PBL MKT ANO 01 FASE 05 2025 VIDEOCAST CONEXAO TECH IA E MARKETING

A Inteligência Artificial
já é uma realidade,

mas para que ela ajude
o marketing digital

a conectar as empresas
com os clientes,

a gente precisa conhecer melhor
dessa tecnologia.

Por isso eu trouxe aqui
um super especialista

para te ensinar a não contar
só com o ChatGPT

na hora de criar as suas novas ações.

Eu sou o André David e quem está aqui
comigo é o André Maluf.

A gente está maluco
para bater esse papo aqui,

porque a IA está
em todos os dias, né, Maluf?

Todos os dias.

Mas antes disso,
se apresenta para a galera

e conta quem é você.

Boa, sou André Maluf,
professor da casa,

mas também especialista
em marketing,

estratégia,
já trabalhei com publicidade

durante muitos anos
em algumas agências

e estamos aí para falar de IA,
é isso?

É isso, com certeza.

E cara,
eu acho muito engraçado,

a gente está falando aqui
no contexto de marketing,

porque eu sou totalmente da tecnologia

e quando eu estava na faculdade
estudando IA,

eu não tinha essa visão
de quantas aplicações

poderia ter para tantas áreas diferentes.

Quando a gente olha para o marketing
e para a Inteligência Artificial,

dá para identificar
quando esse namoro começou,

quando uma área começou
a reparar que a outra podia

apresentar grandes contribuições?

Olha, o que eu acho mais legal nisso
é justamente o que você falou,

o pessoal de tecnologia
está falando de IA,

Machine Learning e tudo mais
há muito tempo.

Uhum.

Para o marketing,

foi uma coisa que surgiu
meio de repente, sabe?

Você sai de férias ali
em dezembro de 2020

e não existia nada.

Quando você volta,
em janeiro de 2021,

todo mundo já estava com o ChatGPT
rodando e coisa do gênero.

Caramba, cara.

Então,
o start foi relativamente rápido,

mas esse namoro começa antes,

porque a gente já vem
dos grandes bancos de dados,

a gente vem dos bots.

- Já se dava uma importância.

Você já tinha a percepção
de que a tecnologia estava chegando.

Tem um fenômeno que é importante
em toda a comunicação social,

seja a publicidade e propaganda,

depois na parte
estratégica do marketing,

lá no jornalismo,
que é o volume de produção.

Antigamente,
quando você olhava um jornalista,

ele precisava produzir
uma pauta por semana,

duas pautas por semana.

Hoje, com a questão da internet,
dos portais de conteúdo,

jornalista, às vezes,
tem que produzir

duas, três pautas por dia.

- É humanamente impossível,
literalmente.

- Literalmente.

E na realidade do marketing,
não é diferente.

Antes você fazia
uma campanha de marketing.

Você desenvolvia um produto,
você trabalhava esse produto,

pensava no público,
desenvolvia uma campanha

que ia funcionar três meses,
seis meses, um ano.

Ou ela era esporádica,
era uma campanha de Páscoa.

Hoje, não.

Hoje, você precisa
diuturnamente divulgar o seu produto,

influenciador e uma série de coisas.

E a gente veio trazendo tecnologia
para o marketing.

- Um volume muito maior também.

- Muito maior de produção.

Do que uma peça ali,
outra aqui.

Todo dia, como você falou,
vai atualizando.

É, acho que não dá muito
para a gente desassociar atualmente

Inteligência Artificial,

o guarda-chuva grande,
das IAs generativas.

Essas que criam para a gente
alguma coisa.

E muito tem se falado das IAs

que geram imagem
e que geram texto também.

Como essas duas estão funcionando
meio que como pilar

dessas novas campanhas,
dessas novas ações de marketing?

É real esse uso nessas duas frentes?

Como você tem visto isso?

Na verdade, a gente tem visto
o uso massivo disso,

porque cai nessa questão
do volume, né?

A gente sai daquele marketing...
E vamos deixar claro, né?

Marketing.

Desenvolvimento de produto,
definição de público-alvo,

distribuição.

E não só a parte da divulgação
e da promoção no marketing.

Não só criar aquela peça
que vai ali naquele momento.

Então, as IAs começam vindo,
principalmente para formar bots,

respostas.

Ainda não era uma IA Generativa.

Era o uma IA para ajudar você
a atender melhor o seu cliente.

Isso começa a ser usado
pelo marketing.

Mas isso vai para a promoção
de marketing,

justamente para dar conta
desse volume.

Pensa que eu sentava
para produzir uma pauta.

Vamos voltar cinco,
seis anos atrás.

Eu tinha que olhar para uma campanha,

então estou atendendo
uma empresa de chocolate.

Eu precisava pensar em 60 posts.

Porque você precisava de um post,
de um Reels por dia, mais um texto.

A gente falava de você sentar
e produzir uma pauta

com 60 conteúdos,
90 conteúdos.

E no volume de trabalho,

às vezes você tinha que fazer isso
em dois ou três dias.

Nossa senhora!

E aí do nada,
em um belo verão,

aparecem as IAs generativas.

E você consegue escrever os assuntos,
jogar para dentro dela e falar,

olha, me traz insights,
me traz informações,

formata melhor meu texto,
cria variação desse texto.

Olha, me apresenta algumas
imagens como referência.

Isso aqui te traz volume,
te ajuda a lidar com essa demanda

que ela é cada vez maior.

Mesmo que não seja só falar,
monta para mim e pronto,

mesmo que seja
em um primeiro momento a nível

de me trazer um insight,
trazer uma correção,

ou essas referências
como você está falando,

para um artista criar,
ou mesmo uma própria ferramenta,

já foi absorvido com velocidade
pela turma do marketing.

Não,
isso foi imediatamente absorvido.

Agora a gente já tem a galera,
e com a evolução da própria IA,

ela vem evoluindo,
não só em quantidade de ferramentas,

mas as próprias ferramentas.

A gente começa lá com um ChatGPT
meio quadrado.

Hoje em dia,
você vai olhar um ChatGPT 4.0,

o negócio roda
que é extremamente diferente.

Hoje você já tem uma produção,
às vezes, autômata,

então você lança os assuntos
e ela já traz ali os posts e tudo mais.

Mas eu ainda gosto mais desse uso tutelado.

Uma coisa a mais, olha,
me traz referências, me ajuda aqui.

E quando a gente puxa isso
para o planejamento,

também existe um uso
de ferramentas nessa etapa?

Porque para mim é muito visual,

é muito fácil de entender
essa ponta final.

Bom, eu preciso aqui de uma imagem,

eu preciso de um texto
que acompanhe ela,

vou usar, sei lá,
o Mid-Journey e o ChatGPT.

Mas voltando uma casa,
nesse momento do planejamento,

dá para contar com o IA
para alguma coisa ou ainda não?

Eu acho que dá, porque assim,
primeiro que a IA,

ela facilita o processo de pesquisa.

Vamos entender que marketing,

a gente não está falando
de pesquisa científica,

estou falando de pesquisa acadêmica.

Então eu não estou falando
daquele academicismo

que eu preciso do artigo,
eu preciso me aprofundar.

Eu estou falando de uma pesquisa
em que eu preciso conhecer

mais o público,
eu preciso de dados,

eu preciso de informação
de um segmento,

eu preciso saber as datas
comemorativas

dos próximos seis meses,

eu preciso entender as tendências
que estão surgindo,

então a grande questão
é que eu começo o meu planejamento

rodando pesquisas
com uma facilidade enorme.

Ao invés de eu jogar no Google
o termo de pesquisa que eu acho,

eu começo a fazer perguntas
para IAs generativas e outras IAs.

Depois eu já tenho ferramentas de AI
que automatizam o calendário.

Que legal!

Então eu pego esses dados,
essa pesquisa e falo,

olha, distribui isso para mim
em um calendário,

planeja para mim um calendário,

pensa data a data
o que eu gostaria de fazer.

Sensacional!

Isso quando a gente fala
de marketing,

a gente está diminuindo
o prazo de planejamento.

Segundo que eu consigo melhorar
as minhas discussões.

Mas assim,
eu preciso jogar uma pimenta,

isso é o André Maluf
vendendo a IA para mim,

ou realmente você tem visto
qualidade nessas entregas,

nesses planejamentos?

Já dá para confiar?

Apesar de explorar muito tecnologia
e gostar muito de tecnologia,

eu brinco com os meus alunos,
eu falo assim:

Minha casa é 100% digital.

Minha Alexa de manhã liga
a cafeteira para mim,

assim, eu gosto de tecnologia.

Eu sempre tive um pé atrás com a IA,

porque eu sou acadêmico, né?

Mestrado, pesquisa,
eu sempre gostei da profundidade.

Só que eu entendo que as ferramentas
vieram para ficar

e não tem jeito
e essas ferramentas já entregam isso.

Você pega um gamma app,
por exemplo,

hoje eu não monto mais apresentação
para o cliente,

antes eu gastava, assim,
5, 6 dias

transformando todos aqueles textos,
as pesquisas,

a massa de dados
em uma apresentação estruturada,

que a gente olhava para layout,

hoje em 2 minutos e meio
eu pego toda essa massa de dados,

jogo para dentro de uma IA,
que cria um planejamento

em forma de apresentação para mim,
que mais uma vez,

vai ter interferência humana,
vai ser tutelada.

Eu vou chegar,
eu vou readequar,

eu vou mudar algumas coisas,
eu não estou pegando

o subproduto da IA
e saindo com ele na mão,

mas é inevitável esse uso e ele
tem acontecido de forma gritante.

Esse uso em parceria, né?

Você falou de dados,

transformar isso
em uma apresentação

e eu fiquei pensando
em uma parte que, para mim,

sempre foi muito difícil entender,
até porque eu não sou de marketing,

que são esses dados
que as plataformas geram

para a gente,
esses insights,

essas análises,
você abre, sei lá,

o teu Instagram e vai ver
como foram as últimas postagens.

Eu olho aquilo ali,
para mim,

só representa nesse dia foi bom,
nesse dia foi ruim.

Tive audiência, não tive.
-Exatamente.

É quase como aquela métrica
do ego,

hoje funcionou,
hoje não funcionou.

Já dá para usar alguma
ferramenta de IA

ou algumas ferramentas
para dar mais sentido a esses dados,

para entender melhor
o que está acontecendo,

para eu compreender melhor
o cenário onde eu estou atuando?

Pensa que, na média,
eu estou falando de marketing,

marketing é uma ciência
que nasce da economia,

do direito, da economia
e da administração.

Bem formal, né?

Ela é bem formal,

mas, no geral,
nos últimos anos,

quem tem seguido
a carreira de marketing

normalmente
não é um profissional que tem

um arcabouço matemático profundo.

Não estou dizendo que eles
são burros matematicamente, né?

Eu sei fazer bastante
estatística e tal,

está tudo certo.

Toda a minha formação é em marketing,
eu não estou fazendo aqui,

advogando em causa própria,
nem contra mim mesmo,

mas o que eu estou dizendo
aqui é que, por exemplo,

se você pede para um profissional
de marketing

fazer uma análise preditiva,

então,
baseado nesses comportamentos,

nessas curvas,
o que eu espero para os próximos meses?

A gente não tem,

ou a maior parte
dos profissionais de marketing,

não tem arcabouço estatístico,
econométrico, matemático,

para fazer uma análise
preditiva sólida.

Para executar
a tarefa da análise, né?

É uma análise muito mais qualitativa
do que quantitativa.

Hoje não.

Hoje, esse marqueteiro,
esse profissional de marketing,

ele ganha uma ferramenta que ajuda
ele a fazer uma análise quant,

que vai dar mais riqueza
para a análise qualitativa dele.

Então, primeiro que as próprias
ferramentas das redes sociais,

quando a gente olha para os ads
das redes sociais,

e quando a gente olha
para as ferramentas de insight,

eles já vêm com análises melhor
feitas do que antes.

Antes o algoritmo era passivo,
ele compreendia e agia,

então ele compreendia
e agia em causa própria.

Hoje o algoritmo é ativo,
ele é ativo em te propor soluções

e informações.

Isso já é um trabalho de IA
que a gente não vê,

porque a gente está acostumado
com essa IA generativa no marketing.

Isso aqui já é um trabalho
de inteligência artificial

que a gente não vê.

Segundo, que ele já te permite
o output desses dados

para outras inteligências
que fazem essas análises preditivas,

criam curvas futuras,
falam sobre tendência,

dizem quais são as tendências
para aquele conteúdo

comparando com seus concorrentes.

Então você ganha
uma riqueza dessa análise.

Mais do que ter o dado ali,
ter a métrica do ego,

foi bom ou não foi bom,
você começa a entender

para onde esses dados vão.

O que é possível fazer com eles?

Cara, isso é muito legal.

E é o tipo de conversa
que eu só ouvia falar assim,

quando a gente estava falando
de uma empresa grande,

de uma agência grande,
com muitos recursos.

Deu uma democratizada
ou é impressão minha?

Por exemplo,
se eu tiver uma startup

e contratar um profissional
de marketing recém-formado,

talvez alguém que está ouvindo
a gente nesse momento,

já é algo acessível
para esse profissional

usar essas ferramentas todas
ou isso ainda está restrito

a um grupo de empresas
que conseguem pagar por isso tudo?

Se você olhar para as ferramentas
que estão no mainstream,

elas não são baratas.

Se você tiver que pegar
todo o pool de ferramentas,

fica relativamente caro.

Se for para comprar o cinto
de utilidade inteiro, né?

Exatamente, você vai comprar
todo o cinto da Adobe,

que hoje está embarcado
com inteligência artificial.

O custo é alto,
logo R$300, R$400 por mês.

Você vai assinar o ChatGPT,
acho que $29 ou $39 por mês.

Se você for comprar tudo
que está no mainstream, fica caro.

Vale a pena,
mas fica caro.

Mas a gente tem uma série
de ferramentas surgindo,

replicando essas que estão
no mainstream,

elas estão replicando
as mesmas funcionalidades,

as mesmas coisas
de forma bastante inteligente.

Então a gente tem opção boa,
bonita e barata

no mercado nesse momento, sabe?

O BBB existe,
é só uma questão de garimpar.

Então olha,
essa aqui está cara,

mas você vai ter outras duas
ou três ferramentas usando,

embarcadas
de inteligência artificial,

que resolvem.

Então hoje um analista,
um recém-formado,

uma agência de publicidade
de um homem só,

consegue usar esse tipo
de ferramenta.

Cara, isso é muito legal.

Isso é muito legal.

Eu fico feliz
porque para várias áreas,

várias profissões,
a tecnologia traz essa facilidade,

esse acesso a um custo menor.

Mas um outro assunto
que eu queria trazer aqui

para o nosso papo é o seguinte.

Eu sempre elogio muito
as publicidades que chegam até mim

pelo Instagram.

Eu brinco muito, falo,
olha, o Instagram me entende,

ele me entrega coisas
que eu realmente quero clicar.

Claro.

Não quer dizer que eu compre todas,
mas às vezes

mostra ali um produto que eu falo,
é minha cara, é isso,

eu preciso ver como funciona.

Nesse momento eu não quero,
eu não tenho demanda por ele,

mas isso é muito legal.

Exatamente.

Fica sempre no meu radar.

A gente está falando aqui muito
de usar IA para entender o público,

para conseguir analisar para onde
está indo a nossa campanha,

se está dando certo ou não.

Como que a gente consegue usa-lá,
não sei se você consegue

dar um exemplo,
pensar no exemplo,

para entregar esse conteúdo
de qualidade

que é relevante
para aquele cliente em potencial?

Para outras pessoas terem
essa alegria que eu sinto.

O que dá para a gente fazer assim,
que workflow a gente

poderia seguir para conseguir
entregar essa relevância?

Só para a gente entender,

acho que para quem
está se formando,

para quem está estudando marketing,
isso é importante,

só para a gente entender.

Isso é uma inteligência
que as redes sociais

carregam há muito tempo,

que é a tal da inteligência do algoritmo.

Exato.

Uma série de conjuntos matemáticos
que facilitam a compreensão.

O Instagram, vou dizer,
não é nem o mais avançado.

Hoje o TikTok,
em cerca de 4 ou 5 scrolls,

ele já entende você ali
com uma assertividade de 80%, 85%.

Então qual que é a questão?

A rede social
já está fazendo esse trabalho.

A gente consegue baseado
em onde a pessoa olhou na tela,

tempo, clique, compartilhamento,
curtida, comentário,

saltos ou não saltos
na visualização de conteúdo,

a gente consegue
compreender muito o usuário.

Aí a questão é que não adianta
a rede social ter esse dado

e essa compreensão,
se você não sabe usar.

Ah, legal.

Eu ia comentar justamente isso.

Nossa, será que eu estou
elogiando para o lado errado?

Porque a rede funciona,
mas na outra ponta

a gente tem que ter um profissional
que saiba usar esse algoritmo.

E aí, como que você sabe usar?

Primeiro é tendo muita clareza
do público,

que você tem
ou que você quer atingir.

É por isso que em tempos
de tecnologia, de IA,

de algoritmo,
a gente continua desenhando persona.

Você tem que ter uma solidez
naquele público que você tem

ou que você quer atingir.

Uma vez que você tem
esses perfis mapeados,

você consegue transpor
a descrição desse perfil

para dentro das ferramentas
de marketing digital.

Então você consegue instruir
as redes sociais,

os seus algoritmos,

a gente consegue instruir
as ferramentas

e os buscadores sobre aqueles
perfis que nós já desenhamos.

Legal.

Então quer dizer que, sei lá,
a loja de quadrinhos

que sempre me entrega o conteúdo
que eu quero,

ela tem uma persona que,
por acaso,

eu me encaixo nela também.
-Se encaixa nela.

Ela alimenta a rede social
com essa persona,

mas ela também usa isso para criar
as peças que vão chegar até mim, né?

Eu também vou precisar adequar
essa persona para gerar imagens

que me impactem e para gerar
texto que me impacte também.

Tanto que hoje eu não brinco,
por exemplo.

Eu entro no ChatGPT.
Eu quero desenvolver um conteúdo.

A primeira coisa que eu faço
não é escrever o que eu quero,

não é pedir o que eu quero.

É pedir o que eu quero
e pedir que o ChatGPT

me faça 10 perguntas sobre o assunto.

Então eu entro,
por exemplo.

Eu quero te vender quadrinhos.

Eu tenho a sua persona muito clara.

Eu vou entrar lá e vou dizer,
olha, então aqui tem o André.

O André é um homem assim,
assim assado,

que mora em tal região,
que gosta de quadrinhos, etc.

Descrevi.

Eu gostaria de produzir
um conteúdo para ele.

Antes de me indicar quais seriam
os melhores conteúdos,

você pode me fazer 10 perguntas
sobre o assunto?

Por que tem essa etapa?

Porque você consegue aprofundar.

Você vai se obrigar a transcrever
a persona em mais detalhe

para que você seja mais assertivo
na produção do conteúdo.

Caraca, que legal isso.

Então você pede para fazer 5,
10, 15 perguntas,

que é justamente para tirar
da sua compreensão

para dentro da tecnologia
quem é aquela persona.

E aí a mesma coisa
com a rede social,

porque aí eu vou pegar
tudo isso aqui e vou transcrever.

Transcrever em conteúdo,
transcrever em imagem

e transcrever para o algoritmo
poder te atingir,

poder atingir as pessoas corretas.

E a gente fala muito
do lance do hype,

a onda chegou
e eu não consegui aproveitar,

ela passou e eu estou lá no final.

Em rede social isso é muito quente.
-Muito.

Você está falando para mim
de traduzir essa persona,

de criar coisas para ela,

mas um pouco antes da nossa
conversa você tinha falado sobre

a gente conseguir prever um pouco
do que vai acontecer.

O que a gente consegue aproveitar
dessas ferramentas

de inteligência artificial para conseguir
fazer uma previsão de, olha,

a gente precisa começar
a se preparar para soltar

esse tipo de conteúdo,
ou isso aqui está em voga,

dá para fazer isso
ou meio que para sempre

a gente vai ficar correndo atrás
do deu certo,

vamos fazer rápido?

Na verdade não.

Há muito tempo a gente
já não precisa fazer isso.

A gente faz isso de forma reativa,
um pouco por falta de conhecimento,

um pouco pela questão
de escassez de tempo.

Não dá para ficar prevendo muito.

Trabalhar com marketing
parece que você está trabalhando

com pastelaria,

você está o tempo todo
fritando pastel, mas é verdade.

Só que quando você tira um tempo

no seu dia ou na sua semana
para olhar a tendência,

é aí que você antecipa os movimentos.

E essa antecipação de movimento vem
por o que a gente fazia lá atrás.

Lá atrás como que a gente fazia?

Estou ficando velho, né?

Dez, doze, quinze anos atrás
como que a gente fazia?

Clipagem.

Então você pagava uma agência
de clipping

para ela monitorar todas as notícias
sobre determinado segmento,

determinado assunto
e você ficava monitorando.

Era notícia.

Tudo que saía em jornal,
revista, rádio, televisão,

você monitorava aquilo.

Hoje você tem dentro das IAs
uma ferramenta de clipping automática.

Então eu, por exemplo,
chego toda segunda-feira,

toda quarta-feira
e toda sexta-feira pela manhã,

eu abro o notebook,
cinco e meia da manhã,

antes de vir da aula,
antes de ir para a agência,

Começa um pouco cedo.
-antes de trabalhar.

Eu abro o notebook e peço para as IAS,

faça um clipping das principais
notícias do Brasil e do mundo.

Ela me traz lá um clipping
das principais notícias.

Por isso que eu falo
que o Chat evoluiu,

por exemplo, ChatGPT,
porque ele tinha um limite de tempo.

Exato.

Ele chegou olhando até 2017,
depois até 2021.

Tem outras IAs
que não tem esse limite de tempo.

Então você, por exemplo,
pega a IA integrada ao Bing,

ao buscador,
você consegue fazer um clipping

de notícia mais eficiente.

Então você consegue fazer o pedido
das principais notícias.

Poxa, eu tenho um cliente do agro.

Quais são as principais notícias do agro

que aconteceram assim,
assim e assado?

Ah, eu tenho um cliente
do mercado farmacêutico.

Estou trazendo exemplos meus.

Quais são as tendências?
Quais são as novas regras?

Existe alguma lei tramitando?

E aí você vai monitorando.

Você vai para a memificação.

Trend topics do Twitter.

Tem algum aqui que está surgindo
fora do Brasil

ou aqui dentro
que possa ser interessante?

Tem alguma hashtag surgindo?

Então, essa questão de clipagem,
de monitoramento,

a IA,
você não paga mais por isso.

A gente pagava caro por isso.

E você está conseguindo traduzir
para mim muito bem

a diferença entre existir
a ferramenta e a tecnologia

e você conhecer a área,
no seu caso o marketing,

para poder aplicar
aquela tecnologia à sua área.

Porque eu não saberia
fazer nada disso.

Eu consigo usar o ChatGPT,
as outras IAs para outras coisas.

Desenvolver um código.

Exatamente.

Mas se fosse:
"André, vende melhor com o ChatGPT?"

Não sei,

não entendo dos fundamentos
do marketing.

Não sei o que é a persona,
não sei aplicar e assim por diante.

Ainda nessa toada, então,
tem um negócio que eu detesto.

Nossa, do fundo do meu coração,
que é falar com o chat bot.

Eu não suporto falar
com atendimentos automatizados.

E não é só por ser automatizado.

É porque eu sempre sinto uma frustração de o que eu queria falar não

está aí.

Não está ali.

Ou a resposta que veio está incompleta.

Ou alguma coisa que está acontecendo em tempo real que eu queria que

ele simplesmente detectasse.

Olha, o seu pedido número tal, saiu.

Eu tenho que ficar explicando.

Tivemos já um avanço nesse relacionamento com o cliente.

Não só com o cliente do seu cliente, mas o seu próprio cliente.

Eu acho que aqui a gente poderia ter avançado mais e não avançamos

tanto.

Eu acho que houve um salto.

A gente concentrou energia em chat bots, atendimentos automáticos,

WhatsApp com bot.

A gente concentrou muito essa energia aqui.

Depois a gente migrou um pouquinho.

A gente foi aproveitar outras ondas e outras coisas.

E agora a gente está começando a voltar o olhar para cá.

Então, acho que aqui cabe um passo de evolução.

Já daria para esses chats estarem mais generativos, compreendendo o

que está sendo pedido e tudo mais.

Mas aí também é uma dificuldade de atendimento.

Quanto mais você acelera o atendimento, o problema chega.

Não tem mais represamento.

Porque você vai represando.

Então tem uma questão de que tem muita gente que não adota um modelo

mais generativo, um modelo mais inteligente.

Porque isso aumenta o fluxo.

Não vai dar conta daquela demanda toda que vai chegar.

Então você precisa corrigir toda uma operação antes de você avançar

nessa questão.

Já tem novidade chegando por aí.

Tem tecnologia que você está de olho falando.

Olha, essa nova abordagem da IA vai mudar minha vida.

Isso aqui que já estão testando pode ser legal.

O que você está de olho?

Porque eu sei que você é um cara que sempre já está de olho

na próxima coisa que vai acontecer.

Tem uma coisa que o Kotler falava.

Que o marketing vai chegar em um momento que ele vai ser people to

people, one to one.

Ou seja, ele vai ser um a um.

Totalmente individualizado.

E eu acho que a gente está muito perto dessa marca.

Então eu acho que as agências, as áreas de marketing têm que começar

a pensar em conteúdo individualizado.

Não tem mais conteúdo para pessoas que se parecem com o André.

Tem que ser para o André.

Tem conteúdo para o André, para o Bruno, para a Camila.

E tem essa busca tanto dos seus clientes quanto eu que sou o cliente

final.

Tem esse desejo?

Nossa, o André me ajuda porque eu quero entregar para cada um e não

só para o grupão?

Tem.

Isso é cada vez mais latente.

Para que eu vou ficar tentando desenvolver a representação de um

público se hoje eu já tenho inteligência dentro de mídia programática

e tal para entregar 300 campanhas diferentes?

Qual era a dificuldade?

Para eu entregar 5 mil campanhas diferentes eu precisava fazer 5 mil

artes.

Hoje eu não preciso.

Eu automatizo isso.

A arte se recria sozinha com o nome de cada um.

Com pequenas mudanças de texto a gente já faz isso com e-mail.

Você dispara para 10 mil pessoas criando ali uma variação, uma

condicionante para troca de nome, para uma série de coisas.

A gente já começou a fazer isso para a arte.

Então o design que cada um recebe já é diferente.

Nossa.

A criação que cada um recebe é diferente.

O texto é diferente.

Ou seja, há uma geração, há uma construção na mensagem que cada um

recebe.

Então eu consigo ser muito...

Porque eu tenho dado.

Sua rede social tem seu nome, tem sua data de nascimento.

No fundo você sabe quem eu sou, né?

Eu sei.

Então agora as ferramentas de A elas estão propiciando que a gente

crie também variações automáticas de arte e texto e que a gente faça

uma distribuição mais inteligente.

O que não chegou lá ainda são as próprias ferramentas das redes

sociais que não te permitem campanhas tão individualizadas assim.

Talvez até porque a gente está vivendo esse momento de regulação,

discussões.

Inclusive entrando nessa, Seara, a gente tem uma questão ética que

não dá para a gente fugir toda vez que a gente fala de pessoas,

não só de tecnologia.

E com a IA, pelo menos na nossa conversa, eu estou enxergando dois

grandes blocos éticos aí.

Um é no meu target nessa pessoa.

Puxa, eu conheço tão bem o André.

Eu já antecipo os desejos, os vícios, os gostos, as paixões.

E o outro é do viés do que a IA generativa gera e às

vezes não é adequado socialmente para o momento que a gente vive

culturalmente.

Ainda conta com uma série de inacurácias e infidelidades.

Como que você enxerga esses dois blocos éticos dentro dessa conversa

toda que a gente está tendo?

Olha, eu gostava muito de uma discussão antiga que dizia que a

tecnologia era a ética ou a moral.

Ela não era nem moral nem imoral.

Tudo dependia do uso dela.

Eu não sei se a gente pode dizer isso hoje em dia.

Eu não sei se a gente consegue ter essa discussão de que a tecnologia

é a moral ou a ética.

Eu não tenho certeza.

Eu acho que a gente tem que tomar muito cuidado, por isso que eu

acho que a supervisão humana ainda é fundamental em todo esse

processo.

Nós vimos aí algumas inteligências artificiais se tornando

antissemitas, se tornando racistas em questão de minutos e horas.

Exato.

A gente já viu alguns experimentos.

Então eu acho que você precisa monitorar muito fortemente aquilo que

é produzido.

Falando daquele bloco ali, a respeito das próprias inteligências

artificiais, eu acho que há uma questão necessária de monitoramento

humano, de uma tutela, de um cuidado, de um olhar, de uma visão

crítica a respeito daquilo.

Quanto ao usuário, aos limites éticos de compreensão e aprofundamento

do usuário e tudo mais, eu acho que aqui a gente precisa de uma

discussão maior.

Aqui há uma necessidade de discussão de uma regulação de uso.

Eu ia falar maior do que puramente ética.

Puramente ética.

A gente precisa entender, porque a questão ética e moral é

relativamente complicada.

E eu não estou dizendo isso porque eu sou contra.

Pelo contrário, eu acho que a gente tem que sempre olhar com cuidado.

Mas a questão é que a ética e a moral mudam conforme o tempo,

a cultura, a sociedade, o momento.

Talvez várias das coisas que nós façamos hoje no passado seriam

antiéticas, seriam imorais, bem como várias coisas do passado que

aconteciam naturalmente na sociedade a gente considera antiética e

imoral.

Então a gente primeiro precisa localizar a questão no tempo, na

cultura, na sociedade.

Então beleza.

Para a sociedade de hoje, o que seria um uso ético ou antiético?

A gente vai precisar rediscutir isso com alguma frequência.

Então esse é o primeiro ponto.

Então eu acho que aqui precisa do legislador.

Só que enquanto o legislador não age, eu não estou falando do

legislador brasileiro, eu estou falando de legisladores ao redor do

mundo.

Até porque é uma discussão que está quente em todos os continentes.

Mas eu acho que nesse ínter, enquanto a gente não consegue ter essas

regulações e essas discussões no nível institucional, a gente precisa

fazer a discussão com nós mesmos.

Você está montando uma campanha, você está liderando alguma coisa,

você concorda com o que você está fazendo?

Você acha que isso aqui passou do limite ou não passou do limite?

Você quer que a pessoa se vicie na rede social ou você quer utilizar

apenas o momento em que ela está?

Você quer colaborar para um sistema de vício, para um sistema de

dominância, para um sistema de criação de necessidade?

Antigamente o marketing afirmava com todas as letras.

Marketing não cria necessidade, cria demanda.

A necessidade é do ser humano, a gente só provoca o desejo.

Hoje eu já não afirmo mais isso.

A gente tem condições de provocar a própria necessidade.

A gente tem condição de provocar a necessidade.

Essa reflexão que você está trazendo é tão potente porque a gente

está aqui no papo todo falando de uma tecnologia, de ferramentas

pontuais, mas por trás dessas ferramentas tem pessoas utilizando e

tem pessoas sendo impactadas.

Não dá para a gente tirar o corpo fora e falar isso não é

assunto meu, a culpa é do chat GPT, a culpa é do Mid Journey,

a culpa é do André Maluf que ouviu um podcast, a culpa é da

gente, a responsabilidade como mérito.

Não dá para você soltar uma campanha, um post, um texto, não dá para

você abordar uma pessoa sem pensar sobre os efeitos daquilo.

Você precisa sentar depois que tudo foi criado, tudo que foi

produzido antes de veicular, você tem que pensar, isso aqui está

machucando alguém?

Isso aqui está provocando um desejo de compra em quem não pode pagar?

Isso é um perigo.

Quer dizer, quando eu provoco o desejo de compra em quem não pode

pagar, uma, posso criar frustração, isso seria um problema.

Dois, eu posso criar endividamento, problemas familiares, a gente tem

uma cadeia de responsabilidade que se você não parar por um segundo

antes de pôr a campanha no ar, você vai fazer besteira, como a gente

tem visto, com frequência a marca sendo cancelada, sendo discutida e

às vezes é uma coisa que você fala assim Ninguém parou e falou Você

vê que não é proposital porque assim, pararia e falaria, tem marcas

que você fala, não, tudo bem, essa aqui faz disco toda semana, essa

aqui sabe o que está fazendo, é método.

Agora tem gente que você olha e fala assim foi sem querer, passou,

passou do crivo, assim, está tudo tão automatizado e não pode ser tão

automatizado assim.

Olha, a gente está falando aqui do ser humano e agora eu vou ser

um ser humano meio mal um ser humano muito mal, peço até desculpa

quem está acompanhando o nosso papo, porque onde eu vou fazer

palestra, falar, alguém sempre me pergunta algo que agora eu vou

perguntar para você, que é André Maluf, a IA vai substituir a gente

ou melhor, eu vou até fazer um recorte a IA vai substituir os

profissionais de marketing nessas esferas todas que a gente está

debatendo aqui?

Acho que parte deles sim Acho que parte deles sim.

É uma resposta ousada essa ou você acha que ela bem realista assim,

bem calcada do que você tem observado?

Não, eu acho que ela é realista eu acho que parte dos profissionais

serão substituídos não estou dizendo que esses profissionais não

serão realocados Perfeito.

Perfeito?

Lá atrás a gente durante a revolução industrial a gente achava que as

máquinas substituíram as pessoas sempre que veio uma grande revolução

a gente olhou para isso e disse assim, vai substituir criaremos o

caos esse caos aconteceu em partes, mas nunca de uma forma a assolar

a humanidade completamente.

Tivemos momentos, tivemos momentos de muita dificuldade na humanidade

historicamente mas a gente sempre conseguiu se recuperar e realocar.

Dizer que a gente vai se recuperar e se realocar sempre é um certo

otimismo que eu não tenho.

Eu acho que em algum momento a gente não vai se recuperar de alguma

crise.

Afinal nós somos a espécie até hoje que mais rápido atingiu o domínio

do planeta.

Sim.

E de um jeito meio rock and roll De um jeito meio rock and

roll, mas todas as espécies dominantes anteriores acabaram.

Os dinossauros foram extintos, as espécies anteriores foram extintas,

todas elas em algum momento deixaram de dominar o planeta.

Então que a história humana um dia terá um fim que é pela IA?

Não sei.

Talvez não.

Que ela vai substituir uma parte vai.

Quais são essas partes jurássicas que você está enxergando aí do

marketing?

Eu acho que assim uma vez eu escutei, eu estava na verdade fazendo um

podcast com o Piazza que pra mim é um futurista bastante brilhante e

o que ele disse é, a IA vai começar ou ela vai substituir aquilo

que você não quer ou não gosta de fazer.

Então a primeira coisa é que você vai pôr a IA pra fazer aquilo

que você não quer ou não gosta.

Então essas são as primeiras coisas que vão.

Ninguém gosta de replicar o mesmo texto 60 vezes, 60 posts

diferentes.

Ninguém gosta de ter que atualizar uma função toda semana.

Ninguém gosta de ter que ficar postando um a um liberando o texto um

a um.

Então a IA ela vem primeiro pra substituir aquilo que a gente não

quer ou não gosta de fazer.

Depois ela vem pra substituir funções ou trabalhos que são

repetitivos e caros.

Ela vem pra trocar aquilo que é repetitivo e caro.

Então essas são as primeiras pessoas que vão precisar se realocar.

Algumas delas buscando conhecimento de como gerenciar essas IAs,

outras indo pra outras áreas, outras passando pra áreas no marketing

que a gente nem sabe que existem mas que vão existir.

Porque a gente vem numa cadeia de constante mudança elas vão existir.

Então a gente vai ter um público aqui se realocando.

Vai ter um público que não vai conseguir realocação.

Eu não sou um dos otimistas.

Eu acho que vai.

Eu acho que a gente vai precisar de políticas públicas pra lidar aí

com pessoas que vão perder suas funções e tudo mais.

Até que essas pessoas reencontrem outras funções pra gente não viver

esse caos que talvez um dia venha a acontecer.

Mas essas funções, primeiras que a gente não gosta, depois as

repetitivas são as primeiras.

Que daqui a pouco vai ter uma outra empresa experimentando, diretor

de marketing...

A gente sabe que vai.

Sempre tem um louco aí que vai substituir toda...

Vai!

Mas eu acho que isso vão ser coisas pontuais.

Eu acho que por ora, e pelo menos nos próximos anos, eu não enxergo

a inteligência humana sendo substituída pela inteligência artificial.

Cara, dando um pitaco numa área que não é a minha, que é o

marketing, ouvindo você falar...

Eu até adoraria ouvir sua opinião.

Mas ouvindo você falar no papo todo me faz muito sentido a sua

resposta justamente por conta disso que você falou.

Tem tarefas ali que são puramente repetitivas.

O que faz o André Maluf ser o André Maluf não é ele fazer

tarefas repetitivas.

É o que ele faz com o conhecimento que ele tem, com as ferramentas

que ele tem à disposição pra chegar ao objetivo melhor do que outros.

O objetivo mais rápido do que outros que seja.

Mas talvez seja uma questão de nós todos profissionais nos

adaptarmos.

A gente tem que se entender melhor como profissional.

Não dá pra gente se contentar todo dia, chegar no serviço, sentar e

ficar só replicando coisa.

Sendo o Charlie Chaplin, se dá pra gente não ser.

E essas atividades vão ser substituídas.

Essas não tem muito como porque pensando no âmbito capitalista,

empresarial e tudo mais essa é a primeira que o dono da empresa olha

e enxuga.

Ele vai enxugar porque ele fala, olha, com uma ferramenta que custa X

por mês, eu substituo essas atividades repetitivas.

E agora, o que essa massa tem que fazer?

Dentro dela a gente vai ter pessoas mais bem formadas, menos formadas

e tudo mais.

E o que a gente vai ter que lidar é com a realocação dessa

força de trabalho.

E aí vem o pensamento ético, moral de como a gente faz essa transição

de uma forma a não desguarnecer as pessoas.

Eu me preocupo muito com as pessoas que estão ali.

Como que a gente faz essa mudança sem desguarnecer essas pessoas?

Garantindo estabilidade, garantindo e tudo mais.

Mas ela é inevitável.

Então a gente tem que pensar em como a gente lida com essa questão,

como a gente colhe os efeitos.

E é uma preocupação de todos nós na verdade.

Não só de um ou outro, de uma área ou outra, de um governante

ou outro.

É de todos nós, seres humanos.

Cara, eu gostei tanto do nosso papo que eu queria pedir pra você

deixar uma dica pro pessoal.

Porque me parece que é um mundo muito vasto, o mundo da IA, a

gente sabe.

E me parece que um peixinho colocado no meio desse oceano vai falar

meu Deus, pra onde eu vou?

Eu nado pra frente, pra trás, pra cima ou pra baixo?

Pra galera que vai começar a colocar o pé nesse assunto agora, vai

começar a entender ou pensar pelo menos em como pode agregar

ferramentas de IA no seu fluxo de trabalho e no mundo do marketing.

Qual seria a sua dica inicial?

Aquela pra dar o start nessa chama dentro de cada um.

Olha, eu vou ser um pouco contra intuitivo agora e vou jogar um pouco

contra o que eu falei.

Antes de usar a IA, reforça suas bases de conhecimento.

Legal!

Pra mim é o seguinte, não dá pra você usar a IA, não dá

pra você sair produzindo pra marketing usando a IA, se você não tiver

muita clareza do que é uma persona, do que é um público-alvo, do

que faz o marketing, dos seus 4Ps, dos seus 7Ps, dos seus 8Ps do

digital.

Não dá se você não ler um pouquinho de sociologia, filosofia pra você

entender o que é o pensamento ético, o que é o pensamento moral.

Você precisa dar sua base de conhecimento sólido, porque a IA é muito

rápida.

Então a hora que você entrar nesse universo, e aí vai ter vídeo no

YouTube, vai ter curso da FIAP, vai ter curso livre da FIAP, a gente

vai ter conhecimento sobre como usar uma IA, como estruturar alguma

coisa, um monte, mas a sua base de conhecimento tem que estar sólida.

Quanto mais sólida for a sua base de conhecimento, melhor o seu uso

da IA posterior.

Me parece quase que a sua dica é um pra não ser substituído, não

seja substituível.

Muito bom André, sempre é um prazer enorme trocar com você.

Essa conversa aqui serviu pra encher a minha cabeça de novas visões e

com certeza a galera que escutou.

Então muito obrigado pela sua presença.

Eu é que agradeço meu cara, foi um prazer estar com vocês.

E você que acompanhou esse papo todo, pode notar que a IA não é

um monstro do futuro, mas também não é uma solução de todos os

problemas.

É uma bela ferramenta pra que a gente consiga unir aos nossos

conhecimentos e entregar cada vez melhor.