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    Todo dia, uma função nova
    é desbloqueada pelos dispositivos,
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    pelos computadores,
    aplicativos de celular etc.,
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    e robôs também.
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    Mas eu te pergunto: você conhece
    o que é Machine Learning,
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    Deep Learning e IA?
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    Se você, como eu
    e como os computadores,
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    quer aprender mais, eu convido você
    a participar desse bate-papo.
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    Eu estou aqui com dois convidados,
    meu nome é Caio Azevedo
  • 0:37 - 0:40
    e vamos juntos aprender como as máquinas
    também aprendem.
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    Tô aqui com o Arnaldo e com o Fernando, vou pedir pra vocês se
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    apresentarem.
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    Fernando, seja muito bem-vindo.
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    Legal.
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    Bom, meu nome é Fernando Nemec, eu trabalho com tecnologia e internet
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    desde 1996, 1997, quando começou a internet comercial.
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    De lá pra cá eu já fui programador front-end, programador back-end,
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    programador full-stack, cientista de dados, coordenador de projeto,
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    gerente de tecnologia, diretor de tecnologia, enfim, já passei por
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    muita coisa aí.
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    Hoje eu sou professor na FIAP e também tenho uma pequena empresa de
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    consultoria.
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    Seja muito bem-vindo, Fernando, obrigado.
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    Arnaldo, pode se apresentar pra nós, por favor.
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    Oi, pessoal, tudo bom?
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    Oi, Caio, Fernando, e aí, pessoal de casa.
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    Bom, eu sou o Arnaldo, sou professor aqui da FIAP e trabalho com a
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    parte de visão computacional na área de pesquisas pra segurança
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    viária, né?
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    Então, segurança aérea é a minha área de atuação aí na área de
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    pesquisa em visão computacional.
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    Pessoal, eu acredito que o pessoal que tá nos assistindo, os alunos,
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    assim como eu também que tô aqui ansioso pra receber esse
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    compartilhamento de informações, a gente quer colocar a nossa rede
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    neural pra trabalhar.
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    Bom, Fernando, antes de mais nada, a gente consegue fazer uma
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    definição breve do que é Deep Learning, do que é Machine Learning, do
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    que é a IA?
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    Fernando, você pode comentar um pouquinho pra nós, por favor?
  • 1:59 - 2:03
    Eu acho que a gente tem que entender que o mais abrangente que a
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    gente tem é a IA, né?
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    Quando a gente fala de IA, dentro da IA a gente tem muitas
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    possibilidades, muitos tipos de algoritmos e alguns desses algoritmos
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    a gente classifica como Machine Learning, ou seja, o aprendizado de
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    máquina.
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    Dentro do aprendizado de máquina, ou seja, fechando um pouquinho mais
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    esse escopo, a gente tem o que a gente costumou chamar de Deep
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    Learning, né?
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    Que são o quê?
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    São algoritmos que utilizam principalmente uma modelagem a partir de
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    neurônios pra conseguir predizer ou prever informações, enfim, e aí
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    tem uma série de utilidades aí, os neurônios que a gente pode
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    codificar utilizando Deep Learning, né?
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    O mais comum deles é o Perceptron, mas a gente fala disso mais pra
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    frente, acho que já vou dar todo o spoiler aqui do nosso podcast.
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    Eu acho que é legal também, uma forma que eu gosto de enxergar isso
  • 2:59 - 3:05
    é que eu sempre pergunto pro pessoal quando eu tô em aula se eles
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    acham que IA, Machine Learning e Deep Learning são a mesma coisa, né?
  • 3:10 - 3:11
    E o Fernando comentou bem, né?
  • 3:11 - 3:14
    Então, pessoal, não, não é a mesma coisa.
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    Então, cada um no seu quadrado, cada um com seu quadracoal.
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    E acho que é bacana ter essa visão assim, fica ilustrativo o pessoal
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    pensar que existe um grande guarda-chuva e que dentro desse guarda
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    -chuva a gente tem os algoritmos de Machine Learning e esse guarda
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    -chuva chama IA.
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    Então eu acho bacana a gente pensar IA como se fosse uma matéria, né?
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    Como a gente tem matemática, português, biologia, existe a disciplina
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    e a inteligência artificial.
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    Então ela é uma grande área de estudo, né?
  • 3:42 - 3:44
    A biologia é uma grande área de estudo.
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    E quando você quer saber, poxa, que bicho é esse, que animal é esse,
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    que planta é essa, a gente não fala, eu vou usar uma biologia aqui,
  • 3:52 - 3:52
    né?
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    Mas pra IA a gente fala, né?
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    É uma pista de linguagem que a gente tem que é horrível.
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    E é interessante porque a gente percebe que isso daí já começa até no
  • 4:00 - 4:01
    jornalismo, né?
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    Você vai ver uma matéria e o cara fala de inteligência artificial de
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    um jeito tão genérico que não faz sentido, né?
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    Mesma coisa que eu tenho um problema no coração, eu vou no médico.
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    Não, você vai no cardiologista pra ver se tem problema no coração,
  • 4:11 - 4:11
    né?
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    Pode até ir no médico, mas você vai no cardiologista.
  • 4:15 - 4:17
    E com a IA acontece a mesma coisa, né?
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    Qualquer coisa que se pareça com alguma inteligência vira IA, né?
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    Às vezes não, às vezes você tem que afunilar um pouquinho mais, o que
  • 4:25 - 4:26
    é aquilo?
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    Aprendizado de máquina?
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    Não, é deep learning.
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    E eu acho que eu percebo também, né?
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    Eu não costumo ler muita notícia assim extensivamente, mas eu acho
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    que tem uma confusão muito grande no jornalismo entre o que é machine
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    learning e o que é deep learning.
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    Nossa, é assim, confunde bem.
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    Eu acredito um pouco, Fernando, que como esses conceitos é muito novo
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    pra maioria da população, né?
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    A gente acaba tratando de forma genérica.
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    Então eu até pedi pra vocês tentarem trazer um pouco dessa definição
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    pra gente saber realmente do que se trata.
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    E quando o Fernando falou assim, ah, são neurônios e tal.
  • 4:59 - 5:02
    Eu fico, caramba, a gente tá pensando numa coisa tão orgânica, né?
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    Quando a gente pensa em neurônios, né?
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    Organicamente, e agora a gente tá falando de neurônios de máquina,
  • 5:09 - 5:09
    né?
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    Como que é isso, Fernando?
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    É muito interessante, né?
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    Se a gente pensar, quando a gente pensa em aprendizado de máquina,
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    dentro do aprendizado de máquina a gente tem uma classe de algoritmos
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    que são algoritmos muito velhos, entre aspas, né?
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    Não é um negócio novo, não é um negócio que surgiu antes de ontem,
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    né?
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    Tem muitos algoritmos que já foram definidos, foram escritos, e tem
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    paper sobre eles desde a década de 80, 70, 80, né?
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    E por que só ganhou tração agora, né?
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    Só ganhou tração agora porque só hoje a gente tem poder computacional
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    e uma quantidade de dados grande o suficiente pra aplicar aquilo, né?
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    De larga escala, né?
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    Então a lógica já existia, mas faltava hardware, por exemplo?
  • 5:50 - 5:51
    Hardware e dados, né?
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    Ah, sim.
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    O pessoal comenta aí, né?
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    Outra chavão ali, dados é o novo petróleo, né?
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    De certa forma tem o valor, né?
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    Tem o valor dele ali, né?
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    A gente pode até comentar sobre isso depois que eu acho que é um
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    ponto interessante.
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    Mas a gente tem que entender que o machine learning não é muito
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    recente.
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    Ele já é um negócio que vem andando há décadas, né?
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    Já o deep learning eu nem, talvez até, depois isso até me
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    complementa, né?
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    Mas já no caso do deep learning, não, né?
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    A gente teve uma modelagem até que recente do neurônio, do que a
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    gente tem de por neurônio, né?
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    Até o perceptron deve ter o quê?
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    Não deve ter nem 15 anos, né?
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    Eu acho, né?
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    Ah, tem bastante.
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    O perceptron, o primeiro paper lá é da década de 58, 62.
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    Ah, entendi, entendi.
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    Então mesmo o perceptron aí já estava rolando há bastante tempo, né?
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    Agora, as camadas ali do neurônio, toda aquela arquitetura, eu também
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    não sei se teve paper significativo antes dos anos 2000, né?
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    Vamos falar que a gente teve, ao longo da evolução, o pessoal
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    conseguiu desenvolver a parte matemática disso, né?
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    Então a gente conseguia modelar matematicamente o que a gente entende
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    como a forma como a gente pode processar os dados.
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    E aí eles chamaram esse nome de perceptron, né?
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    Que é a parte de modelagem de um neurônio sintético ali, tal, beleza.
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    Só que a gente não conseguia computar isso ainda, né?
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    Mas a modelagem matemática já estava toda bem definida, mas a gente
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    não tinha o hardware pra isso, né?
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    Então vamos pensar que a gente teve a época ali de escassez das IAs,
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    onde todo mundo foi trabalhar com outra coisa, porque todo mundo tem
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    boleto pra pagar, então todo mundo foi trabalhar com outras coisas.
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    E foi, sei lá, a década de 80 ali, onde a gente quase não
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    teve desenvolvimento nessa área.
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    Mas com a parte da computação, né?
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    Início da internet, era em 96, 98, as coisas evoluíram bastante, né?
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    E aí foram voltando a pesquisar isso, né?
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    Então a gente começou a ter processamento paralelizado já no GPU, pra
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    poder treinar essas arquiteturas.
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    A gente conseguiu, com a internet, criar bancos de dados que
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    conseguem aglutinar informações de forma mais interessante.
  • 8:02 - 8:05
    Então a gente conseguiu ter espaço pra poder processar isso e
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    computar e treinar as nossas redes, né?
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    Eu só vou pedir pra vocês me ajudarem um pouquinho com os meus
  • 8:11 - 8:14
    neurônios, pra me situar um pouquinho.
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    Então quando a gente fala de Machine Learning, a gente tá falando de
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    Aprendizado de Máquina, posso traduzir ao pé da letra dessa forma,
  • 8:20 - 8:20
    Fernando?
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    Pode, Aprendizado de Máquina.
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    Eu até costumo falar pros alunos Aprendizado de Máquina, né?
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    Eu acabo não adotando ali o anglicismo ali no dia a dia, eu falo
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    Aprendizado de Máquina mesmo.
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    Certo, e aí o Deep Learning já é uma outra coisa.
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    Eu entendo ele como um aprofundamento ali do Machine Learning, algo
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    mais elaborado que o Machine Learning.
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    Porque o Machine Learning é a capacidade do computador, do...
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    Não, o Machine Learning é...
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    Aprender sozinho?
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    Quando a gente fala do guarda-fio de Machine Learning, a gente tá
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    falando de vários tipos de algoritmo.
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    Por exemplo, uma regressão linear.
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    É um algoritmo de Machine Learning.
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    A gente usa uma regressão linear pra prever resultados, né?
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    Ou avaliar uma correlação, ou avaliar até, se a gente estiver falando
  • 9:01 - 9:06
    aí de algumas outras técnicas mais específicas pra uma regressão
  • 9:06 - 9:08
    linear, você pode até provar ali uma...
  • 9:09 - 9:10
    Causalidade, né?
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    Causalidade, exatamente.
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    Fugiu o nome.
  • 9:14 - 9:17
    Então, são algoritmos mais simples, entendeu?
  • 9:17 - 9:21
    Então, pra você ter ideia, uma regressão linear nada mais é do que
  • 9:21 - 9:22
    uma equação de segundo grau.
  • 9:23 - 9:24
    Qual é a dificuldade dela?
  • 9:24 - 9:28
    Calcular quais são os coeficientes daquela regressão linear pra que
  • 9:28 - 9:33
    eu tenha uma regressão ótima, que prever da melhor forma os
  • 9:33 - 9:36
    resultados que eu tô esperando, que eu desejo calcular.
  • 9:36 - 9:41
    No caso do Deep Learning, os algoritmos são muito mais complexos, e
  • 9:41 - 9:45
    exigem um poder computacional muito maior, que é algo que você estava
  • 9:45 - 9:46
    até comentando, né?
  • 9:47 - 9:52
    Ou seja, não dá pra eu colocar dentro do mesmo cesto, entendeu?
  • 9:52 - 9:54
    É claro que quando a gente fala de Machine Learning, a gente fala de
  • 9:54 - 9:55
    Boosting, Bagging, bem assim.
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    Tem também muitos algoritmos ali bem pesadinhos também, mas eu
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    acredito que não chega perto ali de alguns algoritmos mais pesados de
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    Deep Learning, principalmente quando a gente começa a falar até mesmo
  • 10:07 - 10:10
    de visão computacional, como você comentou, que é a sua
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    especialidade.
  • 10:11 - 10:15
    Acho que tem um ponto que vai ajudar você a entender essas coisas, é
  • 10:15 - 10:18
    que a gente tem um paradigma de programação.
  • 10:18 - 10:22
    O paradigma de programação, você é desenvolvedor, bom, eu tenho as
  • 10:22 - 10:26
    regras do que o meu sistema deve fazer, eu conheço muito bem as
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    regras de como ele deve operar, então, basicamente, entra dado,
  • 10:31 - 10:33
    aplico a regra, eu tenho a minha saída.
  • 10:33 - 10:34
    Sim.
  • 10:34 - 10:35
    Faz sentido, né?
  • 10:35 - 10:38
    Então, como é que eu aplico essa soma de dois números?
  • 10:38 - 10:42
    Então, recebo a minha entrada, eu pego o número A, pego o número B,
  • 10:42 - 10:44
    tenho a minha saída ali, somos dois, tudo bem.
  • 10:44 - 10:46
    Pensando numa regra de negócio mais complexa?
  • 10:46 - 10:46
    Também.
  • 10:47 - 10:50
    Imagina uma situação onde a gente não tem essas regras bem definidas.
  • 10:50 - 10:54
    Imagina um cenário de complexidade onde a gente não consegue definir
  • 10:54 - 10:56
    as fronteiras de decisão.
  • 10:57 - 10:58
    Como é que você faz o seu programa?
  • 11:00 - 11:01
    É.
  • 11:01 - 11:03
    Fica complexo, né?
  • 11:03 - 11:03
    Entende?
  • 11:04 - 11:04
    É, lógico.
  • 11:05 - 11:06
    No natural você não faz, né?
  • 11:06 - 11:06
    Exato.
  • 11:07 - 11:07
    Não tem regra, né?
  • 11:07 - 11:11
    É nesse ponto que a gente vai trabalhar com os algoritmos de Machine
  • 11:11 - 11:14
    Learning, porque a gente está trabalhando com um novo paradigma.
  • 11:15 - 11:18
    Novo nem tanto, mas vamos pensar que um paradigma é diferente.
  • 11:18 - 11:22
    E esse paradigma de Machine Learning é o seguinte, bom, embora eu não
  • 11:22 - 11:25
    conheça as regras, eu tenho exemplos de como ele deve funcionar.
  • 11:26 - 11:29
    Então, embora eu não saiba como soma dois números, porque para mim é
  • 11:29 - 11:33
    uma caixa preta que eu não sei, eu tenho a entrada e eu tenho
  • 11:33 - 11:34
    exemplos de saída.
  • 11:34 - 11:36
    Então, um dos algoritmos que a gente usa, que é o aprendizado
  • 11:36 - 11:41
    supervisionado dentro de Machine Learning, eu gosto de relacionar e
  • 11:41 - 11:43
    usar o exemplo de um livro do professor.
  • 11:43 - 11:48
    Então, você quer estudar para uma prova de história e aí você não
  • 11:48 - 11:50
    quer ler os capítulos todos que tem ali.
  • 11:50 - 11:53
    Bom, eu vou direto para as perguntas, vou ver as perguntas e vou ver
  • 11:53 - 11:54
    as respostas.
  • 11:54 - 12:00
    E vou tentar entender ali como que as respostas se relacionam com as
  • 12:00 - 12:05
    perguntas para tentar descobrir a regra de negócio, como que isso
  • 12:05 - 12:06
    funciona.
  • 12:06 - 12:09
    Então, o e-mail é algo que você descobre depois, você tem o resultado
  • 12:09 - 12:10
    e o e-mail.
  • 12:10 - 12:12
    Exato, isso é Machine Learning.
  • 12:12 - 12:15
    Tem um exemplo muito bacana, que eu costumo falar também em aula, que
  • 12:15 - 12:17
    é o filtro antispam.
  • 12:17 - 12:21
    O filtro antispam, você tem o e-mail, que é a entrada, o que
  • 12:21 - 12:25
    consiste em e-mail, você tem o texto e o assunto, variadamente ali
  • 12:25 - 12:26
    quem enviou, etc.
  • 12:27 - 12:29
    E você tem a saída, qual é a saída?
  • 12:29 - 12:31
    A saída é, é spam ou não é spam?
  • 12:32 - 12:36
    Como que você consegue, de uma forma procedural, dizer que aquele
  • 12:36 - 12:38
    texto é spam ou não é spam?
  • 12:38 - 12:41
    Assim, é praticamente impossível, não dá.
  • 12:42 - 12:45
    Mas a gente como humano, bate o olho e sabe que é spam.
  • 12:46 - 12:48
    Não é spam, é spam, não é spam.
  • 12:48 - 12:52
    Você consegue ter muito rapidamente a entrada e a resposta.
  • 12:52 - 12:56
    A partir do momento que você consegue treinar aquelas entradas para
  • 12:56 - 13:01
    um determinado conjunto de respostas, você pode programar um
  • 13:01 - 13:07
    algoritmo de aprendizado de máquina, para tentar traduzir, tentar
  • 13:07 - 13:11
    criar regras para transformar aquela entrada nas saídas esperadas.
  • 13:11 - 13:15
    É desse jeito, no fundo, como funciona o filtro antispam, por
  • 13:15 - 13:16
    exemplo.
  • 13:16 - 13:18
    Que aí todo mundo conhece, é um negócio que é bem clássico.
  • 13:18 - 13:21
    Sim, e é algo que já é usado há bastante tempo, então não é
  • 13:21 - 13:24
    algo novo, como vocês comentaram.
  • 13:24 - 13:28
    Com o avanço computacional e agora essas bases de dados que a gente
  • 13:28 - 13:30
    tem mais disponível com a internet.
  • 13:31 - 13:33
    Inclusive, essa é uma pergunta que eu queria fazer para vocês dois.
  • 13:34 - 13:38
    Esse aprendizado de máquina precisa consultar uma base de dados.
  • 13:39 - 13:40
    E a origem?
  • 13:40 - 13:42
    Que fonte que é consultada?
  • 13:42 - 13:45
    São diversas fontes, é uma fonte única?
  • 13:45 - 13:48
    Quem está acostumado, por exemplo, com a programação de um sistema
  • 13:48 - 13:52
    que consulta um banco, em Guajesquele, por exemplo, e agora se depara
  • 13:52 - 13:53
    com esse cenário?
  • 13:53 - 13:54
    Como que funciona, Arnaldo?
  • 13:55 - 13:57
    Bom, acho que o gargalo são sempre os dados.
  • 13:58 - 14:02
    Como o Fernando comentou, para saber o spam, a gente tem que ter a
  • 14:02 - 14:05
    entrada de dados, que são os e-mails, e a gente tem que rotular
  • 14:05 - 14:08
    esses dados, falando se é ou não é um spam.
  • 14:09 - 14:11
    Como que eu capturo esses dados?
  • 14:12 - 14:14
    As fontes são as mais diversas possíveis.
  • 14:14 - 14:18
    Então, se a gente estiver trabalhando com visão computacional, os
  • 14:18 - 14:21
    nossos dados, as nossas fontes, são imagens.
  • 14:21 - 14:24
    Ou, eventualmente, a gente extrai as imagens de vídeos.
  • 14:25 - 14:29
    Se a gente está trabalhando com dados, vamos falar, mais comportados,
  • 14:29 - 14:33
    a gente vai ter um banco de dados relacional, onde a gente tem as
  • 14:33 - 14:36
    nossas infinitas linhas e as colunas.
  • 14:36 - 14:41
    E a gente vai tentar relacionar essas colunas para criar as regras
  • 14:41 - 14:42
    para poder treinar o nosso modelo.
  • 14:42 - 14:46
    As fontes de dados são plurais.
  • 14:46 - 14:47
    Podem vir de qualquer jeito.
  • 14:48 - 14:52
    O que é importante, e a gente tem que sempre perceber, é que não
  • 14:52 - 14:53
    tem mágica.
  • 14:54 - 15:01
    Boa fonte de dado, se for bem processada, vão gerar bons modelos de
  • 15:01 - 15:02
    machine learning.
  • 15:02 - 15:03
    Exatamente.
  • 15:04 - 15:10
    Uma fonte ruim, dados de baixa qualidade, ou mal processados, você
  • 15:10 - 15:15
    não faz a limpeza nos seus dados, você não trabalha o pipeline de
  • 15:15 - 15:19
    ciência de dados, que a gente pode pensar assim, tira dados ausentes,
  • 15:19 - 15:24
    valida, verifica se não tem dados cruzados, se não tem linhas
  • 15:24 - 15:28
    duplicadas, enfim, são N abordagens que a gente pode tratar para
  • 15:28 - 15:32
    poder aumentar a qualidade desses dados brutos, a gente vai ter
  • 15:32 - 15:33
    modelos ruins.
  • 15:33 - 15:38
    Então, inevitavelmente, a qualidade dos dados e a origem desses dados
  • 15:38 - 15:39
    vão impactar bastante.
  • 15:39 - 15:41
    Da onde a gente vai pegar bons?
  • 15:41 - 15:43
    Agora a gente está trabalhando com IoT.
  • 15:44 - 15:48
    Então a gente tem sistemas de sensores e monitoramento que capturam
  • 15:48 - 15:50
    esses dados a todo instante.
  • 15:50 - 15:54
    Basta a gente armazenar eles de forma conveniente, pré-processar
  • 15:54 - 15:57
    esses dados para poder criar nossos modelos.
  • 15:58 - 16:02
    Interessante comentar, pegar o que o Arnaldo colocou, que foi muito
  • 16:02 - 16:07
    bem colocado, é aquilo, você não consegue ter um modelo bom se você
  • 16:07 - 16:09
    tem dados ruins, você tem que ter dados bons.
  • 16:10 - 16:11
    Não tem jeito.
  • 16:12 - 16:17
    Agora um outro ponto muito importante a respeito de dados é algo que
  • 16:17 - 16:20
    a gente ensina lá no curso de ciência de dados e muito aluno
  • 16:20 - 16:22
    perguntou, por que eu estou aprendendo isso aqui?
  • 16:22 - 16:24
    Que são os conceitos de LGPD.
  • 16:25 - 16:29
    LGPD é a Lei Geral de Proteção de Dados que estabelece que
  • 16:29 - 16:31
    informações pode capturar do teu cliente, como que você vai
  • 16:31 - 16:36
    armazenar, como que você vai armazenar o consentimento do teu
  • 16:36 - 16:37
    usuário, enfim, por que?
  • 16:38 - 16:41
    Tudo que você captura do teu usuário, do teu cliente, quem quer que
  • 16:41 - 16:45
    seja, foto, nome, enfim, são todos dados que você pode armazenar,
  • 16:46 - 16:50
    coletar e utilizar para melhorar o teu próprio produto, a despeito do
  • 16:50 - 16:51
    que o teu cliente queira.
  • 16:51 - 16:58
    Então, ou seja, a gente pode ter muitas informações, mas nem sempre é
  • 16:58 - 17:01
    conveniente usar todas elas, porque nem sempre a gente tem legalmente
  • 17:01 - 17:04
    a permissão de usar aquilo, entendeu?
  • 17:05 - 17:09
    Que é algo que aconteceu muito aí com o Chet Gipty, ou seja, um
  • 17:09 - 17:13
    monte de autor ali reclamando, o caso daquele cara que fez o Game of
  • 17:13 - 17:15
    Thrones, o George R.
  • 17:15 - 17:15
    R.
  • 17:15 - 17:20
    Martin, que é o escritor daquele série de livros gigante, a primeira
  • 17:20 - 17:23
    coisa que ele fez foi chamar o advogado dele e falar, pera lá, Chet
  • 17:23 - 17:28
    Gipty, você alimentou a tua rede com os meus livros, eu não quero que
  • 17:28 - 17:33
    você utilize meus livros para produzir um outro produto, tira daí.
  • 17:34 - 17:39
    E até para quem estiver vendo a gente, e de repente quiser, quer
  • 17:39 - 17:43
    alçar um cargo de gestão em tecnologia, é bom ficar muito atento ali
  • 17:43 - 17:44
    de PD.
  • 17:44 - 17:47
    O técnico que está operando ali, trabalhando os dados, girando ali o
  • 17:47 - 17:51
    algoritmo, ele pode errar, mas o gestor dele tem que ter esse olhar
  • 17:51 - 17:54
    muito atento ali, poxa, será que esse dado que o técnico está
  • 17:54 - 17:57
    utilizando pode ser utilizado, não pode ser utilizado, será que eu
  • 17:57 - 18:02
    estou avançando aqui o sinal, pisei em alguma barreira ou não?
  • 18:02 - 18:06
    Bom, e você falou agora a respeito da questão da obra do Game of
  • 18:06 - 18:11
    Thrones, questão de negócio, cliente, gestão, e em conversa com
  • 18:11 - 18:14
    pessoas que são até de outras áreas, que não são relacionadas até aí,
  • 18:14 - 18:18
    tem muito comentado a respeito do Chet Gipty, da questão da da
  • 18:18 - 18:21
    inteligência artificial, porque se tornou uma febre, todo mundo,
  • 18:21 - 18:24
    mesmo que não é da área de tecnologia, tem interesse em aprender.
  • 18:25 - 18:32
    E aí, começam a surgir alguns conceitos, do que é preditivo, do que é
  • 18:32 - 18:37
    generativo, existe mesmo essa divisão, Arnaldo, o que é uma IA
  • 18:38 - 18:42
    generativa, o que é preditiva, o que a gente usa, por exemplo, a
  • 18:42 - 18:45
    nível de negócio, no nosso dia a dia que é preditivo, e o que
  • 18:45 - 18:46
    seria generativo?
  • 18:46 - 18:50
    Tem sim, de fato, existe um momento de disrupção aí, que a gente está
  • 18:50 - 18:55
    vivendo atualmente, com a introdução dessas IAs generativas, as
  • 18:55 - 19:00
    generativas IAs, e qual é o conceito por trás delas?
  • 19:00 - 19:07
    É que elas geram conteúdo a partir dos dados, então, no detalhe lá
  • 19:07 - 19:10
    atrás, é como se a gente pensasse assim, quando você abre a página do
  • 19:10 - 19:15
    Google, você vai lá, vai fazer uma pesquisa, então, como tocar e aí
  • 19:15 - 19:20
    aparece ali a palavra violão, aquilo ali é uma predição que ele está
  • 19:20 - 19:26
    fazendo, ele está olhando, conforme todo o estudo que ele aprendeu,
  • 19:26 - 19:31
    na base de dados dele, qual é a probabilidade de você querer tocar
  • 19:31 - 19:36
    violão ou um outro instrumento, ou uma outra coisa, então, essa é uma
  • 19:36 - 19:39
    forma que ele está fazendo a predição, então, quando a gente pensa,
  • 19:40 - 19:45
    ele olha o passado, ele entende aquilo, e ele usa para fazer
  • 19:45 - 19:48
    predições futuras, a gente pode pensar, como é que a gente consegue
  • 19:48 - 19:53
    fazer predição de temperatura, então, a gente tem lá o Tupan, que faz
  • 19:53 - 19:57
    as predições do tempo, no supercomputador que a gente tem, ele olha
  • 19:57 - 20:02
    diversas variáveis ambientais, imagens de satélite, coleta diversos
  • 20:02 - 20:06
    dados de estações meteorológicas no Brasil inteiro, para conseguir,
  • 20:06 - 20:09
    no final do dia, fazer a predição que às três da tarde vai estar
  • 20:09 - 20:14
    22 graus em São Paulo, por exemplo, isso é uma predição que ele está
  • 20:14 - 20:15
    fazendo.
  • 20:15 - 20:22
    As IAs generativas, elas conseguem, a partir de texto, gerar outras
  • 20:22 - 20:28
    fontes de dados, gerar, por exemplo, imagens, ou, a partir de imagem,
  • 20:28 - 20:34
    gerar texto, ou, a partir de voz, gerar imagem, então, essa é uma das
  • 20:34 - 20:38
    vertentes que a gente tem das IAs generativas, onde a gente vai ter
  • 20:39 - 20:44
    um elemento ali, que é a ferramenta do Transformers, que faz
  • 20:44 - 20:50
    exatamente essa parte, na hora de processar os dados, ele vai gerando
  • 20:50 - 20:55
    lacunas, e vai tentando encaixar o que pode ser criado a partir
  • 20:55 - 20:56
    deles.
  • 20:56 - 21:00
    E é interessante também, quando a gente fala de GAN, que são as redes
  • 21:00 - 21:07
    neurais generativas, tem um componente muito importante ali, que é o
  • 21:07 - 21:09
    que a gente estava até comentando um pouquinho antes do podcast aqui,
  • 21:09 - 21:12
    que é o processamento de linguagem natural.
  • 21:12 - 21:13
    Que é fazer o que?
  • 21:13 - 21:19
    Fazer o computador entender o que você está escrevendo e transformar
  • 21:19 - 21:21
    aquilo numa informação que ele consiga utilizar.
  • 21:22 - 21:22
    Entendeu?
  • 21:22 - 21:26
    Porque aí, a partir daquela informação que ele extraiu do teu texto,
  • 21:26 - 21:30
    é que ele vai direcionar a GAN para o que ela tem que gerar.
  • 21:30 - 21:34
    Uma imagem de acordo com o que você pediu ali no prompt de comando.
  • 21:34 - 21:38
    Então, esse é um ponto super importante também, e é interessante,
  • 21:38 - 21:43
    porque é uma disciplina completamente completamente não, mas uma
  • 21:43 - 21:45
    disciplina à parte da GAN também.
  • 21:46 - 21:50
    São dois pontos críticos ali do chat IPT.
  • 21:51 - 21:55
    Eu acho que é legal, porque vamos pensar, aquele guarda-chuva gigante
  • 21:55 - 22:01
    de inteligência artificial, a gente pegou uma pontezinha e falou de
  • 22:01 - 22:04
    Machine Learning, mas existem todos os outros ali que a gente não
  • 22:04 - 22:04
    comentou.
  • 22:05 - 22:05
    Exato.
  • 22:05 - 22:08
    Aprendizado especialista, enfim, existem outros modelos diversos.
  • 22:09 - 22:12
    Aí dentro de Machine Learning, vamos imaginar que isso aqui cresceu
  • 22:12 - 22:12
    muito.
  • 22:12 - 22:15
    Então a gente tem um outro guarda-chuva gigante.
  • 22:15 - 22:19
    E dentro desse aprendizado de máquina aqui, a gente puxou Deep
  • 22:19 - 22:20
    Learning.
  • 22:20 - 22:24
    E aí dentro de Deep Learning, nos últimos anos, principalmente a
  • 22:24 - 22:28
    partir de 2012, foi quando teve a explosão das redes neurais
  • 22:28 - 22:33
    convolucionais, usando Deep Learning de fato, a gente teve um outro
  • 22:33 - 22:33
    boom.
  • 22:33 - 22:37
    Então a gente foi um lado para a visão computacional, um lado para o
  • 22:37 - 22:39
    processamento de linguagem natural, NLP.
  • 22:40 - 22:43
    E aí dentro de NLP, a gente teve um outro boom.
  • 22:43 - 22:45
    Que agora são as generativas.
  • 22:45 - 22:50
    Onde a gente junta de novo esses dois conceitos de visão e conceitos
  • 22:50 - 22:54
    de processamento de texto, para eles se conversarem entre si
  • 22:54 - 22:54
    novamente.
  • 22:55 - 22:59
    E aí a gente tem diversos outros modelos que estão sendo criados a
  • 22:59 - 22:59
    partir desse.
  • 23:00 - 23:02
    E é interessante também o que você estava comentando.
  • 23:03 - 23:06
    Como a gente vai vendo, você até perguntou logo no começo, qual a
  • 23:06 - 23:08
    diferença de IA e Machine Learning e tal.
  • 23:08 - 23:10
    Mas se a gente usar essa analogia do guarda-chuva, fica muito fácil.
  • 23:10 - 23:12
    IA, daí afunila um pouquinho mais.
  • 23:12 - 23:14
    Machine Learning, afunila um pouquinho mais.
  • 23:14 - 23:17
    Deep Learning, afunila um pouquinho mais, entrou na ganha, na IA
  • 23:17 - 23:18
    generativa.
  • 23:18 - 23:21
    E é interessante isso até, vou comentar, perguntar até para você
  • 23:21 - 23:25
    também, porque sempre que me perguntam, eu tenho dúvida até.
  • 23:25 - 23:26
    Eu falo, meu, espera lá.
  • 23:27 - 23:32
    O processamento natural de linguagem, ela é Machine Learning ou é
  • 23:32 - 23:32
    Deep Learning?
  • 23:34 - 23:39
    Até eu entendo como Machine Learning.
  • 23:39 - 23:41
    Mas se você ver alguns algoritmos, você fala, meu, isso aqui é muito
  • 23:41 - 23:42
    complexo.
  • 23:42 - 23:43
    Isso daqui devia estar em Deep Learning.
  • 23:43 - 23:44
    Não devia estar aqui.
  • 23:45 - 23:49
    Quando a gente vai pensar em texto para fazer o processamento de
  • 23:49 - 23:53
    linguagem natural, a gente tem os algoritmos de Machine Learning que
  • 23:53 - 23:54
    são utilizados.
  • 23:54 - 23:57
    Então a gente tem a parte do processamento de linguagem natural e
  • 23:57 - 24:00
    quando eu falo processamento de linguagem natural é de fato, a ideia
  • 24:00 - 24:04
    do natural é como a gente fala, como a gente escreve de fato.
  • 24:04 - 24:06
    Então não é um código em si.
  • 24:06 - 24:10
    É bem colocado, porque a gente fala linguagem natural e realmente
  • 24:10 - 24:12
    para o ouvinte não fica claro.
  • 24:12 - 24:14
    Por que eu estou querendo falar de linguagem natural?
  • 24:14 - 24:20
    Essa linguagem natural pode ser através de uma fonte escrita, através
  • 24:20 - 24:22
    de voz também, assistentes virtuais.
  • 24:23 - 24:27
    Você pode transformar voz em texto, texto em voz e são equivalentes
  • 24:27 - 24:27
    ali.
  • 24:27 - 24:31
    É transformar a linguagem natural mesmo que a gente fala, português,
  • 24:31 - 24:35
    inglês, espanhol, alemão, em inscrições que o computador compreenda.
  • 24:36 - 24:37
    Exato, exato.
  • 24:38 - 24:43
    Tanto que o chatbot que a gente usa bastante eles trabalhavam com a
  • 24:43 - 24:47
    ideia de redes neurais, não de redes neurais em si, mas com a parte
  • 24:47 - 24:50
    de linguajamento de processamento natural, processamento de linguagem
  • 24:50 - 24:53
    natural e a gente tem que ter para fazer o processamento de linguagem
  • 24:53 - 24:56
    natural, conhecer bem as regras gramaticais.
  • 24:56 - 24:58
    E aí é um outro inferno.
  • 24:59 - 25:04
    É um outro inferno, porque quando a gente vai pensar, uma frase ela
  • 25:04 - 25:06
    vai ter sujeito, predicado, não sei o que.
  • 25:06 - 25:10
    Se eu não conheço as regras gramaticais, como é que eu extraio de uma
  • 25:10 - 25:12
    frase o que aquilo realmente significa?
  • 25:13 - 25:15
    Eu quero tomar café.
  • 25:15 - 25:19
    Então quem quer o que aonde?
  • 25:19 - 25:22
    Quem é o sujeito, quem é o predicado, quem é o objeto, quem que
  • 25:22 - 25:23
    é o verbo aqui, entendeu?
  • 25:23 - 25:27
    E se você não sabe quem é sujeito, predicado, verbo, objeto esquece,
  • 25:27 - 25:27
    entendeu?
  • 25:28 - 25:29
    Vai dar ruim, né?
  • 25:29 - 25:32
    O que é interessante é que essas regras são muito bem definidas.
  • 25:33 - 25:35
    E se a gente conhece a regra de negócio, a gente consegue trabalhar.
  • 25:36 - 25:39
    A gente consegue escrever algoritmos para encontrar o radical das
  • 25:39 - 25:44
    palavras e tentar tokenizar essas palavras para entender o que de
  • 25:44 - 25:47
    fato ela quer dizer, a semântica daquela frase.
  • 25:47 - 25:50
    Mas a complexidade vai aumentando.
  • 25:50 - 25:52
    Sim, e aí tem a semântica, né?
  • 25:52 - 25:53
    Quando eu falo de Lula, eu estou falando de quem?
  • 25:53 - 25:54
    Do presidente ou do Molusco?
  • 25:55 - 25:55
    Exato.
  • 25:56 - 26:00
    A impressão que eu tenho as vezes é que quando a gente começa a
  • 26:00 - 26:04
    aprender algoritmos, seja na graduação, no curso técnico, a gente
  • 26:04 - 26:08
    meio que está aprendendo uma linguagem para que o computador entenda
  • 26:08 - 26:09
    aquilo que a gente quer fazer.
  • 26:10 - 26:10
    É uma linguagem informal.
  • 26:10 - 26:12
    E agora parece que acontece o inverso.
  • 26:13 - 26:17
    O computador meio que tem que se virar para aprender com o usuário o
  • 26:17 - 26:19
    que ele quer fazer, né?
  • 26:19 - 26:20
    E fica complicado ainda, né?
  • 26:20 - 26:26
    Porque tem a semântica, tem gíria, tem sotaque, tem quando a gente
  • 26:26 - 26:28
    transforma de voz para texto, né?
  • 26:28 - 26:30
    Por isso que...
  • 26:30 - 26:32
    Tem entonação também, né?
  • 26:33 - 26:33
    Entonação, né?
  • 26:34 - 26:35
    E o pior, né?
  • 26:35 - 26:36
    A gente pensar a biblioteca.
  • 26:36 - 26:38
    Pô, de repente tem uma biblioteca pronta para fazer alguma coisa?
  • 26:39 - 26:39
    Tem.
  • 26:40 - 26:41
    De repente por inglês, né?
  • 26:41 - 26:42
    Ah, verdade.
  • 26:42 - 26:43
    Vamos, né?
  • 26:44 - 26:45
    Trazer isso para o português?
  • 26:45 - 26:46
    Então, para lá, né?
  • 26:46 - 26:47
    Vai dar um pouquinho mais de trabalho.
  • 26:47 - 26:49
    Até tem muita coisa pronta já, né?
  • 26:49 - 26:51
    Português de Portugal ou português do Brasil?
  • 26:52 - 26:56
    E aí, puxando um pouco desse tema de, ah, o computador está
  • 26:56 - 27:00
    aprendendo com o usuário, o computador está aprendendo, saiu uma
  • 27:00 - 27:05
    notícia a respeito do supermercado Marche, que pretende usar a
  • 27:05 - 27:08
    inteligência artificial para gerenciar ali os produtos perecíveis
  • 27:08 - 27:09
    deles, né?
  • 27:09 - 27:16
    Como padrão de compra, controle de estoque.
  • 27:16 - 27:20
    Vocês têm algum exemplo aí real de alguém que já tem aplicado algo
  • 27:20 - 27:21
    desse tipo, né?
  • 27:21 - 27:25
    Vamos tentar prever como ele falou da meteorologia, né?
  • 27:25 - 27:30
    Através das estações, essas fontes de dados, a gente consegue saber a
  • 27:30 - 27:33
    previsão do tempo para a cidade de São Paulo à tarde, por exemplo,
  • 27:33 - 27:34
    né?
  • 27:34 - 27:39
    E como prever através da machine learning ou da IA, né?
  • 27:40 - 27:43
    Situações como essa onde são várias variáveis, né?
  • 27:43 - 27:47
    Então, por exemplo, o tempo esquentou o consumidor vai usar produtos
  • 27:47 - 27:51
    mais quentes, bebidas quentes, por exemplo, ou bebidas geladas no
  • 27:51 - 27:52
    calor, né?
  • 27:52 - 27:56
    Mas é feriado, tem menos circulação de pessoas naquela região, são
  • 27:56 - 27:58
    muitos fatos, né?
  • 27:58 - 28:00
    Muitas variáveis que impactam nisso, né?
  • 28:00 - 28:04
    Vocês têm algum exemplo assim de decisões complexas desse tipo?
  • 28:04 - 28:08
    Tem um caso de uso que é interessante, que é um caso de uso
  • 28:08 - 28:09
    que foi feito pela Volkswagen.
  • 28:10 - 28:13
    Ele estava implementando a automação de algumas linhas de produção.
  • 28:14 - 28:15
    O que é legal a gente pensar, né?
  • 28:16 - 28:21
    Então, uma linha de produção é um sistema fechado, bem controlado e
  • 28:21 - 28:22
    bem definido, bem parametrizado, né?
  • 28:23 - 28:25
    Afinal o pessoal está construindo o carro há mais de 100 anos aí, se
  • 28:25 - 28:31
    não tiver controle a gente não consegue ter escala com a elaboração.
  • 28:32 - 28:35
    Mas um dos pontos que eles queriam trabalhar é o seguinte, bom, será
  • 28:35 - 28:41
    que a gente consegue juntar esses dados e fazer de forma preventiva
  • 28:42 - 28:46
    sistemas de paradas específicas para poder fazer correção?
  • 28:47 - 28:54
    Então, antes de quebrar um equipamento, antes de precisar parar a
  • 28:54 - 28:58
    minha linha para fazer uma correção, será que eu consigo me precaver?
  • 28:59 - 29:04
    Então esse é um sistema preditivo, onde você consegue por meio de
  • 29:04 - 29:09
    sensores e dispositivos IoT construir um banco de dados, alimentando
  • 29:09 - 29:15
    informações para entender o comportamento por exemplo, da esteira de
  • 29:15 - 29:15
    pintura.
  • 29:16 - 29:19
    Então eu vou ter a minha máquina, que ela vai ficar robozinho
  • 29:19 - 29:23
    pintando ali e eu já vou medir na espessura da tinta se ela está
  • 29:23 - 29:24
    dentro dos limites de controle.
  • 29:25 - 29:29
    Eu consigo armazenar essa informação, e aí eu consigo ver a espessura
  • 29:29 - 29:34
    da tinta está ficando mais fina, então eventualmente a bomba não está
  • 29:34 - 29:38
    soltando tão boa, então eu já consigo me antever, para não precisar
  • 29:38 - 29:43
    parar a linha para fazer a correção, a preditiva tal, tal, tal, e aí
  • 29:43 - 29:47
    eu já consigo falar, bom, vai dar problema, então eu já vou colocar
  • 29:47 - 29:50
    uma linha backup, já vou fazer uma atualização, porque eu sei que vai
  • 29:50 - 29:54
    acontecer, por meio dos dados e com um algoritmo de machine learning
  • 29:54 - 29:56
    eu já consigo processar.
  • 29:58 - 29:58
    Interessante.
  • 29:58 - 30:02
    Bom, o que vocês já comentaram aqui, a respeito de modelagem
  • 30:02 - 30:06
    preditiva, da regressão linear também que você comentou, e tem mais
  • 30:06 - 30:09
    uma palavrinha aqui anotada que eu quero perguntar para vocês, a
  • 30:09 - 30:11
    respeito de árvore de decisões.
  • 30:12 - 30:13
    O que é isso, Fernando?
  • 30:13 - 30:16
    A árvore de decisão é um algoritmo de classificação.
  • 30:16 - 30:19
    Quando a gente fala de machine learning, de aprendizado de máquina,
  • 30:19 - 30:22
    você tem dois tipos ali principais de algoritmo.
  • 30:23 - 30:26
    Os regressores e os classificadores.
  • 30:26 - 30:32
    Os regressores vão tentar determinar valores numéricos para algo que
  • 30:32 - 30:33
    você está tentando prever.
  • 30:34 - 30:38
    Isso de uma forma bem resumida, tentando simplificar bem o assunto.
  • 30:38 - 30:42
    Então vamos imaginar mercado de ações, por exemplo.
  • 30:42 - 30:45
    Mercado de ações, eu vou lá, vou modelar uma regressão que vai tentar
  • 30:45 - 30:50
    prever para mim o valor do preço de uma determinada ação em algum
  • 30:50 - 30:52
    momento no tempo futuro.
  • 30:52 - 30:55
    Isso é um típico caso de regressão.
  • 30:55 - 30:56
    No classificador não.
  • 30:56 - 31:00
    No classificador eu tenho uma série de possibilidades diferentes e eu
  • 31:00 - 31:05
    quero identificar para uma determinada entrada qual é o resultado
  • 31:05 - 31:06
    correspondente.
  • 31:06 - 31:07
    Lembra do caso do anti-spam.
  • 31:08 - 31:10
    O anti-spam é um típico caso de classificador.
  • 31:11 - 31:13
    Ele classifica, rotula.
  • 31:13 - 31:14
    Rotular é até melhor.
  • 31:15 - 31:18
    Ele rotula uma mensagem como spam ou não spam.
  • 31:18 - 31:18
    É um classificador.
  • 31:19 - 31:20
    A árvore de decisão, o que ela faz?
  • 31:20 - 31:24
    Basicamente, ela utiliza probabilidade, o conceito de probabilidade
  • 31:25 - 31:29
    para determinar qual é a melhor árvore, qual é o melhor caminho para
  • 31:29 - 31:32
    o algoritmo chegar em uma classificação ótima.
  • 31:33 - 31:34
    O que seria a classificação ótima?
  • 31:34 - 31:38
    É aquela que consegue me entregar o melhor resultado possível de
  • 31:38 - 31:40
    acordo com a amostra original que eu tenho.
  • 31:41 - 31:44
    Eu não sei se ficou muito complexo, mas me ajuda aí, Arnaldo.
  • 31:45 - 31:47
    É que para mim, eu vou falando aqui...
  • 31:47 - 31:48
    Está claro, né?
  • 31:49 - 31:52
    Vamos tentar visualizar uma árvore de decisão.
  • 31:52 - 31:56
    Vamos tentar encontrar as fronteiras de decisão.
  • 31:56 - 32:01
    Uma árvore de decisão, a gente pode pensar como um algoritmo que vai
  • 32:01 - 32:03
    tentar encontrar a fronteira.
  • 32:03 - 32:06
    Qual é o limiar entre verdadeiro ou falso.
  • 32:06 - 32:07
    Ou sim ou não.
  • 32:08 - 32:13
    O pessoal brinca, já tem até aqueles memes que falam um algoritmo de
  • 32:13 - 32:16
    machine learning aí tira o capuz e é um monte de if-else.
  • 32:16 - 32:17
    Já vi.
  • 32:19 - 32:19
    Mas não é, né?
  • 32:20 - 32:20
    Spoiler, não é.
  • 32:22 - 32:24
    Poxa vida, se fosse, seria mais fácil.
  • 32:25 - 32:29
    Mas a gente comentou que o nosso algoritmo de machine learning ele
  • 32:29 - 32:30
    tem os exemplos.
  • 32:30 - 32:31
    Ele tem as entradas e as saídas.
  • 32:31 - 32:34
    E o que ele quer descobrir no final do dia é qual é a
  • 32:34 - 32:39
    regra que define as entradas para obter aquelas saídas.
  • 32:39 - 32:44
    Bom, se ele conseguiu descrever, descobrir quais são as regras Então
  • 32:44 - 32:49
    quer dizer que se a entrada de tal parâmetro for menor eu vou pra
  • 32:49 - 32:49
    um caminho.
  • 32:50 - 32:51
    Se for maior eu vou pra outro.
  • 32:51 - 32:54
    Se for menor eu vou pra um, se for maior eu vou pra outro.
  • 32:54 - 32:59
    Até que eu consiga classificar entre é spam ou não é spam.
  • 33:00 - 33:07
    Então uma árvore de decisão que a gente pode pensar tem até aquele
  • 33:07 - 33:10
    pessoal lá que fez uns vídeos que ficaram famosos um tempo atrás.
  • 33:10 - 33:15
    Ah, eu já tenho meu veredito fake natty sabe?
  • 33:16 - 33:21
    Vamos tentar montar uma árvore de decisão para classificar se o cara
  • 33:21 - 33:22
    é natural ou não?
  • 33:22 - 33:27
    A gente pode pensar o seguinte qual é o atributo vamos pensar o
  • 33:27 - 33:32
    Fernando aqui qual é o atributo que a gente pode pensar que pode nos
  • 33:32 - 33:38
    ajudar a classificar o Fernando como natural ou fake natty então a
  • 33:38 - 33:40
    gente pode pensar no atributo será que a cor do cabelo ajuda a gente
  • 33:40 - 33:42
    a tomar essa decisão?
  • 33:42 - 33:48
    Não Eu acho que não não é um atributo ou se a gente pensar
  • 33:48 - 33:50
    assim na nossa tabela não é uma coluna que a gente vai levar em
  • 33:50 - 33:53
    consideração então a gente vai deixar ele de fora vamos pensar um
  • 33:53 - 33:59
    outro vou pensar o tamanho do bíceps poxa interessante então se o
  • 33:59 - 34:05
    cara tem uns bíceps muito grandes há um indicativo de que o cara é
  • 34:07 - 34:11
    fake natty exato entendeu a ideia?
  • 34:11 - 34:15
    então a gente pode coletar esse dado criar uma coluna no nosso data
  • 34:15 - 34:19
    set com o tamanho do bíceps e a gente olha se o tamanho do
  • 34:19 - 34:23
    bíceps dele é grande ou pequeno esse número grande ou pequeno é o que
  • 34:23 - 34:27
    a rede vai tentar descobrir e a gente fala que é uma árvore porque
  • 34:27 - 34:32
    você tem a primeira decisão que é o bíceps por exemplo o bíceps ele
  • 34:32 - 34:36
    indica que é uma pessoa é legal, qual é a próxima decisão a ser
  • 34:36 - 34:36
    tomada aqui?
  • 34:37 - 34:42
    um perguntar uma outra coisa qualquer outra característica aí cai num
  • 34:42 - 34:47
    outro ramo pra uma outra decisão ser tomada daí pra cada decisão
  • 34:47 - 34:50
    tomada nesse segundo ramo, aí tem um terceiro ramo e assim por diante
  • 34:50 - 34:55
    e qual é a melhor qual é a posição ótima de perguntas que você
  • 34:55 - 34:58
    faz é isso que o algoritmo determina será que é melhor perguntar o
  • 34:58 - 35:01
    bíceps primeiro depois qualquer outra característica depois a outra,
  • 35:02 - 35:04
    ah não sei posso ter um resultado melhor se eu colocar o bíceps por
  • 35:04 - 35:07
    último no terceiro nível e no primeiro colocar outra característica
  • 35:07 - 35:11
    então é isso que o algoritmo determina, mas a árvore não faz nada
  • 35:11 - 35:15
    mais velho que isso é a probabilidade que vai cair pra um lado ou
  • 35:15 - 35:20
    pro outro e a partir de cada ramo você vai tendo outros ramos, outros
  • 35:20 - 35:22
    ramos vai abrindo até...
  • 35:22 - 35:27
    existe um alinhamento aí de perguntas que são feitas pra poder tomar
  • 35:27 - 35:30
    a decisão no final que é o conjunto de regras que você quer que
  • 35:30 - 35:35
    a rede descubra Bom, no começo desse bate-papo vocês na verdade
  • 35:35 - 35:38
    comentaram um pouco sobre o conceito de inteligência artificial que
  • 35:38 - 35:43
    não é novo, mas teve aí um período que ficou um pouco engavetado até
  • 35:43 - 35:47
    a gente ter mais dados disponíveis, ter hardware e capacidade de
  • 35:47 - 35:52
    processamento que fossem satisfatórios e a minha pergunta pra vocês
  • 35:52 - 35:58
    como que é esse cenário pro mercado brasileiro dentro do nosso país a
  • 35:58 - 36:04
    gente já tem computadores que são capazes de atingir esse nível de
  • 36:04 - 36:09
    processamento pra decisões complexas pra IA generativa pra IA
  • 36:09 - 36:11
    preditiva o que você acha Arnaldo?
  • 36:11 - 36:15
    Existe algo que a gente ainda precisa caminhar nesse sentido de
  • 36:15 - 36:19
    evolução ou o que nós temos hoje no mercado é o suficiente?
  • 36:20 - 36:25
    Ah não, sem dúvida não é o suficiente nunca vai ser né esse é
  • 36:25 - 36:29
    o ponto a gente nunca vai estar na fronteira do conhecimento é uma
  • 36:29 - 36:33
    área que exige muito investimento em recursos humanos nós precisamos
  • 36:33 - 36:42
    de pessoas que aprendam essas ferramentas como elas funcionam como a
  • 36:42 - 36:47
    gente operacionaliza elas e pessoas que vão pensar no próximo passo
  • 36:47 - 36:51
    como que a gente evolui e desenvolve as novas tecnologias que vão
  • 36:51 - 36:56
    estar na fronteira do conhecimento então sem dúvida é uma área que
  • 36:56 - 37:01
    estão com diversas empresas e a gente tem na vanguarda as Big Tech
  • 37:01 - 37:05
    então a gente tem aí a Nvidia, a gente tem a Microsoft a gente
  • 37:05 - 37:09
    tem a AWS, a gente tem a Meta a gente tem a Google, são
  • 37:09 - 37:13
    grandes empresas cada uma no seu métier ali tentando desenvolver
  • 37:13 - 37:18
    essas novas ferramentas essas novas inteligências que a gente vai
  • 37:18 - 37:24
    apoiar para criar soluções mais inovadoras mas de fato aqui no Brasil
  • 37:24 - 37:27
    a gente tem bastante coisa a gente tem bastante recurso humano nós
  • 37:27 - 37:32
    temos bons profissionais nós temos o pessoal que está estudando
  • 37:32 - 37:34
    agora, que está aprendendo um pouco mais sobre inteligência
  • 37:34 - 37:38
    artificial a gente começa em uma camada mais superficial o que eu
  • 37:38 - 37:42
    acho interessante é que a gente não precisa começar de dentro para
  • 37:42 - 37:46
    fora a gente não precisa começar escovando bit para poder entender o
  • 37:46 - 37:49
    que é inteligência artificial eu acho que faz muito sentido a gente
  • 37:49 - 37:54
    tentar primeiro vamos aplicar as ferramentas que já existem, vamos
  • 37:54 - 37:59
    usar e aí conforme a gente vai avançando, a curiosidade vai
  • 37:59 - 38:04
    despertando a gente para se aprofundar em como aquilo funciona mas
  • 38:04 - 38:08
    qual é o conceito estatístico que está por trás como é que de fato
  • 38:08 - 38:10
    a gente programa isso como é que eu crio minha própria biblioteca
  • 38:10 - 38:17
    para fazer esses treinamentos e poxa, calma aí mas será que a gente
  • 38:17 - 38:22
    consegue adaptar esse método, esse algoritmo para atuar e fazer de
  • 38:22 - 38:26
    tal forma isso é um caminho que a gente vai desbravando e que exige
  • 38:26 - 38:32
    de fato aprofundamento de conhecimento e muito estudo mas a gente tem
  • 38:32 - 38:37
    bastante potencial para avançar nessa área e não virar só um país de
  • 38:37 - 38:42
    commodity de desenvolver soluções já prontas de outras tecnologias, a
  • 38:42 - 38:45
    gente consegue de fato criar bastante coisa você viu que a gente
  • 38:45 - 38:51
    falou do guarda-chuva machine learning deep learning, agora GAN eu
  • 38:51 - 38:55
    acho que o mercado tem um tempo de absorção também se você chegar
  • 38:55 - 38:59
    para o executivo de TI hoje ou mesmo executivos que não são de TI
  • 38:59 - 39:04
    e perguntar na real, você consegue ver o uso de GAN para você, o
  • 39:04 - 39:08
    pessoal vai dar uma travada, não sei, eu sei que é muito legal muito
  • 39:08 - 39:12
    bacana, tem muito potencial mas eu ainda não sei onde vou usar e eu
  • 39:12 - 39:17
    já vi muita empresa que tem uma coleção de dados gigantesca e eu não
  • 39:17 - 39:23
    sei direito nem o que fazer com isso então eu acho que corroboro tudo
  • 39:23 - 39:25
    o que o Arnaldo falou sem dúvida nenhuma mas eu acho que ali no
  • 39:25 - 39:30
    mid-level nas companhias que não são as gigantescas os FAANGs
  • 39:30 - 39:38
    Facebook, Amazon, Google Microsoft no mundo corporativo mesmo ainda
  • 39:38 - 39:43
    tem muito chão para trabalhar muito, muito vou dar até um exemplo
  • 39:43 - 39:50
    bobo de um pequeno algoritmo que eu acabei esbarrando ano passado eu
  • 39:50 - 39:55
    desenvolvi um sistema para uma empresa que fazia não faz ainda, faz
  • 39:55 - 40:00
    estudo clínico pesquisa médica então o que eles tem, eles tem uma
  • 40:00 - 40:03
    base de dados gigantesca de voluntários milhares de voluntários de
  • 40:03 - 40:09
    gente que se dispôs ali a fazer se voluntário a uma pesquisa médica e
  • 40:09 - 40:13
    como que eles trabalham vou fazer uma pesquisa agora sobre gripe eu
  • 40:13 - 40:17
    quero pacientes com essa faixa de idade enfim, com esse perfil aqui
  • 40:17 - 40:20
    depois que é feito o perfil, a gente se encontra milhares de
  • 40:20 - 40:25
    candidatos como que essa empresa fazia tenho milhares de candidatos
  • 40:25 - 40:30
    pego o candidato 1, ligo pergunto e ai, você quer participar de gripe
  • 40:30 - 40:30
    e tal?
  • 40:31 - 40:41
    não, obrigado 1, 2 3 e assim vai até no 7.493 hoje não,
  • 40:42 - 40:45
    hoje mais que eles fazem legal, dos 7.000 que eu tenho quem tem
  • 40:45 - 40:51
    a maior probabilidade de aceitar participar de uma pesquisa médica,
  • 40:51 - 40:56
    de aceitar nesse momento, com essas condições aqui, como que ele
  • 40:56 - 41:00
    determina isso, com o passado quem foi que se prontificou a
  • 41:00 - 41:03
    participar da pesquisa médica, eu já tenho histórico a partir daí eu
  • 41:03 - 41:08
    prevejo o futuro como eu falei pro cara, pra pessoa pra quem eu
  • 41:08 - 41:10
    desenvolvi um sistema que poderia fazer isso, o cara falou meu,
  • 41:10 - 41:10
    sério?
  • 41:11 - 41:15
    é duro, dá pra fazer isso mesmo bom, põe ai não quer nem saber
  • 41:15 - 41:20
    o preço, já põe ai já economizou muita ligação imagina uma outra
  • 41:20 - 41:27
    empresa com quem eu conversei, a pessoa ela tem umas 30 posições de
  • 41:27 - 41:33
    trabalho de gente digitando informação, digitando nota digitando nota
  • 41:33 - 41:41
    fiscal recibo né fazendo lançamento manual ali também é um tipo de
  • 41:41 - 41:45
    atividade assim, muito tranquila de você automatizar com machine
  • 41:45 - 41:48
    learning e que as pessoas não tem aquela noção, não sabe que dos 30
  • 41:48 - 41:52
    que eu tenho aqui, dá pra reduzir pra meia dúzia, se eles tiverem as
  • 41:52 - 41:56
    ferramentas corretas pra trabalhar então, eu acho que tem ali um
  • 41:56 - 42:02
    oceano azul ali pra explorar ainda e falando de profissional também
  • 42:02 - 42:05
    com robólogo, a gente tem muita gente muito boa aqui no Brasil, sem
  • 42:05 - 42:09
    dúvida nenhuma, né, mas eu sinto que ainda falta muita gente, porque
  • 42:10 - 42:14
    lá no curso de Data Science a gente comenta que o bom cientista de
  • 42:14 - 42:18
    dados é um unicórnio né, porque a pessoa que é muito boa em
  • 42:18 - 42:21
    tecnologia de informação um excelente programador, é uma pessoa que
  • 42:21 - 42:24
    manja muito de estatística, a gente nem falou de estatística, né, mas
  • 42:24 - 42:27
    tudo isso que a gente comenta de algoritmos que tem aqui, é tudo
  • 42:27 - 42:31
    muito baseado em matemática e estatística então, ou seja, o melhor
  • 42:31 - 42:34
    cientista de dados é o cara que programa bem, que manja muito bem de
  • 42:34 - 42:38
    matemática e estatística e tem um conhecimento profundo no negócio
  • 42:38 - 42:42
    pra saber onde aplicar onde você acha essa pessoa entendeu?
  • 42:43 - 42:47
    Não tem na verdade, né o cara pode ser um excelente programador, mas
  • 42:47 - 42:52
    ele não é um bom estatístico né, aliás assim, a minha vida inteira eu
  • 42:52 - 42:55
    fui um programador, né, eu só fui aprender estatística de verdade
  • 42:55 - 42:59
    quando fui fazer o meu mestrado, né, aí que eu aprendi estatística de
  • 42:59 - 43:04
    verdade, até então conhecia muito pouco, né então, tem um lugarzinho
  • 43:04 - 43:09
    de fala ali pra dizer que falta essa competência ali pra boa parte
  • 43:09 - 43:11
    dos programadores que a gente vê no mercado sabe o que eu acredito,
  • 43:11 - 43:15
    às vezes, Fernando, que esse aprendizado da matemática e da
  • 43:15 - 43:18
    estatística, se a gente soubesse a aplicabilidade que isso ia ter no
  • 43:18 - 43:22
    nosso estrutura, a gente dava mais valores às nossas aulas a gente
  • 43:22 - 43:26
    ligava pra ele pra faculdade, né e aí, puxando um pouco desse gancho
  • 43:26 - 43:29
    do Fernando, que já deixou aqui várias dicas né, pro pessoal que tá
  • 43:29 - 43:31
    nos assistindo Arnaldo, e você?
  • 43:32 - 43:35
    Que dica que você dá pros nossos alunos que tão nos assistindo aqui,
  • 43:35 - 43:41
    esse videocast que espaço existe ainda pra ser desbravado, né com a
  • 43:41 - 43:45
    IA, com Machine Learning, com Deep Learning momento consultoria
  • 43:45 - 43:49
    grátis aqui de vocês dois, né tem alguma vertente do mercado algum
  • 43:49 - 43:54
    segmento que vocês olham e falam assim, poxa vida, esse segmento é
  • 43:54 - 43:58
    carente de usar a Inteligência Artificial poderia dar um avanço
  • 43:58 - 43:59
    grande aqui?
  • 44:00 - 44:03
    Então, além das dicas pros alunos, eu gostaria que você comentasse um
  • 44:03 - 44:05
    pouquinho, claro, se você tiver algum exemplo de algum segmento do
  • 44:05 - 44:11
    mercado que ainda tá carente de aplicação Tá, legal, bom acho que,
  • 44:11 - 44:17
    independente do ramo, né, de atuação que você escolher e aplicar, ele
  • 44:17 - 44:22
    tá carente, né, então todos os ramos vão ter oportunidades onde você
  • 44:22 - 44:29
    pode aprimorar, melhorar, implementar algum contexto novo ali que
  • 44:29 - 44:33
    ainda não tá sendo utilizado com os algoritmos de Machine Learning
  • 44:33 - 44:37
    pega a logística, poxa, a gente pode pensar em diversas formas de
  • 44:37 - 44:43
    otimização de rota de pensar como fazer melhor gestão de estoque
  • 44:43 - 44:49
    enfim, é uma área interessante na área de serviços, como que eu posso
  • 44:49 - 44:54
    entender melhor o perfil do meu cliente pra poder oferecer soluções e
  • 44:54 - 44:59
    serviços que sejam mais alinhados ali ao que ele tem como expectativa
  • 44:59 - 45:03
    se for na indústria eu comentei lá da Volkswagen como que a gente
  • 45:03 - 45:10
    pode pensar em trabalhar a parte de otimização pra evitar paradas,
  • 45:10 - 45:14
    né, que a gente não quer na linha de produção então, seja a área
  • 45:14 - 45:19
    industrial seja a área de telecomunicações, serviços, todas elas
  • 45:19 - 45:25
    precisam, né, e elas vão ser cada vez mais receptivas a quem trabalha
  • 45:25 - 45:28
    com os algoritmos de Machine Learning conhece Machine Learning, sabe
  • 45:28 - 45:32
    implementar esses algoritmos, tem entendimento de negócio e consegue
  • 45:34 - 45:38
    digitalizar esses processos pra se tornarem mais robustos e mais
  • 45:38 - 45:43
    rápidos mas, bom sei lá, acabei de chegar no curso começando agora a
  • 45:43 - 45:47
    Data Science e não tenho ideia pra onde começar cara, eu acho que
  • 45:47 - 45:51
    você pode começar programando de forma simples, entendendo um
  • 45:51 - 45:55
    pouquinho de linguagem de programação, né, acho que uma linguagem que
  • 45:55 - 45:58
    abre muitas portas pelo menos pra nosso mundo aqui, né, de ciências
  • 45:58 - 46:04
    de dados é você conhecer bastante um pouco de Python no som exime o
  • 46:04 - 46:08
    programador tudo bem, mas eu consigo ler, interpretar, entender e
  • 46:08 - 46:12
    propor alterações, adaptações naquele código pra resolver um
  • 46:12 - 46:12
    problema?
  • 46:12 - 46:17
    Legal tá aí um bom começo escolhe um problema e não precisa ser nada
  • 46:17 - 46:21
    inovador, não precisa ser nada do zero não, né, então escolhe um
  • 46:21 - 46:25
    problema onde já existe a solução pronta com esse problema já, com a
  • 46:25 - 46:30
    solução pronta estuda como ele foi resolvido acho que é uma boa forma
  • 46:30 - 46:34
    de você aprender né, aprender com a solução tá aí Machine Learning,
  • 46:34 - 46:38
    né, então olha como ele foi resolvido olha como ele foi resolvido,
  • 46:38 - 46:41
    tenta replicar esse estudo, né aplicando os algoritmos de Machine
  • 46:41 - 46:46
    Learning isso já vai te dar uma baita base ali de como você pensar
  • 46:46 - 46:49
    o problema como você estruturar o seu raciocínio como que você vai
  • 46:49 - 46:53
    desenvolver as regras de negócio, como que você vai estruturar
  • 46:53 - 46:57
    entender e compreender se o resultado é bom ou não beleza, consegui
  • 46:57 - 47:01
    rodar todo o pipeline de ciências de dados que a gente pensa agora
  • 47:01 - 47:05
    tenta propor uma coisa diferente você já se aprofundou sobre um
  • 47:05 - 47:09
    problema específico você já conseguiu rodar um pipeline completo end
  • 47:09 - 47:13
    to end, né, do começo até o fim e agora você consegue ter maturidade
  • 47:13 - 47:17
    pra tentar fazer alguma coisa diferente, então pra quem tá começando
  • 47:17 - 47:23
    é tentar não reinventar a roda né, começa por aí legal, Fernando
  • 47:23 - 47:27
    antes da gente encerrar aqui e você, o que você dá de dica e
  • 47:27 - 47:31
    o que você acha também do mercado né, que pode ser ainda um caminho
  • 47:31 - 47:36
    que falta usar da inteligência artificial legal, eu acho que é um
  • 47:36 - 47:40
    pouco o que o Arnaldo colocou, acho que toda indústria ali tem muita
  • 47:40 - 47:44
    oportunidade toda indústria, até coloquei esse exemplo aí que eu dei
  • 47:44 - 47:49
    agora há pouco né, a gente percebe que muitos gestores ali as pessoas
  • 47:49 - 47:54
    que tomam decisões na empresa não conseguem enxergar a potencialidade
  • 47:55 - 47:58
    então o que eu sugiro ali pra quem tá no curso agora, começando agora
  • 47:58 - 48:03
    é tentar fechar esse gap né, ou seja, aprender o suficiente pra
  • 48:03 - 48:08
    conseguir mostrar pros tomadores de decisão onde eles podem investir
  • 48:08 - 48:14
    onde eles podem aumentar a produtividade aumentar a lucratividade das
  • 48:14 - 48:19
    suas empresas, introduzindo ali aprendizado de máquina propor uma
  • 48:19 - 48:25
    solução né exato, e aí pode até falar, poxa, mas é muito difícil pai,
  • 48:25 - 48:30
    então é muito difícil o aprendizado de máquina, matemática
  • 48:30 - 48:34
    estatística e tal, e na verdade pra isso, pra você propor soluções
  • 48:34 - 48:37
    inovadoras, você não precisa claro, você precisa disso, evidente né
  • 48:37 - 48:40
    você não precisa ser o expert, você precisa ser uma pessoa criativa,
  • 48:41 - 48:44
    e é muito interessante né, poxa, eu tô no mercado há quase 30 anos,
  • 48:44 - 48:48
    eu sei que a turma que trabalha com TI, tem um gap criativo ali,
  • 48:49 - 48:52
    não é as pessoas mais criativas não estão em TI as pessoas mais
  • 48:52 - 48:57
    criativas estão em marketing estão em outras áreas do conhecimento
  • 48:58 - 49:01
    então acho que se eu pudesse dar uma dica pra quem tá começando agora
  • 49:01 - 49:05
    é desenvolva o teu lado criativo porque ele vai fazer falta, de um
  • 49:05 - 49:09
    jeito ou de outro ele vai fazer falta tem um ponto importante que o
  • 49:09 - 49:15
    Fernando comentou que agora a gente vendo um pouco os especialistas
  • 49:15 - 49:19
    da área e vendo como que a gente vai trabalhar a próxima geração de
  • 49:19 - 49:23
    programadores eles entendem que vai ser uma programação assistida
  • 49:24 - 49:30
    então vamos pensar antigamente a gente quebrava a cabeça pra fazer um
  • 49:30 - 49:34
    código e aí tinha um professor que fazia a revisão daquele código e
  • 49:34 - 49:39
    dava o feedback pra gente a gente tá num momento diferente aonde a
  • 49:39 - 49:46
    gente escreve um prompt e propõe que a IA generativa gere o código
  • 49:46 - 49:50
    pra gente, a gente tem que ter muito mais maturidade e conhecimento
  • 49:50 - 49:56
    pra verificar se o que foi gerado faz sentido ou não então a gente
  • 49:56 - 50:01
    tá um pouco professor da IA então agora a gente tem que ter acho
  • 50:01 - 50:04
    que ficou mais difícil até o pessoal acha que ficou mais fácil
  • 50:04 - 50:07
    programar não, ficou muito mais difícil porque imagina, você pegou um
  • 50:07 - 50:11
    código pronto ali da IA você tem que entender o que ela fez, não
  • 50:11 - 50:13
    adianta você não pode pegar aquilo e jogar em produção de jeito
  • 50:13 - 50:20
    nenhum vai dar ruim pode dar certo uma, duas, três na quarta vez, vai
  • 50:20 - 50:23
    dar ruim, você vai quebrar e vai perder emprego e comece uma carreira
  • 50:23 - 50:26
    em outro lugar, porque vai dar ruim é um pouco de expandir a nossa
  • 50:26 - 50:32
    rede neural pra outras áreas um ponto importante, só um último
  • 50:32 - 50:35
    comentário tem um banco que é o Goldman Sachs um dos maiores bancos
  • 50:35 - 50:40
    aí do mundo no processo de recrutamento dele todo, qualquer cargo
  • 50:41 - 50:44
    pode entrar lá como analista financeiro ele tem que fazer uma prova
  • 50:44 - 50:45
    de Python sério?
  • 50:46 - 50:51
    uma prova de Python, porque senão não entra porque o banco entendeu,
  • 50:52 - 50:54
    tudo bem, talvez ele seja muito prematuro, mas ele entendeu que
  • 50:54 - 50:57
    programação é uma ferramenta, uma ferramenta de trabalho você sabe
  • 50:57 - 50:58
    usar essa ferramenta?
  • 50:58 - 50:59
    sabe usar Word?
  • 50:59 - 50:59
    Excel?
  • 51:00 - 51:00
    Python?
  • 51:01 - 51:03
    legal, então acho que você está apto a trabalhar aqui agora vamos ver
  • 51:03 - 51:08
    se você tem as outras skills que eu preciso o ferramental é esse aqui
  • 51:08 - 51:15
    e eu acho que com o tempo isso pode virar uma tendência então seja,
  • 51:15 - 51:19
    tá aprendendo é chato, mas faz um esforço aí né dá uma trabalhada
  • 51:19 - 51:24
    ali, dá uma polida no cérebro ali pra aprender você comentou, acho
  • 51:24 - 51:27
    que complementando tem um ponto que é legal, diversos cursos agora
  • 51:27 - 51:29
    você imagina um curso de direito você acha que o cara vai aprender a
  • 51:29 - 51:31
    programar no primeiro ano?
  • 51:32 - 51:33
    é não, vai vai, jura?
  • 51:33 - 51:38
    vai, eu não sabia curso de programação para o pessoal claro, uma
  • 51:38 - 51:41
    camada muito mais superficial, onde ele tem que minimamente entender
  • 51:41 - 51:45
    e conseguir fazer ali um web scrapping, conseguir entender o código,
  • 51:45 - 51:49
    mas já tem hoje cursos de direito, onde o cara tem que interagir com
  • 51:49 - 51:53
    a máquina, tem que conseguir fazer uma consulta SQL, por exemplo
  • 51:53 - 51:57
    então o cara de marketing que consegue manipular um banco de dados
  • 51:57 - 52:01
    não estou falando de fazer inserções complexas montar quais as
  • 52:01 - 52:05
    instâncias, estou falando de meu, puta, eu queria fazer uma validação
  • 52:05 - 52:09
    aqui, rápida em vez dele abrir um chamado pra falar com o pessoal da
  • 52:09 - 52:14
    TI, pra ver se faz pera aí, deixa eu abrir aqui ó, select e
  • 52:14 - 52:18
    tal já puxa, já analisa, já resolve ganho de produtividade, é muito é
  • 52:18 - 52:22
    o diferencial que você comentou, se tornou uma ferramenta de trabalho
  • 52:22 - 52:27
    como um pacote office, por exemplo requisito aí para muitas coisas,
  • 52:28 - 52:31
    bom pessoal eu quero agradecer demais a presença de vocês dois aqui,
  • 52:31 - 52:34
    toda a contribuição que a gente pôde ter através desse bate-papo acho
  • 52:34 - 52:38
    que ajudou bastante, quem está nos assistindo a expandir mesmo a
  • 52:38 - 52:41
    nossa rede neural agora que você pegou esse conhecimento que a gente
  • 52:41 - 52:45
    compartilhou aqui seja de IA, de Deep Learning ou de Machine
  • 52:45 - 52:50
    Learning, está na hora de você aplicar e colocar essa inteligência a
  • 52:50 - 52:54
    seu favor, porque conforme nós vimos aqui o aprendizado de máquina
  • 52:54 - 52:58
    que vai ser benéfico, é aquele que traz uma solução para o nosso
  • 52:58 - 52:58
    mundo
Title:
vimeo.com/.../987239317
Video Language:
Portuguese, Brazilian
Duration:
53:02

Portuguese, Brazilian subtitles

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