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PBL TDD ANO 02 FASE 03 2025 VIDEOCAST LUZ CAMERA SOM E ACAO

  • 0:08 - 0:12
    Frequentemente ignorado, o soma
    é uma das partes mais importantes
  • 0:12 - 0:13
    de qualquer produção
    que você for fazer.
  • 0:14 - 0:17
    Eu sou Murilo Sanches,
    professor da FIAP,
  • 0:17 - 0:19
    e eu estou aqui tanto
    com o Cleber quanto com o Deco
  • 0:19 - 0:22
    para conversar
    e entender a importância,
  • 0:22 - 0:26
    afinal, a gente tem o vídeo,
    mas é a partir do áudio
  • 0:26 - 0:28
    que a gente sente
    uma série de emoções.
  • 0:28 - 0:29
    Olá, pessoal!
  • 0:29 - 0:30
    Meu nome é Cleber Rohrer,
  • 0:30 - 0:33
    sou produtor audiovisual
    e professor aqui da FIAP.
  • 0:33 - 0:35
    Oi, pessoal! Tudo em paz?
  • 0:35 - 0:38
    Sou o Deco,
    sou professor da FIAP,
  • 0:38 - 0:41
    e também trabalho bastante
    no campo do Sound Design,
  • 0:41 - 0:45
    fazendo trilhas para teatro,
    trilhas para vídeo,
  • 0:45 - 0:46
    e tenho uma produtora,
    uma agência Quadrante,
  • 0:46 - 0:49
    especificamente
    voltada a esse universo
  • 0:49 - 0:52
    da produção de trilhas
    sonoras e vídeos cenários.
  • 0:52 - 0:54
    Eu acho que uma coisa
    que acontece muito,
  • 0:54 - 0:55
    principalmente
    quando a pessoa é leiga,
  • 0:55 - 0:59
    ou ela só consome
    o audiovisual como um todo,
  • 0:59 - 1:01
    que ela não entende que
    existe uma linguagem sonora.
  • 1:02 - 1:06
    Para aquela pessoa,
    o barulho, ou a trilha sonora,
  • 1:06 - 1:08
    a voz, tudo é som, né?
  • 1:08 - 1:10
    Tem uma coisa
    que eu acho interessante,
  • 1:10 - 1:14
    que talvez o Deco partilhe
    da mesma opinião,
  • 1:14 - 1:16
    que a gente tem aqui no Brasil
  • 1:16 - 1:20
    uma tendência
    do pessoal entender
  • 1:20 - 1:23
    trilha sonora como só música.
  • 1:23 - 1:28
    Isso vem especificamente
    por conta das novelas.
  • 1:28 - 1:30
    A Globo, na década de 1970,
  • 1:30 - 1:34
    começa a fazer as trilhas sonoras
    e vender as trilhas sonoras.
  • 1:34 - 1:37
    Então isso fica no inconsciente
    das pessoas a qui no Brasil, né?
  • 1:39 - 1:39
    É muito louco.
  • 1:39 - 1:43
    Eu lembro, por exemplo, quando
    o Tarantino lançou o "Pulp Fiction"
  • 1:43 - 1:47
    e eu comprei o CD na época.
  • 1:48 - 1:50
    Talvez os alunos não saibam
    o que seja um CD.
  • 1:52 - 1:55
    Comprei o CD do Pulp Fiction,
    e aí vinha diálogo.
  • 1:55 - 1:56
    Eu fiquei alucinado.
  • 1:56 - 1:59
    Falei: cara, como assim diálogo?
  • 1:59 - 2:01
    E para mim era algo novo.
  • 2:01 - 2:03
    E depois eu fui vendo
    que vários outros...
  • 2:04 - 2:06
    Discos, enfim,
  • 2:06 - 2:08
    várias outras trilhas
    sonoras,
  • 2:08 - 2:11
    traziam também esses
    outros elementos,
  • 2:11 - 2:13
    que não era somente a música,
  • 2:13 - 2:17
    que tinham outros elementos
    que compunham a trilha sonora.
  • 2:17 - 2:19
    O meu percusso
  • 2:19 - 2:24
    dentro desse universo
    do sonoro e do Sound Design,
  • 2:24 - 2:25
    para mim, eu acho que foi
    uma grande ruptura,
  • 2:25 - 2:28
    porque apesar de eu ter
    estudado música
  • 2:28 - 2:30
    e trabalhar com isso durante muito tempo,
  • 2:30 - 2:32
    eu acabei indo
    para uma escola de arte,
  • 2:32 - 2:35
    e tive a sorte de estudar
    na escola de arte fora do Brasil.
  • 2:35 - 2:39
    Então eu fiz o último
    ano da graduação,
  • 2:39 - 2:40
    mestrado e doutorado,
  • 2:40 - 2:42
    na Universidade Politécnica
    de Valência, na Espanha,
  • 2:42 - 2:44
    que também é outra
    coisa muito maluca,
  • 2:44 - 2:47
    porque é uma faculdade de Belas Artes
    que tem mais de 500 anos,
  • 2:47 - 2:50
    só que ela foi integrada
    por uma Universidade Politécnica.
  • 2:50 - 2:54
    Então era uma escola de Belas
    Artes que trabalhava de outra forma.
  • 2:54 - 2:58
    Você tinha uma escola de engenharia
    de telecomunicações
  • 2:58 - 2:59
    que você fazia o início
  • 2:59 - 3:02
    e depois você escolhia
    se você ia produzir sintetizadores
  • 3:02 - 3:04
    ou se você ia cuidar
    de telecomunicações mesmo,
  • 3:04 - 3:07
    ou se você ia ser
    engenheiro de som.
  • 3:07 - 3:09
    A gente tem uma câmara anecoica
    dentro da universidade.
  • 3:09 - 3:12
    Para quem não sabe,
    câmara anecoica
  • 3:12 - 3:14
    é uma sala que não tem som.
  • 3:16 - 3:17
    Bom, quando se diz
    que não tem som,
  • 3:17 - 3:19
    é o máximo de silêncio possível.
  • 3:20 - 3:22
    E é um lugar curioso
  • 3:22 - 3:24
    porque você
    não pode passar muito tempo.
  • 3:26 - 3:28
    Ele era usado para tratamento
    psiquiátrico, né?
  • 3:28 - 3:31
    Eu não sabia dessa parte
    do tratamento psiquiátrico,
  • 3:31 - 3:32
    porque eu me lembro
    que John Cage entra
  • 3:32 - 3:35
    porque ele queria ouvir o silêncio.
  • 3:35 - 3:38
    E quando ele entra lá,
    de repente ele começa a ouvir sons.
  • 3:38 - 3:39
    Aí ele pergunta para o técnico:
  • 3:39 - 3:41
    "E aí, técnico, que som é
    esse que eu estou ouvindo?".
  • 3:41 - 3:43
    Ele responde: "Calma, meu amigo, você
    está ouvindo seu batimento cardíaco,
  • 3:43 - 3:45
    você está ouvindo
    o seu fluxo de sangue."
  • 3:45 - 3:49
    E aí o John Cage cria uma metáfora
    que eu acho muito bonita, que diz assim:
  • 3:49 - 3:52
    "O silêncio só existe
    como figura na partitura",
  • 3:53 - 3:56
    porque mesmo no cinema mudo,
    a gente tem o barulho de alguma coisa.
  • 3:56 - 4:00
    Tanto que ele faz uma obra
    que se chama "4'33".
  • 4:00 - 4:03
    Ele chega, se senta
    ao piano no concerto,
  • 4:03 - 4:04
    abre a partitura...
  • 4:05 - 4:09
    Que está cheia de silêncio durante
    4 minutos e 33 segundos.
  • 4:09 - 4:12
    Aquilo gera
    um desconforto na plateia.
  • 4:12 - 4:14
    Então, aquele espaço,
    que era um espaço cênico,
  • 4:14 - 4:16
    um espaço dedicado à música,
  • 4:16 - 4:19
    se transforma num espaço
    de silêncio, que não existe,
  • 4:19 - 4:22
    porque as pessoas
    se moviam, tossiam.
  • 4:23 - 4:24
    Então elas sentiam um incômodo,
  • 4:24 - 4:28
    e o incômodo
    passava a ser sonoro.
  • 4:28 - 4:31
    E era essa a intenção dele.
  • 4:31 - 4:34
    Então ele construiu e remodelou
    a paisagem sonora.
  • 4:34 - 4:37
    De uma certa maneira,
    a linguagem que ele queria criar
  • 4:37 - 4:40
    era uma linguagem que iria
    emergir das pessoas ali, né?
  • 4:40 - 4:42
    Não era uma coisa muito...
  • 4:43 - 4:44
    Era planejado, mas, ao mesmo tempo,
  • 4:44 - 4:46
    ele abraçava um caos...
  • 4:48 - 4:49
    De criar aquilo, né?
  • 4:49 - 4:52
    E pensando em linguagem sonora,
  • 4:52 - 4:53
    pensando em exemplos,
  • 4:53 - 4:58
    eu acho fenomenal
    algumas marcações sonoras
  • 4:58 - 5:01
    que nascem em filmes, séries
    e afins,
  • 5:01 - 5:04
    e que depois elas ficam
    no inconsciente
  • 5:04 - 5:05
    de uma maneira absurda.
  • 5:05 - 5:07
    Você estava falando
    de Tarantino,
  • 5:07 - 5:09
    eu gosto muito
    da maneira que ele trabalha
  • 5:09 - 5:11
    esse tipo de conteúdo às vezes.
  • 5:11 - 5:13
    E quando eu era bem
    pequeno, eu vi "Kill Bill".
  • 5:13 - 5:17
    Cara, o Kill Bill fez um eco
    sonoro na cultura pop
  • 5:17 - 5:20
    que muitas pessoas hoje
    veem um filme, veem uma série,
  • 5:20 - 5:22
    que elas nem sabem
    de onde vem a referência,
  • 5:22 - 5:24
    mas que tem uma série de sons ali,
  • 5:24 - 5:26
    desde sons de 2 segundos
  • 5:26 - 5:28
    a uma trilha
    que fica ali por 10, 15...
  • 5:28 - 5:30
    Cara, ele remodelou.
  • 5:30 - 5:32
    É que ele é o rei
    da remixagem dentro...
  • 5:32 - 5:34
    Eu não vou dizer que ele
    é o rei da remixagem,
  • 5:34 - 5:35
    porque George Lucas veio antes...
  • 5:37 - 5:39
    E outras pessoas
    também vieram antes.
  • 5:39 - 5:42
    Porque a gente
    sempre fala que...
  • 5:42 - 5:43
    Eu digo isso para os alunos
    e para todo mundo,
  • 5:43 - 5:46
    porque às vezes eles pensam
    que está no melhor momento do mundo,
  • 5:46 - 5:49
    mas tudo vai se tornar obsoleto,
  • 5:49 - 5:51
    e observar as coisas
    que realmente são importantes.
  • 5:51 - 5:54
    E a gente está sempre
    sobre ombros de outras pessoas
  • 5:54 - 5:56
    que vieram antes da gente, né?
  • 5:56 - 6:00
    Tem essa coisa da remixagem
    de Tarantino que é impressionante.
  • 6:00 - 6:02
    E ele não só remixa nas imagens.
  • 6:02 - 6:04
    Ele remixa no som também,
  • 6:04 - 6:07
    ele samplea, né, que é
    uma coisa do sample.
  • 6:07 - 6:10
    As pessoas associam muito
    a coisa do sample no som,
  • 6:10 - 6:13
    mas ele tem essa
    brincadeira na imagem.
  • 6:13 - 6:17
    Eu estava comentando antes
    essa coisa da faculdade,
  • 6:17 - 6:18
    e eu acho que, para mim,
    foi muito importante,
  • 6:18 - 6:20
    porque pela primeira vez
    eu tinha estudado música.
  • 6:21 - 6:24
    Mas pela primeira vez eu entendi
  • 6:24 - 6:26
    o som como matéria.
  • 6:28 - 6:30
    Porque eu não pensava no som como matéria.
  • 6:30 - 6:34
    A gente pensa
    numa escultura como matéria,
  • 6:34 - 6:35
    a gente vê um quadro e tal,
  • 6:35 - 6:38
    mas o som como matéria,
    eu não tinha percebido
  • 6:38 - 6:40
    essa potência dele.
  • 6:40 - 6:43
    E a primeira vez que eu entendi
  • 6:43 - 6:45
    o significado de sound designer,
  • 6:45 - 6:47
    a gente estava
    fazendo um projeto
  • 6:47 - 6:49
    sobre obras históricas da Espanha,
  • 6:49 - 6:52
    e a gente transformava
    textos literários
  • 6:52 - 6:54
    relacionados com som
  • 6:54 - 6:55
    em obras audiovisuais.
  • 6:55 - 6:58
    Tinha uma que se chamava
    "O Suicídio do Piano".
  • 6:58 - 7:00
    Tinha uma de Lorca, que era
  • 7:00 - 7:03
    "romper um violão
    no amanhecer na praia."
  • 7:03 - 7:06
    Tinham umas coisas malucas assim,
    mas essa era o Suicídio do Piano.
  • 7:07 - 7:09
    Então pegamos o piano,
    levantamos para um quarto andar,
  • 7:09 - 7:10
    e íamos jogar o piano.
  • 7:12 - 7:12
    Por algum motivo...
  • 7:12 - 7:14
    Era um piano antigo,
    obviamente,
  • 7:14 - 7:17
    então estava aberto, eu
    estava com amigos, e eu disse:
  • 7:17 - 7:19
    puxa, eu nunca mais vou
    conseguir isso na minha vida.
  • 7:19 - 7:21
    Eu fui com o meu amigo e disse:
    segure o gravador aqui.
  • 7:21 - 7:24
    Eu peguei uma chave de fenda
    e passei assim, nas cordas...
  • 7:24 - 7:25
    Blum... Blum...
  • 7:25 - 7:26
    Só gravei isso,
  • 7:26 - 7:27
    sem nenhum intenção.
  • 7:27 - 7:28
    Eu disse: eu vou
    gravar só para ter.
  • 7:28 - 7:30
    Blum... Blum...
  • 7:30 - 7:31
    Gravei.
  • 7:31 - 7:34
    Tá, vamos lá
    para o danado do piano.
  • 7:34 - 7:38
    Teve uma expectativa enorme
    pela caída do piano,
  • 7:38 - 7:41
    porque na cabeça das pessoas
    isso construído pelo cinema,
  • 7:42 - 7:45
    ia fazer: blum...
  • 7:45 - 7:46
    Só que ele não faz blum.
  • 7:46 - 7:48
    É massa vezes
    velocidade, meu amigo.
  • 7:48 - 7:49
    É um móvel caindo.
  • 7:49 - 7:52
    Ele faz "plaft".
  • 7:52 - 7:53
    Dura 4 segundos.
  • 7:53 - 7:54
    Levou mais tempo
    para subir o piano.
  • 7:54 - 7:56
    E quando ele caiu
    ele fez plaft.
  • 7:56 - 7:58
    Eu acho interessante
    você falar isso
  • 7:58 - 8:01
    porque a própria
    linguagem sonora...
  • 8:02 - 8:03
    Que a gente cria
  • 8:03 - 8:08
    acaba substituindo o som
    de verdade que as coisas têm.
  • 8:08 - 8:09
    Porque assim...
  • 8:09 - 8:10
    - É o que você falou, né...
    - Mas é aí que está a mágica.
  • 8:10 - 8:12
    É uma ocasião que você nunca vai...
  • 8:13 - 8:14
    Tirando o Deco,
  • 8:14 - 8:16
    é uma coisa que você
    provavelmente nunca vai ver, né?
  • 8:16 - 8:18
    E aí, como eu fiquei?
  • 8:18 - 8:19
    Todo mundo ficou desesperado.
  • 8:19 - 8:21
    Como a gente vai
    fazer o ruído do piano
  • 8:21 - 8:24
    se o mundo inteiro espera
    o som que a gente vê
  • 8:24 - 8:26
    nos desenhos animados
    lá na Looney Tunes,
  • 8:26 - 8:28
    que a gente vê nesses lugares?
  • 8:28 - 8:31
    Aí eu disse: putz,
    eu gravei o tal do...
  • 8:32 - 8:34
    Eu peguei a chave de fenda e gravei.
  • 8:34 - 8:35
    O que eu fiz na mixagem?
  • 8:35 - 8:36
    Juntei os dois.
  • 8:36 - 8:38
    O que aconteceu?
  • 8:38 - 8:41
    O sonho da mágica
    que todo mundo esperava ver
  • 8:41 - 8:43
    na hora que o piano caiu,
  • 8:43 - 8:45
    que foi a mistura da caixa
    se destruindo
  • 8:45 - 8:48
    mais a minha passada.
  • 8:48 - 8:51
    Mas foi sorte, foi sorte.
  • 8:51 - 8:54
    E ali eu realmente entendi
  • 8:54 - 8:56
    o que significa Sound Design.
  • 8:56 - 8:57
    Muito legal.
  • 8:57 - 8:59
    Porque eu menti.
  • 8:59 - 9:00
    Mas como diz...
  • 9:00 - 9:02
    É a coisa da mentira, né?
  • 9:02 - 9:05
    Como diz Ariano Suassuna:
    "Eu gosto da mentira",
  • 9:05 - 9:09
    mas eu gosto daquela mentira
    que é aquela mentira cavalheiresca, né?
  • 9:09 - 9:10
    Ela aumenta as coisas.
  • 9:10 - 9:12
    Então, eu nada mais fiz
  • 9:12 - 9:14
    do que dar para as pessoas
    aquilo que elas esperavam,
  • 9:14 - 9:15
    porque se eu desse a verdade...
  • 9:16 - 9:18
    Deco, você me lembrou uma coisa.
  • 9:18 - 9:20
    Você estava falando
    dessa coisa do cinema,
  • 9:20 - 9:24
    de como que o cinema traz
    essa referência sonora.
  • 9:26 - 9:30
    A gente não pode esquecer
    que o cinema nasce mudo,
  • 9:30 - 9:32
    mas nasce sonoro.
  • 9:32 - 9:33
    Desde a primeira apresentação,
  • 9:33 - 9:36
    tem alguém lá tocando
    o seu pianinho.
  • 9:37 - 9:40
    Tem umas curiosidades aqui no Brasil,
  • 9:40 - 9:44
    que o pessoal recebia o filme,
  • 9:44 - 9:46
    recebia a partitura,
  • 9:46 - 9:47
    mas o pessoal
    olhava aquilo e falava?:
  • 9:47 - 9:49
    "Ah, não vou tocar isso.
  • 9:49 - 9:53
    Eu vou tocar um chorinho,
    eu vou tocar um samba...".
  • 9:53 - 9:56
    E aqui em São Paulo
    tem uns relatos
  • 9:56 - 9:58
    do pessoal saindo de um bairro,
  • 9:58 - 10:00
    indo assistir o filme
    em outro bairro,
  • 10:00 - 10:03
    porque o pianista
    daquele cinema era melhor.
  • 10:03 - 10:04
    Olha que legal.
  • 10:05 - 10:06
    É óbvio, a gente não tem
    nenhuma gravação,
  • 10:06 - 10:09
    mas eu gostaria
    muito de ter isso,
  • 10:09 - 10:12
    essa ressignificação
    que deram para essa música.
  • 10:12 - 10:13
    É vivo, né?
  • 10:13 - 10:15
    Totalmente, cara.
  • 10:15 - 10:16
    Eu acho isso fantástico.
  • 10:16 - 10:17
    Se formos em dois
    dias diferentes,
  • 10:17 - 10:19
    serão duas coisas diferentes.
  • 10:19 - 10:22
    E uma coisa muito legal
    que o Deco trouxe aqui
  • 10:22 - 10:25
    foi que ele foi lá e captou
    num momento oportuno.
  • 10:27 - 10:30
    E aí tem aquela coisa
    da captação de áudio.
  • 10:30 - 10:35
    Eu acho que todo mundo aqui,
    vocês e eu, em algumas ocasiões,
  • 10:35 - 10:39
    passaram algum perrengue
    com como captar áudio.
  • 10:39 - 10:42
    É aquela questão que ou
    o microfone não está bom,
  • 10:42 - 10:44
    ou ele não está
    na posição correta,
  • 10:44 - 10:48
    ou é o software, que está trazendo
    a informação do microfone,
  • 10:48 - 10:52
    não está configurado,
    ou um ruído.
  • 10:52 - 10:55
    Eu queria que vocês falassem
    um pouquinho mais sobre captação.
  • 10:55 - 10:58
    Eu posso falar sobre um perrengue
  • 10:58 - 10:58
    perfeito.
  • 10:58 - 11:01
    O povo gosta de fofoca.
  • 11:01 - 11:03
    Tinha que entregar um curta
  • 11:03 - 11:07
    na segunda de manhã
    e no domingo tinha acabado a captação.
  • 11:07 - 11:11
    Ia ser só edição
    e essa era a finalização em fina,
  • 11:11 - 11:14
    só aquela coisa de detalhes
    assim tudo bem.
  • 11:15 - 11:17
    Última cena
  • 11:17 - 11:19
    o técnico de áudio
  • 11:19 - 11:23
    pegou e falou
    vou só ouvir e ver aquilo ou alguma coisa.
  • 11:23 - 11:25
    E eu não sei o que aconteceu.
  • 11:25 - 11:28
    Eu acredito que ele apertou o botão errado
    e ele apagou
  • 11:29 - 11:34
    todo o som que a gente tinha captado
    durante os dois dias anteriores.
  • 11:34 - 11:35
    Assim.
  • 11:35 - 11:38
    Então, literalmente, eu vi o cara
    ficando vermelho assim Que foi?
  • 11:38 - 11:40
    Ele falou Paguei tudo.
  • 11:40 - 11:43
    Não tem nada, não tem nada. Não,
    não, calma.
  • 11:43 - 11:44
    Vamos tentar recuperar.
  • 11:44 - 11:46
    Não conseguimos tirar o que?
  • 11:47 - 11:49
    Tudo que a gente gravou em dois dias
  • 11:49 - 11:53
    a gente teve que refazer, inclusive fazer
    a D.R.
  • 11:54 - 11:59
    lá, a famosa dublagem dos próprios atores
    que ficaram louco da vida.
  • 11:59 - 12:01
    Então isso também tem uma coisa, né?
  • 12:01 - 12:05
    Porque depois a gente assistia Emoção
    era um pouco diferente,
  • 12:05 - 12:10
    o pessoal estava bravo porque era aquilo
    acabou legal, os atores indo embora.
  • 12:10 - 12:11
    Não, Vocês vão ter que ficar para a gente.
  • 12:11 - 12:14
    Vai ter que fazer, gravar a voz de vocês.
  • 12:14 - 12:17
    Então.
  • 12:17 - 12:20
    Já não é a mesma coisa e a mesma coisa.
  • 12:20 - 12:20
    É diferente.
  • 12:20 - 12:25
    Quando você prepara o estúdio, vai lá,
    faz a captação e tudo isso.
  • 12:25 - 12:28
    Então captação de áudio
  • 12:28 - 12:30
    é algo essencial.
  • 12:30 - 12:35
    Então acho curioso porque a gente vive
    no momento consumindo rede social,
  • 12:35 - 12:40
    que é oito ou 80,
    ou você está num ambiente tipo metrô,
  • 12:40 - 12:45
    sem um fone e você ignora o áudio,
    você tira o áudio e via a legenda
  • 12:46 - 12:49
    e nesse momento
    o áudio parece não ser importante.
  • 12:49 - 12:52
    Só que se você tiver a oportunidade
    de estar com o áudio ligado,
  • 12:52 - 12:55
    de repente
    a primeira coisa mais importante
  • 12:55 - 12:59
    se o áudio do vídeo tá ruim,
    a pessoa já vai fica de saco cheio.
  • 12:59 - 13:01
    Parece que irrita, né?
  • 13:01 - 13:03
    Eu acho bem cruel esse efeito.
  • 13:03 - 13:06
    As pessoas conseguem ignorar o áudio
    quando é útil
  • 13:06 - 13:10
    para elas,
    quando é um contexto bom para elas.
  • 13:10 - 13:14
    Mas a partir do momento em que o áudio
    tá ali presente, qualquer coisa presente,
  • 13:14 - 13:18
    se tiver ruim, chiado, barulho
    incomoda, o pessoal só vai lá e
  • 13:19 - 13:21
    o próximo é outra coisa.
  • 13:21 - 13:24
    Tanto que uma coisa que
  • 13:24 - 13:26
    irrita muitas pessoas.
  • 13:26 - 13:29
    Eu tinha um colega que ele queria ver
    filme, tinha acabado de sair.
  • 13:29 - 13:32
    Ah, ele ia tentar pegar
    uma versão gravada de cinema.
  • 13:32 - 13:34
    O que incomodava ele não era o vídeo,
  • 13:34 - 13:37
    era o áudio, porque era uma gravação
    de uma coisa passando.
  • 13:37 - 13:38
    Ele falava não vai.
  • 13:38 - 13:40
    Só que fica péssimo porque eu sou legal.
  • 13:40 - 13:42
    Eu falei realmente, né?
  • 13:42 - 13:44
    Mas é engraçado como isso.
  • 13:44 - 13:47
    Como começa com um problema de captação,
  • 13:47 - 13:51
    ele vira um incômodo ali
    para a pessoa que está recebendo aquilo.
  • 13:51 - 13:52
    A gente.
  • 13:52 - 13:55
    Eu vou te falar
    um pouco de tudo, da cadeia,
  • 13:56 - 13:59
    que eu acho que é uma coisa
    que está começando no Brasil, um pouco,
  • 13:59 - 14:03
    mas a gente não tinha
    essa coisa da cadeia, do processo.
  • 14:03 - 14:06
    O microfone está, coitado,
    é como se você fosse
  • 14:06 - 14:09
    um dos primeiros movimentos que você
    vai fazer no campo do áudio.
  • 14:10 - 14:12
    Quem é esse cara que vai trabalhar álbum?
  • 14:12 - 14:13
    Mas a gente precisa.
  • 14:13 - 14:15
    Uma coisa que é muito importante
  • 14:15 - 14:18
    é organização, decisão
    de quantos takes a gente vai fazer.
  • 14:19 - 14:20
    Então, eu sempre
  • 14:20 - 14:24
    quando eu fazia microfone, microfonia,
    essas coisas, eu sempre tinha notado.
  • 14:24 - 14:27
    Até que em um áudio está muito
    essas coisas.
  • 14:27 - 14:28
    Elas são muito importante.
  • 14:28 - 14:30
    Então a gente tem que analisar sempre que
  • 14:31 - 14:34
    são técnicas e necessidades diferentes
  • 14:34 - 14:37
    da produção de um produto audiovisual.
  • 14:38 - 14:40
    Então o microfone está ali.
  • 14:40 - 14:44
    Tem que ser uma pessoa bem preparada,
    conhecer totalmente o dispositivo,
  • 14:44 - 14:49
    ser uma pessoa extremamente organizada,
    porque quando vai pra edição
  • 14:49 - 14:52
    dentro desse sistema de cadeia,
    é para outra pessoa.
  • 14:53 - 14:57
    Se você tem uma ideia hoje
    na publicidade das empresas de publicidade
  • 14:57 - 15:00
    hoje aqui em São Paulo,
    elas funcionam em quatro turnos.
  • 15:01 - 15:05
    Então, muitas vezes o cara que trabalha,
    eu chego e recebo um projeto
  • 15:05 - 15:09
    e não sou eu quem finaliza o projeto,
    passa por Cléber
  • 15:10 - 15:13
    e continua desde o meu momento,
    Depois passa para você
  • 15:13 - 15:15
    e continua desde o momento,
    Depois passa para mim.
  • 15:15 - 15:18
    Você tem umas anotações
    e vai funcionando assim.
  • 15:19 - 15:23
    Então, não necessariamente existe um
    volume intenso de publicidade de coisas.
  • 15:24 - 15:27
    Então às vezes a gente tem que entender
    que esse sistema de cadeia
  • 15:27 - 15:30
    é muito importante para eu participar
    desse sistema de cadeia.
  • 15:30 - 15:33
    Só de mixagem, por exemplo,
    eu tenho que entender muito do software.
  • 15:33 - 15:35
    Eu tenho que saber dos plugins
  • 15:35 - 15:38
    porque eu tenho que saber do
    por da mesma forma que você que você.
  • 15:39 - 15:42
    E o sistema de captação é a mesma coisa,
  • 15:42 - 15:45
    então a gente tem que aprender e eu
    acho que isso facilitaria muito o universo
  • 15:46 - 15:50
    entender que são ofícios diferentes
    dentro de um mesmo sistema.
  • 15:51 - 15:55
    Por exemplo, a gente tem a captação,
    cinema, troca do filme.
  • 15:55 - 15:58
    Aí a gente tem uma captação de filmes
    que tem uma característica,
  • 15:58 - 16:02
    a gente tem essa captação que nós estamos
    aqui, que tem outra característica.
  • 16:03 - 16:06
    Eu tenho uma captação para teatro
    que vai ser ao vivo,
  • 16:06 - 16:08
    eu tenho que definir
    onde estão os microfones,
  • 16:08 - 16:11
    se vai ser aquele que está aqui,
    se vai ser no teto.
  • 16:11 - 16:14
    Então o universo só da captação.
  • 16:14 - 16:16
    Eu vou captar banda.
  • 16:17 - 16:17
    Que é outra.
  • 16:17 - 16:18
    Qualquer outra coisa.
  • 16:18 - 16:21
    Mas ele está dentro do escopo de captação.
  • 16:21 - 16:26
    Então, se você for perceber
    dentro da cadeia desse universo sonoro,
  • 16:27 - 16:31
    só de captação,
    a gente tem quatro ou cinco formas
  • 16:31 - 16:34
    e campos de atuação
    que são completamente distintos.
  • 16:34 - 16:35
    Mas não deixa de ser captação.
  • 16:35 - 16:37
    Estúdio de TV, estúdio.
  • 16:37 - 16:41
    De TV,
    tudo de estúdio, de rádio, entendeu?
  • 16:41 - 16:45
    Então, isso é curioso
    e eu falo isso para os alunos,
  • 16:45 - 16:48
    que é da nossa disciplina disciplina,
    seja disciplina de som, design
  • 16:48 - 16:49
    ou seja lá o que for.
  • 16:49 - 16:53
    Ela é um despertar,
    porque obviamente ela é um despertar.
  • 16:54 - 16:56
    Porque eu posso despertar
    para ser um locutor,
  • 16:56 - 17:00
    mas eu posso despertar para captação,
    eu posso despertar para o software.
  • 17:01 - 17:03
    Eu não preciso ser um músico
    para ser um salão de design.
  • 17:04 - 17:05
    Tem a
  • 17:05 - 17:08
    captação de fole que eu mostro muito isso.
  • 17:08 - 17:10
    É o exemplo mais legal
    que eu mostro na sala.
  • 17:10 - 17:15
    É que os fatalities do Mortal Kombat,
    o pessoal comendo banana
  • 17:15 - 17:19
    e pegando pimentão na frente do microfone,
    fazendo
  • 17:20 - 17:22
    você pode pegar
  • 17:22 - 17:28
    se você for pegar a grande virada
    da Lucasfilm, a espada laser
  • 17:28 - 17:32
    nada mais é do que aquelas mola
    que criança brinca de ferro
  • 17:32 - 17:36
    com piezo elétrico que nessa de fingimento
    o 0,50 € é uma fita.
  • 17:36 - 17:39
    E o cara puxou, soltou e gravou.
  • 17:39 - 17:42
    E o mais legal nessa fala do pimentão
    ali para quebrar o osso,
  • 17:42 - 17:46
    lei que o cara pegasse um corpo, quebrasse
    o osso, som ia ser tão.
  • 17:47 - 17:48
    Maléfico.
  • 17:48 - 17:50
    E maléfico, né? Não?
  • 17:50 - 17:52
    Não daria o que é necessário.
  • 17:52 - 17:53
    Tem um tópico.
  • 17:53 - 17:55
    Eu queria falar bastante que
  • 17:55 - 17:59
    acho que assim para a gente é muito claro,
    mas não é tão simples assim.
  • 17:59 - 18:03
    Quando você está começando,
    quer entender que você editar
  • 18:03 - 18:07
    som, mixar som é a mesma coisa ali.
  • 18:08 - 18:13
    Eu estava vendo recentemente um vídeo da
    editora que ditou a terceira temporada de
  • 18:15 - 18:16
    e está falando de ter que
  • 18:16 - 18:20
    nomear as coisas
    e ela mostra o premier deles ali.
  • 18:20 - 18:22
    O negócio sim, cara, desesperador.
  • 18:22 - 18:26
    Você contrata 1 milhão de camadas,
    1 milhão de coisas.
  • 18:26 - 18:29
    Que você não está vendo produz.
  • 18:29 - 18:30
    Muito.
  • 18:30 - 18:32
    Outros softwares.
  • 18:32 - 18:36
    E aí eu fico pensando é pra gente
    contextualizar um pouco melhor.
  • 18:36 - 18:39
    Não há qualquer diferença de você editar
    e de você mixar o som ali.
  • 18:40 - 18:44
    A gente tem que pensar eu tenho que voltar
    para essa ideia do sistema, desse, da.
  • 18:44 - 18:45
    Produção.
  • 18:45 - 18:47
    Da produção, porque isso é interessante.
  • 18:47 - 18:50
    Você vai ver nos estados e todo mundo
    sempre vai dizer a indústria,
  • 18:51 - 18:53
    que sempre se refere a indústria.
  • 18:53 - 18:54
    A indústria.
  • 18:54 - 18:56
    Cinema, seja de que área for.
  • 18:56 - 18:59
    Então,
    dentro da indústria do universo sonoro,
  • 18:59 - 19:04
    a gente vai ter um grupo que vai se fazer
    só um grupo que vai fazer só captação.
  • 19:04 - 19:07
    O grupo vai fazer só trilha,
    um grupo, vai fazer só a mixagem
  • 19:07 - 19:09
    e a criatura final
    que vai juntar tudo isso.
  • 19:10 - 19:11
    Então, se você
  • 19:11 - 19:14
    for vendo, a
    gente vai trabalhando por camadas, sempre.
  • 19:15 - 19:17
    Eu vou chamar Hans Zimmer
    para fazer a composição,
  • 19:17 - 19:21
    por exemplo, ou vou chamar alguém
    para fazer a composição.
  • 19:21 - 19:22
    Ele vai cuidar da trilha.
  • 19:22 - 19:24
    Villa Lobos, por exemplo,
    o nosso Villa Lobos.
  • 19:24 - 19:27
    Ele foi convidado para fazer
    uma trilha sonora nos Estados Unidos.
  • 19:27 - 19:31
    Ele leu tudo, chegou lá, leu
    o roteiro, fez a trilha, chega nos Estados
  • 19:31 - 19:34
    Unidos, entrega a trilha e o cara
    fala assim
  • 19:35 - 19:37
    É assim que
    é assim que funciona? Não, não.
  • 19:37 - 19:38
    Mas aqui está a trilha pronta.
  • 19:38 - 19:41
    Mas o filme nem foi rodado ainda,
  • 19:41 - 19:42
    porque quem você passa isso também.
  • 19:42 - 19:45
    Você pode explicar que as cenas
    não são. Filmagem.
  • 19:45 - 19:49
    E é também quais são as tuas preocupações
    na hora que você vai fazer a captação,
  • 19:49 - 19:50
    ele se preocupa na voz.
  • 19:50 - 19:53
    Então tudo acontece,
    vai acontecendo na pós produção.
  • 19:53 - 19:53
    Ou seja,
  • 19:53 - 19:57
    tem aquela coisa preciso, antes de mais
    nada, colocar os sons no lugar.
  • 19:57 - 20:01
    E aí eu vou responder uma coisa que foi
    que eu aprendi na Escola de Belas Artes,
  • 20:02 - 20:03
    que meu orientador falou Olha,
  • 20:03 - 20:06
    ele falava se eu usar a imagem do som,
    ele pode vir de vários lugares.
  • 20:07 - 20:10
    Mas ele dizia que uma das coisas
    mais interessantes é pensar que a música,
  • 20:11 - 20:14
    ela é a organização do som no tempo,
    porque você tem uma partitura,
  • 20:14 - 20:17
    você tem uma cena,
    ela tem um começo, meio e fim.
  • 20:17 - 20:19
    É a arte sonora,
    a escultura é o próprio sal.
  • 20:19 - 20:24
    O design é a organização do som no espaço
    e no espaço.
  • 20:24 - 20:26
    Tanto esse da tela
  • 20:26 - 20:29
    do que a gente vê na tela
    quanto aquilo que a gente não vê.
  • 20:29 - 20:32
    Você falou do seu amigo e do som
    por que ele sentia ruim no som
  • 20:32 - 20:35
    e eu vou te explicar
    porque é a única coisa que comunica
  • 20:36 - 20:41
    a gente, como a tela e o som, Porque o som
    no estar dentro da tela, o som
  • 20:41 - 20:46
    tá saindo da caixa e está movimentando
    moléculas de ar ali junto com a gente.
  • 20:47 - 20:50
    Então você está vendo um filme e
    que de repente se escuta um carro passando
  • 20:50 - 20:51
    ou você vê uma explosão?
  • 20:51 - 20:53
    E quando o cara porque o Michel chiou?
  • 20:53 - 20:56
    Ele é um cara muito bacana, é um teórico
  • 20:56 - 20:58
    e eu acho que para mim é muito legal
    o que ele dizia
  • 20:58 - 21:01
    assim que as primeiras pessoas
    que colocaram sons na cabeça da gente
  • 21:01 - 21:03
    foram os escritor de livros.
  • 21:03 - 21:05
    Poeta
    porque ele descrevia um espaço e tal.
  • 21:05 - 21:08
    Isso foi passado,
    claro, e chega no cinema.
  • 21:09 - 21:10
    E o som
  • 21:10 - 21:12
    é diferente
    no livro, porque se ele fala de uma praia,
  • 21:12 - 21:15
    a tua praia, uma tua praia, outra,
    eu cresci na praia,
  • 21:15 - 21:16
    então a minha praia é outra.
  • 21:16 - 21:17
    Mas aí no cinema não.
  • 21:17 - 21:19
    Ele te dá imagens, mas ele te dá.
  • 21:19 - 21:21
    Ele faz viver através do sonoro.
  • 21:21 - 21:23
    Você falou uma coisa que eu achei
    muito interessante.
  • 21:23 - 21:26
    Aí voltando a questão da indústria, tem.
  • 21:28 - 21:33
    Uma cena do Homem de Aço
    dirigido pelo Zack Snyder,
  • 21:34 - 21:37
    que quem fez a trilha sonora
    foi o Hans Zimmer
  • 21:37 - 21:42
    e nos créditos dos DVDs
    eu sou ainda um apaixonado por DVD.
  • 21:42 - 21:46
    E justamente por essas coisas
    tinha uma coisa muito legal
  • 21:46 - 21:50
    que é justamente ele
    criando toda aquela ambientação sonora.
  • 21:50 - 21:55
    Então primeiro foi feita toda a edição,
    chega pra ele sem som nenhum, né?
  • 21:56 - 22:00
    Só com o som direto ainda sem ser tratado
    e ele começa a fazer a trilha.
  • 22:00 - 22:03
    Então ele fala para o violinista
    Faz aí, dá. Uma.
  • 22:03 - 22:08
    Errada, faz alguma coisa assim
    e eles estão lá no processo criativo.
  • 22:08 - 22:11
    Quem chega? Os Zack Snyder.
  • 22:11 - 22:16
    E aí tem uma coisa que você percebe
    muito bem, que o Hans Zimmer muda
  • 22:17 - 22:18
    assim muda
  • 22:18 - 22:22
    a coisa, ele fala de vez em quando
    eu deixo algumas pessoas
  • 22:22 - 22:27
    entrarem no meu ambiente de trabalho,
    porque ali quem manda é ele.
  • 22:27 - 22:29
    Ele não é mais o Zé que era.
  • 22:29 - 22:34
    Acabou o trabalho dele, mas você percebe
    que rola um certo estranhamento, tipo.
  • 22:34 - 22:37
    O nome desse trabalho é que o Jan Zimmer,
  • 22:37 - 22:40
    querendo ou não, ele estava pisando
    num território do John Williams.
  • 22:40 - 22:43
    Ele era super homem e etc.
  • 22:44 - 22:46
    E o cara tem que se reinventar, né?
  • 22:46 - 22:49
    Porque eu percebo um designer,
    uma coisa assim
  • 22:50 - 22:55
    tem um limite entre a homenagem,
    a preguiça e quando eles querem fazer
  • 22:55 - 22:59
    aquela cena bonita,
    eles pegam a música que já existe,
  • 22:59 - 23:02
    só muda um pouquinho ali e o cara
    não opera.
  • 23:02 - 23:05
    E eu vou lá e.
  • 23:05 - 23:09
    Vou recriar e vou repensar
    isso, que é muito difícil, né?
  • 23:09 - 23:15
    Eu gosto também de alguns filmes
    que pegam a gente falar aqui do Tarantino.
  • 23:15 - 23:18
    Tarantino
    brinca muito com isso, de pegar algumas,
  • 23:19 - 23:21
    algumas músicas e ressignificar,
  • 23:22 - 23:25
    ou seja, de colocar em um espaço.
  • 23:25 - 23:28
    Por exemplo, você está
    ouvindo, está no velho oeste,
  • 23:28 - 23:30
    está ouvindo uma música que não tem nada
    a ver, né?
  • 23:30 - 23:32
    Eu fui a Coppola, faz música?
  • 23:32 - 23:33
    Coppola Isso é o que é isso?
  • 23:33 - 23:35
    É o tal do anacronismo.
  • 23:35 - 23:38
    Isso, Isso tem um termo
    que se chama anacronismo.
  • 23:38 - 23:40
    Porque o que é o anacronismo?
  • 23:40 - 23:42
    Anacronismo
    é quando duas épocas convergem.
  • 23:42 - 23:44
    E aí eu vou te dar um exemplo claro.
  • 23:44 - 23:48
    Por exemplo, se você andar no centro de
    São Paulo e for ali na região da Sé,
  • 23:48 - 23:51
    que você tem o pátio do colégio
    de que era o pátio do colégio, sei lá.
  • 23:52 - 23:56
    O padre meio que aí do outro lado da rua
    você tem um prédio 1970.
  • 23:57 - 24:00
    Então arquitetonicamente
    você tem o anacronismo, o grande
  • 24:01 - 24:03
    eu nunca sei dizer
    se num Grande Gatsby. Gatsby.
  • 24:04 - 24:04
    Esse,
  • 24:04 - 24:07
    por exemplo, é um exemplo muito forte
    do anacronismo, né?
  • 24:07 - 24:10
    E Sofia Coppola também. Outro diretor.
  • 24:10 - 24:11
    Brinca com isso.
  • 24:11 - 24:12
    E faz anacronismo.
  • 24:12 - 24:16
    Eu lembro da cena de Django Livre que está
    tocando uma música bem rap anos 2000.
  • 24:16 - 24:20
    Assim, ele está no velho Oeste. Da casa.
  • 24:20 - 24:20
    Esperando ele.
  • 24:20 - 24:24
    Américo Moriconi Tá tocando rap.
  • 24:24 - 24:25
    E misturando tudo.
  • 24:25 - 24:30
    Isso sem falar de diretores
    que são bem isso, que misturam bem.
  • 24:30 - 24:32
    É que você lembra de tudo como um todo.
  • 24:32 - 24:35
    É o exemplo mais cultura pop
    que eu acho que as pessoas estão ouvindo.
  • 24:35 - 24:38
    Vou lembrar o James Gana
    quando ele faz Guardiões da Galáxia.
  • 24:38 - 24:42
    Ele tem muitas cenas que se você ouve
    a música, você vê o vídeo,
  • 24:43 - 24:45
    ele corre, você vê o vídeo,
    você ouve a música, sabe,
  • 24:45 - 24:50
    parece que parece que você fez
    o download do MP4 da sua cabeça.
  • 24:50 - 24:53
    E aí quando você se lembra de uma coisa,
    a outra já vem, né?
  • 24:53 - 24:54
    Mas isso é o mais curioso.
  • 24:54 - 24:57
    E aí eu vou para um tema,
    eu vou falar de teóricos aqui,
  • 24:57 - 24:59
    já que a gente está falando
    para os árabes também.
  • 24:59 - 25:02
    E tem um cara que eu gosto muito,
    que é o Vitor Koch.
  • 25:02 - 25:05
    Vitor é um teórico do som.
  • 25:05 - 25:08
    Ele fala uma coisa que é boba,
    mas é muito legal que assim,
  • 25:08 - 25:11
    quando eu olho, ele é totalmente objetivo,
  • 25:12 - 25:15
    mas quando eu escuto não, eu escuto
    subjetivamente.
  • 25:16 - 25:18
    Por isso que o som invade a sala,
    ela não invade a sala,
  • 25:18 - 25:22
    ela não vai soar no meus ouvidos,
    Ela vai no meu corpo inteiro.
  • 25:22 - 25:24
    Você vai ver um surdo, por exemplo.
  • 25:24 - 25:25
    Ele vai dançar.
  • 25:25 - 25:28
    Ele sabe dançar no ritmo, porque o som,
  • 25:29 - 25:31
    como provado por John Cage, não existe.
  • 25:31 - 25:34
    O silêncio existe sempre uma expressão,
    entendeu?
  • 25:34 - 25:35
    E é isso.
  • 25:35 - 25:38
    No filme Terremoto, lá dos anos 70,
    foi isso que eles fizeram.
  • 25:38 - 25:40
    Vai ter uma caixa para
  • 25:41 - 25:44
    o subgraves, que hoje é totalmente normal,
  • 25:45 - 25:48
    para fazer o povo sentir no corpo.
  • 25:48 - 25:51
    Me lembra muito
    aquele desenho de South Park Cartman
  • 25:51 - 25:53
    a noite inteira procurando a nota marrom.
  • 25:53 - 25:55
    Você se lembra desse episódio?
  • 25:55 - 25:55
    Eu não vou contar
  • 25:55 - 25:58
    porque no episódio Muitos catalães,
    porque era uma nota específica.
  • 25:59 - 26:00
    Então é isso.
  • 26:00 - 26:03
    A nota que faz o agudo
    ele dar a tua testa.
  • 26:03 - 26:06
    Como é que tudo o que você vai ver
    o personagem já escutou?
  • 26:06 - 26:09
    Tem uma cena do Whiplash.
  • 26:09 - 26:11
    O cara sofre um acidente, um carro,
  • 26:11 - 26:14
    ele era atropelado por um carro
    e você escuta o ruído fino
  • 26:16 - 26:17
    ou de bomba.
  • 26:17 - 26:19
    Então é uma representação sonora
    que nem você.
  • 26:19 - 26:21
    E quando se dá uma topada,
  • 26:21 - 26:23
    eu nunca sei se aqui em São Paulo
    tem palavra que eu acho que é do.
  • 26:23 - 26:24
    Para.
  • 26:25 - 26:26
    Quando você bate o dedo.
  • 26:26 - 26:27
    Topada para, né?
  • 26:27 - 26:31
    Porque às vezes eu penso
    que as palavras têm lugar e é aí que você
  • 26:31 - 26:32
    dá uma topada.
  • 26:32 - 26:35
    Sabe aquela aquela dor
    que dói até o último fio do cabelo?
  • 26:35 - 26:38
    Você escuta até tua alma gemendo.
  • 26:38 - 26:41
    Então, no cinema
    eles precisam fazer isso também.
  • 26:41 - 26:43
    Só que só a imagem.
  • 26:43 - 26:45
    Ela não te dá a. Resposta.
  • 26:45 - 26:48
    Porque a imagem está na tela.
  • 26:48 - 26:51
    Ela é totalmente objetiva
  • 26:51 - 26:54
    e se não toca, ela mal só entra.
  • 26:54 - 26:56
    Passando por aqui.
  • 26:56 - 26:58
    Muito. Então ele entra na tua alma aí.
  • 26:58 - 27:02
    60 A dor do cara você sente a angústia,
    mas quando assimilado o Deus dos anéis
  • 27:02 - 27:05
    é lá, lá. Lá. Trier é, ele é o.
  • 27:05 - 27:07
    Eles tinham
    até uma coisa de fala da música.
  • 27:07 - 27:10
    Eu falei tudo,
    Então eu levantei e tinha uma turminha lá.
  • 27:10 - 27:12
    A vida neles vale Alepo.
  • 27:12 - 27:15
    Você pega aquele dirigindo no escuro,
    eu acho que é Kombi.
  • 27:15 - 27:18
    O pai dançando,
    dançando no escuro, que ela é cega,
  • 27:20 - 27:22
    meu amigo, assim.
  • 27:22 - 27:24
    Que é o musical.
  • 27:24 - 27:27
    Eu sempre digo pra galera o seguinte
    veja se vai trabalhar com o som.
  • 27:27 - 27:30
    Com cinema
    você tem que ver tudo para ter referência.
  • 27:31 - 27:34
    Tem coisa que é dura, tem coisa que eu
    não gosto, tipo esse filme.
  • 27:34 - 27:35
    Ele é duríssimo,
  • 27:35 - 27:38
    mas se eu for trabalhar com cinema
    e trabalhar com som,
  • 27:38 - 27:41
    não dá para não ver um filme
    exatamente perfeito,
  • 27:41 - 27:43
    Porque se eu ficar só vendo filme
    blockbuster,
  • 27:43 - 27:46
    veja só, eu estou falando de som,
    estou falando de design.
  • 27:47 - 27:51
    Se você pegar um filme dos anos 50 anos,
    60 até anos 40, por exemplo,
  • 27:51 - 27:52
    o Vampiro Dusseldorf,
  • 27:52 - 27:54
    eles tem muito mais importância
  • 27:54 - 27:57
    sonora do que qualquer filme
    de coisas que você vai ver hoje.
  • 27:57 - 27:59
    Qualquer um.
  • 27:59 - 28:00
    Sério, estou falando de blockbuster.
  • 28:00 - 28:01
    Está aí.
  • 28:01 - 28:05
    Eu vou emendar duas referências
    que eu acho muito legais
  • 28:05 - 28:08
    Uma é O Céu de Lisboa,
  • 28:09 - 28:12
    do Vinho Wenders,
    que foi um filme para ele.
  • 28:12 - 28:16
    Ele foi muito massacrado
    porque ele não estava.
  • 28:16 - 28:19
    E para quem não sabe,
    o Win Wenders é um cineasta alemão
  • 28:20 - 28:23
    muito ligado àquela motivação de
  • 28:25 - 28:28
    tentar
    integrar as Alemanhas na década de 80.
  • 28:28 - 28:28
    Enfim.
  • 28:28 - 28:33
    E aí ele vai para Lisboa e aí é um técnico
    de som que fica captando sons.
  • 28:33 - 28:36
    Eu acho um filme assim belíssimo.
  • 28:36 - 28:40
    E aí tem essa coisa do cara ficar
    observando o passarinho,
  • 28:40 - 28:45
    o som que passa, tudo que é um pouco
    o reflexo do técnico do som.
  • 28:45 - 28:50
    É um tiro na noite do Brian de Palma,
    que o John Travolta
  • 28:50 - 28:54
    faz o técnico de som que é a mesma coisa
  • 28:54 - 28:58
    e aí ele sem dar spoilers, ele dá um,
  • 28:58 - 29:01
    ele grava um tiro
  • 29:01 - 29:04
    e um atentado e aí o filme se desenrola.
  • 29:04 - 29:07
    Mas é muito legal
    essa coisa dele ficar ativa
  • 29:07 - 29:11
    até o microfone e é um pouco.
  • 29:11 - 29:12
    A gente tem essa coisa.
  • 29:12 - 29:16
    Eu sempre brinco que quando a gente tem
    essa coisa do microfone
  • 29:16 - 29:20
    ficar, ouvir, é quase um voyeur, né?
  • 29:21 - 29:23
    Que você fica,
    você fica querendo ouvir e você fica aqui.
  • 29:23 - 29:24
    Então,
  • 29:25 - 29:27
    eu já vi alguns,
  • 29:27 - 29:31
    algumas pessoas que gravam ah,
    se eu falo escuta, gravar tudo.
  • 29:31 - 29:32
    Lembra de um?
  • 29:32 - 29:34
    Você lembra do 14 zero meia zero 11 14?
  • 29:34 - 29:36
    Bom, elas eram 11, 14
    era o meia que vendia umas 20,
  • 29:36 - 29:41
    Vendia meia varina,
    vendia vaca, Ganso 2000 era propaganda.
  • 29:41 - 29:42
    Sim, é um canal que.
  • 29:42 - 29:44
    Vendia e vendia na avenida.
  • 29:44 - 29:47
    Tudo vendia vaga e
    até fizeram uma competição entre agências
  • 29:47 - 29:51
    2009, sei lá, tudo com a David Varina,
    que nada cortava, Pô,
  • 29:51 - 29:54
    Mas a questão é que eles vendiam
    uma coisa que amplificava o som.
  • 29:55 - 29:59
    Era uma das Greg Elias lá que ele vendeu,
    amplificava o som e aí uma das cenas
  • 29:59 - 30:04
    era justamente essa era uma praia
    e ia passando a moça, ela escutando assim.
  • 30:04 - 30:07
    Aí eu vi outras e nossa,
    como ela está bonita!
  • 30:07 - 30:10
    Então ela se sentia envaidecida,
    porque na verdade ela estava
  • 30:10 - 30:16
    amplificando as questões sonoras dela
    e indo além, porque é muito divertido.
  • 30:16 - 30:19
    Se você não fez, eu sempre
    sugiro põe um gravador,
  • 30:19 - 30:22
    põe no ouvido e abre o microfone
    mais amplo que você pode.
  • 30:22 - 30:24
    Vai lá para o meio da Paulista.
  • 30:24 - 30:26
    Nossa, é como se você tivesse
  • 30:27 - 30:28
    escutando, sabe daquele dez em
  • 30:28 - 30:31
    eu estou escutando tudo Para de escutá la.
  • 30:32 - 30:33
    É impressionante.
  • 30:33 - 30:35
    Eu ouvi de Deus
  • 30:35 - 30:37
    tudo ao mesmo tempo ali.
  • 30:37 - 30:40
    Uma coisa que é bacana é que os alunos,
    eles sempre acabam.
  • 30:40 - 30:45
    A pergunta que a gente recebe diariamente
    Eu estou falando aqui de sound design
  • 30:45 - 30:48
    e estou falando de edição de mixagem
    que a gente tem de software
  • 30:48 - 30:52
    e tecnologia hoje,
    que acaba sendo mais posto no mercado ali.
  • 30:52 - 30:55
    Porque uma coisa que eu falo muito
    com os meus alunos lá,
  • 30:55 - 30:59
    em outra outra área, claro,
    mas eu comento muito que assim
  • 30:59 - 31:02
    tem o que eu posso usar em casa,
    ter o que eu vou usar no estúdio.
  • 31:02 - 31:05
    Tem as coisas que o mercado aceita
    e tem as coisas que você pode usar
  • 31:06 - 31:09
    para fazer coisas mais indies,
    mais fora do
  • 31:10 - 31:13
    do Stroheim, Stroheim.
  • 31:14 - 31:16
    No campo do som.
  • 31:16 - 31:18
    Engraçado que se fala sobre o novo,
  • 31:18 - 31:22
    mas é o contrário,
    é o velho e o velho produz
  • 31:22 - 31:26
    porque eu produzo
    e ele é o primeiro software e tal.
  • 31:27 - 31:31
    Mas aí a gente vai entrar em uma outra
    questão, porque, veja só,
  • 31:32 - 31:32
    se a gente
  • 31:32 - 31:36
    for pegar usando, eu vou falar dos anos
    80 para cá especificamente.
  • 31:36 - 31:38
    Não vou nem falar dos anos 70,
    porque aí era outra coisa.
  • 31:38 - 31:40
    Não vou falar dos anos 80 para cá.
  • 31:40 - 31:44
    Existe uma evolução muito grande
    na captação e na mixagem.
  • 31:44 - 31:48
    Todo esse sistema que vira
    e até chega nesse movimento
  • 31:48 - 31:51
    que é nosso,
    que agora que é caseiro, está certo.
  • 31:51 - 31:57
    As grandes indústrias estão usando
    bastante o produz, usam no ainda uso.
  • 31:57 - 32:00
    Se você for vai trabalhar, produz
    e tem muita gente
  • 32:00 - 32:05
    utilizando até o 20 também
    para fazer só mais outras produtoras,
  • 32:05 - 32:08
    porque aí você está falando de edição,
  • 32:08 - 32:11
    mixagem, finalização.
  • 32:11 - 32:14
    Outra coisa é o processo criativo.
  • 32:14 - 32:17
    E aí a gente já vai falar
    dos instrumentos virtuais e tudo isso.
  • 32:18 - 32:21
    Então já existem softwares
    que são muito melhores,
  • 32:21 - 32:25
    como o Live to Live
    ou o próprio Logic Pro,
  • 32:25 - 32:28
    que os estúdios já estão utilizando eles
  • 32:28 - 32:33
    como processo anterior
    não significa não significa que
  • 32:33 - 32:36
    eu não vou conseguir finalizar o vídeo
    com Ripper,
  • 32:37 - 32:42
    com o botão, com a guerrilha
    você finaliza com qualquer coisa
  • 32:43 - 32:44
    software por fazer
  • 32:44 - 32:47
    na mão, cortando fita não vai finalizar
    com qualquer software que você vê lá.
  • 32:48 - 32:48
    A web forma.
  • 32:48 - 32:51
    Pelo amor de Deus,
    basta você ter a tela que você vê o filme
  • 32:52 - 32:55
    que você põe lá, aparece o filme
    pronto, aí você consegue fazer as coisas.
  • 32:56 - 32:58
    Agora.
  • 32:58 - 33:01
    Tem essa questão do campo de criação
    também.
  • 33:02 - 33:04
    Você precisa o produto.
  • 33:04 - 33:07
    Ele é um software muito antigo.
  • 33:07 - 33:09
    Ele é um dos primeiros a surgir
    junto com ele.
  • 33:09 - 33:10
    É tudo isso.
  • 33:10 - 33:14
    Mas aí ele foi se adaptando tanto
    ao universo de criação do cinema
  • 33:15 - 33:18
    que ele tem ferramentas
    que facilitam bastante
  • 33:19 - 33:22
    na hora de você mixar
  • 33:22 - 33:24
    e masterizar para cinema.
  • 33:24 - 33:26
    Claro que você não vai fazer só com ele,
    porque você vai depender
  • 33:26 - 33:29
    dos plugins externos,
    que muitas vezes são muito mais caro
  • 33:29 - 33:31
    do que o danado, entendeu?
  • 33:31 - 33:34
    Mas na hora da criação do Mire,
    porque aí é outra história.
  • 33:34 - 33:38
    Porque eu acho que para falar de design
    a gente tem que falar de sistemas.
  • 33:38 - 33:40
    A gente tem que falar de mim,
    tem que falar de outro mundo,
  • 33:40 - 33:44
    porque assim são sub universos, são sub.
  • 33:44 - 33:45
    Por isso que eu falo,
  • 33:45 - 33:47
    porque a aula é o lugar onde você vai
    ter o primeiro respiro,
  • 33:47 - 33:49
    a primeira coisa sobre aqui.
  • 33:49 - 33:51
    A aula começa aqui, não termina.
  • 33:51 - 33:54
    Ela não termina porque só de captação,
  • 33:54 - 33:57
    só de mixagem, Só isso aqui.
  • 33:58 - 34:00
    O que você está
    falando? Uma coisa interessante
  • 34:01 - 34:03
    a respeito do ProTools
  • 34:03 - 34:07
    é produzam um software de áudio.
  • 34:07 - 34:10
    É uma Dal que chamam
    no digital de workstation.
  • 34:10 - 34:14
    E, por exemplo, eu vejo muita gente hoje
  • 34:14 - 34:17
    mixando, trabalhando o som.
  • 34:17 - 34:21
    Não vou nem falar mixando, mas trabalhando
    o som em softwares de vídeo.
  • 34:22 - 34:26
    Eu particularmente
    eu também vendo essa coisa
  • 34:26 - 34:29
    dessa etapa de produção
    e pra mim me incomoda.
  • 34:29 - 34:30
    As vezes eu falo poxa,
  • 34:30 - 34:33
    tem um software lá que é melhor,
    que vai te dar mais recursos.
  • 34:34 - 34:37
    Começa pela interface,
  • 34:37 - 34:40
    que não é uma interface feita para aquilo,
    um eu olho,
  • 34:41 - 34:45
    eu vou falar dos alunos, falar mal do
    vou falar mal dos alunos
  • 34:45 - 34:49
    agora por preguiça
    eles acabam fazendo tudo no premier
  • 34:49 - 34:52
    porque você tem as pistas de ar
    e o áudio e o áudio e o áudio.
  • 34:53 - 34:54
    Aí agora o que foi que eu resolvi fazer?
  • 34:54 - 34:57
    Vocês tem que fazer no Ripper
    ou no Audition,
  • 34:58 - 35:01
    Tirar print das do workflow.
  • 35:01 - 35:04
    Também faço isso.
    Você faz isso também, entendeu?
  • 35:04 - 35:06
    Porque senão eles não enrolavam né?
  • 35:06 - 35:10
    E como eu também tenho utilizado
    bastante inteligência artificial no apoio
  • 35:10 - 35:11
    dos alunos, aí
  • 35:12 - 35:13
    o novo
  • 35:13 - 35:16
    Premier,
    ele está querendo roubar um pouco do
  • 35:16 - 35:22
    ela é maldosa, o novo Premier
    agora ele veio com uma parte de áudio
  • 35:22 - 35:26
    já meio específica,
    que você já muda a interface do áudio
  • 35:26 - 35:27
    e assim
  • 35:27 - 35:28
    eu não sei se vai pegar,
  • 35:28 - 35:32
    porque você precisa reeducar todos
    os estúdios do grandes estúdios do mundo.
  • 35:32 - 35:33
    Não é verdade?
  • 35:33 - 35:35
    Tem que convencer de que eu não sei.
  • 35:35 - 35:38
    E eu vou dizer pra você
    Você pode até facilitar
  • 35:38 - 35:43
    por o editor de vídeo que vai lá
    se arriscar o áudio, mas o editor de áudio
  • 35:44 - 35:48
    do menino que está começando
    agora usando o FL lá na quebrada,
  • 35:48 - 35:51
    até o cara lá é mega ultra hiper,
  • 35:52 - 35:54
    ele não vai usar no software de vídeo,
  • 35:54 - 35:57
    pelo menos neste momento eu duvido muito.
  • 35:58 - 36:00
    A coisa de nicho
    acho que vai para cada nicho ali.
  • 36:01 - 36:03
    A interface cara,
  • 36:03 - 36:07
    a interface, você olha para interface
    com essa interface gerar estranhamento.
  • 36:07 - 36:09
    A pior coisa.
  • 36:09 - 36:11
    O problema não é fazer só um design,
    fazer música.
  • 36:11 - 36:15
    Eu falo isso porque assim eu conheço
    a estrutura de música com essa estrutura.
  • 36:15 - 36:18
    Claro que depende de outros conhecimentos
    e tem outros fatores,
  • 36:19 - 36:22
    mas a interface, meu amigo,
    se você não souber
  • 36:22 - 36:26
    como aquela interface funciona,
    você pode ter todas as ideia do mundo.
  • 36:27 - 36:29
    Eu me lembro da primeira vez que eu vi,
    por exemplo, não do áudio,
  • 36:29 - 36:31
    mas eu me lembro
    que eu vi interface do Photoshop.
  • 36:31 - 36:32
    Eu não conseguia fazer nada.
  • 36:32 - 36:36
    Eu não sabia eu apertar o botão,
    eu ia apertar o próprio Premier.
  • 36:36 - 36:39
    Eu olho para aquela interface e tem que
    botar um pontinho, tem que baixar.
  • 36:39 - 36:40
    Mas tipo nossa,
  • 36:41 - 36:42
    o que eu faço?
  • 36:42 - 36:43
    Eu me seguro do software.
  • 36:43 - 36:46
    Eu acho que eu fico angustiado
    olhando para o.
  • 36:46 - 36:49
    Primeiro software de áudio que eu mexi
    foi o Sony Vegas.
  • 36:50 - 36:53
    Da que era pra vídeo também não.
  • 36:53 - 36:57
    Era porque ele era mais indicado para
    para áudio, né?
  • 36:58 - 37:02
    E aí, ali, no final dos anos 2000,
    ele começou a arrecadar muita gente
  • 37:02 - 37:06
    para o vídeo, mas eu sempre não sei porque
  • 37:06 - 37:09
    eu sempre olhei o Vegas
    como um software de áudio,
  • 37:10 - 37:10
    eu acho.
  • 37:10 - 37:13
    A interface dele me lembra
    quando eu vi o David a primeira vez,
  • 37:13 - 37:17
    ele mandou e eu não sei sinceramente.
  • 37:17 - 37:18
    Por quem copiou aqui.
  • 37:18 - 37:21
    Não era nem isso. Por que eles pararam?
  • 37:22 - 37:24
    Eu não sei nem por onde anda o Sony Vegas,
    por exemplo,
  • 37:24 - 37:26
    mas eu conheci vários estúdios.
  • 37:26 - 37:30
    Olha, eu conheci o cara lá,
    ele vai por conta da universidade que ele
  • 37:31 - 37:32
    tem uma Berklee
  • 37:32 - 37:36
    lá em Valência, que foi onde eu fiz
    a Faculdade de Belas-Artes
  • 37:36 - 37:38
    e que estava ligado a esse pessoal
    lá de telecomunicações.
  • 37:38 - 37:43
    Então eles faziam concertos binaurais,
    quadra fônicos, dez caixa e era assim.
  • 37:43 - 37:47
    Era como se a gente tivesse vendo um filme
    sonoro, ou seja, ouvindo a história
  • 37:48 - 37:49
    e outros técnicos.
  • 37:49 - 37:51
    Todos usavam Vegas.
  • 37:51 - 37:53
    Eu estou falando isso.
  • 37:53 - 37:56
    Eu fiz meu doutorado lá
    e 12, 13 anos atrás.
  • 37:56 - 37:58
    Eu acho que para onde ele foi?
  • 37:58 - 38:01
    Eu acho que isso é interessante, que
  • 38:02 - 38:05
    eu entendo que os alunos têm esse apego
    ao software, né?
  • 38:05 - 38:07
    Mas estamos falando de um exemplo.
  • 38:07 - 38:11
    Não faz muito tempo
    em que o software estava lá em cima.
  • 38:11 - 38:13
    Hoje ele cadê? Cadê?
  • 38:13 - 38:17
    Eu não tô sabendo por onde anda,
    então acho que fica
  • 38:17 - 38:20
    aquela dica pra gente ir encerrando
    e cada um dá sua dica.
  • 38:20 - 38:24
    A dica que eu dou é não dependa
    do software, entenda o funcionamento.
  • 38:25 - 38:28
    Eu sei que ter conforto no software
    é tudo de bom.
  • 38:28 - 38:31
    Teve uma vez que estava sem Premier,
    fui mexendo dá resolvi tentar o vídeo.
  • 38:31 - 38:34
    Eu sofri 01h00 ali até eu entender tudo.
  • 38:34 - 38:36
    É desconfortável, realmente.
  • 38:36 - 38:40
    Mas se você entende o que é o corte ali,
    o que é mixagem,
  • 38:41 - 38:45
    como você exporta codec, etc,
    você vai conseguir.
  • 38:45 - 38:47
    Lembra de Street
    Fighter? Lembro de ter feito.
  • 38:49 - 38:50
    Você ia para outro jogo e
  • 38:50 - 38:53
    dizia W que era outro jogo
  • 38:53 - 38:54
    da luta. Entendeu?
  • 38:54 - 38:56
    Então que vieram os comandos.
  • 38:56 - 38:57
    Se você vai pegar o soft,
  • 38:57 - 39:01
    uma vez que você entende da net
    e faz os comandos, é o mesmo contra o V4.
  • 39:01 - 39:04
    Ser contra o D é a mesma coisa que.
  • 39:04 - 39:07
    Eu falo, eu falo,
    eu faço uma outra analogia que é como você
  • 39:07 - 39:10
    dirige um carro
    quando você dirige o seu carro,
  • 39:10 - 39:14
    você já sabe que a terceira entra,
    mas dura.
  • 39:14 - 39:15
    Você vai ter que pisar mais.
  • 39:15 - 39:16
    Você já está acostumado.
  • 39:16 - 39:20
    Você pega um outro carro,
    você sabe dirigir, mas você vai dar
  • 39:20 - 39:21
    um estranhamento.
  • 39:21 - 39:24
    Passou duas, três,
    você já está dirigindo de novo.
  • 39:24 - 39:26
    É a mesma coisa
    quando a gente está com o software.
  • 39:26 - 39:29
    Você falou não é o assunto da nossa aula.
  • 39:29 - 39:33
    Mas o Final CUT não foi nunca
    de que era o software de vídeo
  • 39:33 - 39:37
    que hoje está cada vez
    sendo menos utilizado.
  • 39:37 - 39:38
    Então isso é bem legal.
  • 39:38 - 39:40
    Aí a Adobe foi guerreira
  • 39:41 - 39:42
    DIN fazendo
  • 39:42 - 39:45
    coisa fazer
    agora com inteligência artificial e tal.
  • 39:45 - 39:49
    E ai eu hoje os softwares da Adobe
    são muito legal, essa interface deles.
  • 39:50 - 39:51
    Essa conexão e tal.
  • 39:51 - 39:54
    Se você falou,
    você falou de dica para acabar aqui,
  • 39:55 - 39:57
    é porque quando a gente está falando
    de produção audiovisual,
  • 39:57 - 40:02
    tem uma coisa que eu me lembrei
    que é o branding, que é que é isso?
  • 40:02 - 40:05
    Eu, minha filha,
    eu tenho uma filha de quatro anos,
  • 40:05 - 40:08
    então ela não sabia falar
    Netflix, por exemplo,
  • 40:08 - 40:10
    E ela dizia para a gente Pai, mãe, bota
  • 40:10 - 40:13
    babá.
  • 40:13 - 40:16
    Ei, esporte,
  • 40:16 - 40:17
    eu não preciso ver.
  • 40:17 - 40:19
    A marca não existe mais.
  • 40:20 - 40:23
    Você concebeu um produto
  • 40:23 - 40:25
    que não sei porque para eu viver
  • 40:25 - 40:28
    eu tenho minha forma,
    mas tem o meu timbre de voz.
  • 40:29 - 40:30
    É uma marca minha
  • 40:31 - 40:34
    e as pessoas entenderam isso também.
  • 40:34 - 40:37
    Não existe Brain,
  • 40:37 - 40:39
    sei lá, qualquer coisa ou qualquer coisa
  • 40:39 - 40:42
    como uma coisa que você liga
    qual qualquer botão que você aperta.
  • 40:43 - 40:46
    E aí é isso aí,
    eu vou dar aqui a dica que aí
  • 40:46 - 40:50
    que pô, é outro assunto muito legal
    que é que é o Indie Carlos, né?
  • 40:51 - 40:55
    Ela é uma compositora muito importante
    e que botou nas nossas cabeças
  • 40:55 - 40:58
    todos os sonhos de tecnologia,
    porque quando fizeram o Tron
  • 41:00 - 41:02
    eles tinham que inventar o som
    para dentro do computador.
  • 41:02 - 41:04
    Como é que ninguém nunca entrou
    no computador?
  • 41:04 - 41:05
    Como é que soa esse negócio?
  • 41:05 - 41:08
    Uma dica inventa um som aí
    e é o som que a gente carrega.
  • 41:08 - 41:14
    Então, falando nisso, eu digo para vocês
    é muito importante assistir, criar o.
  • 41:15 - 41:16
    Repertório.
  • 41:16 - 41:17
    Um repertório.
  • 41:17 - 41:20
    Muito obrigado,
    porque os filmes de hoje não é que sejam.
  • 41:20 - 41:23
    Não estou falando da qualidade
    que eu adoro Blockbuster eu também.
  • 41:23 - 41:25
    Eu acho super divertido,
  • 41:25 - 41:26
    mas quando a gente vai trabalhar
  • 41:26 - 41:29
    especificamente com isso,
    a gente precisa ir além dele.
  • 41:29 - 41:32
    Porque se você pegar o.
  • 41:32 - 41:34
    É e é.
  • 41:34 - 41:37
    De rede, Coque é mais importante
  • 41:37 - 41:40
    do que toda a trilha
    sonora dos filmes de heróis.
  • 41:40 - 41:43
    Nos últimos dez anos. Todos. Todos.
  • 41:44 - 41:45
    E é um violão.
  • 41:45 - 41:49
    Te amo desafinado,
    mas ninguém toca na minha cabeça.
  • 41:49 - 41:53
    Tu vai tocar por toda a eternidade,
    porque deixou de ser um som
  • 41:54 - 41:55
    e virou uma imagem.
  • 41:55 - 41:57
    Virou um símbolo e um símbolo.
  • 41:57 - 42:01
    A minha última dica vai ser assistir
    muito filme do expressionismo alemão
  • 42:03 - 42:05
    que eu acho assim fantástico.
  • 42:05 - 42:09
    E a gente não pode esquecer
    que o expressionismo alemão inventou
  • 42:09 - 42:10
    a música eletrônica.
  • 42:12 - 42:14
    Na verdade, não propriamente, mas aquela,
    aquela toda,
  • 42:14 - 42:19
    aquela angústia da Alemanha
    ali da década de 20 e tudo.
  • 42:19 - 42:23
    Eles não queriam usar as orquestras
  • 42:23 - 42:26
    ou a música tradicional
  • 42:26 - 42:30
    e partiram para alguma coisa aqui
    na década de 70 da década de 80,
  • 42:31 - 42:36
    os grandes artistas David Bowie,
    depois o Bauhaus,
  • 42:36 - 42:40
    todos que o pessoal que aqui no Brasil
    a gente vai chamar de gótico, aí
  • 42:40 - 42:44
    se apropriaram daquilo
    para recriar uma certa música.
  • 42:44 - 42:46
    Então eu gosto muito.
  • 42:46 - 42:49
    Acho que quando a gente pensa em trilhas
    sonoras, esses filmes
  • 42:49 - 42:53
    que o Deco estava aqui
    falando desses filmes, vai dar uma.
  • 42:54 - 42:58
    É uma visão bem interessante
    do que foi feito depois, porque
  • 42:59 - 43:00
    serviu como referência.
  • 43:00 - 43:01
    Abrir a mente, o cinema.
  • 43:01 - 43:04
    Tudo já foi feito de tudo, tudo.
  • 43:04 - 43:06
    Você pegar um smoking no smoking
  • 43:06 - 43:10
    é cinema interativo, cinema,
    não sei o quê no cinema, tudo.
  • 43:10 - 43:13
    Olha, veja só aqui
    dá vontade de falar mais para o pai.
  • 43:13 - 43:17
    Uma dica ler o manifesto
    da arte dos ruídos Luz no solo
  • 43:17 - 43:22
    é o manifesto de 1912 que ele diz As salas
    de concerto são hospitais anímicos.
  • 43:23 - 43:25
    Temos que abrir os ouvidos
    para todos os sons existentes
  • 43:25 - 43:28
    na face da Terra,
    da própria natureza, da natureza mecânica.
  • 43:30 - 43:32
    Muito bacana que isso influencia o cinema
    para caramba, né?
  • 43:32 - 43:33
    Total!
  • 43:33 - 43:36
    Totalmente
    Queria agradecer a presença de hoje.
  • 43:37 - 43:38
    Assim tem tanta dica assim, né?
  • 43:38 - 43:42
    Acho que a minha sugestão é ouvir
    mais uma vez ali.
  • 43:42 - 43:45
    Ouvi anotando sempre, porque é muita dica.
  • 43:45 - 43:48
    Mas elas são legais assim mesmo.
  • 43:48 - 43:49
    É muita coisa, né?
  • 43:49 - 43:52
    Queria agradecer Kleber e agradecer Deco.
  • 43:52 - 43:53
    Eu que agradeço muito obrigado.
  • 43:53 - 43:55
    A gente tá muito aqui tá?
  • 43:55 - 43:56
    Família muito legal!
  • 43:56 - 43:58
    Muito legal esse bate papo.
  • 43:58 - 43:59
    Com essas dicas aqui.
  • 43:59 - 44:03
    Hoje eu quero vocês me prometer uma coisa
    a próxima coisa que se forem produzir,
  • 44:04 - 44:09
    seja um filme, um vídeo, um podcast,
    um jogo, qualquer tipo de conteúdo,
  • 44:09 - 44:12
    eu quero que vocês
    pensem, planejem o áudio.
  • 44:12 - 44:16
    A gente não vai deixar ele por último
    e depois falar que na pós
  • 44:16 - 44:19
    a gente conserta para a gente
    sabe que isso não vai dar certo.
  • 44:19 - 44:20
    Até a próxima, gente.
Title:
PBL TDD ANO 02 FASE 03 2025 VIDEOCAST LUZ CAMERA SOM E ACAO
Video Language:
Portuguese, Brazilian
Duration:
44:24

Portuguese, Brazilian subtitles

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