< Return to Video

A ciência da atração — Dawn Maslar

  • 0:07 - 0:10
    Gostamos de pensar que os sentimentos
    românticos são espontâneos
  • 0:10 - 0:13
    e coisas indescritíveis que
    vêm do coração.
  • 0:13 - 0:16
    Mas é, efetivamente, o cérebro
    a processar uma complexa
  • 0:16 - 0:19
    série de cálculos numa fração de segundos
  • 0:19 - 0:22
    que é responsável
    por determinar a atração.
  • 0:22 - 0:24
    Não é muito poético, pois não?
  • 0:24 - 0:26
    Mas, só porque os cálculos estão
    a ocorrer no cérebro
  • 0:26 - 0:30
    não significa que essas sensações quentes
    e difusas estejam todas na cabeça.
  • 0:30 - 0:33
    De facto, todos os cinco sentidos
    desempenham um papel,
  • 0:33 - 0:37
    cada um capaz de contribuir, ou não,
    para um florescer da atração.
  • 0:37 - 0:39
    Os olhos são os primeiros elementos
    na atração.
  • 0:39 - 0:41
    Muitos padrões visuais de beleza
  • 0:41 - 0:43
    variam entre culturas e épocas,
  • 0:43 - 0:46
    e sinais de juventude,
    fertilidade e boa saúde
  • 0:46 - 0:48
    tais como cabelos compridos
    e lustrosos,
  • 0:48 - 0:50
    ou pele macia, sem cicatrizes,
  • 0:50 - 0:51
    são, quase sempre, procurados
  • 0:51 - 0:54
    porque estão associados à
    capacidade reprodutiva.
  • 0:54 - 0:56
    E, quando os olhos encontram algo
    de que gostam
  • 0:56 - 0:59
    o instinto é de nos aproximarmos
  • 0:59 - 1:01
    para que os outros sentidos
    possam investigar.
  • 1:01 - 1:03
    A contribuição do nariz para o romance
  • 1:03 - 1:06
    é mais do que notar perfumes ou colónias.
  • 1:06 - 1:08
    Ele é capaz de captar
    sinais químicos naturais
  • 1:08 - 1:10
    conhecidos como feromonas.
  • 1:10 - 1:12
    Estas não só transmitem importantes
  • 1:12 - 1:14
    informações físicas e genéticas
    acerca da sua fonte
  • 1:14 - 1:17
    como são capazes de originar
    um estado fisiológico,
  • 1:17 - 1:20
    ou uma resposta comportamental no recetor.
  • 1:20 - 1:24
    Num estudo, um grupo de mulheres,
    em diferentes fases do ciclo de ovulação,
  • 1:24 - 1:27
    vestiram a mesma “T-shirt”,
    durante três noites.
  • 1:27 - 1:30
    Depois de voluntários masculinos
    terem sido aleatoriamente escolhidos
  • 1:30 - 1:32
    para cheirar uma das camisas usadas,
  • 1:32 - 1:33
    ou uma não usada,
  • 1:33 - 1:37
    amostras de saliva revelaram
    um aumento de testosterona
  • 1:37 - 1:41
    naqueles que tinham cheirado uma camisa
    usada por uma mulher em ovulação.
  • 1:41 - 1:42
    Tal aumento de testosterona
  • 1:42 - 1:45
    pode levar um homem a procurar uma mulher
  • 1:45 - 1:47
    que, provavelmente, de outra forma,
    não teria notado.
  • 1:47 - 1:50
    O nariz das mulheres está,
    particularmente, em sintonia
  • 1:50 - 1:51
    com as moléculas de CPH,
  • 1:51 - 1:53
    que são utilizadas para combater doenças.
  • 1:53 - 1:55
    Neste caso, os opostos atraem-se.
  • 1:55 - 1:58
    Quando um estudo solicitou a mulheres
    que cheirassem “T-shirts”
  • 1:58 - 2:00
    usadas por homens distintos,
  • 2:00 - 2:02
    elas preferiram os odores daqueles
  • 2:02 - 2:05
    cujas moléculas de CPH diferiam das delas.
  • 2:05 - 2:06
    Isto faz sentido.
  • 2:06 - 2:09
    Genes que resultam numa maior
    variedade de imunidades
  • 2:09 - 2:13
    podem dar aos descendentes uma
    maior vantagem de sobrevivência.
  • 2:13 - 2:15
    Os ouvidos também
    determinam a atração.
  • 2:15 - 2:19
    Os homens preferem mulheres com
    vozes finas, sussurradas
  • 2:19 - 2:21
    e melódicas,
  • 2:21 - 2:23
    associadas a corpos de menor tamanho.
  • 2:23 - 2:25
    Ao passo que as mulheres preferem
    vozes graves,
  • 2:25 - 2:27
    uniformes
  • 2:27 - 2:30
    que sugerem um maior tamanho corporal.
  • 2:30 - 2:31
    E, não surpreendentemente,
  • 2:31 - 2:33
    o toque revela-se fundamental
    para o romance.
  • 2:33 - 2:35
    Nesta experiência,
  • 2:35 - 2:37
    sem se aperceberem que o estudo
    havia começado,
  • 2:37 - 2:41
    foi pedido aos participantes
    que segurassem em café,
  • 2:41 - 2:43
    quente ou frio.
  • 2:43 - 2:45
    Depois, os participantes leram
    uma história
  • 2:45 - 2:46
    sobre uma hipotética pessoa
  • 2:46 - 2:48
    e pediram-lhes para
    classificarem a sua personalidade.
  • 2:48 - 2:51
    Aqueles que tinham segurado uma
    chávena de café quente
  • 2:51 - 2:55
    lembraram a personagem como sendo
    mais feliz, mais sociável
  • 2:55 - 2:58
    mais generosa e de melhor índole
  • 2:58 - 3:00
    do que aqueles que seguraram
    a chávena de café gelado,
  • 3:00 - 3:05
    que a evocaram como fria,
    insensível e desprendida.
  • 3:05 - 3:07
    Se um potencial parceiro conseguir passar
  • 3:07 - 3:09
    todos estes testes, ainda há mais um:
  • 3:09 - 3:12
    o famoso primeiro beijo,
  • 3:12 - 3:14
    uma troca rica e complexa
  • 3:14 - 3:17
    de estímulos táteis e químicos,
  • 3:17 - 3:18
    como o odor da respiração do outro
  • 3:18 - 3:20
    e o sabor da sua boca.
  • 3:20 - 3:22
    Este momento mágico é tão crítico
  • 3:22 - 3:24
    que a maioria dos homens e mulheres
  • 3:24 - 3:26
    mencionaram terem perdido
    a atração por alguém
  • 3:26 - 3:29
    depois de um mau primeiro beijo.
  • 3:29 - 3:30
    Quando a atração é confirmada,
  • 3:30 - 3:32
    o sistema sanguíneo
    é inundado
  • 3:32 - 3:33
    com norepinefrina,
  • 3:33 - 3:36
    ativando o sistema de luta ou de voo.
  • 3:36 - 3:37
    O coração bate mais rápido,
  • 3:37 - 3:39
    as pupilas dilatam,
  • 3:39 - 3:42
    e o organismo liberta glicose
    para a energia adicional,
  • 3:42 - 3:43
    não porque se está em perigo,
  • 3:43 - 3:45
    mas porque o corpo está a dizer
  • 3:45 - 3:46
    que algo importante está a ocorrer.
  • 3:46 - 3:48
    Para ajudar a focar,
  • 3:48 - 3:50
    a norepinefrina cria uma espécie
    de visão limitada
  • 3:50 - 3:53
    bloqueando as distrações circundantes,
  • 3:53 - 3:55
    possivelmente, até distorcendo
    a noção de tempo
  • 3:55 - 3:57
    e aumentando a memória.
  • 3:57 - 4:01
    Isto talvez explique porque é que
    nunca se esquece o primeiro beijo.
  • 4:01 - 4:03
    A ideia que grande parte da atração
  • 4:03 - 4:06
    é influenciada por químicos
    e pela biologia evolutiva
  • 4:06 - 4:09
    pode parecer fria e científica,
    em vez de romântica,
  • 4:09 - 4:11
    mas, a próxima vez que virem
    alguém de quem gostem,
  • 4:11 - 4:15
    tentem apreciar a forma como todo o corpo
    está a brincar às combinações
  • 4:15 - 4:19
    para decidir se aquele bonito estranho
    é o certo para vocês.
Title:
A ciência da atração — Dawn Maslar
Speaker:
Dawn Maslar
Description:

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/the-science-of-attraction-dawn-maslar

A química romântica tem tudo a ver com sentimentos ardentes e pegajosos que jorram das profundezas mais profundas do coração… certo? Não exatamente. Com efeito, o verdadeiro responsável pela atração é o cérebro que processa, embora muito rapidamente, uma série de cálculos muito complexos quando avalia um potencial companheiro. Dawn Maslar explora como os cinco sentidos contribuem para este jogo de sedução, citando, de passagem, algumas experiências bastante radicais.

Lição de Dawn Maslar, animação de TOGETHER.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:34
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The science of attraction
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The science of attraction
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The science of attraction
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for The science of attraction
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for The science of attraction
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The science of attraction
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The science of attraction
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The science of attraction
Show all

Portuguese subtitles

Revisions