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Uma epidemia da doença da beleza | Renee Engeln | TEDxUConn

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    O assunto de hoje é o futuro.
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    Falarei de uma crescente epidemia
    e o que podemos fazer para detê-la.
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    Mas, antes disso, vou começar no passado.
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    Há cerca de 15 anos, eu era uma estudante
    de pós-graduação, jovem e ávida,
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    e passei muito tempo dando aulas.
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    Eu gostava muito dos meus alunos
    e pude conhecê-los muito bem.
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    E quanto mais eu ouvia minhas alunas,
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    mais eu percebia algo preocupante.
  • 0:28 - 0:31
    Essas jovens, inteligentes e talentosas,
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    passavam tempo demais pensando
    e falando sobre a aparência física delas
  • 0:36 - 0:38
    e tentando modificá-la.
  • 0:38 - 0:41
    Elas queriam demais se sentir bonitas.
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    A percepção da beleza é algo complicado.
  • 0:43 - 0:46
    Essa percepção tem profundas
    raízes evolutivas.
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    Do ponto de vista científico,
    a beleza não é apenas desejável,
  • 0:49 - 0:50
    como também rara.
  • 0:50 - 0:55
    O que me chamou a atenção não foi
    o desejo de se sentirem bonitas,
  • 0:55 - 0:59
    ou o fato de não se sentirem
    bonitas o tempo todo,
  • 0:59 - 1:06
    mas o fato de a busca pela beleza
    parecer às vezes se sobrepor
  • 1:06 - 1:09
    a todos os outros objetivos
    e interesses delas.
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    Essas jovens estavam apenas
    começando a vida adulta
  • 1:13 - 1:15
    e estavam preocupadas.
  • 1:15 - 1:20
    Achavam que estavam gordas
    e que a pele delas não estava bonita;
  • 1:20 - 1:25
    achavam que, aos 20 anos de idade,
    já estavam começando a ter rugas.
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    Sentiam-se mal por não parecerem
    uma modelo de capa de revista,
  • 1:28 - 1:30
    ou uma modelo da Victoria's Secret.
  • 1:30 - 1:35
    Elas se preocupavam que tinham celulite,
    que não usavam o tamanho 34,
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    e eu fiquei apreensiva por elas.
  • 1:38 - 1:40
    Por isso, fui até minha orientadora
  • 1:40 - 1:44
    e disse a ela: "Tenho uma ideia,
    do que vou estudar.
  • 1:44 - 1:46
    Esse será meu tema,
  • 1:46 - 1:50
    e, em especial, vou refletir
    sobre como esse tipo de imagens
  • 1:50 - 1:52
    pode estar afetando as mulheres".
  • 1:52 - 1:55
    Ela respondeu: "Não se preocupe com isso.
  • 1:55 - 1:57
    Não precisa abordar esse assunto,
  • 1:57 - 2:02
    pois mulheres inteligentes sabem
    que não devem se deixar afetar
  • 2:02 - 2:06
    pelas imagens que a mídia veicula.
  • 2:06 - 2:09
    E eu disse: "Essa é uma questão empírica".
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    Com base na pesquisa
    que desde então estou conduzindo,
  • 2:14 - 2:16
    devo dizer que ela estava,
    em certo sentido, certa.
  • 2:16 - 2:20
    De certa forma, as mulheres sabem
    que não devem se deixar afetar.
  • 2:20 - 2:22
    Este é um anúncio que usei
    num de meus estudos,
  • 2:22 - 2:25
    e vou mostrar algumas reações
    das participantes da pesquisa.
  • 2:25 - 2:29
    Elas sabem que as mulheres
    nas imagens veiculadas pela mídia
  • 2:29 - 2:33
    costumam ser extremamente magras
  • 2:33 - 2:37
    e talvez até sofram
    de distúrbio alimentar.
  • 2:37 - 2:44
    E sabem que essas imagens
    não representam as mulheres em geral,
  • 2:44 - 2:47
    sendo a exceção, estatisticamente.
  • 2:47 - 2:53
    Além disso, sabem bem que, no mundo real,
  • 2:53 - 2:56
    ninguém realmente tem essa aparência.
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    Essa é a notícia boa:
    as mulheres sabem de tudo isso,
  • 2:59 - 3:04
    sobre os distúrbios alimentares
    e do uso de Photoshop, e isso é ótimo.
  • 3:04 - 3:08
    A notícia ruim é que isso
    não parece fazer diferença.
  • 3:08 - 3:10
    Saber de tudo isso não é o bastante.
  • 3:10 - 3:13
    Por exemplo, uma mulher disse:
  • 3:13 - 3:16
    "Esse tipo físico magérrimo não é realista
    e as costelas dela estão expostas".
  • 3:16 - 3:18
    E você pensa: "Isso mesmo".
  • 3:18 - 3:21
    Mas essa mesma mulher diz em seguida:
    "Não sou tão magra quanto ela.
  • 3:21 - 3:24
    Será que devo fazer dietas
    drásticas e bronzeamento,
  • 3:24 - 3:26
    pondo minha saúde em risco?
  • 3:26 - 3:29
    Sinto que quero ser desse jeito,
    eu gostaria de ser uma modelo.
  • 3:29 - 3:33
    Talvez, após ver essa foto,
    não vou mais querer comer".
  • 3:33 - 3:35
    Não é o que um pesquisador
    quer ouvir quando usa essa foto,
  • 3:35 - 3:39
    mas seguimos em frente.
  • 3:39 - 3:42
    Não se trata de um erro
    de processamento de informação.
  • 3:42 - 3:47
    Certamente, isso não é uma falha
    de inteligência ou de conhecimento.
  • 3:47 - 3:51
    Trata-se de uma doença da beleza,
    e é disso que vou falar hoje.
  • 3:51 - 3:53
    Será que só mulheres sofrem dessa doença?
  • 3:53 - 3:55
    Não, ela pode afetar homens também,
  • 3:55 - 3:58
    mas mulheres são muito mais
    propensas a odiar seu corpo.
  • 3:58 - 4:02
    Elas gastam mais dinheiro e dedicam
    mais tempo à busca pela beleza.
  • 4:02 - 4:06
    O risco de uma mulher sofrer de anorexia
    e bulimia é dez vezes maior.
  • 4:06 - 4:10
    Elas recebem mais comentários
    sobre sua aparência física
  • 4:10 - 4:14
    feitos por amigos, companheiros,
    e às vezes feitos até por estranhos.
  • 4:14 - 4:20
    Foram feitas mais de 1,5 milhão
    de cirurgias estéticas nos EUA em 2012.
  • 4:21 - 4:26
    Cerca de 90% delas em mulheres,
    então hoje falarei sobre elas.
  • 4:26 - 4:29
    Quais são os sintomas da doença da beleza?
  • 4:29 - 4:32
    Ela se manifesta quando universitárias
    em tempo integral,
  • 4:32 - 4:34
    mesmo não sendo modelos profissionais,
  • 4:34 - 4:38
    me dizem que sabem exatamente o que fazer
    quando alguém vai tirar uma foto delas.
  • 4:38 - 4:40
    As que eu conheço fazem assim:
  • 4:40 - 4:46
    de lado, pra frente, pra baixo,
    inclinar, braços magros.
  • 4:46 - 4:49
    E parece que você ganha
    um pontinho a mais com isto aqui.
  • 4:49 - 4:50
    (Risos)
  • 4:50 - 4:52
    Não sei se já viram isso.
  • 4:52 - 4:54
    Esta é uma das minhas alunas,
    que teve a gentileza
  • 4:54 - 4:57
    de me deixar usar essa foto
    na apresentação.
  • 4:57 - 5:01
    Estas estão mostrando a pose
    de forma debochada.
  • 5:01 - 5:03
    A pose está em todo lugar.
  • 5:03 - 5:06
    Mas o que há de errado em querer
    posar de forma fotogênica
  • 5:06 - 5:09
    quando tiram uma foto sua? Nada!
  • 5:09 - 5:13
    Porém, vale perguntar:
    como chegamos a tal ponto
  • 5:13 - 5:16
    que tanto tempo e energia
    na vida de uma mulher
  • 5:16 - 5:21
    são gastos com preocupações que
    só modelos profissionais e atrizes tinham?
  • 5:22 - 5:25
    E, principalmente, quais são
    as consequências para as mulheres
  • 5:25 - 5:29
    quando a energia delas se concentra
    tanto na própria aparência?
  • 5:29 - 5:33
    A beleza física é um conjunto
    de diferentes características,
  • 5:33 - 5:39
    mas para as mulheres há uma
    que se sobrepõe a todas as outras.
  • 5:39 - 5:40
    Sabem qual é?
  • 5:40 - 5:43
    Sim, é o peso.
  • 5:43 - 5:47
    Há uma estatística
    muito citada em conversas
  • 5:47 - 5:49
    sobre a obsessão das mulheres com o peso,
  • 5:49 - 5:54
    mas que tem sua origem numa enquete
    de 1994 da revista masculina Esquire.
  • 5:54 - 5:56
    É tão citada porque, aparentemente,
  • 5:56 - 6:00
    54% das mulheres disseram que preferem
    ser atropeladas a serem gordas.
  • 6:00 - 6:04
    Gostaria de dizer
    que a Esquire não é conhecida
  • 6:04 - 6:06
    por realizar pesquisas
    científicas cuidadosas!
  • 6:06 - 6:10
    Ainda assim, fiquei fascinada
    com as reações a essa estatística.
  • 6:10 - 6:13
    Eu a mencionei em sala de aula uma vez:
  • 6:13 - 6:17
    "54% das mulheres preferem ser atropeladas
    por um caminhão, a serem gordas".
  • 6:17 - 6:20
    Achei que iria ver reações indignadas,
  • 6:20 - 6:25
    mas, em vez de receber olhares
    aterrorizados das minhas alunas,
  • 6:25 - 6:27
    ouvi uma série de perguntas:
  • 6:27 - 6:29
    "É um caminhão grande?"
  • 6:29 - 6:31
    (Risos)
  • 6:31 - 6:33
    "Que tipo de caminhão?"
  • 6:33 - 6:35
    "Ele estava correndo muito?"
  • 6:38 - 6:41
    "Por acaso, ia doer muito?"
  • 6:41 - 6:43
    (Risos)
  • 6:43 - 6:45
    E até faz sentido.
  • 6:45 - 6:48
    Acho que ser atropelada
    por um caminhão deve doer.
  • 6:48 - 6:54
    Mas também dói viver numa cultura
    em que somos bombardeadas
  • 6:54 - 6:56
    constantemente com estas três mensagens.
  • 6:56 - 7:01
    Primeira: ser bela é a coisa
    mais importante e poderosa
  • 7:01 - 7:03
    que uma garota ou mulher pode ser.
  • 7:03 - 7:06
    Segunda: é isto que define beleza.
  • 7:06 - 7:12
    E terceira, que às vezes fica implícita:
    você não tem esta aparência.
  • 7:12 - 7:15
    Não surpreende o fato
    de que, nos estudos em laboratório,
  • 7:15 - 7:17
    quando mulheres
    são expostas a essas imagens,
  • 7:17 - 7:19
    mesmo que só por alguns minutos,
  • 7:19 - 7:22
    a depressão e a vergonha delas aumenta,
  • 7:22 - 7:26
    e a autoestima e o contentamento
    com o corpo delas diminui.
  • 7:26 - 7:29
    A doença da beleza é isso.
  • 7:29 - 7:34
    Nossa percepção do que é real
    e possível em termos de beleza
  • 7:34 - 7:38
    é distorcida pela nossa exposição
    excessiva a essas imagens.
  • 7:38 - 7:42
    Em vez de percebermos que essas
    são imagens de um corpo muito raro,
  • 7:42 - 7:46
    começamos a enxergá-lo
    como típico e normal.
  • 7:46 - 7:51
    Basta observar ao redor do mundo e ver
    que homens e mulheres estão ganhando peso,
  • 7:51 - 7:55
    enquanto o corpo feminino ideal
    torna-se cada vez mais magro.
  • 7:55 - 8:02
    Assim, a distância entre corpo real
    e corpo ideal cresce cada vez mais,
  • 8:02 - 8:06
    tornando-se um verdadeiro abismo.
  • 8:06 - 8:10
    A doença da beleza está nesse abismo.
  • 8:10 - 8:13
    Quando psicólogos evolucionistas
    observam essas imagens,
  • 8:13 - 8:17
    e argumentam que esse tipo
    de beleza é como o açúcar.
  • 8:17 - 8:22
    No mundo contemporâneo,
    nós o consumimos em excesso,
  • 8:22 - 8:25
    e nosso cérebro não sabe bem
    o que fazer com esse excesso.
  • 8:25 - 8:26
    Não é bom para nós.
  • 8:26 - 8:30
    Passa a mensagem de que esse corpo
    é típico, embora não seja.
  • 8:30 - 8:34
    Isso distorce nossa percepção
    do que é real e acaba nos adoecendo.
  • 8:34 - 8:37
    Que outros sinais vejo da doença
    da beleza em nossa cultura?
  • 8:37 - 8:42
    Fontes populares de notícias on-line,
    como o The Huffington Post,
  • 8:42 - 8:47
    cobrem assuntos relacionados a crimes,
    política, notícias do mundo, educação,
  • 8:47 - 8:51
    e assuntos de extrema importância,
  • 8:51 - 8:57
    como a aparência de mulheres famosas,
    o que vestem, quanto peso ganharam,
  • 8:57 - 8:58
    e como emagreceram.
  • 8:58 - 9:00
    Essas manchetes são todas do mesmo dia,
  • 9:00 - 9:05
    e duas delas estavam na página inicial
    quando fiz a captura de tela.
  • 9:05 - 9:07
    A doença da beleza se manifesta
  • 9:07 - 9:13
    quando mulheres passam menos tempo
    se preocupando com estudos, carreira,
  • 9:13 - 9:15
    família, relacionamentos,
  • 9:15 - 9:19
    ou com a economia e a situação
    do meio ambiente e do mundo,
  • 9:19 - 9:24
    e mais tempo se preocupando
    com dietas, cuidados com a pele,
  • 9:24 - 9:28
    e com o estado de seus braços,
    abdômen e coxas.
  • 9:29 - 9:31
    Como chegamos a este ponto?
  • 9:31 - 9:35
    A teoria da objetificação
    tenta explicar como isso ocorre.
  • 9:36 - 9:42
    As mulheres vivem num mundo que as ensina
    que seu valor está sobretudo na aparência.
  • 9:42 - 9:44
    Não há como escapar.
  • 9:44 - 9:47
    Comentam sobre a sua aparência
    quando você anda na rua.
  • 9:47 - 9:50
    Anunciantes dizem a você
    como ser mais bonita.
  • 9:50 - 9:52
    Programas de televisão ou até noticiários
  • 9:52 - 9:56
    zombam de mulheres que não se enquadram
    no padrão de beleza tradicional.
  • 9:56 - 10:00
    A sua aparência é observada
    tão frequentemente pelos outros
  • 10:00 - 10:03
    que, com o tempo, você internaliza
    esse ponto de vista,
  • 10:03 - 10:06
    tornando-se uma observadora de si mesma.
  • 10:06 - 10:10
    Em vez de se mover observando o mundo,
  • 10:10 - 10:14
    você passa o tempo todo imaginando
    como se parece aos olhos dos outros.
  • 10:14 - 10:17
    Meu cabelo está bom?
    Minha testa está brilhando?
  • 10:17 - 10:20
    Estou andando ereta
    e encolhendo minha barriga?
  • 10:20 - 10:23
    Estou sorrindo do jeito certo?
    Esses jeans me engordam?
  • 10:23 - 10:26
    Estou com pneuzinhos?
    Tenho braços magros?
  • 10:26 - 10:27
    Minha aparência está aceitável?
  • 10:27 - 10:33
    Você internaliza a ideia de que seu corpo
    existe para servir o olhar dos outros,
  • 10:33 - 10:38
    sempre passível de ser avaliado,
    então, é melhor não descuidar dele.
  • 10:38 - 10:43
    Psicólogos há muito nos advertem que
    nossos recursos cognitivos são finitos.
  • 10:43 - 10:47
    Apesar dos protestos dos meus alunos,
  • 10:47 - 10:52
    mantenho que é impossível usar o Facebook,
    o WhatsApp e prestar atenção à aula
  • 10:52 - 10:54
    mas, ao mesmo tempo,
  • 10:54 - 10:59
    também é impossível monitorar
    frequentemente a aparência do seu corpo
  • 10:59 - 11:01
    e interagir com o mundo.
  • 11:01 - 11:04
    E essa é a pior consequência
    da doença da beleza.
  • 11:04 - 11:07
    Quando se sofre desse mal,
    não se consegue interagir com o mundo,
  • 11:07 - 11:14
    pois entre você e o mundo há um espelho
    que viaja com você por toda a parte,
  • 11:14 - 11:16
    e não há como abandoná-lo.
  • 11:17 - 11:20
    Essa doença faz as mulheres
    objetificarem a si mesmas,
  • 11:20 - 11:24
    e faz com que menininhas queiram
    crescer e se tornar objetos sexuais.
  • 11:24 - 11:28
    Participei de um debate ano passado
    sobre as imagens da mídia,
  • 11:28 - 11:33
    e uma jovem da plateia me perguntou:
    "Isso não é uma forma de poder?
  • 11:34 - 11:40
    Se mulheres podem conquistar algo valioso
    nessa cultura por serem belas,
  • 11:40 - 11:45
    não deveríamos aceitar isso como uma forma
    de poder ao alcance das mulheres?"
  • 11:45 - 11:49
    E entendo o que ela disse, entendo mesmo.
  • 11:49 - 11:54
    Mas que tipo de poder real é tão efêmero
  • 11:54 - 11:58
    a ponto de acabar quando chegamos
    aos 30 ou talvez 40 anos,
  • 11:58 - 12:01
    para quem tem sorte ou é uma celebridade?
  • 12:01 - 12:05
    Que tipo de poder é inversamente
    relacionado ao auge da sabedoria
  • 12:05 - 12:07
    e da experiência de vida?
  • 12:08 - 12:13
    Quero novamente deixar claro que não há
    nada de errado com a beleza.
  • 12:13 - 12:17
    Nosso cérebro é muito sensível a ela.
  • 12:17 - 12:20
    Sabemos o que é belo só de olhar,
    em questão de milésimos de segundo.
  • 12:20 - 12:24
    O desejo de ser bela e desejada
  • 12:24 - 12:28
    não pode ser eliminado
    completamente do cérebro.
  • 12:28 - 12:30
    Querer ser bela não é o problema.
  • 12:30 - 12:35
    O problema é quando meninas
    e mulheres só querem isso.
  • 12:35 - 12:39
    Eu gostaria que meninas
    e mulheres fossem assim:
  • 12:39 - 12:42
    muito mais que ardentes.
  • 12:43 - 12:47
    Então como podemos combater
    a doença da beleza?
  • 12:47 - 12:49
    Vou dar algumas sugestões.
  • 12:49 - 12:53
    Primeiramente, invista menos em beleza,
  • 12:53 - 12:56
    e mais no que é duradouro,
  • 12:56 - 13:01
    em tudo aquilo que não se precisa lutar
    para manter da meia idade em diante.
  • 13:01 - 13:03
    Se programas de televisão
    como este deixam você pensando
  • 13:03 - 13:06
    mais e não menos na sua aparência,
  • 13:06 - 13:08
    pare de assisti-los.
  • 13:08 - 13:12
    Se algumas revistas deixam você
    obcecada com um corpo ideal
  • 13:12 - 13:16
    que a maioria das mulheres
    nunca poderia ter,
  • 13:16 - 13:18
    não as leia mais.
  • 13:19 - 13:23
    Tente não enxergar seu corpo
    como um conjunto de partes
  • 13:23 - 13:25
    que serve para outros olharem.
  • 13:25 - 13:31
    Enxergue-o como um todo unificado,
    a sua ferramenta para explorar o mundo.
  • 13:32 - 13:35
    Pare de se preocupar
    com o tamanho das suas coxas,
  • 13:35 - 13:37
    e pense na força que elas possuem,
  • 13:37 - 13:42
    afinal de contas, são suas pernas
    que fazem você andar pelo mundo.
  • 13:42 - 13:46
    E pare de se referir ao seu braço
    como se ele estivesse doente.
  • 13:46 - 13:52
    São esses braços que se esticam
    e trazem o que ama para perto de você.
  • 13:53 - 13:56
    Como diz esta campanha contra a anorexia,
  • 13:56 - 14:03
    não deixe que transformem você num esboço;
    você pode ser mais que isto, ou isto.
  • 14:03 - 14:08
    Seu corpo não é para ser olhado,
    mas para fazer coisas.
  • 14:08 - 14:10
    Você poderia também levar em conta
  • 14:10 - 14:14
    que, assim como alguns limitam o tempo
    dos filhos na frente de uma tela,
  • 14:14 - 14:17
    você pode limitar seu tempo
    em frente ao espelho.
  • 14:17 - 14:20
    Como a palestra de hoje é sobre o futuro,
  • 14:20 - 14:25
    vou mostrar um jeito direto de impactá-lo
    em relação à doença da beleza:
  • 14:25 - 14:28
    parem de dizer às garotinhas
    que elas são bonitas.
  • 14:29 - 14:32
    Parece contraintuitivo, não é?
  • 14:32 - 14:34
    Mas não digam a elas que são feias!
  • 14:34 - 14:36
    (Risos)
  • 14:36 - 14:38
    Também não façam isso!
  • 14:38 - 14:43
    Mas toda vez que tiverem vontade
    de comentar a aparência de uma garotinha,
  • 14:43 - 14:49
    tentem elogiar uma das outras
    muitas qualidades encantadoras dela.
  • 14:49 - 14:52
    Querem ajuda? Aqui estão algumas ideias.
  • 14:52 - 14:56
    Tentem notar quando ela se mostra
    inteligente, esforçada, generosa,
  • 14:56 - 14:59
    persistente, bondosa ou corajosa.
  • 14:59 - 15:04
    Dessa forma, vocês enfraquecerão
    o sistema que ensina às meninas
  • 15:04 - 15:08
    que a melhor chance de obter
    status social está na busca pela beleza.
  • 15:09 - 15:11
    Tentem criar filhas
    que vejam a aparência delas
  • 15:11 - 15:16
    como um detalhe de menor importância
    se comparado ao caráter e esforço delas.
  • 15:16 - 15:19
    Vocês podem mudar essa realidade.
  • 15:19 - 15:22
    Nunca viveremos num mundo
    em que a beleza não importa.
  • 15:22 - 15:25
    Nosso cérebro não foi feito assim.
  • 15:25 - 15:29
    Mas podemos viver num mundo
    em que a beleza importe menos,
  • 15:29 - 15:32
    e essas outras características
    tenham mais importância.
  • 15:32 - 15:36
    Na verdade, pequenas mudanças
    no nosso modo de pensar,
  • 15:36 - 15:39
    de falar e de interagir uns com os outros
  • 15:39 - 15:43
    podem abrir o caminho
    para um futuro muito mais belo.
  • 15:43 - 15:44
    Obrigada.
  • 15:44 - 15:46
    (Aplausos)
Title:
Uma epidemia da doença da beleza | Renee Engeln | TEDxUConn
Description:

"Doença da beleza" é como Renee Engeln chama a obsessão das mulheres com a beleza. Ela sugere algumas formas de lidar com o problema.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:47

Portuguese, Brazilian subtitles

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