Uma epidemia da doença da beleza | Renee Engeln | TEDxUConn
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0:04 - 0:07O assunto de hoje é o futuro.
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0:07 - 0:10Falarei de uma crescente epidemia
e o que podemos fazer para detê-la. -
0:10 - 0:13Mas, antes disso, vou começar no passado.
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0:13 - 0:18Há cerca de 15 anos, eu era uma estudante
de pós-graduação, jovem e ávida, -
0:18 - 0:20e passei muito tempo dando aulas.
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0:20 - 0:23Eu gostava muito dos meus alunos
e pude conhecê-los muito bem. -
0:23 - 0:25E quanto mais eu ouvia minhas alunas,
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0:25 - 0:28mais eu percebia algo preocupante.
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0:28 - 0:31Essas jovens, inteligentes e talentosas,
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0:31 - 0:36passavam tempo demais pensando
e falando sobre a aparência física delas -
0:36 - 0:38e tentando modificá-la.
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0:38 - 0:41Elas queriam demais se sentir bonitas.
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0:41 - 0:43A percepção da beleza é algo complicado.
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0:43 - 0:46Essa percepção tem profundas
raízes evolutivas. -
0:46 - 0:49Do ponto de vista científico,
a beleza não é apenas desejável, -
0:49 - 0:50como também rara.
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0:50 - 0:55O que me chamou a atenção não foi
o desejo de se sentirem bonitas, -
0:55 - 0:59ou o fato de não se sentirem
bonitas o tempo todo, -
0:59 - 1:06mas o fato de a busca pela beleza
parecer às vezes se sobrepor -
1:06 - 1:09a todos os outros objetivos
e interesses delas. -
1:09 - 1:13Essas jovens estavam apenas
começando a vida adulta -
1:13 - 1:15e estavam preocupadas.
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1:15 - 1:20Achavam que estavam gordas
e que a pele delas não estava bonita; -
1:20 - 1:25achavam que, aos 20 anos de idade,
já estavam começando a ter rugas. -
1:25 - 1:28Sentiam-se mal por não parecerem
uma modelo de capa de revista, -
1:28 - 1:30ou uma modelo da Victoria's Secret.
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1:30 - 1:35Elas se preocupavam que tinham celulite,
que não usavam o tamanho 34, -
1:35 - 1:38e eu fiquei apreensiva por elas.
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1:38 - 1:40Por isso, fui até minha orientadora
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1:40 - 1:44e disse a ela: "Tenho uma ideia,
do que vou estudar. -
1:44 - 1:46Esse será meu tema,
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1:46 - 1:50e, em especial, vou refletir
sobre como esse tipo de imagens -
1:50 - 1:52pode estar afetando as mulheres".
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1:52 - 1:55Ela respondeu: "Não se preocupe com isso.
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1:55 - 1:57Não precisa abordar esse assunto,
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1:57 - 2:02pois mulheres inteligentes sabem
que não devem se deixar afetar -
2:02 - 2:06pelas imagens que a mídia veicula.
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2:06 - 2:09E eu disse: "Essa é uma questão empírica".
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2:10 - 2:14Com base na pesquisa
que desde então estou conduzindo, -
2:14 - 2:16devo dizer que ela estava,
em certo sentido, certa. -
2:16 - 2:20De certa forma, as mulheres sabem
que não devem se deixar afetar. -
2:20 - 2:22Este é um anúncio que usei
num de meus estudos, -
2:22 - 2:25e vou mostrar algumas reações
das participantes da pesquisa. -
2:25 - 2:29Elas sabem que as mulheres
nas imagens veiculadas pela mídia -
2:29 - 2:33costumam ser extremamente magras
-
2:33 - 2:37e talvez até sofram
de distúrbio alimentar. -
2:37 - 2:44E sabem que essas imagens
não representam as mulheres em geral, -
2:44 - 2:47sendo a exceção, estatisticamente.
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2:47 - 2:53Além disso, sabem bem que, no mundo real,
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2:53 - 2:56ninguém realmente tem essa aparência.
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2:57 - 2:59Essa é a notícia boa:
as mulheres sabem de tudo isso, -
2:59 - 3:04sobre os distúrbios alimentares
e do uso de Photoshop, e isso é ótimo. -
3:04 - 3:08A notícia ruim é que isso
não parece fazer diferença. -
3:08 - 3:10Saber de tudo isso não é o bastante.
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3:10 - 3:13Por exemplo, uma mulher disse:
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3:13 - 3:16"Esse tipo físico magérrimo não é realista
e as costelas dela estão expostas". -
3:16 - 3:18E você pensa: "Isso mesmo".
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3:18 - 3:21Mas essa mesma mulher diz em seguida:
"Não sou tão magra quanto ela. -
3:21 - 3:24Será que devo fazer dietas
drásticas e bronzeamento, -
3:24 - 3:26pondo minha saúde em risco?
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3:26 - 3:29Sinto que quero ser desse jeito,
eu gostaria de ser uma modelo. -
3:29 - 3:33Talvez, após ver essa foto,
não vou mais querer comer". -
3:33 - 3:35Não é o que um pesquisador
quer ouvir quando usa essa foto, -
3:35 - 3:39mas seguimos em frente.
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3:39 - 3:42Não se trata de um erro
de processamento de informação. -
3:42 - 3:47Certamente, isso não é uma falha
de inteligência ou de conhecimento. -
3:47 - 3:51Trata-se de uma doença da beleza,
e é disso que vou falar hoje. -
3:51 - 3:53Será que só mulheres sofrem dessa doença?
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3:53 - 3:55Não, ela pode afetar homens também,
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3:55 - 3:58mas mulheres são muito mais
propensas a odiar seu corpo. -
3:58 - 4:02Elas gastam mais dinheiro e dedicam
mais tempo à busca pela beleza. -
4:02 - 4:06O risco de uma mulher sofrer de anorexia
e bulimia é dez vezes maior. -
4:06 - 4:10Elas recebem mais comentários
sobre sua aparência física -
4:10 - 4:14feitos por amigos, companheiros,
e às vezes feitos até por estranhos. -
4:14 - 4:20Foram feitas mais de 1,5 milhão
de cirurgias estéticas nos EUA em 2012. -
4:21 - 4:26Cerca de 90% delas em mulheres,
então hoje falarei sobre elas. -
4:26 - 4:29Quais são os sintomas da doença da beleza?
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4:29 - 4:32Ela se manifesta quando universitárias
em tempo integral, -
4:32 - 4:34mesmo não sendo modelos profissionais,
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4:34 - 4:38me dizem que sabem exatamente o que fazer
quando alguém vai tirar uma foto delas. -
4:38 - 4:40As que eu conheço fazem assim:
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4:40 - 4:46de lado, pra frente, pra baixo,
inclinar, braços magros. -
4:46 - 4:49E parece que você ganha
um pontinho a mais com isto aqui. -
4:49 - 4:50(Risos)
-
4:50 - 4:52Não sei se já viram isso.
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4:52 - 4:54Esta é uma das minhas alunas,
que teve a gentileza -
4:54 - 4:57de me deixar usar essa foto
na apresentação. -
4:57 - 5:01Estas estão mostrando a pose
de forma debochada. -
5:01 - 5:03A pose está em todo lugar.
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5:03 - 5:06Mas o que há de errado em querer
posar de forma fotogênica -
5:06 - 5:09quando tiram uma foto sua? Nada!
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5:09 - 5:13Porém, vale perguntar:
como chegamos a tal ponto -
5:13 - 5:16que tanto tempo e energia
na vida de uma mulher -
5:16 - 5:21são gastos com preocupações que
só modelos profissionais e atrizes tinham? -
5:22 - 5:25E, principalmente, quais são
as consequências para as mulheres -
5:25 - 5:29quando a energia delas se concentra
tanto na própria aparência? -
5:29 - 5:33A beleza física é um conjunto
de diferentes características, -
5:33 - 5:39mas para as mulheres há uma
que se sobrepõe a todas as outras. -
5:39 - 5:40Sabem qual é?
-
5:40 - 5:43Sim, é o peso.
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5:43 - 5:47Há uma estatística
muito citada em conversas -
5:47 - 5:49sobre a obsessão das mulheres com o peso,
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5:49 - 5:54mas que tem sua origem numa enquete
de 1994 da revista masculina Esquire. -
5:54 - 5:56É tão citada porque, aparentemente,
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5:56 - 6:0054% das mulheres disseram que preferem
ser atropeladas a serem gordas. -
6:00 - 6:04Gostaria de dizer
que a Esquire não é conhecida -
6:04 - 6:06por realizar pesquisas
científicas cuidadosas! -
6:06 - 6:10Ainda assim, fiquei fascinada
com as reações a essa estatística. -
6:10 - 6:13Eu a mencionei em sala de aula uma vez:
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6:13 - 6:17"54% das mulheres preferem ser atropeladas
por um caminhão, a serem gordas". -
6:17 - 6:20Achei que iria ver reações indignadas,
-
6:20 - 6:25mas, em vez de receber olhares
aterrorizados das minhas alunas, -
6:25 - 6:27ouvi uma série de perguntas:
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6:27 - 6:29"É um caminhão grande?"
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6:29 - 6:31(Risos)
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6:31 - 6:33"Que tipo de caminhão?"
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6:33 - 6:35"Ele estava correndo muito?"
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6:38 - 6:41"Por acaso, ia doer muito?"
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6:41 - 6:43(Risos)
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6:43 - 6:45E até faz sentido.
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6:45 - 6:48Acho que ser atropelada
por um caminhão deve doer. -
6:48 - 6:54Mas também dói viver numa cultura
em que somos bombardeadas -
6:54 - 6:56constantemente com estas três mensagens.
-
6:56 - 7:01Primeira: ser bela é a coisa
mais importante e poderosa -
7:01 - 7:03que uma garota ou mulher pode ser.
-
7:03 - 7:06Segunda: é isto que define beleza.
-
7:06 - 7:12E terceira, que às vezes fica implícita:
você não tem esta aparência. -
7:12 - 7:15Não surpreende o fato
de que, nos estudos em laboratório, -
7:15 - 7:17quando mulheres
são expostas a essas imagens, -
7:17 - 7:19mesmo que só por alguns minutos,
-
7:19 - 7:22a depressão e a vergonha delas aumenta,
-
7:22 - 7:26e a autoestima e o contentamento
com o corpo delas diminui. -
7:26 - 7:29A doença da beleza é isso.
-
7:29 - 7:34Nossa percepção do que é real
e possível em termos de beleza -
7:34 - 7:38é distorcida pela nossa exposição
excessiva a essas imagens. -
7:38 - 7:42Em vez de percebermos que essas
são imagens de um corpo muito raro, -
7:42 - 7:46começamos a enxergá-lo
como típico e normal. -
7:46 - 7:51Basta observar ao redor do mundo e ver
que homens e mulheres estão ganhando peso, -
7:51 - 7:55enquanto o corpo feminino ideal
torna-se cada vez mais magro. -
7:55 - 8:02Assim, a distância entre corpo real
e corpo ideal cresce cada vez mais, -
8:02 - 8:06tornando-se um verdadeiro abismo.
-
8:06 - 8:10A doença da beleza está nesse abismo.
-
8:10 - 8:13Quando psicólogos evolucionistas
observam essas imagens, -
8:13 - 8:17e argumentam que esse tipo
de beleza é como o açúcar. -
8:17 - 8:22No mundo contemporâneo,
nós o consumimos em excesso, -
8:22 - 8:25e nosso cérebro não sabe bem
o que fazer com esse excesso. -
8:25 - 8:26Não é bom para nós.
-
8:26 - 8:30Passa a mensagem de que esse corpo
é típico, embora não seja. -
8:30 - 8:34Isso distorce nossa percepção
do que é real e acaba nos adoecendo. -
8:34 - 8:37Que outros sinais vejo da doença
da beleza em nossa cultura? -
8:37 - 8:42Fontes populares de notícias on-line,
como o The Huffington Post, -
8:42 - 8:47cobrem assuntos relacionados a crimes,
política, notícias do mundo, educação, -
8:47 - 8:51e assuntos de extrema importância,
-
8:51 - 8:57como a aparência de mulheres famosas,
o que vestem, quanto peso ganharam, -
8:57 - 8:58e como emagreceram.
-
8:58 - 9:00Essas manchetes são todas do mesmo dia,
-
9:00 - 9:05e duas delas estavam na página inicial
quando fiz a captura de tela. -
9:05 - 9:07A doença da beleza se manifesta
-
9:07 - 9:13quando mulheres passam menos tempo
se preocupando com estudos, carreira, -
9:13 - 9:15família, relacionamentos,
-
9:15 - 9:19ou com a economia e a situação
do meio ambiente e do mundo, -
9:19 - 9:24e mais tempo se preocupando
com dietas, cuidados com a pele, -
9:24 - 9:28e com o estado de seus braços,
abdômen e coxas. -
9:29 - 9:31Como chegamos a este ponto?
-
9:31 - 9:35A teoria da objetificação
tenta explicar como isso ocorre. -
9:36 - 9:42As mulheres vivem num mundo que as ensina
que seu valor está sobretudo na aparência. -
9:42 - 9:44Não há como escapar.
-
9:44 - 9:47Comentam sobre a sua aparência
quando você anda na rua. -
9:47 - 9:50Anunciantes dizem a você
como ser mais bonita. -
9:50 - 9:52Programas de televisão ou até noticiários
-
9:52 - 9:56zombam de mulheres que não se enquadram
no padrão de beleza tradicional. -
9:56 - 10:00A sua aparência é observada
tão frequentemente pelos outros -
10:00 - 10:03que, com o tempo, você internaliza
esse ponto de vista, -
10:03 - 10:06tornando-se uma observadora de si mesma.
-
10:06 - 10:10Em vez de se mover observando o mundo,
-
10:10 - 10:14você passa o tempo todo imaginando
como se parece aos olhos dos outros. -
10:14 - 10:17Meu cabelo está bom?
Minha testa está brilhando? -
10:17 - 10:20Estou andando ereta
e encolhendo minha barriga? -
10:20 - 10:23Estou sorrindo do jeito certo?
Esses jeans me engordam? -
10:23 - 10:26Estou com pneuzinhos?
Tenho braços magros? -
10:26 - 10:27Minha aparência está aceitável?
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10:27 - 10:33Você internaliza a ideia de que seu corpo
existe para servir o olhar dos outros, -
10:33 - 10:38sempre passível de ser avaliado,
então, é melhor não descuidar dele. -
10:38 - 10:43Psicólogos há muito nos advertem que
nossos recursos cognitivos são finitos. -
10:43 - 10:47Apesar dos protestos dos meus alunos,
-
10:47 - 10:52mantenho que é impossível usar o Facebook,
o WhatsApp e prestar atenção à aula -
10:52 - 10:54mas, ao mesmo tempo,
-
10:54 - 10:59também é impossível monitorar
frequentemente a aparência do seu corpo -
10:59 - 11:01e interagir com o mundo.
-
11:01 - 11:04E essa é a pior consequência
da doença da beleza. -
11:04 - 11:07Quando se sofre desse mal,
não se consegue interagir com o mundo, -
11:07 - 11:14pois entre você e o mundo há um espelho
que viaja com você por toda a parte, -
11:14 - 11:16e não há como abandoná-lo.
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11:17 - 11:20Essa doença faz as mulheres
objetificarem a si mesmas, -
11:20 - 11:24e faz com que menininhas queiram
crescer e se tornar objetos sexuais. -
11:24 - 11:28Participei de um debate ano passado
sobre as imagens da mídia, -
11:28 - 11:33e uma jovem da plateia me perguntou:
"Isso não é uma forma de poder? -
11:34 - 11:40Se mulheres podem conquistar algo valioso
nessa cultura por serem belas, -
11:40 - 11:45não deveríamos aceitar isso como uma forma
de poder ao alcance das mulheres?" -
11:45 - 11:49E entendo o que ela disse, entendo mesmo.
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11:49 - 11:54Mas que tipo de poder real é tão efêmero
-
11:54 - 11:58a ponto de acabar quando chegamos
aos 30 ou talvez 40 anos, -
11:58 - 12:01para quem tem sorte ou é uma celebridade?
-
12:01 - 12:05Que tipo de poder é inversamente
relacionado ao auge da sabedoria -
12:05 - 12:07e da experiência de vida?
-
12:08 - 12:13Quero novamente deixar claro que não há
nada de errado com a beleza. -
12:13 - 12:17Nosso cérebro é muito sensível a ela.
-
12:17 - 12:20Sabemos o que é belo só de olhar,
em questão de milésimos de segundo. -
12:20 - 12:24O desejo de ser bela e desejada
-
12:24 - 12:28não pode ser eliminado
completamente do cérebro. -
12:28 - 12:30Querer ser bela não é o problema.
-
12:30 - 12:35O problema é quando meninas
e mulheres só querem isso. -
12:35 - 12:39Eu gostaria que meninas
e mulheres fossem assim: -
12:39 - 12:42muito mais que ardentes.
-
12:43 - 12:47Então como podemos combater
a doença da beleza? -
12:47 - 12:49Vou dar algumas sugestões.
-
12:49 - 12:53Primeiramente, invista menos em beleza,
-
12:53 - 12:56e mais no que é duradouro,
-
12:56 - 13:01em tudo aquilo que não se precisa lutar
para manter da meia idade em diante. -
13:01 - 13:03Se programas de televisão
como este deixam você pensando -
13:03 - 13:06mais e não menos na sua aparência,
-
13:06 - 13:08pare de assisti-los.
-
13:08 - 13:12Se algumas revistas deixam você
obcecada com um corpo ideal -
13:12 - 13:16que a maioria das mulheres
nunca poderia ter, -
13:16 - 13:18não as leia mais.
-
13:19 - 13:23Tente não enxergar seu corpo
como um conjunto de partes -
13:23 - 13:25que serve para outros olharem.
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13:25 - 13:31Enxergue-o como um todo unificado,
a sua ferramenta para explorar o mundo. -
13:32 - 13:35Pare de se preocupar
com o tamanho das suas coxas, -
13:35 - 13:37e pense na força que elas possuem,
-
13:37 - 13:42afinal de contas, são suas pernas
que fazem você andar pelo mundo. -
13:42 - 13:46E pare de se referir ao seu braço
como se ele estivesse doente. -
13:46 - 13:52São esses braços que se esticam
e trazem o que ama para perto de você. -
13:53 - 13:56Como diz esta campanha contra a anorexia,
-
13:56 - 14:03não deixe que transformem você num esboço;
você pode ser mais que isto, ou isto. -
14:03 - 14:08Seu corpo não é para ser olhado,
mas para fazer coisas. -
14:08 - 14:10Você poderia também levar em conta
-
14:10 - 14:14que, assim como alguns limitam o tempo
dos filhos na frente de uma tela, -
14:14 - 14:17você pode limitar seu tempo
em frente ao espelho. -
14:17 - 14:20Como a palestra de hoje é sobre o futuro,
-
14:20 - 14:25vou mostrar um jeito direto de impactá-lo
em relação à doença da beleza: -
14:25 - 14:28parem de dizer às garotinhas
que elas são bonitas. -
14:29 - 14:32Parece contraintuitivo, não é?
-
14:32 - 14:34Mas não digam a elas que são feias!
-
14:34 - 14:36(Risos)
-
14:36 - 14:38Também não façam isso!
-
14:38 - 14:43Mas toda vez que tiverem vontade
de comentar a aparência de uma garotinha, -
14:43 - 14:49tentem elogiar uma das outras
muitas qualidades encantadoras dela. -
14:49 - 14:52Querem ajuda? Aqui estão algumas ideias.
-
14:52 - 14:56Tentem notar quando ela se mostra
inteligente, esforçada, generosa, -
14:56 - 14:59persistente, bondosa ou corajosa.
-
14:59 - 15:04Dessa forma, vocês enfraquecerão
o sistema que ensina às meninas -
15:04 - 15:08que a melhor chance de obter
status social está na busca pela beleza. -
15:09 - 15:11Tentem criar filhas
que vejam a aparência delas -
15:11 - 15:16como um detalhe de menor importância
se comparado ao caráter e esforço delas. -
15:16 - 15:19Vocês podem mudar essa realidade.
-
15:19 - 15:22Nunca viveremos num mundo
em que a beleza não importa. -
15:22 - 15:25Nosso cérebro não foi feito assim.
-
15:25 - 15:29Mas podemos viver num mundo
em que a beleza importe menos, -
15:29 - 15:32e essas outras características
tenham mais importância. -
15:32 - 15:36Na verdade, pequenas mudanças
no nosso modo de pensar, -
15:36 - 15:39de falar e de interagir uns com os outros
-
15:39 - 15:43podem abrir o caminho
para um futuro muito mais belo. -
15:43 - 15:44Obrigada.
-
15:44 - 15:46(Aplausos)
- Title:
- Uma epidemia da doença da beleza | Renee Engeln | TEDxUConn
- Description:
-
"Doença da beleza" é como Renee Engeln chama a obsessão das mulheres com a beleza. Ela sugere algumas formas de lidar com o problema.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 15:47
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