-
Frequentemente ignorado o
-
soma das partes mais importantes
de qualquer produção que você for fazer.
-
Eu sou Murilo Sanches, professor da FIAP,
e eu estou aqui tanto
-
com Cléber quanto com Deco, para conversar
e entender a importância.
-
Afinal, a gente tem o vídeo,
mas a partir do áudio
-
que a gente sente uma série de emoções.
-
Olá pessoal,
-
Meu nome é Cléber Herrera, sou produtor
audiovisual e professor aqui da FIAP.
-
Oi pessoal! Tudo em paz?
-
Sou o Deco, sou professor da FIAP
-
e também trabalho bastante
no campo do design,
-
fazendo trilhas para teatro,
trilhas para vídeo
-
e tenho uma produtora,
uma agência Quadrante, especificamente
-
voltado a esse universo da produção
de trilhas sonoras e vídeo, cenários.
-
Eu acho que uma coisa
que acontece muito na era, principalmente
-
quando a pessoa leiga ou ela
só consome ali o audiovisual como um todo.
-
Ela não entende que
existe uma linguagem sonora
-
para aquela pessoa.
-
O barulho, a trilha sonora,
a voz e tudo é som, né?
-
Tem uma coisa que eu acho interessante,
porque eu
-
partilha, talvez da mesma opinião
que a gente tem aqui no Brasil
-
uma Uma tendência é o pessoal entender
-
trilha sonora como só música.
-
Isso vem especificamente
por conta das novelas.
-
Então a Globo, na década de 70,
-
ela começa a fazer as trilhas sonoras
e vender a trilha sonora.
-
Então isso fica no inconsciente
das pessoas.
-
Aqui no Brasil.
-
E é muito louco.
-
Eu lembro, por exemplo,
quando o Tarantino lançou
-
Pulp Fiction e eu comprei o CD.
-
Na época era
-
talvez
os alunos não saibam que seja um CD.
-
Comprei o CD do Pulp Fiction
e aí vinha diálogo.
-
Eu fiquei alucinado, falei cara,
como assim diálogo e tal?
-
E para mim era algo novo.
-
E depois eu fui vendo que vários outros
-
discos, enfim, várias outras trilhas
sonoras,
-
traziam também esses outros elementos
que não era somente a música
-
que tinha, outros elementos
que compunham a trilha sonora.
-
Eu fico a meu bel percusso
-
dentro desse universo
sonoro do Saulo Design.
-
Ele eu acho que para mim
-
foi uma grande ruptura,
porque apesar de eu ter estudado música
-
e trabalhar com isso durante muito tempo,
eu acabei indo para uma escola de arte
-
e eu tive a sorte de estudar
na escola de arte fora do Brasil.
-
Então eu fiz mestrado e me fez o último
ano da graduação, mestrado e doutorado
-
na Universidade
-
Politécnica de Valência, na Espanha,
que também é outra coisa muito maluca,
-
porque é uma faculdade de Belas Artes
que tem mais de 500 anos.
-
Só que ela foi integrada
por uma Universidade Politécnica.
-
Então era você ter uma escola de Belas
Artes que trabalhava de outra forma.
-
Você tinha uma escola de engenharia
de telecomunicações que você fazia
-
o início e depois você escolhia
se você ia produzir sintetizadores
-
ou se você ia cuidar de telecomunicações
mesmo, se você ia ser engenheiro de som.
-
Então isso a gente tem uma
câmera analógica dentro da universidade.
-
Para quem não sabe a que é,
uma coisa, é aquele
-
é uma sala que não tem som. E.
-
Quando você
-
diz que não tem som,
é o máximo de silêncio possível.
-
E é curioso
porque você não pode passar muito tempo.
-
Ele é tratado.
-
Ele era usado para tratamento
psiquiátrico.
-
Eu não sabia dessa parte
do tratamento psiquiátrico,
-
porque eu me lembro que joguei de entra
porque eu queria danado ouvir o silêncio.
-
E quando ele entra lá,
de repente ele começa a ouvir sons.
-
Aí ele pergunta para o técnico
porque é que sei o que eu estou ouvindo?
-
Aqueles caras mesmo que você está ouvindo
-
seu batimento cardíaco,
você está ouvindo seu fluxo de sangue.
-
E aí, John Cage cria uma metáfora
que eu acho muito bonita, que ele diz
-
assim o silêncio.
-
Ele só existe como figura na partitura,
-
porque mesmo no cinema mudo,
o barulho de alguma coisa.
-
É tanto que ele faz uma obra que chama
dois, três, três, dois, 33.
-
Ele chega, senta no piano
no concerto, abre a partitura
-
que está cheia
-
de silêncio durante dois minutos e 33/2.
-
Aquilo gera um desconforto na plateia.
-
Então, aquele espaço que era o espaço
cênico, o espaço dedicado à música,
-
se transforma num espaço de silêncio
que não existem
-
porque as pessoas se moviam, torciam
e então elas sentem um incômodo.
-
Era o incômodo.
-
Passava a ser sonoro e era essa.
-
A intenção.
-
A intenção dele.
-
Então ele construiu
e remodelou a paisagem.
-
De uma certa maneira.
-
Ali, linguagem que ele queria criar,
uma linguagem
-
que a emergir das pessoas ali
não era uma coisa muito
-
era planejado,
mas ao mesmo tempo ele abraçava um caos de
-
de criar aquilo.
-
E pensando em linguagem sonora,
pensando em exemplos,
-
eu acho fenomenal
que tem algumas marcações sonoras
-
assim que elas nascem em filmes, séries
e afins.
-
E elas ficam depois ali no inconsciente
de uma maneira absurda.
-
Falando de Tarantino, eu gosto muito
da maneira que ele trabalha,
-
às vezes esse tipo de conteúdo.
-
E quando eu era bem pequena, vi Kill
Bill e cara, o que o Bill lhe fez?
-
Um eco sonoro da cultura pop
que hoje muitas pessoas vêm um filme,
-
vem uma série,
elas nem sabem e não devia referência,
-
mas tem uma série de sons ali,
desde sons de 2/2
-
a uma trilha que fica ali por dez, 15.
-
Cara, ele remodelou assim.
-
E que ele é o rei da remixagem dentro.
-
Não vou dizer que ele é o rei da
remixagem, porque George Lucas veio antes
-
e outras pessoas também veio antes.
-
Vieram antes porque a gente sempre fala
que eu digo isso para os alunos
-
e digo isso para todo mundo,
porque às vezes a gente
-
pensa que está no melhor momento do mundo,
mas tudo vai se tornar obsoleto
-
e observar as coisas
que realmente são importantes.
-
E a gente está sempre
sobre ombros de outras pessoas que
-
antes da gente tem essa coisa da remixagem
de Tarantino que é impressionante.
-
Ele não só remixar as imagens,
ele remix, elas são também
-
ele sampler, que é uma coisa do sample,
-
que as pessoas associam
muito a coisa do seu no som.
-
Mas ele tem essa brincadeira na imagem.
-
E antes que eu estava comentando
essa coisa da faculdade de balada,
-
acho que para mim foi muito importante,
porque pela primeira vez
-
eu tinha estudado música,
-
mas pela primeira vez eu entendi
-
o som, o som como matéria e
-
porque eu não pensava no som como matéria.
-
A gente pensar numa escultura
como matéria, a gente vê um quadro e tal,
-
mas o som como matéria
eu não tinha percebido essa potência dele.
-
E a primeira vez que eu entendi
o significado de um designer,
-
a gente estava fazendo um projeto
sobre obras históricas da Espanha
-
e a gente transformava textos literários
que tinham relacionados com som
-
em obras audiovisuais.
-
Então a gente tinha uma que se chamava
O suicídio.
-
No piano, tinha uma de Lorca, que era
romper um violão no amanhecer na praia.
-
As coisas malucas, sim,
mas essa era o suicídio do piano.
-
Então pegamos o piano, levantamos um
quarto andar e jogar o piano.
-
Por algum
-
motivo, o piano era um piano antigo,
obviamente, então estava aberto.
-
Eu estava com amigos e eu disse Puxa,
eu nunca vou conseguir isso.
-
Mas na minha vida eu fui
com o meu amigo de seguro gravado aqui.
-
Eu peguei uma chave de fenda
e passei assim na escola Blum Blanc.
-
Só da vez, sem nenhum intenção.
-
Se eu vou gravar só pra ter grana.
-
Gravei.
-
Vamos lá.
-
O danado do piano
chega ter uma expectativa enorme
-
pela caída do piano, porque na cabeça
das pessoas isso construído pelo cinema.
-
É fazer um. Barulho e fazer Bruno.
-
Só que ele não faz black.
-
É massa vezes e velocidade é meu amigo.
-
É o móvel cair.
-
Ele faz pra dura 4/2.
-
Levou mais tempo para subir o piano
e quando ele caiu ele fez plaft!
-
Eu acho interessante você falar isso,
porque a própria linguagem sonora
-
que a gente cria como um todo,
-
ela acaba substituindo o som de verdade
que as coisas têm, porque é assim, mas não
-
é uma ocasião que você nunca vai
-
tirando Déco assim.
-
É uma coisa que provavelmente você
nunca vai ver, né?
-
E aí, o que foi que eu fiquei? Disse.
Todo mundo ficou desesperado.
-
Como é que a gente vai fazer
o ruído do piano se o mundo inteiro espera
-
o som que a gente vê no desenho animado
lá da iTunes, que a gente vê esse negócio
-
aí eu disse putz, eu gravei o tal do,
-
Eu peguei a chave de fenda e gravei
O que foi que eu fiz na mixagem?
-
Juntei os dois.
-
O que aconteceu?
-
O sonho da mágica que todo mundo
esperava ver na hora que o piano caiu,
-
que foi a mistura da caixa
se destruindo mais
-
passada.
-
Mas foi sorte porque eu não fui eu.
-
Foi só ir ali.
-
Eu entendi
realmente o que é que significa.
-
Analisei
porque é muito legal que eu menti.
-
Mas como a coisa da mentira, como diz
Ariano Suassuna, eu gosto da mentira,
-
mas eu gosto daquela mentira
que é aquela mentira, aquela cavaleiresca.
-
Ela aumenta as coisas.
-
Então eu nada mais fiz do que dar
para as pessoas aquilo que elas esperavam.
-
Porque se eu desse a verdade, Oh.
-
Eu me lembro uma coisa
eu estava falando essa coisa do cinema.
-
E como que o cinema traz essa referência
sonora, né?
-
A gente não pode esquecer
que o cinema nasce mudo,
-
mas nasce sonoro
desde a primeira apresentação.
-
Tem alguém lá tocando no seu pianinho.
-
Tudo é tem uma.
-
Tem umas curiosidades aqui no Brasil
que o pessoal recebia
-
o filme, recebia a partitura,
mas o pessoal olhava aquilo falar
-
não vou tocar isso, eu vou tocar
o chorinho, eu vou tocar um samba meu.
-
E aqui em São Paulo
tem uns relatos assim do pessoal
-
saindo de um bairro, indo assistir
o filme em outro bairro,
-
porque o pianista daquele cinema
era melhor.
-
Então olha que legal, eu É óbvio,
a gente não tem nenhuma gravação,
-
mas eu gostaria muito de ter isso,
essa ressignificação que deram para ser.
-
Vivo, né?
-
Totalmente cara. Eu acho isso fantástico.
-
Foram em dois dias diferentes.
-
São duas coisas diferentes.
-
É uma coisa muito legal
que o Deco trouxe aqui.
-
Ele comentou que ele foi lá,
captou no momento oportuno, etc.
-
E aí tem aquela coisa da captação de áudio
e acho que todo mundo aqui,
-
principalmente
vocês, né? Mas eu tive ocasiões,
-
passou algum
-
perrengue com como captar áudio,
-
aquela questão que ou o microfone
é que não tá bom ou não tá na posição
-
correta, ou é o software que está trazendo
a informação do microfone
-
que não está configurada
e essa pressão de ruído e etc.
-
Que se faça um pouquinho
mais sobre captação.
-
Eu posso falar sobre um perrengue
-
perfeito.
-
O povo gosta de fofoca.
-
Tinha que entregar um curta
-
na segunda de manhã
e no domingo tinha acabado a captação.
-
Ia ser só edição
e essa era a finalização em fina,
-
só aquela coisa de detalhes
assim tudo bem.
-
Última cena
-
o técnico de áudio
-
pegou e falou
vou só ouvir e ver aquilo ou alguma coisa.
-
E eu não sei o que aconteceu.
-
Eu acredito que ele apertou o botão errado
e ele apagou
-
todo o som que a gente tinha captado
durante os dois dias anteriores.
-
Assim.
-
Então, literalmente, eu vi o cara
ficando vermelho assim Que foi?
-
Ele falou Paguei tudo.
-
Não tem nada, não tem nada. Não,
não, calma.
-
Vamos tentar recuperar.
-
Não conseguimos tirar o que?
-
Tudo que a gente gravou em dois dias
-
a gente teve que refazer, inclusive fazer
a D.R.
-
lá, a famosa dublagem dos próprios atores
que ficaram louco da vida.
-
Então isso também tem uma coisa, né?
-
Porque depois a gente assistia Emoção
era um pouco diferente,
-
o pessoal estava bravo porque era aquilo
acabou legal, os atores indo embora.
-
Não, Vocês vão ter que ficar para a gente.
-
Vai ter que fazer, gravar a voz de vocês.
-
Então.
-
Já não é a mesma coisa e a mesma coisa.
-
É diferente.
-
Quando você prepara o estúdio, vai lá,
faz a captação e tudo isso.
-
Então captação de áudio
-
é algo essencial.
-
Então acho curioso porque a gente vive
no momento consumindo rede social,
-
que é oito ou 80,
ou você está num ambiente tipo metrô,
-
sem um fone e você ignora o áudio,
você tira o áudio e via a legenda
-
e nesse momento
o áudio parece não ser importante.
-
Só que se você tiver a oportunidade
de estar com o áudio ligado,
-
de repente
a primeira coisa mais importante
-
se o áudio do vídeo tá ruim,
a pessoa já vai fica de saco cheio.
-
Parece que irrita, né?
-
Eu acho bem cruel esse efeito.
-
As pessoas conseguem ignorar o áudio
quando é útil
-
para elas,
quando é um contexto bom para elas.
-
Mas a partir do momento em que o áudio
tá ali presente, qualquer coisa presente,
-
se tiver ruim, chiado, barulho
incomoda, o pessoal só vai lá e
-
o próximo é outra coisa.
-
Tanto que uma coisa que
-
irrita muitas pessoas.
-
Eu tinha um colega que ele queria ver
filme, tinha acabado de sair.
-
Ah, ele ia tentar pegar
uma versão gravada de cinema.
-
O que incomodava ele não era o vídeo,
-
era o áudio, porque era uma gravação
de uma coisa passando.
-
Ele falava não vai.
-
Só que fica péssimo porque eu sou legal.
-
Eu falei realmente, né?
-
Mas é engraçado como isso.
-
Como começa com um problema de captação,
-
ele vira um incômodo ali
para a pessoa que está recebendo aquilo.
-
A gente.
-
Eu vou te falar
um pouco de tudo, da cadeia,
-
que eu acho que é uma coisa
que está começando no Brasil, um pouco,
-
mas a gente não tinha
essa coisa da cadeia, do processo.
-
O microfone está, coitado,
é como se você fosse
-
um dos primeiros movimentos que você
vai fazer no campo do áudio.
-
Quem é esse cara que vai trabalhar álbum?
-
Mas a gente precisa.
-
Uma coisa que é muito importante
-
é organização, decisão
de quantos takes a gente vai fazer.
-
Então, eu sempre
-
quando eu fazia microfone, microfonia,
essas coisas, eu sempre tinha notado.
-
Até que em um áudio está muito
essas coisas.
-
Elas são muito importante.
-
Então a gente tem que analisar sempre que
-
são técnicas e necessidades diferentes
-
da produção de um produto audiovisual.
-
Então o microfone está ali.
-
Tem que ser uma pessoa bem preparada,
conhecer totalmente o dispositivo,
-
ser uma pessoa extremamente organizada,
porque quando vai pra edição
-
dentro desse sistema de cadeia,
é para outra pessoa.
-
Se você tem uma ideia hoje
na publicidade das empresas de publicidade
-
hoje aqui em São Paulo,
elas funcionam em quatro turnos.
-
Então, muitas vezes o cara que trabalha,
eu chego e recebo um projeto
-
e não sou eu quem finaliza o projeto,
passa por Cléber
-
e continua desde o meu momento,
Depois passa para você
-
e continua desde o momento,
Depois passa para mim.
-
Você tem umas anotações
e vai funcionando assim.
-
Então, não necessariamente existe um
volume intenso de publicidade de coisas.
-
Então às vezes a gente tem que entender
que esse sistema de cadeia
-
é muito importante para eu participar
desse sistema de cadeia.
-
Só de mixagem, por exemplo,
eu tenho que entender muito do software.
-
Eu tenho que saber dos plugins
-
porque eu tenho que saber do
por da mesma forma que você que você.
-
E o sistema de captação é a mesma coisa,
-
então a gente tem que aprender e eu
acho que isso facilitaria muito o universo
-
entender que são ofícios diferentes
dentro de um mesmo sistema.
-
Por exemplo, a gente tem a captação,
cinema, troca do filme.
-
Aí a gente tem uma captação de filmes
que tem uma característica,
-
a gente tem essa captação que nós estamos
aqui, que tem outra característica.
-
Eu tenho uma captação para teatro
que vai ser ao vivo,
-
eu tenho que definir
onde estão os microfones,
-
se vai ser aquele que está aqui,
se vai ser no teto.
-
Então o universo só da captação.
-
Eu vou captar banda.
-
Que é outra.
-
Qualquer outra coisa.
-
Mas ele está dentro do escopo de captação.
-
Então, se você for perceber
dentro da cadeia desse universo sonoro,
-
só de captação,
a gente tem quatro ou cinco formas
-
e campos de atuação
que são completamente distintos.
-
Mas não deixa de ser captação.
-
Estúdio de TV, estúdio.
-
De TV,
tudo de estúdio, de rádio, entendeu?
-
Então, isso é curioso
e eu falo isso para os alunos,
-
que é da nossa disciplina disciplina,
seja disciplina de som, design
-
ou seja lá o que for.
-
Ela é um despertar,
porque obviamente ela é um despertar.
-
Porque eu posso despertar
para ser um locutor,
-
mas eu posso despertar para captação,
eu posso despertar para o software.
-
Eu não preciso ser um músico
para ser um salão de design.
-
Tem a
-
captação de fole que eu mostro muito isso.
-
É o exemplo mais legal
que eu mostro na sala.
-
É que os fatalities do Mortal Kombat,
o pessoal comendo banana
-
e pegando pimentão na frente do microfone,
fazendo
-
você pode pegar
-
se você for pegar a grande virada
da Lucasfilm, a espada laser
-
nada mais é do que aquelas mola
que criança brinca de ferro
-
com piezo elétrico que nessa de fingimento
o 0,50 € é uma fita.
-
E o cara puxou, soltou e gravou.
-
E o mais legal nessa fala do pimentão
ali para quebrar o osso,
-
lei que o cara pegasse um corpo, quebrasse
o osso, som ia ser tão.
-
Maléfico.
-
E maléfico, né? Não?
-
Não daria o que é necessário.
-
Tem um tópico.
-
Eu queria falar bastante que
-
acho que assim para a gente é muito claro,
mas não é tão simples assim.
-
Quando você está começando,
quer entender que você editar
-
som, mixar som é a mesma coisa ali.
-
Eu estava vendo recentemente um vídeo da
editora que ditou a terceira temporada de
-
e está falando de ter que
-
nomear as coisas
e ela mostra o premier deles ali.
-
O negócio sim, cara, desesperador.
-
Você contrata 1 milhão de camadas,
1 milhão de coisas.
-
Que você não está vendo produz.
-
Muito.
-
Outros softwares.
-
E aí eu fico pensando é pra gente
contextualizar um pouco melhor.
-
Não há qualquer diferença de você editar
e de você mixar o som ali.
-
A gente tem que pensar eu tenho que voltar
para essa ideia do sistema, desse, da.
-
Produção.
-
Da produção, porque isso é interessante.
-
Você vai ver nos estados e todo mundo
sempre vai dizer a indústria,
-
que sempre se refere a indústria.
-
A indústria.
-
Cinema, seja de que área for.
-
Então,
dentro da indústria do universo sonoro,
-
a gente vai ter um grupo que vai se fazer
só um grupo que vai fazer só captação.
-
O grupo vai fazer só trilha,
um grupo, vai fazer só a mixagem
-
e a criatura final
que vai juntar tudo isso.
-
Então, se você
-
for vendo, a
gente vai trabalhando por camadas, sempre.
-
Eu vou chamar Hans Zimmer
para fazer a composição,
-
por exemplo, ou vou chamar alguém
para fazer a composição.
-
Ele vai cuidar da trilha.
-
Villa Lobos, por exemplo,
o nosso Villa Lobos.
-
Ele foi convidado para fazer
uma trilha sonora nos Estados Unidos.
-
Ele leu tudo, chegou lá, leu
o roteiro, fez a trilha, chega nos Estados
-
Unidos, entrega a trilha e o cara
fala assim
-
É assim que
é assim que funciona? Não, não.
-
Mas aqui está a trilha pronta.
-
Mas o filme nem foi rodado ainda,
-
porque quem você passa isso também.
-
Você pode explicar que as cenas
não são. Filmagem.
-
E é também quais são as tuas preocupações
na hora que você vai fazer a captação,
-
ele se preocupa na voz.
-
Então tudo acontece,
vai acontecendo na pós produção.
-
Ou seja,
-
tem aquela coisa preciso, antes de mais
nada, colocar os sons no lugar.
-
E aí eu vou responder uma coisa que foi
que eu aprendi na Escola de Belas Artes,
-
que meu orientador falou Olha,
-
ele falava se eu usar a imagem do som,
ele pode vir de vários lugares.
-
Mas ele dizia que uma das coisas
mais interessantes é pensar que a música,
-
ela é a organização do som no tempo,
porque você tem uma partitura,
-
você tem uma cena,
ela tem um começo, meio e fim.
-
É a arte sonora,
a escultura é o próprio sal.
-
O design é a organização do som no espaço
e no espaço.
-
Tanto esse da tela
-
do que a gente vê na tela
quanto aquilo que a gente não vê.
-
Você falou do seu amigo e do som
por que ele sentia ruim no som
-
e eu vou te explicar
porque é a única coisa que comunica
-
a gente, como a tela e o som, Porque o som
no estar dentro da tela, o som
-
tá saindo da caixa e está movimentando
moléculas de ar ali junto com a gente.
-
Então você está vendo um filme e
que de repente se escuta um carro passando
-
ou você vê uma explosão?
-
E quando o cara porque o Michel chiou?
-
Ele é um cara muito bacana, é um teórico
-
e eu acho que para mim é muito legal
o que ele dizia
-
assim que as primeiras pessoas
que colocaram sons na cabeça da gente
-
foram os escritor de livros.
-
Poeta
porque ele descrevia um espaço e tal.
-
Isso foi passado,
claro, e chega no cinema.
-
E o som
-
é diferente
no livro, porque se ele fala de uma praia,
-
a tua praia, uma tua praia, outra,
eu cresci na praia,
-
então a minha praia é outra.
-
Mas aí no cinema não.
-
Ele te dá imagens, mas ele te dá.
-
Ele faz viver através do sonoro.
-
Você falou uma coisa que eu achei
muito interessante.
-
Aí voltando a questão da indústria, tem.
-
Uma cena do Homem de Aço
dirigido pelo Zack Snyder,
-
que quem fez a trilha sonora
foi o Hans Zimmer
-
e nos créditos dos DVDs
eu sou ainda um apaixonado por DVD.
-
E justamente por essas coisas
tinha uma coisa muito legal
-
que é justamente ele
criando toda aquela ambientação sonora.
-
Então primeiro foi feita toda a edição,
chega pra ele sem som nenhum, né?
-
Só com o som direto ainda sem ser tratado
e ele começa a fazer a trilha.
-
Então ele fala para o violinista
Faz aí, dá. Uma.
-
Errada, faz alguma coisa assim
e eles estão lá no processo criativo.
-
Quem chega? Os Zack Snyder.
-
E aí tem uma coisa que você percebe
muito bem, que o Hans Zimmer muda
-
assim muda
-
a coisa, ele fala de vez em quando
eu deixo algumas pessoas
-
entrarem no meu ambiente de trabalho,
porque ali quem manda é ele.
-
Ele não é mais o Zé que era.
-
Acabou o trabalho dele, mas você percebe
que rola um certo estranhamento, tipo.
-
O nome desse trabalho é que o Jan Zimmer,
-
querendo ou não, ele estava pisando
num território do John Williams.
-
Ele era super homem e etc.
-
E o cara tem que se reinventar, né?
-
Porque eu percebo um designer,
uma coisa assim
-
tem um limite entre a homenagem,
a preguiça e quando eles querem fazer
-
aquela cena bonita,
eles pegam a música que já existe,
-
só muda um pouquinho ali e o cara
não opera.
-
E eu vou lá e.
-
Vou recriar e vou repensar
isso, que é muito difícil, né?
-
Eu gosto também de alguns filmes
que pegam a gente falar aqui do Tarantino.
-
Tarantino
brinca muito com isso, de pegar algumas,
-
algumas músicas e ressignificar,
-
ou seja, de colocar em um espaço.
-
Por exemplo, você está
ouvindo, está no velho oeste,
-
está ouvindo uma música que não tem nada
a ver, né?
-
Eu fui a Coppola, faz música?
-
Coppola Isso é o que é isso?
-
É o tal do anacronismo.
-
Isso, Isso tem um termo
que se chama anacronismo.
-
Porque o que é o anacronismo?
-
Anacronismo
é quando duas épocas convergem.
-
E aí eu vou te dar um exemplo claro.
-
Por exemplo, se você andar no centro de
São Paulo e for ali na região da Sé,
-
que você tem o pátio do colégio
de que era o pátio do colégio, sei lá.
-
O padre meio que aí do outro lado da rua
você tem um prédio 1970.
-
Então arquitetonicamente
você tem o anacronismo, o grande
-
eu nunca sei dizer
se num Grande Gatsby. Gatsby.
-
Esse,
-
por exemplo, é um exemplo muito forte
do anacronismo, né?
-
E Sofia Coppola também. Outro diretor.
-
Brinca com isso.
-
E faz anacronismo.
-
Eu lembro da cena de Django Livre que está
tocando uma música bem rap anos 2000.
-
Assim, ele está no velho Oeste. Da casa.
-
Esperando ele.
-
Américo Moriconi Tá tocando rap.
-
E misturando tudo.
-
Isso sem falar de diretores
que são bem isso, que misturam bem.
-
É que você lembra de tudo como um todo.
-
É o exemplo mais cultura pop
que eu acho que as pessoas estão ouvindo.
-
Vou lembrar o James Gana
quando ele faz Guardiões da Galáxia.
-
Ele tem muitas cenas que se você ouve
a música, você vê o vídeo,
-
ele corre, você vê o vídeo,
você ouve a música, sabe,
-
parece que parece que você fez
o download do MP4 da sua cabeça.
-
E aí quando você se lembra de uma coisa,
a outra já vem, né?
-
Mas isso é o mais curioso.
-
E aí eu vou para um tema,
eu vou falar de teóricos aqui,
-
já que a gente está falando
para os árabes também.
-
E tem um cara que eu gosto muito,
que é o Vitor Koch.
-
Vitor é um teórico do som.
-
Ele fala uma coisa que é boba,
mas é muito legal que assim,
-
quando eu olho, ele é totalmente objetivo,
-
mas quando eu escuto não, eu escuto
subjetivamente.
-
Por isso que o som invade a sala,
ela não invade a sala,
-
ela não vai soar no meus ouvidos,
Ela vai no meu corpo inteiro.
-
Você vai ver um surdo, por exemplo.
-
Ele vai dançar.
-
Ele sabe dançar no ritmo, porque o som,
-
como provado por John Cage, não existe.
-
O silêncio existe sempre uma expressão,
entendeu?
-
E é isso.
-
No filme Terremoto, lá dos anos 70,
foi isso que eles fizeram.
-
Vai ter uma caixa para
-
o subgraves, que hoje é totalmente normal,
-
para fazer o povo sentir no corpo.
-
Me lembra muito
aquele desenho de South Park Cartman
-
a noite inteira procurando a nota marrom.
-
Você se lembra desse episódio?
-
Eu não vou contar
-
porque no episódio Muitos catalães,
porque era uma nota específica.
-
Então é isso.
-
A nota que faz o agudo
ele dar a tua testa.
-
Como é que tudo o que você vai ver
o personagem já escutou?
-
Tem uma cena do Whiplash.
-
O cara sofre um acidente, um carro,
-
ele era atropelado por um carro
e você escuta o ruído fino
-
ou de bomba.
-
Então é uma representação sonora
que nem você.
-
E quando se dá uma topada,
-
eu nunca sei se aqui em São Paulo
tem palavra que eu acho que é do.
-
Para.
-
Quando você bate o dedo.
-
Topada para, né?
-
Porque às vezes eu penso
que as palavras têm lugar e é aí que você
-
dá uma topada.
-
Sabe aquela aquela dor
que dói até o último fio do cabelo?
-
Você escuta até tua alma gemendo.
-
Então, no cinema
eles precisam fazer isso também.
-
Só que só a imagem.
-
Ela não te dá a. Resposta.
-
Porque a imagem está na tela.
-
Ela é totalmente objetiva
-
e se não toca, ela mal só entra.
-
Passando por aqui.
-
Muito. Então ele entra na tua alma aí.
-
60 A dor do cara você sente a angústia,
mas quando assimilado o Deus dos anéis
-
é lá, lá. Lá. Trier é, ele é o.
-
Eles tinham
até uma coisa de fala da música.
-
Eu falei tudo,
Então eu levantei e tinha uma turminha lá.
-
A vida neles vale Alepo.
-
Você pega aquele dirigindo no escuro,
eu acho que é Kombi.
-
O pai dançando,
dançando no escuro, que ela é cega,
-
meu amigo, assim.
-
Que é o musical.
-
Eu sempre digo pra galera o seguinte
veja se vai trabalhar com o som.
-
Com cinema
você tem que ver tudo para ter referência.
-
Tem coisa que é dura, tem coisa que eu
não gosto, tipo esse filme.
-
Ele é duríssimo,
-
mas se eu for trabalhar com cinema
e trabalhar com som,
-
não dá para não ver um filme
exatamente perfeito,
-
Porque se eu ficar só vendo filme
blockbuster,
-
veja só, eu estou falando de som,
estou falando de design.
-
Se você pegar um filme dos anos 50 anos,
60 até anos 40, por exemplo,
-
o Vampiro Dusseldorf,
-
eles tem muito mais importância
-
sonora do que qualquer filme
de coisas que você vai ver hoje.
-
Qualquer um.
-
Sério, estou falando de blockbuster.
-
Está aí.
-
Eu vou emendar duas referências
que eu acho muito legais
-
Uma é O Céu de Lisboa,
-
do Vinho Wenders,
que foi um filme para ele.
-
Ele foi muito massacrado
porque ele não estava.
-
E para quem não sabe,
o Win Wenders é um cineasta alemão
-
muito ligado àquela motivação de
-
tentar
integrar as Alemanhas na década de 80.
-
Enfim.
-
E aí ele vai para Lisboa e aí é um técnico
de som que fica captando sons.
-
Eu acho um filme assim belíssimo.
-
E aí tem essa coisa do cara ficar
observando o passarinho,
-
o som que passa, tudo que é um pouco
o reflexo do técnico do som.
-
É um tiro na noite do Brian de Palma,
que o John Travolta
-
faz o técnico de som que é a mesma coisa
-
e aí ele sem dar spoilers, ele dá um,
-
ele grava um tiro
-
e um atentado e aí o filme se desenrola.
-
Mas é muito legal
essa coisa dele ficar ativa
-
até o microfone e é um pouco.
-
A gente tem essa coisa.
-
Eu sempre brinco que quando a gente tem
essa coisa do microfone
-
ficar, ouvir, é quase um voyeur, né?
-
Que você fica,
você fica querendo ouvir e você fica aqui.
-
Então,
-
eu já vi alguns,
-
algumas pessoas que gravam ah,
se eu falo escuta, gravar tudo.
-
Lembra de um?
-
Você lembra do 14 zero meia zero 11 14?
-
Bom, elas eram 11, 14
era o meia que vendia umas 20,
-
Vendia meia varina,
vendia vaca, Ganso 2000 era propaganda.
-
Sim, é um canal que.
-
Vendia e vendia na avenida.
-
Tudo vendia vaga e
até fizeram uma competição entre agências
-
2009, sei lá, tudo com a David Varina,
que nada cortava, Pô,
-
Mas a questão é que eles vendiam
uma coisa que amplificava o som.
-
Era uma das Greg Elias lá que ele vendeu,
amplificava o som e aí uma das cenas
-
era justamente essa era uma praia
e ia passando a moça, ela escutando assim.
-
Aí eu vi outras e nossa,
como ela está bonita!
-
Então ela se sentia envaidecida,
porque na verdade ela estava
-
amplificando as questões sonoras dela
e indo além, porque é muito divertido.
-
Se você não fez, eu sempre
sugiro põe um gravador,
-
põe no ouvido e abre o microfone
mais amplo que você pode.
-
Vai lá para o meio da Paulista.
-
Nossa, é como se você tivesse
-
escutando, sabe daquele dez em
-
eu estou escutando tudo Para de escutá la.
-
É impressionante.
-
Eu ouvi de Deus
-
tudo ao mesmo tempo ali.
-
Uma coisa que é bacana é que os alunos,
eles sempre acabam.
-
A pergunta que a gente recebe diariamente
Eu estou falando aqui de sound design
-
e estou falando de edição de mixagem
que a gente tem de software
-
e tecnologia hoje,
que acaba sendo mais posto no mercado ali.
-
Porque uma coisa que eu falo muito
com os meus alunos lá,
-
em outra outra área, claro,
mas eu comento muito que assim
-
tem o que eu posso usar em casa,
ter o que eu vou usar no estúdio.
-
Tem as coisas que o mercado aceita
e tem as coisas que você pode usar
-
para fazer coisas mais indies,
mais fora do
-
do Stroheim, Stroheim.
-
No campo do som.
-
Engraçado que se fala sobre o novo,
-
mas é o contrário,
é o velho e o velho produz
-
porque eu produzo
e ele é o primeiro software e tal.
-
Mas aí a gente vai entrar em uma outra
questão, porque, veja só,
-
se a gente
-
for pegar usando, eu vou falar dos anos
80 para cá especificamente.
-
Não vou nem falar dos anos 70,
porque aí era outra coisa.
-
Não vou falar dos anos 80 para cá.
-
Existe uma evolução muito grande
na captação e na mixagem.
-
Todo esse sistema que vira
e até chega nesse movimento
-
que é nosso,
que agora que é caseiro, está certo.
-
As grandes indústrias estão usando
bastante o produz, usam no ainda uso.
-
Se você for vai trabalhar, produz
e tem muita gente
-
utilizando até o 20 também
para fazer só mais outras produtoras,
-
porque aí você está falando de edição,
-
mixagem, finalização.
-
Outra coisa é o processo criativo.
-
E aí a gente já vai falar
dos instrumentos virtuais e tudo isso.
-
Então já existem softwares
que são muito melhores,
-
como o Live to Live
ou o próprio Logic Pro,
-
que os estúdios já estão utilizando eles
-
como processo anterior
não significa não significa que
-
eu não vou conseguir finalizar o vídeo
com Ripper,
-
com o botão, com a guerrilha
você finaliza com qualquer coisa
-
software por fazer
-
na mão, cortando fita não vai finalizar
com qualquer software que você vê lá.
-
A web forma.
-
Pelo amor de Deus,
basta você ter a tela que você vê o filme
-
que você põe lá, aparece o filme
pronto, aí você consegue fazer as coisas.
-
Agora.
-
Tem essa questão do campo de criação
também.
-
Você precisa o produto.
-
Ele é um software muito antigo.
-
Ele é um dos primeiros a surgir
junto com ele.
-
É tudo isso.
-
Mas aí ele foi se adaptando tanto
ao universo de criação do cinema
-
que ele tem ferramentas
que facilitam bastante
-
na hora de você mixar
-
e masterizar para cinema.
-
Claro que você não vai fazer só com ele,
porque você vai depender
-
dos plugins externos,
que muitas vezes são muito mais caro
-
do que o danado, entendeu?
-
Mas na hora da criação do Mire,
porque aí é outra história.
-
Porque eu acho que para falar de design
a gente tem que falar de sistemas.
-
A gente tem que falar de mim,
tem que falar de outro mundo,
-
porque assim são sub universos, são sub.
-
Por isso que eu falo,
-
porque a aula é o lugar onde você vai
ter o primeiro respiro,
-
a primeira coisa sobre aqui.
-
A aula começa aqui, não termina.
-
Ela não termina porque só de captação,
-
só de mixagem, Só isso aqui.
-
O que você está
falando? Uma coisa interessante
-
a respeito do ProTools
-
é produzam um software de áudio.
-
É uma Dal que chamam
no digital de workstation.
-
E, por exemplo, eu vejo muita gente hoje
-
mixando, trabalhando o som.
-
Não vou nem falar mixando, mas trabalhando
o som em softwares de vídeo.
-
Eu particularmente
eu também vendo essa coisa
-
dessa etapa de produção
e pra mim me incomoda.
-
As vezes eu falo poxa,
-
tem um software lá que é melhor,
que vai te dar mais recursos.
-
Começa pela interface,
-
que não é uma interface feita para aquilo,
um eu olho,
-
eu vou falar dos alunos, falar mal do
vou falar mal dos alunos
-
agora por preguiça
eles acabam fazendo tudo no premier
-
porque você tem as pistas de ar
e o áudio e o áudio e o áudio.
-
Aí agora o que foi que eu resolvi fazer?
-
Vocês tem que fazer no Ripper
ou no Audition,
-
Tirar print das do workflow.
-
Também faço isso.
Você faz isso também, entendeu?
-
Porque senão eles não enrolavam né?
-
E como eu também tenho utilizado
bastante inteligência artificial no apoio
-
dos alunos, aí
-
o novo
-
Premier,
ele está querendo roubar um pouco do
-
ela é maldosa, o novo Premier
agora ele veio com uma parte de áudio
-
já meio específica,
que você já muda a interface do áudio
-
e assim
-
eu não sei se vai pegar,
-
porque você precisa reeducar todos
os estúdios do grandes estúdios do mundo.
-
Não é verdade?
-
Tem que convencer de que eu não sei.
-
E eu vou dizer pra você
Você pode até facilitar
-
por o editor de vídeo que vai lá
se arriscar o áudio, mas o editor de áudio
-
do menino que está começando
agora usando o FL lá na quebrada,
-
até o cara lá é mega ultra hiper,
-
ele não vai usar no software de vídeo,
-
pelo menos neste momento eu duvido muito.
-
A coisa de nicho
acho que vai para cada nicho ali.
-
A interface cara,
-
a interface, você olha para interface
com essa interface gerar estranhamento.
-
A pior coisa.
-
O problema não é fazer só um design,
fazer música.
-
Eu falo isso porque assim eu conheço
a estrutura de música com essa estrutura.
-
Claro que depende de outros conhecimentos
e tem outros fatores,
-
mas a interface, meu amigo,
se você não souber
-
como aquela interface funciona,
você pode ter todas as ideia do mundo.
-
Eu me lembro da primeira vez que eu vi,
por exemplo, não do áudio,
-
mas eu me lembro
que eu vi interface do Photoshop.
-
Eu não conseguia fazer nada.
-
Eu não sabia eu apertar o botão,
eu ia apertar o próprio Premier.
-
Eu olho para aquela interface e tem que
botar um pontinho, tem que baixar.
-
Mas tipo nossa,
-
o que eu faço?
-
Eu me seguro do software.
-
Eu acho que eu fico angustiado
olhando para o.
-
Primeiro software de áudio que eu mexi
foi o Sony Vegas.
-
Da que era pra vídeo também não.
-
Era porque ele era mais indicado para
para áudio, né?
-
E aí, ali, no final dos anos 2000,
ele começou a arrecadar muita gente
-
para o vídeo, mas eu sempre não sei porque
-
eu sempre olhei o Vegas
como um software de áudio,
-
eu acho.
-
A interface dele me lembra
quando eu vi o David a primeira vez,
-
ele mandou e eu não sei sinceramente.
-
Por quem copiou aqui.
-
Não era nem isso. Por que eles pararam?
-
Eu não sei nem por onde anda o Sony Vegas,
por exemplo,
-
mas eu conheci vários estúdios.
-
Olha, eu conheci o cara lá,
ele vai por conta da universidade que ele
-
tem uma Berklee
-
lá em Valência, que foi onde eu fiz
a Faculdade de Belas-Artes
-
e que estava ligado a esse pessoal
lá de telecomunicações.
-
Então eles faziam concertos binaurais,
quadra fônicos, dez caixa e era assim.
-
Era como se a gente tivesse vendo um filme
sonoro, ou seja, ouvindo a história
-
e outros técnicos.
-
Todos usavam Vegas.
-
Eu estou falando isso.
-
Eu fiz meu doutorado lá
e 12, 13 anos atrás.
-
Eu acho que para onde ele foi?
-
Eu acho que isso é interessante, que
-
eu entendo que os alunos têm esse apego
ao software, né?
-
Mas estamos falando de um exemplo.
-
Não faz muito tempo
em que o software estava lá em cima.
-
Hoje ele cadê? Cadê?
-
Eu não tô sabendo por onde anda,
então acho que fica
-
aquela dica pra gente ir encerrando
e cada um dá sua dica.
-
A dica que eu dou é não dependa
do software, entenda o funcionamento.
-
Eu sei que ter conforto no software
é tudo de bom.
-
Teve uma vez que estava sem Premier,
fui mexendo dá resolvi tentar o vídeo.
-
Eu sofri 01h00 ali até eu entender tudo.
-
É desconfortável, realmente.
-
Mas se você entende o que é o corte ali,
o que é mixagem,
-
como você exporta codec, etc,
você vai conseguir.
-
Lembra de Street
Fighter? Lembro de ter feito.
-
Você ia para outro jogo e
-
dizia W que era outro jogo
-
da luta. Entendeu?
-
Então que vieram os comandos.
-
Se você vai pegar o soft,
-
uma vez que você entende da net
e faz os comandos, é o mesmo contra o V4.
-
Ser contra o D é a mesma coisa que.
-
Eu falo, eu falo,
eu faço uma outra analogia que é como você
-
dirige um carro
quando você dirige o seu carro,
-
você já sabe que a terceira entra,
mas dura.
-
Você vai ter que pisar mais.
-
Você já está acostumado.
-
Você pega um outro carro,
você sabe dirigir, mas você vai dar
-
um estranhamento.
-
Passou duas, três,
você já está dirigindo de novo.
-
É a mesma coisa
quando a gente está com o software.
-
Você falou não é o assunto da nossa aula.
-
Mas o Final CUT não foi nunca
de que era o software de vídeo
-
que hoje está cada vez
sendo menos utilizado.
-
Então isso é bem legal.
-
Aí a Adobe foi guerreira
-
DIN fazendo
-
coisa fazer
agora com inteligência artificial e tal.
-
E ai eu hoje os softwares da Adobe
são muito legal, essa interface deles.
-
Essa conexão e tal.
-
Se você falou,
você falou de dica para acabar aqui,
-
é porque quando a gente está falando
de produção audiovisual,
-
tem uma coisa que eu me lembrei
que é o branding, que é que é isso?
-
Eu, minha filha,
eu tenho uma filha de quatro anos,
-
então ela não sabia falar
Netflix, por exemplo,
-
E ela dizia para a gente Pai, mãe, bota
-
babá.
-
Ei, esporte,
-
eu não preciso ver.
-
A marca não existe mais.
-
Você concebeu um produto
-
que não sei porque para eu viver
-
eu tenho minha forma,
mas tem o meu timbre de voz.
-
É uma marca minha
-
e as pessoas entenderam isso também.
-
Não existe Brain,
-
sei lá, qualquer coisa ou qualquer coisa
-
como uma coisa que você liga
qual qualquer botão que você aperta.
-
E aí é isso aí,
eu vou dar aqui a dica que aí
-
que pô, é outro assunto muito legal
que é que é o Indie Carlos, né?
-
Ela é uma compositora muito importante
e que botou nas nossas cabeças
-
todos os sonhos de tecnologia,
porque quando fizeram o Tron
-
eles tinham que inventar o som
para dentro do computador.
-
Como é que ninguém nunca entrou
no computador?
-
Como é que soa esse negócio?
-
Uma dica inventa um som aí
e é o som que a gente carrega.
-
Então, falando nisso, eu digo para vocês
é muito importante assistir, criar o.
-
Repertório.
-
Um repertório.
-
Muito obrigado,
porque os filmes de hoje não é que sejam.
-
Não estou falando da qualidade
que eu adoro Blockbuster eu também.
-
Eu acho super divertido,
-
mas quando a gente vai trabalhar
-
especificamente com isso,
a gente precisa ir além dele.
-
Porque se você pegar o.
-
É e é.
-
De rede, Coque é mais importante
-
do que toda a trilha
sonora dos filmes de heróis.
-
Nos últimos dez anos. Todos. Todos.
-
E é um violão.
-
Te amo desafinado,
mas ninguém toca na minha cabeça.
-
Tu vai tocar por toda a eternidade,
porque deixou de ser um som
-
e virou uma imagem.
-
Virou um símbolo e um símbolo.
-
A minha última dica vai ser assistir
muito filme do expressionismo alemão
-
que eu acho assim fantástico.
-
E a gente não pode esquecer
que o expressionismo alemão inventou
-
a música eletrônica.
-
Na verdade, não propriamente, mas aquela,
aquela toda,
-
aquela angústia da Alemanha
ali da década de 20 e tudo.
-
Eles não queriam usar as orquestras
-
ou a música tradicional
-
e partiram para alguma coisa aqui
na década de 70 da década de 80,
-
os grandes artistas David Bowie,
depois o Bauhaus,
-
todos que o pessoal que aqui no Brasil
a gente vai chamar de gótico, aí
-
se apropriaram daquilo
para recriar uma certa música.
-
Então eu gosto muito.
-
Acho que quando a gente pensa em trilhas
sonoras, esses filmes
-
que o Deco estava aqui
falando desses filmes, vai dar uma.
-
É uma visão bem interessante
do que foi feito depois, porque
-
serviu como referência.
-
Abrir a mente, o cinema.
-
Tudo já foi feito de tudo, tudo.
-
Você pegar um smoking no smoking
-
é cinema interativo, cinema,
não sei o quê no cinema, tudo.
-
Olha, veja só aqui
dá vontade de falar mais para o pai.
-
Uma dica ler o manifesto
da arte dos ruídos Luz no solo
-
é o manifesto de 1912 que ele diz As salas
de concerto são hospitais anímicos.
-
Temos que abrir os ouvidos
para todos os sons existentes
-
na face da Terra,
da própria natureza, da natureza mecânica.
-
Muito bacana que isso influencia o cinema
para caramba, né?
-
Total!
-
Totalmente
Queria agradecer a presença de hoje.
-
Assim tem tanta dica assim, né?
-
Acho que a minha sugestão é ouvir
mais uma vez ali.
-
Ouvi anotando sempre, porque é muita dica.
-
Mas elas são legais assim mesmo.
-
É muita coisa, né?
-
Queria agradecer Kleber e agradecer Deco.
-
Eu que agradeço muito obrigado.
-
A gente tá muito aqui tá?
-
Família muito legal!
-
Muito legal esse bate papo.
-
Com essas dicas aqui.
-
Hoje eu quero vocês me prometer uma coisa
a próxima coisa que se forem produzir,
-
seja um filme, um vídeo, um podcast,
um jogo, qualquer tipo de conteúdo,
-
eu quero que vocês
pensem, planejem o áudio.
-
A gente não vai deixar ele por último
e depois falar que na pós
-
a gente conserta para a gente
sabe que isso não vai dar certo.
-
Até a próxima, gente.