o atual Québec,
  • 5:23 - 5:27
    o vale do Mississípi e seus afluentes,
    até à Luisiana do Sul.
  • 5:27 - 5:30
    Os colonos americanos, pelo seu lado,
    têm a vantagem do número,
  • 5:30 - 5:33
    são quase 20 vezes mais que os franceses.
  • 5:33 - 5:36
    Mas estão a sufocar nas suas 13 colónias,
  • 5:36 - 5:38
    bloqueados a leste pelo Atlântico
  • 5:38 - 5:40
    e a oeste pelos franceses
    e seus aliados índios
  • 5:40 - 5:42
    que não hesitam, de vez em quando,
  • 5:42 - 5:44
    a tirar alguns escalpes
    a agricultores americanos.
  • 5:44 - 5:47
    Para proteger as suas colónias
    e assegurar uma espécie de fronteira,
  • 5:48 - 5:49
    constroem-se fortes
    de um lado e do outro.
  • 5:49 - 5:53
    É justamente o que os franceses fazem
    em abril de 1754 no Ohio.
  • 5:53 - 5:56
    Para os britânicos, é levar as coisas
    longe demais
  • 5:56 - 5:58
    estarem a pisar-lhes os pés.
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    Numa reação lógica, constroem
    o seu forte na outra margem.
  • 6:01 - 6:03
    E, com isso... pim, pam, pum.
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    Os franceses consideram que é
    uma violação do seu território
  • 6:06 - 6:09
    e decidem meter na ordem os ingleses.
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    Enviam-lhes uma pequena
    delegação de embaixada
  • 6:11 - 6:14
    encabeçada por um oficial,
    Sieur de Jumonville,
  • 6:14 - 6:17
    com o fim de lhes ler
    uma convocação para irem embora.
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    Nesse mesmo momento,
    saindo da Virgínia vizinha,
  • 6:20 - 6:21
    um grupo de milicianos,
  • 6:22 - 6:24
    decide marchar sobre o forte francês
    para o tomar.
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    Este grupo é chefiado
    por um jovem oficial de 22 anos
  • 6:26 - 6:29
    que virá a ter bastante êxito
    posteriormente...
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    um tal George Washington.
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    A 28 de maio de 1754, caem
    sobre a pobre embaixada francesa.
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    Jumonville tenta ler o ultimato
  • 6:38 - 6:40
    enquanto são disparados tiros,
  • 6:40 - 6:42
    mas ninguém o ouve, é ferido
  • 6:42 - 6:46
    e depois é morto com um golpe de tomahawk
    de um chefe iroquês, aliado dos ingleses.
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    Para ser totalmente honesto,
    nesta triste história,
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    o papel exato de George Washington
    é bastante obscuro.
  • 6:51 - 6:53
    Mas, capturado posteriormente
    pelos franceses,
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    escandalizados com o que
    tinha acontecido a Jumonville
  • 6:56 - 6:58
    o futuro presidente Washington
    escreverá a confissão
  • 6:58 - 7:01
    reconhecendo ter assassinado
    o emissário francês.
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    Espantosamente, este episódio
    é evocado brevemente
  • 7:03 - 7:05
    nas biografias que lhe são consagradas.
  • 7:05 - 7:08
    Em resumo, o "atentado a Jumonville",
    como ficou a chamar-se
  • 7:08 - 7:11
    tem consequências imediatas
    e consideráveis.
  • 7:11 - 7:12
    Ambos os lados se armam.
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    Os franceses apoderam-se
    do forte inglês que reduzem a cinzas.
  • 7:15 - 7:17
    Em reação, o rei inglês Jorge II,
  • 7:17 - 7:20
    decide enviar tropas para a América:
  • 7:20 - 7:22
    2000 homens comandados
    pelo general Braddock
  • 7:22 - 7:26
    para explicarem aos franceses
    o que custa atacar a Inglaterra.
  • 7:26 - 7:29
    Braddock não terá ocasião
    de provar o seu valor
  • 7:29 - 7:32
    porque, logo que desembarca
    na América,
  • 7:32 - 7:34
    é massacrado, juntamente
    om os seus homens,
  • 7:34 - 7:35
    perto do rio Monongahela,
  • 7:35 - 7:37
    por um ataque surpresa dos franceses
  • 7:37 - 7:39
    e, sobretudo, dos índios nativos.
  • 7:39 - 7:41
    E sublinho "sobretudo",
    porque, como já vimos
  • 7:41 - 7:42
    há pouco, na Índia,
  • 7:42 - 7:44
    as batalhas coloniais
    passam a utilizar
  • 7:44 - 7:47
    maioritariamente, e com eficácia
    tropas não europeias.
  • 7:47 - 7:49
    A derrota ainda não é conhecida
    em Inglaterra
  • 7:49 - 7:52
    quando Londres decide uma operação
    totalmente ilegal em tempo de paz:
  • 7:52 - 7:56
    a captura, em mar alto, de navios
    de comércio e de pesca franceses.
  • 7:56 - 7:57
    O objetivo é simples:
  • 7:57 - 8:00
    privar a frota francesa
    de marinheiros experimentados.
  • 8:00 - 8:02
    O governo de Londres sabe-o bem,
  • 8:02 - 8:05
    na guerra que se anuncia,
    o domínio dos mares é essencial.
  • 8:05 - 8:07
    Não podendo ficar por aí,
  • 8:07 - 8:09
    os britânicos juntam
    a este facto de armas
  • 8:09 - 8:11
    nada mais nada menos
    do que uma depuração étnica:
  • 8:11 - 8:13
    a deportação maciça dos Acadianos.
  • 8:13 - 8:15
    Os Acadianos são colonos
    de origem francesa
  • 8:15 - 8:18
    que ficaram sob o domínio
    dos ingleses em 1713.
  • 8:18 - 8:20
    Os ingleses não confiam neles
  • 8:20 - 8:22
    e pensam que eles farão tudo
  • 8:22 - 8:24
    para ajudar os seus vizinhos,
    os canadianos franceses.
  • 8:24 - 8:28
    Expulsos à força da Acádia,
    com família muitas vezes separadas,
  • 8:28 - 8:30
    são embarcados com violência
    a bordo de barcos
  • 8:30 - 8:32
    que se dirigem
    para as colónias inglesas.
  • 8:32 - 8:33
    Muitos deles acabam na Luisiana
  • 8:33 - 8:37
    onde formarão os futuros "cajuns",
    deformação da palavra "acadiano".
  • 8:37 - 8:39
    Portanto, nesta altura,
    podemos resumir as coisas.
  • 8:39 - 8:41
    Temos rivalidades coloniais,
  • 8:41 - 8:44
    a amargura austríaca
    que só pensa em se vingar,
  • 8:44 - 8:47
    o medo da Prússia
    de perder a sua recente conquista,
  • 8:47 - 8:50
    a hostilidade crescente
    entre a França e a Inglaterra
  • 8:50 - 8:53
    e, de passagem, a Rússia
    que também pretende entrar no jogo
  • 8:53 - 8:55
    na corte dos grandes da Europa.
  • 8:55 - 8:57
    E podem ver que barril de pólvora!
  • 8:57 - 9:00
    Os diplomatas multiplicam-se
    em todos os sentidos
  • 9:00 - 9:02
    e o primeiro a avançar os seus peões,
    uma vez mais,
  • 9:02 - 9:05
    é Frederico II da Prússia.
  • 9:05 - 9:08
    Sabe que a Áustria fará o possível
    para lhe retirar a Silésia,
  • 9:08 - 9:11
    pronta a aliar-se com o seu velho
    inimigo, a corte de França.
  • 9:11 - 9:14
    De resto, já se realizam conversações.
  • 9:14 - 9:17
    O rei da Prússia tem bons espiões
    que confirmam os seus piores receios:
  • 9:17 - 9:20
    uma aliança franco-austríaca
    contra ele,
  • 9:20 - 9:22
    à qual se juntará naturalmente a Rússia,
  • 9:22 - 9:24
    inquieta com a expansão prussiana.
  • 9:24 - 9:27
    Toma a dianteira e avança
    com propostas à Inglaterra,
  • 9:27 - 9:30
    Vai propor ao rei Jorge II,
    de origem alemã,
  • 9:30 - 9:32
    e que é eleitor do Hanover,
  • 9:32 - 9:33
    proteger esse território
  • 9:33 - 9:35
    a fim de lhe deixar as mãos livre no mar
  • 9:35 - 9:37
    contra a França e os seus aliados.
  • 9:37 - 9:40
    A Prússia muda assim,
    radicalmente, de aliança,
  • 9:40 - 9:41
    em relação à guerra anterior.
  • 9:41 - 9:43
    Ao conhecer
    as manobras prussianas,
  • 9:43 - 9:46
    Versailles começa a mostrar-se sensível
    às propostas austríacas,
  • 9:46 - 9:48
    de modo que acontece o impensável:
  • 9:48 - 9:50
    o inverter das alianças!
  • 9:50 - 9:53
    No dia 1 de maio de 1756,
    os Bourbons e os Habsburgos
  • 9:53 - 9:55
    duas famílias inimigas
    desde há séculos,
  • 9:55 - 9:58
    aceitam aliar-se num tratado
    contra Frederico II.
  • 9:58 - 10:00
    O objetivo: enfraquecer a Prússia
  • 10:00 - 10:02
    e, entretanto, retomar a Silésia.
  • 10:02 - 10:04
    A Prússia e a Inglaterra, de um lado,
  • 10:04 - 10:06
    a França e a Áustria do outro,
  • 10:06 - 10:08
    as alianças estão feitas
  • 10:08 - 10:11
    e, no papel, o confronto
    é uma conclusão inevitável.
  • 10:11 - 10:14
    O exército prussiano é muito eficaz
    e super treinado
  • 10:14 - 10:17
    mas parece que não tem peso
    contra inimigos tão poderosos.
  • 10:17 - 10:20
    Quanto à Inglaterra,
    pode impor-se nos mares,
  • 10:20 - 10:22
    mas a Royale, a marinha francesa,
  • 10:22 - 10:24
    pode contrariar os seus planos.
  • 10:24 - 10:26
    Um mês antes da declaração
    oficial de guerra
  • 10:26 - 10:28
    entre Versailles e Londres,
  • 10:28 - 10:29
    Luís XV decide responder
  • 10:29 - 10:31
    ao ataque pérfido
    aos navios franceses.
  • 10:31 - 10:33
    É desencadeada uma operação
    contra Minorca,
  • 10:33 - 10:35
    uma base naval britânica
    no Mediterrâneo.
  • 10:35 - 10:38
    15 000 homens, comandados
    pelo duque de Richelieu,
  • 10:38 - 10:40
    desembarcam e apoderam-se
    do Forte Mahon.
  • 10:40 - 10:43
    O almirante Byng, encarregado
    da sua defesa,
  • 10:43 - 10:45
    é julgado em Londres
    por não ter feito o necessário
  • 10:45 - 10:48
    e será fuzilado, a título de exemplo.
  • 10:48 - 10:50
    Para motivar os outros, certamente...
  • 10:50 - 10:53
    É uma jogada brilhante
    dos franceses, que não é isolada.
  • 10:53 - 10:55
    As tropas enviadas para o Canadá
  • 10:55 - 10:57
    e comandadas pelo marquês de Montcalm,
  • 10:57 - 10:59
    acumulam as vitórias
    apoderando-se dos fortes inimigos.
  • 10:59 - 11:02
    O general inglês Abercrombie
    é vencido por 1 contra 5
  • 11:02 - 11:05
    no Forte Carillon, em julho de 1758.
  • 11:05 - 11:06
    Na Índia, Calcutá é tomada
  • 11:06 - 11:09
    por um príncipe indiano,
    aliado dos franceses.
  • 11:09 - 11:10
    Na Alemanha, Frederico II
  • 11:10 - 11:12
    que enfrenta inimigos poderosos
    mas dispersos,
  • 11:12 - 11:15
    decide atacá-los
    uns atrás dos outros.
  • 11:15 - 11:17
    Mostra todo o seu talento militar
  • 11:17 - 11:19
    apoderando-se bruscamente
    da Saxónia,
  • 11:19 - 11:22
    o que lhe permite incorporar à força
    os 18 000 saxões no seu exército.
  • 11:23 - 11:26
    Os austríacos, vencidos em Lobositz
    no dia 1 de outubro de 1756,
  • 11:26 - 11:28
    não conseguram impedi-lo.
  • 11:28 - 11:31
    No entanto, este desastre militar
    tem um lado positivo.
  • 11:31 - 11:34
    Como a Saxónia era um estado
    do Sacro Império Romano Germânico,
  • 11:34 - 11:36
    entra imediatamente em guerra
    contra a Prússia
  • 11:36 - 11:39
    Juntam-se logo o rei da Suécia
    e o da Polónia.
  • 11:40 - 11:43
    A Rússia, também inquieta
    por causa da expansão prussiana,
  • 11:43 - 11:45
    decide por fim juntar-se
    à aliança franco-prussiana.
  • 11:45 - 11:49
    A czarina Isabel abre então
    uma nove frente no leste.
  • 11:49 - 11:52
    A estratégia francesa também evolui.
  • 11:52 - 11:55
    O ministro dos assuntos estrangeiros
    Monsieur de Roillé,
  • 11:55 - 11:56
    que pertencia anteriormente à Marinha,
  • 11:56 - 11:59
    sabe bem que a frota francesa
    não aguentará muito tempo,
  • 11:59 - 12:01
    frente à Royal Navy.
  • 12:01 - 12:03
    A consequência direta
    duma derrota no mar
  • 12:03 - 12:06
    seria impedir a França de enviar
    reforços para as colónias,
  • 12:06 - 12:08
    o que acarrearia a perda
    duma parte dessas colónias.
  • 12:08 - 12:10
    Portanto, é preciso ter
    uma moeda de troca,
  • 12:10 - 12:12
    que permita dobrar
    a corte de Londres
  • 12:12 - 12:14
    e o que há de melhor que o Hanover
  • 12:14 - 12:17
    o principado de origem
    do rei inglês Jorge II?
  • 12:17 - 12:19
    A sorte da guerra
    — é o que se pensa em Versailles,
  • 12:19 - 12:21
    decidir-se-á na Alemanha
  • 12:21 - 12:23
    e 100 000 franceses
    comandados pelo duque d'Estrées
  • 12:23 - 12:26
    chegam ali em abril de 1757.
  • 12:26 - 12:27
    Direção, Hanover!
  • 12:27 - 12:30
    O próprio filho do rei de Inglaterra,
    o duque de Cumberland,
  • 12:30 - 12:33
    bem conhecido pelas atrocidades
    contra os escoceses,
  • 12:33 - 12:34
    aquando da anterior guerra,
  • 12:34 - 12:36
    não consegue detê-los.
  • 12:36 - 12:39
    É derrotado em Hastenbeck
    a 26 de julho.
  • 12:39 - 12:41
    A cidade de Hanover é tomada
    pelos franceses
  • 12:41 - 12:43
    e os britânicos capitulam em setembro.
  • 12:43 - 12:46
    Jorge II entra em pânico,
    está pronto a negociar
  • 12:46 - 12:48
    e até a parar com toda a guerra.
  • 12:48 - 12:50
    Mas não teve em conta a chegada
  • 12:50 - 12:54
    duma espécie de Churchill do século XVIII,
    à frente do governo inglês,
  • 12:54 - 12:56
    um homem cujo programa se resume
  • 12:56 - 13:00
    a fazer a guerra à França
    por todos os meios possíveis:
  • 13:00 - 13:01
    William Pitt.
  • 13:01 - 13:02
    O rei detesta-o
  • 13:02 - 13:05
    mas, perante os desastres militares
    que se acumulam,
  • 13:05 - 13:07
    teve de o chamar para tentar
    dar a volta à situação.
  • 13:07 - 13:11
    Pitt impõe uma espécie
    de união sagrada para a vitória,
  • 13:11 - 13:12
    gasta somas astronómicas
    para a Marinha
  • 13:12 - 13:14
    e para as despesas da guerra
  • 13:14 - 13:16
    e envolve-se numa confrontação
    total com a França.
  • 13:16 - 13:18
    A sua visão é clara:
  • 13:18 - 13:23
    o futuro da Inglaterra dependerá
    nas colónias e no domínio dos mares.
  • 13:23 - 13:25
    Um visionário!!
  • 13:25 - 13:29
    Entretanto, na Alemanha,
    as coisas pioram para Frederico II.
  • 13:29 - 13:32
    É profundamente derrotado
    pelos austríacos em Kolin,
  • 13:32 - 13:36
    perto de 14 000 soldados prussianos,
    de um total de 32 000 recrutados,
  • 13:36 - 13:37
    morrem nessa batalha,
  • 13:37 - 13:40
    o que o obriga a libertar
    a Boémia, que tinha ocupado.
  • 13:40 - 13:42
    Os franceses também enviam contra ele
  • 13:42 - 13:45
    uma parte do seu exército da Alemanha,
    comandado por Soubise
  • 13:45 - 13:47
    que recuperou as tropas
    do Sacro Império.
  • 13:47 - 13:50
    Os Russos esmagam outra parte
    do exército prussiano em agosto.
  • 13:50 - 13:52
    Mas o rei da Prússia é um génio militar
  • 13:52 - 13:55
    e demonstra-o por duas vezes.
  • 13:55 - 13:57
    A 5 de novembro, surpreende
    totalmente os franceses
  • 13:57 - 13:59
    e o exército do Sacro Império
    em Rossbach,
  • 13:59 - 14:02
    que perdem 10 000 homens
    no confronto,
  • 14:02 - 14:04
    embora enfrentassem
    apenas 550 prussianos.
  • 14:04 - 14:06
    Soubise é muito criticado
    por esta derrota
  • 14:06 - 14:08
    e, por toda a Paris, aparece
  • 14:08 - 14:10
    à procura do seu exército,
    de lanterna na mão
  • 14:10 - 14:12
    — convido-vos a ver
    este vídeo magnífico
  • 14:12 - 14:14
    do canal "Sur le champ"
    para saberem mais.
  • 14:14 - 14:18
    A segunda grande vitória do "velho Fritz",
    — como chamam a Frederico II,
  • 14:18 - 14:21
    trava-se a 5 de dezembro em Leuthen
    contra os austríacos.
  • 14:21 - 14:24
    Ele inova, utilizando uma técnica antiga
    da falange tebana,
  • 14:24 - 14:28
    a ordem oblíqua, para romper
    a linha de defesa dos austríacos.
  • 14:28 - 14:31
    Um quarto do exército austríaco
    é destruído.
  • 14:31 - 14:32
    É brilhante, é claro.
  • 14:32 - 14:34
    Mas os inimigos da Prússia
    são demasiado numerosos
  • 14:34 - 14:36
    e as derrotas acumulam-se.
  • 14:36 - 14:39
    Zondorf contra os Russos
    25 de agosto de 1758
  • 14:39 - 14:42
    ou ainda Kunersdorf,
    a 12 de gosto de 1759.
  • 14:42 - 14:44
    Aquando desta batalha,
  • 14:44 - 14:46
    Frederico II é ferido
    e quase foi capturado.
  • 14:46 - 14:51
    Berlim é invadido pelos russos
    a 9 de outubro de 1760.
  • 14:51 - 14:53
    Há cada vez menos soldados
    no exército prussiano
  • 14:53 - 14:56
    e estão reduzidos
    a recrutar adolescentes.
  • 14:56 - 14:57
    Isso faz-vos lembrar alguma coisa?
  • 14:57 - 15:00
    O rei da Prússia, em todo o caso,
    está no fundo dum buraco
  • 15:00 - 15:03
    e fala mesmo em suicidar-se
    nas cartas que envia para a irmã.
  • 15:03 - 15:07
    Mas, se a Prússia vai mal, o mesmo
    não acontece com o seu aliado inglês.
  • 15:07 - 15:09
    No Hanover, as coisas
    correram mal aos franceses.
  • 15:09 - 15:11
    Os ingleses arranjaram
    uma nova armada
  • 15:11 - 15:13
    confiada ao excelente
    Ferdinand de Brunswick,
  • 15:13 - 15:16
    que não respeita as regras
    da guerra da época.
  • 15:16 - 15:18
    Em pleno inverno, ataca as tropas
    do duque de Richelieu
  • 15:18 - 15:21
    quando era hábito esperar
    educadamente pela primavera
  • 15:21 - 15:23
    para se matarem uns aos outros.
  • 15:23 - 15:25
    Os franceses são obrigados
    a retirar-se do Hanover
  • 15:25 - 15:27
    e, se é que não perceberam
    bem a mensagem,
  • 15:27 - 15:30
    a derrota de Minden em agosto de 1759
  • 15:30 - 15:32
    acabou por convencê-los a sair de lá.
  • 15:32 - 15:34
    Além-mar, a estratégia de Pitt
    faz maravilhas
  • 15:34 - 15:36
    e a Royal Navy é temível.
  • 15:36 - 15:39
    Os ataques multiplicam-se
    nas colónias francesas.
  • 15:39 - 15:42
    A fortaleza de Louisbourg
    que guarda a entrada de Saint-Laurent
  • 15:42 - 15:44
    é tomada em julho de 1758.
  • 15:44 - 15:46
    Daí em diante, as tropas
    da Nova França
  • 15:46 - 15:48
    quase já não podem
    receber reforços,
  • 15:48 - 15:50
    enquanto estes chegam
    regularmente de Inglaterra.
  • 15:50 - 15:52
    A resistência é feroz
  • 15:52 - 15:54
    mas os fortes caem
    uns atrás dos outros.
  • 15:54 - 15:56
    Um deles, o forte Duquesne,
  • 15:56 - 15:59
    recebe mesmo outro nome dos ingleses,
    o Forte Pittsburgh,
  • 15:59 - 16:01
    em homenagem ao primeiro ministro.
  • 16:01 - 16:03
    Québec, a capital da colónia
  • 16:03 - 16:05
    é cercada em setembro de 1759.
  • 16:05 - 16:08
    O jovem general Wolfe
    toma conhecimento de um atalho
  • 16:08 - 16:10
    que permite chegar mais perto da cidade
  • 16:10 - 16:12
    e, na manhã de 13 de setembro,
  • 16:12 - 16:14
    os seus soldados conseguem,
  • 16:14 - 16:16
    por vezes à custa
    duma verdadeira escalada,
  • 16:16 - 16:18
    aparecer nas planícies de Abraham,
  • 16:18 - 16:20
    em frente das muralhas de Québec.
  • 16:20 - 16:22
    O Marquês de Montcalm
    decide fazer uma saída
  • 16:22 - 16:24
    para não permitir que eles se reforcem.
  • 16:24 - 16:26
    Mas as tropas canadianas
    são mal utilizadas
  • 16:26 - 16:27
    nesta batalha "à europeia"
  • 16:27 - 16:30
    e, em duas horas, a batalha está acabada.
  • 16:30 - 16:32
    Os dois generais
    são feridos mortalmente
  • 16:32 - 16:33
    e Québec capitula.
  • 16:33 - 16:36
    O Cavaleiro de Lévis, que era
    o brilhante segundo de Montcalm
  • 16:36 - 16:40
    retoma o combate numa lógica
    muito moderna de "guerra total".
  • 16:40 - 16:43
    Custe o que custar, consegue,
    por sua vez, cercar Québec,
  • 16:43 - 16:44
    desta vez nas mãos dos ingleses.
  • 16:45 - 16:47
    Mas os barcos que chegam
    a Saint-Laurent são ingleses.
  • 16:47 - 16:50
    Já não há qualquer esperança
    proveniente de França
  • 16:50 - 16:54
    e Montréal capitula
    a 8 de setembro de 1760.
  • 16:54 - 16:58
    É preciso dizer que, a partir de 1759,
    a França já não tem Marinha.
  • 16:58 - 17:00
    A fim de preparar uma invasão
    da Grã-Bretanha,
  • 17:00 - 17:03
    o principal ministro de Luís XV,
    o brilhante Duque de Choiseul
  • 17:03 - 17:06
    — grosso modo, o equivalente
    francês de Pitt —
  • 17:06 - 17:08
    tinha decidido um reagrupamento
    da frota de guerra.
  • 17:08 - 17:10
    Mas a que vinha do Mediterrâneo
  • 17:10 - 17:12
    afundou-se a 19 de agosto
    ao largo de Portugal
  • 17:12 - 17:16
    e a do Atlântico, ao largo
    de Quiberon, a 20 de novembro.
  • 17:16 - 17:18
    É, pois, impossível ajudar as colónias.
  • 17:19 - 17:22
    Umas atrás das outras,
    as "ilhas do açúcar" das Antilhas
  • 17:22 - 17:24
    são conquistadas pela Inglaterra:
  • 17:24 - 17:27
    a Guadalupe, a Dominique.
    a Martinica.
  • 17:27 - 17:31
    Até a feitoria do Senegal
    é conquistado em dezembro de 1758.
  • 17:31 - 17:34
    Também na Índia, os desastres
    acumulam-se pelas mesmas razões,
  • 17:34 - 17:38
    Robert Clive apodera-se
    de Chandernagor em março de 1757
  • 17:38 - 17:41
    e, em junho, esmaga as tropas
    do aliado local da França,
  • 17:41 - 17:45
    o Nababo de Bengala, em Plassey,
    perto de Calcutá.
  • 17:45 - 17:47
    Lally-Tollendal, o oficial que comanda
  • 17:48 - 17:50
    as magras tropas francesas
    e os seus aliados indianos,
  • 17:50 - 17:52
    cerca Madras, sem êxito.
  • 17:52 - 17:54
    Zanga-se com os indianos,
    uma ideia pouco brilhante
  • 17:54 - 17:57
    quando os franceses dependem
    deles no terreno.
  • 17:57 - 18:00
    É derrotado em Wandiwash em 1760
  • 18:00 - 18:03
    e, meses depois, rende-se em Pondichéry,
  • 18:03 - 18:05
    uma das últimas feitorias
    que restavam aos franceses.
  • 18:05 - 18:07
    Como o pobre almirante Byng
    em Minorca,
  • 18:07 - 18:10
    Lally-Tollendal é julgado, quando volta,
  • 18:10 - 18:12
    e é executado por caus desta derrota.
  • 18:15 - 18:17
    Vamos resumir esta situação
    super complicada.
  • 18:17 - 18:21
    Em 1761, a França perdeu
    quase todas as suas colónias,
  • 18:22 - 18:25
    já não tem Marinha de guerra
    e recua na Alemanha.
  • 18:25 - 18:27
    Apesar deste quadro pouco animador,
  • 18:27 - 18:29
    Choiseul, que é um brilhante diplomata,
  • 18:29 - 18:32
    consegue convencer a Espanha
    a juntar-se à aliança.
  • 18:32 - 18:34
    Provavelmente não foi a ideia
    do século para Madrid
  • 18:34 - 18:37
    porque isso só leva à conquista
    de Havana pela Inglaterra,
  • 18:37 - 18:39
    a 10 de agosto de 1762,
  • 18:39 - 18:42
    e também Manila. nas Filipinas,
    em outubro.
  • 18:42 - 18:44
    Uma única coisa podia
    fazer mudar a guerra
  • 18:44 - 18:46
    e devolver tudo França:
  • 18:46 - 18:48
    a derrota final da Prússia,
  • 18:48 - 18:50
    porque, afinal, foi sobretudo
    contra ela que tudo começou.
  • 18:50 - 18:53
    E parece que nos aproximamos
    disso claramente.
  • 18:53 - 18:55
    Em 1762, Frederico II já só tem
    60 000 homens
  • 18:55 - 18:58
    — um terço do seu exército original —
  • 18:58 - 19:00
    e os ingleses deixaram
    de lhe dar dinheiro
  • 19:00 - 19:01
    para recrutar mais soldados.
  • 19:01 - 19:03
    Parece que a sorte acabou
    para os prussianos
  • 19:03 - 19:06
    quando um golpe monumental
    vem salvar a situação:
  • 19:06 - 19:10
    a czarina Isabel morre a 5 de janeiro.
  • 19:10 - 19:12
    O novo czar, Pedro III,
  • 19:12 - 19:14
    é admirador apaixonado de Frederico II.
  • 19:14 - 19:17
    Diz-se que ele passa os dias
    a desfilar em uniforme prussiano,
  • 19:17 - 19:20
    o que é um pouco surpreendente
    para um czar russo.
  • 19:20 - 19:23
    Para Frederico II, é um situação
    totalmente inesperada.
  • 19:23 - 19:25
    Ele fala mesmo de um "milagre"
  • 19:25 - 19:28
    o que é divertido
    porque ele não acredita em Deus.
  • 19:28 - 19:30
    Pedro III decide parar com a guerra
    contra a Prússia.
  • 19:30 - 19:34
    Pior para os franceses,
    alia-se a Frederico II.
  • 19:34 - 19:36
    Devolve-lhe os prisioneiros
  • 19:36 - 19:38
    e até lhe envia reforços
    de 20 000 soldados russos.
  • 19:39 - 19:42
    O rapaz ativou todas as batotas dos jogos,
    já não há respeito.
  • 19:42 - 19:46
    A Suécia que começa a interrogar-se
    sobre qual é o seu papel naquela história,
  • 19:46 - 19:48
    abandona a guerra a 22 de maio.
  • 19:48 - 19:49
    Como já não tem
    os Russos contra ele,
  • 19:49 - 19:53
    Frederico II decide concentrar
    as suas tropas contra os austríacos
  • 19:53 - 19:56
    que vence por diversas vezes,
    antes de invadir de novo a Saxónia.
  • 19:56 - 19:57
    Entretanto, em Londres,
  • 19:57 - 20:00
    considera-se que chegou altura
    de acabar com a guerra.
  • 20:00 - 20:02
    Jorge II morre em 1760
  • 20:02 - 20:04
    e o seu sucessor, Jorge III,
    não gosta de Pitt
  • 20:04 - 20:07
    que se demite em outubro de 1761.
  • 20:07 - 20:09
    A guerra arruína totalmente o reino
  • 20:09 - 20:12
    que tem de manter uma poderosa
    frota de guerra e vários exércitos.
  • 20:12 - 20:16
    Choiseul deixa que Londres acredite
    que é possível uma paz duradoura
  • 20:16 - 20:18
    e começam as negociações.
  • 20:18 - 20:20
    Estas dão origem a dois tratados.
  • 20:20 - 20:23
    O tratado de Paris,
    de 10 de fevereiro de 1763
  • 20:23 - 20:25
    não é tão desastroso
    como por vezes se diz.
  • 20:25 - 20:27
    Choiseul foi hábil
  • 20:27 - 20:30
    e se a França perde, com efeito,
    a maior do seu império colonial,
  • 20:30 - 20:31
    — a Nova França,
  • 20:31 - 20:34
    os territórios indianos,
    com exceção de cinco feitorias,
  • 20:34 - 20:35
    e várias ilhas das Antilhas —
  • 20:35 - 20:37
    conserva o que tinha mais valor
    económico na época,
  • 20:37 - 20:40
    a saber, as ilhas do açúcar
    e as pescas da Terra Nova,
  • 20:40 - 20:42
    em volta de Saint-Pierre e Miquelon,
  • 20:42 - 20:45
    que servem de centro de formação
    para a Marine Royale.
  • 20:45 - 20:47
    A França deve, no entanto,
    indemnizar a Espanha
  • 20:47 - 20:49
    pela aliança frustrada
  • 20:49 - 20:51
    e, portanto, Madrid recupera a Luisiana,
  • 20:51 - 20:52
    em compensação da Flórida
  • 20:52 - 20:54
    que se junta às colónias
    inglesas da América.
  • 20:54 - 20:56
    Sinal no entanto
    de que a França se sai bem,
  • 20:56 - 20:59
    o primeiro ministro inglês
    é arrastado em Londres por Pitt
  • 20:59 - 21:01
    que não está contente com um tratado
  • 21:01 - 21:03
    que considera demasiado
    generoso para com a França.
  • 21:03 - 21:06
    Os Prussianos e os Austríacos
    fazem a paz cinco dias depois.
  • 21:06 - 21:10
    Frederico suou as estopinhas
    mas a Silésia mantém-se prussiana.
  • 21:12 - 21:16
    Portanto, que concluir
    deste primeiro conflito mundial?
  • 21:16 - 21:20
    Em que é que a Guerra dos Sete Anos
    contribuiu para uma viragem importante?
  • 21:20 - 21:22
    Primeiro, as motivações
    para fazer a guerra.
  • 21:22 - 21:25
    Não se tratou de vagas questões dinásticas
  • 21:25 - 21:29
    do género "herdei este ducado
    do meu tio-bisavô por casamento
  • 21:29 - 21:31
    "e pretendo obter essa herança."
  • 21:31 - 21:35
    A partir de agora, combate-se
    por objetivos de controlo territorial
  • 21:36 - 21:38
    ou mesmo questões
    económicas e comerciais.
  • 21:38 - 21:40
    É uma novidade, enquanto abordagem
  • 21:40 - 21:41
    e, desse ponto de vista,
  • 21:41 - 21:44
    a Inglaterra tem um grande avanço
    sobre as outras potências.
  • 21:44 - 21:46
    Depois, vemos aparecer
    no decurso desta guerra,
  • 21:46 - 21:48
    novas razões para travar a guerra.
  • 21:48 - 21:51
    Já não é somente pelo soberano,
    mas pela nação.
  • 21:51 - 21:54
    Esse sentimento nacional
    que se desenvolve a partir desta época
  • 21:54 - 21:57
    terá toda a importância
    durante as guerras revolucionárias
  • 21:57 - 21:59
    e as guerras do império,
  • 21:59 - 22:01
    mas é realmente no decurso
    da Guerra dos Sete Anos
  • 22:01 - 22:04
    que vemos, pela primeira vez,
    o sentimento nacional em ação.
  • 22:04 - 22:06
    Um exemplo entra muitos outros:
  • 22:06 - 22:09
    na Alemanha, os franceses
    não conseguiram recrutar espiões
  • 22:09 - 22:11
    porque as populações
    sentem-se alemãs
  • 22:11 - 22:13
    e escolheram o seu paladino,
    com Frederico II
  • 22:13 - 22:16
    e esse é facilmente informado de tudo.
  • 22:16 - 22:18
    As formas de fazer a guerra
    também mudaram.
  • 22:18 - 22:20
    Ataca-se fora de qualquer
    declaração de guerra
  • 22:20 - 22:23
    e multiplicam-se os atos ilegais
    e os crimes de guerra.
  • 22:23 - 22:25
    Como vimos com a deportação
    dos Acadianos,
  • 22:25 - 22:28
    que anuncia as depurações
    étnicas do século XIX.
  • 22:28 - 22:31
    Se o combate habitual é o canhão
    e as fileiras de soldados,
  • 22:31 - 22:34
    não se hesita em afrontar "à índia"
    como machados
  • 22:34 - 22:36
    ou em praticar a "pequena guerra"
  • 22:36 - 22:39
    a que mais tarde chamaremos guerrilha.
  • 22:39 - 22:42
    Na Nova França, de resto,
    não se está longe da guerra total
  • 22:42 - 22:45
    com a destruição das colheitas
    ou a mobilização dos civis
  • 22:45 - 22:48
    no imperativo da guerra,
    sobretudo depois de 1759.
  • 22:48 - 22:50
    Nas colónias, as populações indígenas
  • 22:50 - 22:53
    também são grandemente mobilizadas
    no esforço de guerra.
  • 22:53 - 22:56
    Nenhum local é poupado pelo conflito.
  • 22:56 - 22:58
    Os acordos de paz também
    já não são como dantes,
  • 22:58 - 23:01
    uma troca do género
    "tomei-te este condado,
  • 23:01 - 23:03
    "devolvo-te contra a colónia
    que tu invadiste."
  • 23:03 - 23:06
    Não, agora visa-se o desmantelamento
    das forças do adversário
  • 23:06 - 23:08
    à imagem da França
  • 23:08 - 23:10
    que perde o essencial
    do seu primeiro império colonial.
  • 23:10 - 23:13
    A guerra custou uma fortuna
    a todas as potências envolvidas
  • 23:13 - 23:15
    mas sobretudo à Inglaterra
  • 23:15 - 23:17
    que acha que gastou demasiado
  • 23:17 - 23:19
    para ajudar os colonos americanos
  • 23:19 - 23:21
    contra a ameaça
    dos franceses e dos índios.
  • 23:21 - 23:22
    Aliás, nos Estados Unidos,
  • 23:22 - 23:26
    a Guerra dos Sete Anos chama-se
    "A Guerra Francesa e dos Índios".
  • 23:26 - 23:29
    Os naturais de Québec também lhe chamam
    "A guerra da conquista",
  • 23:29 - 23:31
    um nome que mostra muito claramente
  • 23:31 - 23:34
    como as coisas eram apercebidas
    segundo o seu ponto de vista.
  • 23:34 - 23:35
    Portanto, o governo inglês gostaria
  • 23:35 - 23:38
    que os colonos americanos reembolsassem
    o que tinham custado.
  • 23:38 - 23:41
    e lança uma série de taxas
  • 23:41 - 23:42
    para se refazerem economicamente.
  • 23:42 - 23:46
    Essas taxas, sobre o rum, o tabaco, o chá.
    são violentamente criticadas na América
  • 23:46 - 23:49
    porque parecem impostas e arbitrárias.
  • 23:49 - 23:51
    E eis como a Guerra dos Sete Anos
  • 23:51 - 23:53
    alimenta diretamente a guerra seguinte,
  • 23:53 - 23:55
    a da independência dos Estados Unidos.
  • 23:55 - 23:57
    As finanças francesas
    não estão melhores.
  • 23:57 - 23:59
    Para compensar o défice
    que está a aumentar,
  • 23:59 - 24:01
    a monarquia contrai empréstimos...
  • 24:01 - 24:03
    acentuando o peso da dívida
    que duplica,
  • 24:03 - 24:06
    o que também terá consequências
    25 anos mais tarde, em 1789.
  • 24:06 - 24:09
    Por fim a relação de forças
    das potências europeias
  • 24:09 - 24:10
    mudou visivelmente.
  • 24:10 - 24:13
    Se a França continua dominante,
    o seu prestígio empalideceu
  • 24:13 - 24:15
    já não é Versailles o árbitro da Europa
  • 24:15 - 24:19
    como tinha sido desde Luís XIV
    até 1748.
  • 24:19 - 24:22
    A Prússia também já não é
    o pequeno alemão
  • 24:22 - 24:24
    governada por uma monarquia
    de novos-ricos.
  • 24:24 - 24:27
    Embora muito enfraquecida
    demograficamente e devastada,
  • 24:27 - 24:29
    é agora uma potência maior
    com quem se deve contar
  • 24:29 - 24:31
    e que está em plena ascensão.
  • 24:31 - 24:33
    A mudança na Rússia
    também mudou durante a guerra
  • 24:33 - 24:35
    e isso indica que, na Europa,
  • 24:35 - 24:38
    terá de passar a contar com Moscovo.
  • 24:38 - 24:40
    Aliás, a Prússia e a Rússia
    integraram bem
  • 24:40 - 24:42
    que são suficientemente poderosas
    para agir do seu cantinho
  • 24:42 - 24:45
    e anos mais tarde entendem-se
    tranquilamente com a Áustria,
  • 24:45 - 24:47
    para repartirem a Polónia.
  • 24:47 - 24:49
    Não será a última vez
    infelizmente para eles.
  • 24:49 - 24:51
    A Inglaterra impôs-se
    como a senhora dos mares
  • 24:51 - 24:55
    e compreendeu que o seu destino
    é controlar territórios coloniais
  • 24:55 - 24:57
    permitindo o domínio comercial.
  • 24:57 - 25:01
    A Guerra dos Sete Dias anuncia assim
    a hegemonia britânica do século XIX
  • 25:01 - 25:04
    que muitos historiadores ingleses
    fazem começar em 1759,
  • 25:04 - 25:06
    o ano da queda de Québec.
  • 25:07 - 25:11
    Mas uma guerra são sobretudo os mortos
    e a conta é difícil de fazer.
  • 25:11 - 25:16
    Os historiadores pensam que houve
    entre 600 mil e 700 mil soldados mortos.
  • 25:16 - 25:19
    Quanto aos civis, é mais complicado
    de calcular
  • 25:19 - 25:21
    mas talvez mais de um milhão de mortos.
  • 25:21 - 25:23
    Não é a guerra mais mortífera
    do Antigo Regime,
  • 25:23 - 25:26
    a Guerra dos 30 Anos, por exemplo,
    foi uma carnificina sem nome,
  • 25:26 - 25:28
    mas o que tem de novo
  • 25:28 - 25:30
    é que as vítimas estão espalhadas
    por todo o planeta.
  • 25:30 - 25:33
    A Guerra dos Sete Anos
    anuncia sobretudo as do século XX,
  • 25:33 - 25:35
    em que todos os golpes são possíveis
  • 25:35 - 25:38
    e onde não se hesita em praticar
    a propaganda e a desinformação.
  • 25:38 - 25:41
    Marca também, de forma duradoura,
    a história da Europa e do mundo
  • 25:41 - 25:44
    e as guerras seguintes são,
    em grande parte, uma herança sua.
  • 25:45 - 25:48
    Como anunciado,
    este episódio é patrocinado por Audible,
  • 25:48 - 25:50
    o aplicativo dos livros audio,
    de séries e de podcasts.
  • 25:50 - 25:52
    Se aceitei este patrocinador
  • 25:52 - 25:56
    foi sobretudo porque sou
    utilizador deste serviço
  • 25:56 - 25:59
    Leio muito para o meu trabalho
    de todos os dias
  • 25:59 - 26:02
    mas esta leitura "para o trabalho"
    é cansativa,
  • 26:02 - 26:03
    mesmo que seja apaixonante.
  • 26:03 - 26:05
    Para a leitura "por prazer",
  • 26:05 - 26:09
    confesso que tenho dificuldade
    em reservar um bom momento,
  • 26:09 - 26:11
    E um dia, há uns meses,
  • 26:11 - 26:13
    andava à procura
    de qualquer coisa para ouvir,
  • 26:13 - 26:16
    para passar as 10 horas no carro,
  • 26:16 - 26:18
    para ir fazer uma gravação.
  • 26:18 - 26:20
    Inscrevi-me na Audible
  • 26:20 - 26:22
    e finalmente arranjei tempo para ler,
  • 26:22 - 26:24
    ou melhor, para escutar o livro
  • 26:24 - 26:27
    "Sapiens, une brève
    histoire de l'Humanité",
  • 26:27 - 26:30
    de que tinha boas informações
    quanto ao trabalho de síntese
  • 26:30 - 26:34
    realizado pelo seu autor,
    Yuval Noah Harari.
  • 26:34 - 26:36
    Aconselho-vos, já agora,
    a lerem este livro,
  • 26:36 - 26:39
    mesmo tendo algumas generalizações, claro,
  • 26:39 - 26:41
    mas, sinceramente, é incrível.
  • 26:41 - 26:43
    E o que é ainda mais incrível
    neste livro-áudio
  • 26:43 - 26:46
    é quando temos um bom narrador.
  • 26:46 - 26:48
    Este livro é lido por Philippe Sollier
  • 26:48 - 26:52
    e é um prazer para os ouvidos.
  • 26:52 - 26:54
    Sou super fã e irei mesmo mais longe,
  • 26:54 - 26:56
    depois de ouvir este livro, no Audible,
  • 26:56 - 26:59
    tentei copiar alguns truques
    de narração a Philippe Sollier
  • 26:59 - 27:01
    porque é uma verdadeira lição
  • 27:01 - 27:03
    de contar histórias, de ritmo e de tom.
  • 27:03 - 27:06
    Em resumo, se estiverem tentados
    a descobrir este livro
  • 27:06 - 27:08
    e muitos outros no Audible
  • 27:08 - 27:10
    chegou talvez o momento.
  • 27:10 - 27:11
    Como é que funciona?
  • 27:11 - 27:15
    Têm à disposição um catálogo
    de 400 000 títulos à disposição
  • 27:15 - 27:18
    e pagam uma assinatura
    de 9,95 euros por mês.
  • 27:18 - 27:21
    Por cada mensalidade, têm direito
    a um "crédito áudio".
  • 27:22 - 27:23
    Com esse crédito-áudio,
  • 27:23 - 27:26
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    no catálogo Audible,
  • 27:26 - 27:28
    seja qual for o preço.
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  • 27:52 - 27:55
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    em vez de um,
  • 27:56 - 27:58
    ou seja, dois audio-livros gratuitos,
    vale bem a pena.
  • 27:58 - 28:01
    Têm todas as informações na descrição,
    não hesitem.
  • 28:02 - 28:04
    Obrigado por terem seguido este episódio,
  • 28:04 - 28:07
    espero que tenham aprendido
    qualquer coisa.
  • 28:07 - 28:10
    Obrigado a Stéphane Genèt
    com quem preparei esta emissão,
  • 28:10 - 28:14
    a Tanguy pela iconografia
    e a Will pela montagem.
  • 28:14 - 28:16
    Até breve.
  • 28:16 - 28:19
    Tradução de Margarida Mariz (2025)
Title:
A Guerra dos Sete Anos, o primeiro conflito mundial
Description:

Se eu disser “Primeira Guerra Mundial”, vocês pensam imediatamente nos "poilus" a patinhar nas trincheiras lamacentas, esmagados pelos obuses, em Verdun, em Tannenberg, com as "gueules cassées", em suma, em tudo o que aconteceu entre 1914 e 1918 na Europa e nas colónias, e que conduziu a um número desastroso de 18 milhões de mortos. No entanto, não é dessa guerra que vos vou falar hoje, mas de uma outra, mais antiga, muito menos conhecida, mas que é provavelmente a verdadeira Primeira Guerra Mundial, no sentido em que os combates se desenrolaram em todo o mundo, envolvendo todo o tipo de povos, e que teve consequências muito importantes para os séculos que se seguiram.
Recuemos 250 anos, até ao século XVIII, quando o rei de França era Luís XV.

Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com

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Video Language:
French
Duration:
28:32

Portuguese subtitles

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