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Uma das imagens que mais
marcou a minha infância,
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era quando o "Pica-Pau"
precisava fazer o "Pangaré" andar.
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Dois personagens do desenho infantil.
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Ele utilizava uma vara de pescar
com uma cenoura na ponta,
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fazendo que o "Pangaré" quisesse
o tempo todo buscar aquela cenoura.
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Mas tudo isso me deixa uma dúvida:
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será que o simples estimular de metas,
o simples definir de metas,
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vai realmente motivar alguém?
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Metas são ferramentas
muito interessantes
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para gerarmos motivação,
mas o grande segredo é sabermos
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estruturar essa meta corretamente.
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Para que a meta estimule alguém,
ela tem que ser atingível
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com algum esforço,
mas não pode ser impossível.
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Ou seja,
não pode ser simples demais
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para a pessoa achar que resolve
a qualquer momento.
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E, resolver ou não,
porque às vezes achando
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que resolvemos tudo,
nós não nos dedicamos o suficiente,
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mas ela também não pode
ser impossível a ponto
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de gerar desmotivação.
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É por isso que há um tempo,
foi criado o discurso das metas Smart,
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que são as metas inteligentes,
ou seja,
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são metas atingíveis,
mensuráveis,
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metas palpáveis,
possíveis de serem medidas.
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Quando falamos
do conceito de meta Smart,
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estamos justamente olhando
para aquela cenoura que não vai andar
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eternamente na frente do "Pangaré".
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É aquela cenoura que você sabe
que em algum momento
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você pode alcançar,
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você sabe qual é o tamanho
do esforço que você precisa,
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você consegue dizer ao seu gestor
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se aquele esforço é o esforço
que você pode dar naquele momento,
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e fica claro para todo mundo
qual é a medida dessa meta, ou seja,
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qual é, tanto a medida de volume,
a volumetria,
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quanto o tempo
que essa meta será atingida.
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A partir do momento que conseguimos
desenvolver uma meta que seja, de fato,
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inteligente e bem pensada,
que favoreça o colaborador
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e a empresa,
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nós temos aí uma ferramenta
de motivação.
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Não temos todas as ferramentas
de motivação.
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Nós temos uma ferramenta
que é parcialmente intrínseca,
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parcialmente extrínseca,
mas ela é uma ferramenta.
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A motivação é definida
por várias coisas,
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mas ter algo que quando eu alcançar
e é possível alcançar com esforço
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um pouquinho maior, ou seja,
não é possível alcançar
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se eu continuar fazendo
o que estou fazendo,
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mas é possível alcançar
com um pouco mais de esforço.
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Eu consigo beneficiar o funcionário,
que vai ganhar aquela premiação,
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que vai ganhar aquela promoção,
aquele valor a mais.
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E consigo também fazer
com que a empresa
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aumente o seu resultado,
porque eu tenho ali
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funcionários mais dedicados.
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Vale dizer que nem sempre
essa cenoura,
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nem sempre esse prêmio,
precisa ser necessariamente
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dinheiro ou promoção.
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Há muitas pessoas que se motivam
com outras coisas.
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Há pessoas que se motivam
com a oportunidade de apresentar
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aquilo para a empresa inteira,
de viajar para a matriz da empresa.
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Há pessoas que se motivam se aquilo
for publicado com o nome delas.
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Essa é uma característica
muito importante
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quando eu defino a premiação da meta.
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É descobrir o que, de fato,
e verdadeiramente
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faria com que minha equipe
ficasse feliz.
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Mais uma vez,
a cenoura é sempre importante,
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mas nunca longe demais
e nem perto demais.
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Há um equilíbrio
para que essa motivação aconteça
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e que, de fato,
a sua empresa
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e os seus colaboradores
cresçam felizes,
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a partir dessa definição de meta.