O rei que foi devorado por insetos: O fim de Filipe II de Espanha
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0:01 - 0:04El Escorial, setembro de 1598.
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0:05 - 0:08Os corredores do sombrio palácio
estão silenciosos -
0:08 - 0:10que é quebrado apenas
pelos sussurros dos físicos -
0:10 - 0:14e pelo gemido ocasional
proveniente da câmara real. -
0:14 - 0:17No interior do quarto,
numa cama deteriorada -
0:17 - 0:20jaz um homem agonizante.
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0:20 - 0:23O corpo dele, outrora poderoso,
está agora devastado pela dor, -
0:23 - 0:28com as mãos deformadas pela gota
que parecem garras inúteis, -
0:28 - 0:32as pernas inchadas com edemas
há semanas que não o sustentam. -
0:33 - 0:36O odor pútrido que emana
dos tecidos em decomposição -
0:36 - 0:40é tão intenso que até
os serviçais mais dedicados -
0:40 - 0:43tapam o nariz
quando entram na câmara. -
0:43 - 0:48Este homem não é um criminoso comum
a pagar pelos seus pecados -
0:48 - 0:52nem um plebeu sem acesso
a cuidados médicos. -
0:52 - 0:56É Filipe II, o monarca mais poderoso
do seu tempo, -
0:56 - 0:59senhor de um império,
onde o sol nunca se põe, -
1:00 - 1:04o rei de Espanha, de Portugal, de Nápoles,
da Sicília, o duque de Milão -
1:05 - 1:08e senhor de vastos territórios
do Novo Mundo, -
1:09 - 1:12o homem que desafiou Isabel
de Inglaterra -
1:12 - 1:14e que construiu o magnífico Escorial,
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1:14 - 1:18que liderou a luta
contra a Reforma Protestante, -
1:18 - 1:21sucumbe agora a uma morte
lenta e dolorosa, -
1:21 - 1:24abandonado pelo seu próprio corpo.
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1:25 - 1:27Como é que o rei
mais poderoso do mundo -
1:28 - 1:30chegou a este fim trágico e repugnante?
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1:30 - 1:33Para entender o horror
dos últimos dias de Filipe II, -
1:33 - 1:36temos de recuar no tempo
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1:36 - 1:39e conhecer o homem por baixo da coroa.
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1:39 - 1:44Nascido a 21 de maio de 1527,
em Valhadolid, -
1:44 - 1:49Filipe era filho do Imperador Carlos V
e da Princesa Isabel de Portugal. -
1:50 - 1:51Desde tenra idade,
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1:51 - 1:55foi preparado para governar
o vasto império que o pai criara. -
1:56 - 1:59Ao contrário de Carlos, que era
um guerreiro por natureza, -
1:59 - 2:03Filipe provou ser
um burocrata meticuloso, -
2:02 - 2:05um administrador obcecado
com pormenores. -
2:05 - 2:08Era conhecido como El Rey de los Papeles
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2:08 - 2:10— o rei dos papéis —
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2:10 - 2:13tal era a sua dedicação
a documentos e escritos. -
2:14 - 2:16Passava horas no gabinete
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2:16 - 2:19a anotar meticulosamente todos os aspetos
do governo do seu império. -
2:20 - 2:23Quando Carlos V abdicou em 1556,
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2:23 - 2:28Filipe herdou o trono espanhol
e grande parte do império. -
2:28 - 2:31Em 1580, no meio da crise
de sucessão portuguesa, -
2:31 - 2:34na sequência do desaparecimento
do rei Dom Sebastião -
2:34 - 2:36na batalha de Alcácer Quibir.
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2:36 - 2:39Filipe afirmou o seu direito
ao trono português -
2:39 - 2:41enquanto neto de Dom Manuel I.
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2:41 - 2:44Com um exército chefiado
pelo Duque de Alba, -
2:44 - 2:48derrotou as forças
de Dom Antonio, Prior do Crato -
2:48 - 2:51e foi coroado Filipe I de Portugal,
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2:51 - 2:55unindo as duas maiores potências
mundiais sob a mesma coroa. -
2:55 - 2:58O rei era um homem complexo.
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2:58 - 3:01Profundamente religioso e fervoroso
defensor do Catolicismo, -
3:01 - 3:05considerava-se o braço armado
de Deus na Terra. -
3:05 - 3:07Sob o seu comando,
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3:07 - 3:09a Inquisição espanhola atingiu o auge
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3:09 - 3:12perseguindo heréticos e infiéis.
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3:12 - 3:15Ao mesmo tempo, era
um patrono das artes, -
3:15 - 3:18um colecionador refinado
e um construtor visionário. -
3:18 - 3:20O se maior legado arquitetural
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3:20 - 3:23o mosteiro de São Lourenço
de El Escorial, -
3:23 - 3:26uma mistura de palácio, mosteiro
e mausoléu, -
3:26 - 3:29um simbolismo perfeito para um rei
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3:29 - 3:33que via o seu poder
como uma extensão da vontade divina. -
3:34 - 3:37Na sua vida pessoal,
Filipe casou quatro vezes. -
3:37 - 3:40A primeira mulher,
Maria Manuela de Portugal, -
3:40 - 3:42morreu ao dar à luz o Príncipe Carlos
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3:43 - 3:46que mais tarde seria aprisionado
pelo próprio pai, por insubordinação -
3:47 - 3:49e morreu em circunstâncias misteriosas.
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3:50 - 3:53A segunda mulher,
Maria Tudor de Inglaterra, -
3:53 - 3:55conhecida por "Maria Sangrenta".
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3:55 - 3:57também morreu sem lhe dar herdeiros.
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3:58 - 4:02A terceira, Isabel de Valois,
deu-lhe duas filhas, -
4:02 - 4:03antes de morrer de parto.
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4:03 - 4:08A quarta e última, Ana de Áustria,
que era sua sobrinha, -
4:08 - 4:11deu-lhe finalmente o herdeiro
tão desejado, -
4:11 - 4:13o futuro Filipe III.
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4:13 - 4:18juntamente com outros quatro filhos,
que morreram na infância. -
4:18 - 4:21Apesar do poder quase absoluto
que exercia, -
4:21 - 4:24Filipe II nunca foi um homem saudável.
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4:24 - 4:28Desde jovem, sofria de repetidos
ataques de gota, -
4:28 - 4:32uma doença dolorosa, provocada
pelo excesso de ácido úrico no sangue -
4:32 - 4:37que forma cristais nas articulações,
provocando uma inflamação profunda. -
4:38 - 4:41A gota era conhecida por "doença de reis"
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4:41 - 4:44por afetava sobretudo os ricos
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4:44 - 4:46que abusavam de dietas ricas
em carnes vermelhas e vinho, -
4:46 - 4:49o que era exatamente o caso de Filipe.
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4:49 - 4:51À medida que os anos passavam,
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4:51 - 4:54os ataques de gota tornaram-se
mais frequentes e mais graves. -
4:54 - 4:57Em 1950, quando tinha 63 anos,
-
4:57 - 5:01a saúde do rei começou
a deteriorar-se significativamente. -
5:01 - 5:04Além da gota crónica, começou
a sofrer de febres. -
5:06 - 5:10As febres subiam de três em três dias,
um sintoma típico da malária. -
5:10 - 5:13Também desenvolveu edemas profundos,
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5:13 - 5:16uma acumulação de fluidos
que faziam inchar as pernas -
5:16 - 5:18ao ponto de as tornar
irreconhecíveis. -
5:18 - 5:23A combinação destas doenças
imobilizaram-no gradualmente. -
5:22 - 5:26Aquele que outrora tinha sido
chamado de Rei Pudente -
5:26 - 5:29estava agora prisioneiro
do seu próprio corpo. -
5:30 - 5:33Os últimos dois anos da sua vida
foram um verdadeiro calvário. -
5:34 - 5:38Por volta de 1596, Filipe quase
não conseguia escrever. -
5:38 - 5:42A mão deformada pela gota
mal conseguia segurar na pena. -
5:42 - 5:46Ironicamente, para um homem
que tinha construído a sua identidade -
5:46 - 5:48como administrador e burocrata,
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5:48 - 5:50isto representava
uma perda devastadora. -
5:51 - 5:56O corpo que nunca tinha sido
especialmente robusto, começou a falhar. -
5:56 - 5:59O rei que controlara meio mundo,
-
5:59 - 6:03agora mal controlava
as funções mais básicas do corpo. -
6:03 - 6:08Em julho de 1598, a situação de Filipe
piorou drasticamente -
6:08 - 6:11O edema espalhara-se pelo corpo todo
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6:11 - 6:13provocando dores lancinantes.
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6:13 - 6:16A gota atacara não só as mãos e os pés
-
6:16 - 6:21mas também os joelhos, os cotovelos,
e até a espinha. -
6:21 - 6:25Os médicos reais, impotentes,
perante tão grande sofrimento -
6:25 - 6:28recorriam a sangrias e purgas
-
6:28 - 6:30que só enfraqueciam mais o monarca.
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6:31 - 6:33A febre não baixava
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6:33 - 6:38e Filipe alternava entre delírio
e momentos de lucidez agonizante. -
6:38 - 6:40Foi durante este período
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6:40 - 6:44que esta situação atingiu
o cúmulo do horror. -
6:44 - 6:46Permanentemente confinado à cama,
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6:46 - 6:50o rei desenvolveu profundas escaras
que rapidamente se infetaram. -
6:50 - 6:54As feridas abertas nas costas,
nas nádegas e nas pernas -
6:54 - 6:56tornaram-se em terreno fértil
para infeções, -
6:56 - 7:00atraindo insetos
e criando um ambiente -
7:00 - 7:04que conduziu à proliferação de parasitas.
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7:04 - 7:07Relatos indicam que o colchão
teve de ser perfurado -
7:07 - 7:11para permitir que os fluidos corporais
do rei escorressem sem ele ter de se mexer -
7:12 - 7:15o que lhe seria impossível
devido às dores lancinantes. -
7:16 - 7:18Como se isso não fosse suficiente,
-
7:18 - 7:20o corpo enfraquecido e imóvel
do monarca -
7:20 - 7:24passou a ser o hospedeiro
duma enorme infestação de piolhos. -
7:25 - 7:28Consta que o próprio rei, num dos seus
últimos momentos de lucidez, -
7:29 - 7:32terá comentado com amarga ironia,
-
7:32 - 7:35"Vejam como este corpo
que mandava em meio mundo, -
7:35 - 7:39"não consegue agora mandar
nos seus próprios parasitas." -
7:39 - 7:43Os cortesãos mais chefados
testemunharam como o grande Filipe II -
7:43 - 7:46foi literalmente devorado em vida,
-
7:46 - 7:49incapaz de se defender
-
7:49 - 7:51mesmo contra as criaturas mais pequenas.
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7:52 - 7:55O horror desta situação
não era puramente física. -
7:56 - 7:59Para um homem profundamente
religioso como Filipe, -
7:59 - 8:03a degradação do corpo também
representava uma prova espiritual. -
8:04 - 8:07Vários relatos indicam
que, neste momento de lucidez, -
8:07 - 8:12o rei considerava que o seu sofrimento
era a antecipação do purgatório, -
8:12 - 8:15uma expiação pelos seus pecados,
mesmo antes da morte. -
8:16 - 8:19Um dos clérigos que o assistiram
nos seus últimos dias -
8:19 - 8:22escreveu que sua majestade
aguentava a dor -
8:23 - 8:25com tal paciência e devoção cristã
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8:25 - 8:29que mais parecia um santo
a ser julgado -
8:29 - 8:31do que um monarca moribundo.
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8:32 - 8:35De madrugada, a 13 de setembro de 1598,
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8:35 - 8:38depois de 52 dias de agonia ininterrupta,
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8:38 - 8:41Filipe II encontrou finalmente o fim.
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8:41 - 8:45O seus últimos momento foram
um misto de delírio febril -
8:45 - 8:47e uma extrema devoção religiosa.
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8:47 - 8:51Com um crucifixo apertado
na mão deformada, -
8:51 - 8:53murmurou as palavras finais,
-
8:53 - 8:56uma oração, ou talvez
um pedido de perdão, -
8:56 - 8:58ninguém sabe ao certo.
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8:59 - 9:02O que se sabe é que
quando a morte finalmente o levou, -
9:02 - 9:07a cara dele transfigurada pela dor
pareceu descntrair-se -
9:07 - 9:10como se encontrasse finalmente alívio
-
9:10 - 9:13que a medicina do seu tempo
não lhe tinha dado. -
9:13 - 9:17O corpo do rei,
aquele invólucro torturado, -
9:17 - 9:20que albergara outrora um dos espíritos
mais poderosos da Europa -
9:20 - 9:22foi rapidamente preparado
para o funeral. -
9:23 - 9:25Os embalsamadores
trabalharam com dificuldade, -
9:25 - 9:28tentando dar alguma dignidade
ao que se tornara, nas últimas semanas -
9:28 - 9:31numa coisa quase desumana.
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9:32 - 9:35O cadáver foi levado para a cripta real
-
9:35 - 9:37do mosteiro de El Escorial,
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9:37 - 9:40aquele mesmo edifício majestoso
que Filipe tinha mandado construir -
9:40 - 9:43como símbolo do seu poder
e da sua fé. -
9:44 - 9:49A morte de Filipe II encerra
um capítulo fascinante e contraditório -
9:49 - 9:50na História da Europa.
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9:51 - 9:55O rei que dedicou a vida a expandir
e a defender o catolicismo -
9:55 - 9:58que enviou a armada espanhola
contra aInglaterra -
9:58 - 10:01que suprimiu revoltas,
nos Países Baixos -
10:01 - 10:03que unificou Portugal e Espanha,
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10:03 - 10:06terminou os seus dias
num esta de degradação tal -
10:06 - 10:10que chocou até os seus
admiradores mais fervorosos. -
10:10 - 10:13Há uma poderosa lição
na forma como Filipe II acabou -
10:14 - 10:16que contrasta com a vida dele.
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10:16 - 10:19Enquanto reinou, tentou
controlar tudo, -
10:19 - 10:24a política, a religião, a cultura,
os mares, os territórios distantes. -
10:24 - 10:27E criou um sistema burocrático
tão pormenorizado -
10:27 - 10:29que nada escapava ao seu conhecimento
-
10:29 - 10:32e, contudo, no final,
não pôde controlar -
10:32 - 10:36nem sequer as funções
mais básicas do seu corpo. -
10:36 - 10:40O homem que se considerava
instrumento de Deus na Terra -
10:40 - 10:43ornou-se num exemplo vivo
da fragilidade humana. -
10:45 - 10:49Os historiadores de hoje debatem
como a prolongada doença de Filipe -
10:49 - 10:53pode ter afetado as decisões políticas
nos últimos anos do seu reinado. -
10:54 - 10:57Alguns defendem
que o seu estado de saúde debilitado -
10:57 - 10:59o forçou a confiar mais nos conselheiros,
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11:00 - 11:02muitos dos quis não dispunham
da sua visão estratégica, -
11:03 - 11:06contribuindo assim para os retrocessos
militares eeconómicos -
11:06 - 11:09que a Espanha começou a sofrer.
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11:09 - 11:13Outros sugerem que a experiência
do sofrimento físico -
11:13 - 11:15pode ter atenuado a sua obstinação
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11:15 - 11:18e tê-lo tornado mais disposto
a procurar a paz -
11:18 - 11:22como podemos ver nalguns dos tratados
por ele assinados no final do reinado. -
11:22 - 11:24O que não se discute
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11:24 - 11:28é o impacto simbólico
da morte de Filipe II. -
11:28 - 11:30Para uma era em que o corpo do rei
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11:30 - 11:32representava o corpo do estado,
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11:32 - 11:35ver o monarca mais poderoso
da Cristandade -
11:35 - 11:38reduzido a um inválido
devorado por parasitas -
11:38 - 11:40foi um golpeprofundo
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11:40 - 11:43para as perceções de poder
e de divindade daquela época. -
11:44 - 11:47Se o rei ungido por Deus
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11:47 - 11:50podia sofrer de forma
tão terrível e humilhante, -
11:50 - 11:54o que é que isso queria dizer
quanto à ordem divina -
11:54 - 11:57que, supostamente, governava o mundo?
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11:57 - 11:59O filho de Filipe que viria a ser
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11:59 - 12:02Filipe III de Espanha
e Filipe II de Portugal, -
12:02 - 12:05herdara um império,
ainda vasto, -
12:05 - 12:08mas que já mostrava os primeiros
sinais do longo declínio -
12:08 - 12:11que marcariam o século seguinte.
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12:11 - 12:15Ao contrário do pai, ele não era
um administrador meticuloso, -
12:15 - 12:18delegando muito do governo
aos seus favoritos, como o Duque de Lerma. -
12:18 - 12:22Talvez horrorizado pelo fim
que tinha testemunhado. -
12:22 - 12:26o novo rei parecia mais interessado
em gozar os prazeres da vida -
12:27 - 12:30do que em consumir-se
no trabalho burocrático -
12:30 - 12:33que matara lentamente o seu pai.
-
12:33 - 12:37A morte de Filipe II recorda-nos
que, no final, -
12:37 - 12:42nem mesmo os monarcas mais poderosos
escapam à condição humana. -
12:42 - 12:46O rei que governava um império
onde o Sol nunca se punha, -
12:46 - 12:50sofreu um longo ocaso pessoal
doloroso e degradante. -
12:50 - 12:53O seu terrível fim mantém-se
um momento mori, -
12:54 - 12:56um lembrete da mortalidade
-
12:56 - 12:58que, mais cedo ou mais tarde,
nos torna todos iguais -
12:58 - 13:01quer sejam reis ou pedintes.
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13:01 - 13:04A história do poderoso monarca
que morreu agonizante -
13:05 - 13:08consumido lentamente
pela doença e pelos parasitas -
13:08 - 13:12é mais do que um conto macabro
para satisfazer curiosidades mórbidas. -
13:13 - 13:14É um lembrete poderoso
-
13:14 - 13:18que, por trás das coroas,
dos cetros e dos mantos reais, -
13:18 - 13:21existem seres humanos
frágeis e falíveis. -
13:22 - 13:24E que, por maior que seja
esse poder terreno -
13:25 - 13:26há limites
-
13:26 - 13:29que nenhum decreto real pode ultrapassar.
- Title:
- O rei que foi devorado por insetos: O fim de Filipe II de Espanha
- Description:
-
Governou um império onde o sol nunca se punha — mas, no final, nem mesmo a coroa o conseguiu proteger das mais pequenas criaturas. Neste emocionante relato histórico, desvendamos os últimos dias do rei Filipe II de Espanha: um homem outrora temido em todos os continentes, agora confinado a uma cama, consumido pela dor, pela doença e, por fim, pelos insetos. Esquecido pela glória, traído pelo seu próprio corpo e ridicularizado pelo enxame parasita que se alimentava dele, a morte de Filipe não foi apenas física, foi simbólica. Esta é a história de como o poder absoluto se desfez em silêncio e de como o rei que governou o mundo foi devorado por dentro.
Legendas em português de Margarida Mariz (2025)
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com
- Video Language:
- English
- Duration:
- 13:30
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The King Who Was Devoured by Insects: The End of Philip II of Spain | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The King Who Was Devoured by Insects: The End of Philip II of Spain |