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Resposta às consequências do Francês no Haiti

  • 0:02 - 0:05
    Oi pessoal.
  • 0:05 - 0:06
    (suspiro)
  • 0:06 - 0:10
    Essa é uma resposta para o meu video "Les
    consequences du Francais en Haiti"
  • 0:10 - 0:15
    Que eu fiz em Francês, sobre as
    consequencias do Françês no Haiti.
  • 0:15 - 0:20
    E publiquei em Abril e eu tenho o link
    aqui a cima e lá
  • 0:20 - 0:22
    na minha descrição
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    Recebi reações muito fortes
    no post e parece que cutuquei
  • 0:26 - 0:33
    a ferida de algumas pessoas, então
    essa semana vou responder e desmascarar
  • 0:33 - 0:36
    os principais contra argumentos
    que eu recebi.
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    Aqui estão os principais pontos
    que defendi no vídeo:
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    O francês dificulta a comunicação na
    autoexpressão entre os haitianos
  • 0:42 - 0:46
    Divide a população haitiana e
    fomenta um complexo de inferioridade
  • 0:46 - 0:48
    Para a maioria da população
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    Haitianos trocam a habilidade de alguém de
    reunir palavras em francês por sabedoria e
  • 0:54 - 1:00
    inteligência. Os haitianos não percebem
    que o que eles vêem é mais importante
  • 1:00 - 1:03
    do que a língua que eles costumavam falar
  • 1:03 - 1:07
    E por último, os haitianos em geral
    não sabem falar francês
  • 1:07 - 1:12
    Estas são questões comuns e bem conhecidas
    que apresentei para apoiar minha proposta
  • 1:12 - 1:16
    de eliminar o Francês como uma das duas
    línguas oficiais do Haiti.
  • 1:16 - 1:20
    Mas muitos não quiseram ouvir e aqui estão
    algumas das respostas que eu quero
  • 1:20 - 1:20
    abordar.
  • 1:20 - 1:24
    A primeira é que o problema do Haiti
    está na educação, não no idioma.
  • 1:24 - 1:27
    Aqui está meu problema com esse ponto.
  • 1:27 - 1:31
    Todos sabem que o estado da educação
    no Haiti é terrível, sempre foi assim
  • 1:31 - 1:35
    no Haiti, mas você já parou para
    pensar que a linguagem é a base de
  • 1:35 - 1:39
    aprendizagem e educação, então se estiver
    tentando ensinar em uma língua que é
  • 1:39 - 1:43
    complicada, não natural e estranha para as
    crianças, você as mantém em desvantagem.
  • 1:43 - 1:47
    O meio que lhe permite comunicar
    o conhecimento que você tenta transmitir
  • 1:47 - 1:48
    é extremamente relevante.
  • 1:48 - 1:52
    Minha experiência estudando no Haiti foi
    que vários professores não eram fluentes
  • 1:52 - 1:54
    em francês, longe disso.
  • 1:54 - 1:58
    Então sim, há uma crise educacional no
    Haiti e isso não é novidade para ninguém.
  • 1:58 - 2:03
    Mas o fato de que estamos insistindo
    em manter o francês como língua acadêmica
  • 2:03 - 2:05
    é para nosso próprio malefício.
  • 2:05 - 2:10
    É pedagogicamente impraticável e
    francamente, muito irresponsável
  • 2:10 - 2:14
    A outra coisa que as pessoas dizem que
    anda junto com a falta de argumento
  • 2:14 - 2:18
    educacional é que não deveríamos apenas
    limitar as crianças ao crioulo, deveríamos
  • 2:18 - 2:22
    ensina los francês, espanhol, alemão,
    Italiano, tudo.
  • 2:22 - 2:27
    Ok, bem, eu quero que nossos filhos
    aprendam vários idiomas?
  • 2:27 - 2:28
    Claro.
  • 2:28 - 2:32
    Eu gostaria que cada pequeno haitiano
    conhecesse tantas línguas quanto
  • 2:32 - 2:37
    o cérebro humano pode reter e meu
    argumentos nunca foi erradicar o francês
  • 2:37 - 2:42
    das escolas haitianas, mas sim revogar
    seu status como língua oficial da
  • 2:42 - 2:47
    república do Haiti e em vez disso,
    priorizar o crioulo que é a língua que
  • 2:47 - 2:48
    todos os Haitianos falam
  • 2:48 - 2:51
    Luxemburgo tem 3 línguas oficiais
  • 2:51 - 2:55
    Um delas, acredito que a maioria das
    pessoas nunca ouviu falar, o luxemburguês
  • 2:55 - 2:59
    e é a língua nativa do seu povo,
    a língua do coração
  • 2:59 - 3:01
    pra eles falarem.
  • 3:01 - 3:05
    Embora poucas pessoas fora de
    Luxemburgo o usem, essa é a língua
  • 3:05 - 3:10
    that kids are taught in the first year of
    primary school before switching to German
  • 3:10 - 3:11
    e depois Francês.
  • 3:11 - 3:15
    E a proficiência em todas as três
    línguas oficiais é necessária para
  • 3:15 - 3:17
    a conclusão do ensino médio
  • 3:17 - 3:20
    Agora como você pode ver
    eles são capazes de implementar
  • 3:20 - 3:24
    sistema de educação trilíngue para
    acompanhar o fato de ter 3 línguas
  • 3:24 - 3:28
    oficiais que significam sua importante
    legislação e assuntos nacionais oficiais
  • 3:28 - 3:31
    são sempre registrados e relatados
    em todos os 3 idiomas
  • 3:31 - 3:33
    até aquela da qual nunca ouvimos falar
  • 3:33 - 3:35
    Qual é o ponto deste pequeno burburinho?
  • 3:35 - 3:38
    Bem, não é um burburinho
  • 3:38 - 3:42
    é para responder aos que preferem dizer:
    vamos apenas ensinar nossas crianças
  • 3:42 - 3:46
    Haitianas todas as línguas do planeta
    em vez de se concentrar em ensiná-las
  • 3:46 - 3:48
    sua língua primaria, o Criolo.
  • 3:48 - 3:54
    Uma língua que dizem ser oficial no país,
    mas que todas as importantes transações
  • 3:54 - 3:58
    de negócios, políticas, profissionais e
    administrativas não são registradas ou
  • 3:58 - 3:59
    relatadas no Criolo
  • 3:59 - 4:03
    Ao longo dos anos, quando os políticos
    eleitos se dirigem a população
  • 4:03 - 4:07
    eles fazem discursos em francês
    enquanto todos sabem que o crioulo
  • 4:07 - 4:09
    é a língua oficial
  • 4:09 - 4:14
    O crioulo é constitucionalmente uma das
    línguas oficiais, mas isso é apenas
  • 4:14 - 4:18
    "a L'oral"(papo furado) como dizem,
    significa que é apenas algo que é dito
  • 4:18 - 4:21
    Já tentamos aplica lo nessa
    abordagem?
  • 4:21 - 4:27
    Será que já tentamos antes de chorar
    como isso é insustentável como meio global
  • 4:27 - 4:29
    de comunicação para nossas crianças?
  • 4:29 - 4:34
    O que me mata é que essas pessoas
    se opõem tão apaixonadamente contra a
  • 4:34 - 4:39
    remoção do francês são os primeiros a se
    gabar de que derrotamos os franceses em
  • 4:39 - 4:43
    1804 e essa é a única coisa da qual eles
    derivam o orgulho haitiano, mas eles não
  • 4:43 - 4:46
    percebem que estão perpetuando
    a opressão,
  • 4:46 - 4:51
    mantendo se teimosamente na língua e
    nos costumes dos franceses em detrimento
  • 4:51 - 4:52
    da sua própria cultura
  • 4:52 - 4:56
    Para aqueles que dizem que antigamente
    você e seus amigos costumavam
  • 4:56 - 5:00
    falar francês, é como se eu dissesse, todo
    Haitiano fala inglês porque meus amigos
  • 5:00 - 5:01
    e eu falamos.
  • 5:01 - 5:03
    Isso não significa nada.
  • 5:03 - 5:07
    Se você olhar para os dados, a educação
    sempre foi um privilégio reservado para
  • 5:07 - 5:11
    muito poucos no Haiti e apenas os educados
    conseguem falar um pouco de francês em
  • 5:11 - 5:12
    Haiti, portanto.
  • 5:12 - 5:16
    As experiências de certas pessoas naquela
    epoca que as coisas eram um pouco melhores
  • 5:16 - 5:19
    para alguns, não mostra que em um
    momento o Francês funcionou no Haiti.
  • 5:19 - 5:21
    Nunca funcionou e nunca funcionará.
  • 5:21 - 5:26
    Agora, o outro argumento que ouvi bastante
    é que não podemos nos livrar do francês
  • 5:26 - 5:30
    porque precisamos de algo para nos manter
    conectados ao resto do mundo e
  • 5:30 - 5:34
    as pessoas também estavam dizendo que ter
    uma tomada de poder crioula
  • 5:34 - 5:37
    agora nos atrasaria porque teríamos
    que começar do zero
  • 5:37 - 5:40
    já que o crioulo é uma língua sem fórmula
  • 5:41 - 5:45
    Ok, antes de tudo, odeio dizer isso, mas
    o mundo deixou o Haiti para trás
  • 5:45 - 5:50
    há muito tempo, e não é só porque
    nosso povo não fala francês,
  • 5:50 - 5:54
    é porque não investimos ou
    educamos nosso pessoal.
  • 5:54 - 5:58
    Falar francês não é o que vai nos
    conectar ou nos manter antenados ao
  • 5:58 - 6:02
    mundo porque não precisamos do francês
    para facilitar as trocas internacionais
  • 6:02 - 6:06
    e implementar o francês como língua do
    povo haitiano exigiria o mesmo
  • 6:06 - 6:10
    esforço para implementar qualquer outra
    língua fora do crioulo.
  • 6:10 - 6:12
    Com o crioulo temos uma vantagem
  • 6:12 - 6:14
    essa é a nossa língua materna, nós já
    a falamos.
  • 6:14 - 6:16
    temos que fazer a distinção:
  • 6:16 - 6:20
    Ensinar francês não é o mesmo que
    educar nosso povo.
  • 6:20 - 6:25
    Aqui nos EUA, todos falam a mesma
    língua, mas você verá que uma
  • 6:25 - 6:29
    pessoa sem educação não consegue se
    articular ou se expressar
  • 6:29 - 6:33
    O porque nossas massas de língua Criola
    parecem muitas vezes pouco educadas
  • 6:33 - 6:37
    e porque eles não têm acesso a educação,
    não porque eles falam crioulo.
  • 6:37 - 6:42
    No entanto, o francês pode fazer um
    inteligente educado parecer estúpido
  • 6:42 - 6:46
    E um haitiano idiota que lembra
    seu vocabulário francês e gramática
  • 6:46 - 6:52
    são considerados inteligentes,
    não importa o quão estúpidos eles sejam
  • 6:52 - 6:55
    Há algo realmente errado com esta
    imagem.
  • 6:55 - 7:00
    Tive a sorte de ouvir Maurice
    Sixto quando jovem e descobri como
  • 7:00 - 7:06
    ele reivindicou historias profundas
    culturalmente relevantes, poéticas
  • 7:06 - 7:07
    e educacionais em Crioulo.
  • 7:08 - 7:12
    Ele falava bem e, o mais importante,
    os haitianos podiam entender e realmente
  • 7:12 - 7:16
    conectar-se com o significado mais
    profundo do que ele estava compartilhando.
  • 7:16 - 7:20
    Naquela época, ele falava a língua
    crioula, que alguns tentam despojar de
  • 7:20 - 7:24
    todas as virtudes, brilhantemente, porque
    ele foi educado.
  • 7:24 - 7:29
    Ele foi capaz de usar sua imaginação e
    talento para enriquecer a linguagem.
  • 7:29 - 7:33
    Se houvesse mais incentivo
    à auto expressão em crioulo e no Haiti
  • 7:33 - 7:37
    e o respeito pela língua, sem dúvida,
    estaria em um estágio mais refinado hoje.
  • 7:37 - 7:43
    Foi o que aconteceu quando algo é
    seu, quando você se importa com algo,
  • 7:43 - 7:44
    você trabalha nisso.
  • 7:44 - 7:46
    Essa é sua responsabilidade.
  • 7:46 - 7:50
    Você não fica sentado e diz que nunca
    vai funcionar porque as línguas que são
  • 7:50 - 7:53
    tão sofisticados hoje em dia nem sempre
    foram assim;
  • 7:53 - 7:56
    as pessoas os desenvolveram, as pessoas
    os tornaram ótimos.
  • 7:56 - 8:00
    Eles não se sentaram e disseram vamos
    adotar outra linguagem que já está
  • 8:00 - 8:03
    pronta para nos ajudar
    assimilar e soar educados
  • 8:03 - 8:07
    Dito isto, aprecio o facto de que
    precisamos equipar os nossos filhos com
  • 8:07 - 8:09
    as ferramentas para competir globalmente e
  • 8:09 - 8:11
    isso inclui habilidades linguísticas
  • 8:11 - 8:15
    mas isso não nos impede de fortalecer
    e valorizar a nossa própria língua
  • 8:15 - 8:19
    no nosso próprio país e aproveitando
    isso para educar nossos filhos.
  • 8:19 - 8:23
    Tendo isso em mente, se eu tivesse que
    que escolher o segundo idioma obrigatório
  • 8:23 - 8:27
    para a educação no Haiti, para que as
    crianças aprendam, definitivamente
  • 8:27 - 8:29
    não seria francês porque no mundo de hoje,
  • 8:29 - 8:31
    o francês já não é tão relevante.
  • 8:31 - 8:35
    Essa é um tendência já há algum tempo,
    você pode conferir os links para alguns
  • 8:35 - 8:38
    artigos que postei para apoiar essa
    declaração na caixa de descrição.
  • 8:38 - 8:42
    Ouçam meu povo haitiano, em geral,
    não falamos francês,
  • 8:42 - 8:46
    inclusive eu, e aqui estão as razões.
  • 8:46 - 8:50
    Falar uma língua não é saber
    alguma gramática ou ser capaz de ler
  • 8:50 - 8:52
    e escrever ou entender ela
  • 8:52 - 8:56
    É sobre viver a língua, ouvi-la
    e senti-la.
  • 8:56 - 9:00
    Conheço algumas crianças que foram
    proibidas pelos pais no Haiti de
  • 9:00 - 9:04
    dizer uma palavra de crioulo crescendo no
    Haiti,
  • 9:04 - 9:09
    mas eles ainda não falavam francês, o que
    fizeram foi traduzir o crioulo
  • 9:09 - 9:12
    frases em francês por exemplo
  • 9:12 - 9:16
    "envoie les yeux pour moi s'il te plait"
    (história verdadeira)
  • 9:16 - 9:20
    Agora, está gramaticalmente correto,
    claro, é francês?
  • 9:21 - 9:23
    Deixo isso para você decidir.
  • 9:23 - 9:28
    Claro que você pode interagir muito bem
    com um falante nativo de francês, mas se
  • 9:28 - 9:32
    comunicar com sucesso com outro haitiano
    em francês é muito mais difícil.
  • 9:32 - 9:38
    Sem mergulhar constantemente no francês
    na cultura Francesa através da
  • 9:38 - 9:41
    literatura atualizada, cinema ou outro
    trabalho criativo,
  • 9:41 - 9:44
    nós realmente não conseguimos acompanhar
    a linguagem.
  • 9:44 - 9:49
    Então sim, nós não falamos francês e está
    tudo bem, não é o fim do mundo.
  • 9:49 - 9:53
    O que não está certo é que as pessoas,
    meu povo, não ser capaz
  • 9:53 - 9:58
    de debater racionalmente questões
    criticas em nossa sociedade haitiana.
  • 9:58 - 10:02
    Pessoas que me dizem "bem, por que você
    não está falando crioulo?"
  • 10:02 - 10:06
    enquanto isso, seus filhos provavelmente
    não falam nada de crioulo, nem francês que
  • 10:06 - 10:09
    eles defendem com unhas e dentes,
  • 10:09 - 10:12
    pessoas que estão cegas por seus vieses.
  • 10:12 - 10:15
    Eu disse isso no meu outro vídeo e vou
    repetir agora.
  • 10:15 - 10:16
    Eu amo a lingua francesa.
  • 10:16 - 10:19
    Meu artista favorito nessa fase
    é na verdade belga.
  • 10:19 - 10:23
    Sou muito grata por ter tido a
    oportunidade de aprender francês.
  • 10:23 - 10:26
    Muitos haitianos não têm essa
    oportunidade.
  • 10:26 - 10:31
    E eu vou passar o máximo de apreço
    pelo francês para meus filhos, porque
  • 10:31 - 10:36
    a questão não é e nunca foi a língua,
    a questão é que há muitos haitianos
  • 10:36 - 10:39
    que simplesmente se recusam a acordar.
  • 10:41 - 10:47
    De novo, meu nome é Marli, sou embaixadora
    do Esperança Haiti, e Acordem Haitianos,
  • 10:47 - 10:51
    De verdade.
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Resposta às consequências do Francês no Haiti
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English
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