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Ser respeitoso com os colegas de trabalho é bom para a empresa

  • 0:01 - 0:03
    Quem é que vocês querem ser?
  • 0:03 - 0:05
    É uma pergunta simples
  • 0:05 - 0:07
    e quer saibam ou não,
  • 0:07 - 0:11
    estão a respondê-la todos os dias,
    através das vossas ações.
  • 0:11 - 0:15
    Esta pergunta específica definirá
    o vosso sucesso profissional
  • 0:15 - 0:18
    mais do que qualquer outra pergunta,
  • 0:18 - 0:22
    porque a forma como vocês se revelam
    e tratam as pessoas significa tudo.
  • 0:22 - 0:26
    Ou vocês incentivam as pessoas
    respeitando-as,
  • 0:26 - 0:31
    fazendo com que elas se sintam
    valorizadas, apreciadas e ouvidas,
  • 0:31 - 0:36
    ou reprimem-nas,
    fazendo com que elas se sintam pequenas,
  • 0:36 - 0:40
    insultadas, negligenciadas ou excluídas.
  • 0:40 - 0:44
    E quem vocês escolhem ser significa tudo.
  • 0:45 - 0:48
    Eu estudo os efeitos
    da incivilidade nas pessoas
  • 0:48 - 0:49
    O que é a incivilidade?
  • 0:49 - 0:52
    É desrespeito ou grosseria.
  • 0:52 - 0:54
    Inclui muitos comportamentos diferentes,
  • 0:54 - 0:57
    como zombar ou menosprezar alguém,
  • 0:57 - 0:59
    ou provocar as pessoas
    de maneira que as irritem
  • 0:59 - 1:01
    ou contar piadas ofensivas
  • 1:01 - 1:03
    a enviar mensagens durante reuniões.
  • 1:03 - 1:07
    E o que é grosseiro para uma pessoa,
    pode ser simplesmente normal para outra.
  • 1:07 - 1:10
    Como mandar mensagens
    enquanto alguém está a falar com vocês.
  • 1:10 - 1:12
    Há quem ache isso grosseiro,
  • 1:12 - 1:15
    há quem ache isso absolutamente normal.
  • 1:15 - 1:17
    Tudo isso depende.
  • 1:17 - 1:22
    Está tudo nos olhos do observador,
    e se ele se sentiu desrespeitado.
  • 1:23 - 1:26
    Podemos não querer fazer
    alguém se sentir assim,
  • 1:26 - 1:29
    Mas quando fazemos,
    tem consequências.
  • 1:30 - 1:32
    Há mais de 22 anos,
  • 1:32 - 1:35
    lembro-me claramente de entrar
    num abafado quarto de hospital.
  • 1:36 - 1:42
    Foi angustiante ver o meu pai,
    um homem forte, atlético e enérgico
  • 1:42 - 1:46
    deitado na cama com elétrodos
    colados no peito.
  • 1:47 - 1:50
    Foi ali parar por cauda do "stress"
    relacionado com o trabalho.
  • 1:50 - 1:52
    Durante mais de uma década,
  • 1:52 - 1:56
    aturou um chefe grosseiro.
  • 1:57 - 2:02
    E eu julguei que aquilo era apenas
    um caso isolado naquela época.
  • 2:02 - 2:05
    Só alguns anos depois,
  • 2:05 - 2:08
    eu testemunhei e aturei
    muita grosseria
  • 2:08 - 2:10
    no meu primeiro emprego
    depois da faculdade.
  • 2:10 - 2:13
    Passei um ano
    a trabalhar todos os dias
  • 2:13 - 2:15
    e a ouvir coisas dos meus colegas como,
  • 2:16 - 2:18
    "És idiota?
    Não é assim que se faz!"
  • 2:18 - 2:22
    e "Se quisesse a tua opinião,
    tinha-te perguntado."
  • 2:23 - 2:26
    Então, fiz o que era natural.
  • 2:26 - 2:30
    Despedi-me e fui fazer uma pós-graduação
    para estudar os efeitos disto.
  • 2:30 - 2:33
    Ali, conheci Christine Pearson.
  • 2:33 - 2:37
    Ela tinha uma teoria de que
    pequenas ações grosseiras
  • 2:37 - 2:40
    podem levar a problemas muito maiores
  • 2:40 - 2:42
    como agressão e violência.
  • 2:42 - 2:46
    Acreditávamos que a incivilidade afetava
    o desempenho e os resultados financeiros.
  • 2:46 - 2:50
    Então, lançámos um estudo
    e o que encontrámos foi surpreendente.
  • 2:50 - 2:53
    Enviámos um inquérito para
    ex-alunos da escola de gestão
  • 2:53 - 2:56
    que trabalhavam em
    organizações diferentes.
  • 2:56 - 2:58
    Pedimos-lhes que escrevessem
    algumas frases
  • 2:58 - 3:01
    sobre uma experiência de
    terem sido tratados grosseiramente,
  • 3:01 - 3:04
    desrespeitosa ou insensivelmente,
  • 3:04 - 3:07
    e respondessem a perguntas
    sobre como tinham reagido.
  • 3:09 - 3:12
    Uma pessoa falou-nos de um chefe
    que tinha feito declarações insultuosas,
  • 3:12 - 3:15
    como “Isto parece um trabalho de criança,”
  • 3:15 - 3:20
    e outro rasgou o trabalho de alguém
    na frente de toda a equipa.
  • 3:20 - 3:24
    Descobrimos que a incivilidade
    tornara as pessoas menos motivadas:
  • 3:24 - 3:27
    reduzira em 66%
    os seus esforços no trabalho,
  • 3:27 - 3:30
    fizera perder 80% do tempo
    com a preocupação do que acontecera,
  • 3:30 - 3:34
    e 12% abandonaram o emprego.
  • 3:35 - 3:38
    Depois de publicarmos esses resultados
    aconteceram duas coisas.
  • 3:38 - 3:41
    Primeiro, recebemos
    telefonemas de organizações.
  • 3:42 - 3:44
    A Cisco leu estes números,
  • 3:44 - 3:48
    pegou nalguns deles,
    e estimou, muito por baixo,
  • 3:48 - 3:52
    que a grosseria lhes estava a custar
    12 milhões de dólares por ano.
  • 3:52 - 3:56
    A segunda coisa foi que ouvimos
    dizer a pessoas da área académica:
  • 3:57 - 4:01
    "As pessoas estão a relatar isso,
    mas como é que o demonstram?
  • 4:01 - 4:04
    "O desempenho das pessoas
    é realmente afetado?"
  • 4:05 - 4:07
    Eu também tinha curiosidade
    de saber isso.
  • 4:07 - 4:11
    Com Amir Erez, comparei
    os que tinham sido vítimas de grosseria
  • 4:11 - 4:14
    com os que não tinham sido.
  • 4:14 - 4:18
    E descobrimos que os que tinham
    sido vítimas de grosseria
  • 4:18 - 4:20
    funcionavam de uma forma muito pior.
  • 4:22 - 4:24
    "OK," podem dizer. "Faz sentido.
  • 4:24 - 4:28
    "Afinal, é natural que
    o desempenho deles se ressinta."
  • 4:28 - 4:32
    Mas, e se vocês não forem
    a pessoa que sofre com isso?
  • 4:32 - 4:35
    E se vocês só virem ou escutarem isso?
  • 4:35 - 4:37
    Vocês são testemunhas.
  • 4:37 - 4:40
    Perguntámo-nos se isso
    também afetaria as testemunhas.
  • 4:40 - 4:41
    Realizámos estudos
  • 4:41 - 4:45
    em que cinco participantes
    iam testemunhar e sofrer um ato grosseiro
  • 4:45 - 4:48
    com alguém que tivesse chegado
    atrasado ao estudo.
  • 4:48 - 4:50
    O investigador dizia:
    "O que é que se passa consigo?
  • 4:50 - 4:53
    "Você chega tarde, você é irresponsável.
  • 4:53 - 4:54
    "Olhe para si!
  • 4:54 - 4:57
    "Como é que espera conseguir
    um trabalho no mundo real?"
  • 4:57 - 5:00
    Num outro estudo, com um grupo pequeno
  • 5:00 - 5:03
    testámos o efeito de um colega
    insultar um membro do grupo
  • 5:03 - 5:06
    O que encontrámos
    foi realmente interessante
  • 5:06 - 5:09
    porque testemunhar
    também reduz o desempenho,
  • 5:09 - 5:13
    não apenas marginalmente,
    mas de uma forma bem significativa.
  • 5:14 - 5:16
    A incivilidade é um vírus.
  • 5:17 - 5:18
    É contagioso,
  • 5:18 - 5:22
    e tornamo-nos portadores,
    apenas por estarmos perto dele.
  • 5:23 - 5:25
    Não se limita
    ao ambiente de trabalho.
  • 5:25 - 5:28
    Podemos apanhar esse vírus
    em qualquer lugar,
  • 5:28 - 5:33
    em casa, "online", nas escolas
    e nas nossas comunidades.
  • 5:33 - 5:38
    Afeta as nossas emoções,
    a nossa motivação, o nosso desempenho,
  • 5:38 - 5:40
    e a forma como tratamos os outros.
  • 5:40 - 5:43
    Até afeta a nossa atenção
    e reduz o poder cerebral.
  • 5:44 - 5:48
    Isso acontece não só
    quando somos nós a sofrer a incivilidade
  • 5:48 - 5:50
    ou a testemunhá-la,
  • 5:50 - 5:54
    acontece mesmo quando só vemos
    ou lemos palavras grosseiras.
  • 5:54 - 5:57
    Vou dar um exemplo
    do que quero dizer.
  • 5:58 - 6:01
    Para testar isso, fornecemos às pessoas
    uma combinação de palavras
  • 6:01 - 6:03
    para formarem uma frase.
  • 6:03 - 6:05
    Mas fomos muito matreiros.
  • 6:05 - 6:08
    Metade dos participantes recebeu uma lista
  • 6:08 - 6:10
    com 15 palavras usadas
    para provocar grosseria:
  • 6:11 - 6:15
    indelicado, interrupção,
    detestável, incomodar.
  • 6:15 - 6:18
    A outra metade recebeu
    uma lista de palavras
  • 6:18 - 6:21
    sem qualquer
    dessas provocações grosseiras.
  • 6:21 - 6:24
    O que nós encontramos foi
    realmente surpreendente,
  • 6:24 - 6:26
    porque as pessoas que receberam
    as palavras rudes
  • 6:26 - 6:31
    tiveram cinco vezes mais hipóteses
    de perder a informação a frente delas
  • 6:31 - 6:32
    no ecrã do computador.
  • 6:33 - 6:35
    À medida que continuámos
    esta investigação,
  • 6:35 - 6:38
    descobrimos que os que leram
    as palavras grosseiras
  • 6:38 - 6:40
    levaram mais tempo
    para tomar decisões,
  • 6:40 - 6:42
    para se lembrarem das suas decisões,
  • 6:42 - 6:45
    e fizeram muito mais erros.
  • 6:45 - 6:47
    Isto pode ser muito importante,
  • 6:47 - 6:51
    especialmente quando se trata
    de situações de vida ou morte.
  • 6:51 - 6:55
    Steve, um médico, falou-me
    de um médico com quem trabalhara,
  • 6:55 - 6:57
    e que nunca era muito respeitoso,
  • 6:57 - 6:59
    especialmente com funcionários
    e enfermeiras novas.
  • 7:00 - 7:03
    Mas Steve falou-me
    de uma situação específica
  • 7:03 - 7:06
    em que este médico gritou
    com uma equipa médica.
  • 7:07 - 7:08
    Logo após esse incidente,
  • 7:08 - 7:12
    a equipa administrou uma dose errada
    de um medicamento ao paciente.
  • 7:13 - 7:17
    Steve disse que a informação
    estava ali mesmo, na lista,
  • 7:17 - 7:21
    mas ninguém na equipa a viu.
  • 7:21 - 7:25
    Disse-me que eles tinham ficado desatentos
    ou não a tinham levado em consideração.
  • 7:26 - 7:28
    Um erro simples, certo?
  • 7:28 - 7:30
    Bem, aquele doente morreu.
  • 7:30 - 7:34
    Investigações em Israel têm mostrado
  • 7:34 - 7:36
    que as equipas médicas
    expostas a grosserias
  • 7:37 - 7:40
    têm desempenho pior,
    não só nos diagnósticos,
  • 7:40 - 7:42
    mas em todos os procedimentos
    que seguiram.
  • 7:43 - 7:46
    Isso basicamente porque as equipas
    sujeitas a grosserias
  • 7:46 - 7:48
    não partilharam informações
    atempadamente,
  • 7:49 - 7:51
    e deixaram de pedir ajuda
    aos seus colegas de equipa.
  • 7:51 - 7:55
    E eu vejo isso não só na medicina,
    mas em todas as indústrias.
  • 7:57 - 8:00
    Então, se a incivilidade
    tem um preço tão alto,
  • 8:00 - 8:02
    porque é que ainda há tanta?
  • 8:03 - 8:06
    Eu sentia curiosidade, por isso
    também perguntámos isso às pessoas.
  • 8:06 - 8:09
    A razão principal é o "stress".
  • 8:09 - 8:12
    As pessoas sentem-se sobrecarregadas.
  • 8:12 - 8:15
    A outra razão por que é
    que as pessoas não são mais civilizadas
  • 8:15 - 8:18
    é porque são céticas
    ou não se preocupam
  • 8:18 - 8:20
    em serem civilizadas
    ou parecerem simpáticas.
  • 8:20 - 8:23
    Acham que se parecerão
    menos com um líder.
  • 8:23 - 8:26
    Interrogam-se: "Os tipos simpáticos
    não serão os últimos?"
  • 8:26 - 8:29
    Ou, por outras palavras:
    "Os idiotas serão os primeiros?"
  • 8:29 - 8:31
    (Risos)
  • 8:31 - 8:33
    É fácil pensar assim,
  • 8:33 - 8:36
    especialmente quando vemos
    alguns exemplos proeminentes
  • 8:36 - 8:38
    que dominam a conversa.
  • 8:38 - 8:42
    Bom, o que acontece,
    é que a longo prazo, isso não acontece.
  • 8:42 - 8:46
    Há uma investigação muito rica sobre isso,
    de Morgan McCall e Michael Lombardo
  • 8:46 - 8:49
    quando estavam
    no Centro de Liderança Criativa.
  • 8:49 - 8:54
    Eles descobriram que a principal
    razão ligada ao fracasso executivo
  • 8:54 - 8:58
    era um estilo insensível,
    corrosivo ou mesmo de "bullying".
  • 8:58 - 9:03
    Vai haver sempre casos isolados
    de sucesso, apesar da incivilidade.
  • 9:03 - 9:05
    Mas, mais cedo
    ou mais tarde,
  • 9:05 - 9:07
    muitas das pessoas grosseiras
    sabotam o seu êxito.
  • 9:08 - 9:11
    Por exemplo, com executivos grosseiros,
  • 9:11 - 9:13
    isso volta-se contra eles
    num momento de fraqueza
  • 9:13 - 9:15
    ou quando precisam de alguma coisa.
  • 9:15 - 9:17
    As pessoas não vão ajudá-los.
  • 9:18 - 9:20
    Mas e quanto aos tipos simpáticos?
  • 9:20 - 9:22
    A civilidade compensa?
  • 9:22 - 9:24
    Sim, compensa
  • 9:24 - 9:28
    Ser civilizado não significa apenas
    que não somos idiotas.
  • 9:28 - 9:32
    Não rebaixar uma pessoa
    não é o mesmo que incentivá-la.
  • 9:33 - 9:36
    Ser civilizado significa
    fazer pequenas coisas
  • 9:36 - 9:39
    como sorrir e dizer olá no corredor,
  • 9:39 - 9:42
    realmente ouvir quando
    alguém está a falar connosco.
  • 9:42 - 9:46
    Podemos ter opiniões fortes,
    discordar, ter conflitos
  • 9:46 - 9:50
    ou dar um "feedback" negativo
    de modo civilizado, com respeito.
  • 9:51 - 9:53
    Algumas pessoas chamam
    a isso "empatia assertiva",
  • 9:53 - 9:55
    importamo-nos pessoalmente,
  • 9:55 - 9:58
    mas desafiamos diretamente.
  • 9:58 - 10:00
    Sim, a civilidade compensa.
  • 10:00 - 10:04
    Numa empresa de biotecnologia,
    colegas meus e eu descobrimos
  • 10:04 - 10:06
    que aqueles que eram
    considerados civilizados
  • 10:06 - 10:08
    eram duas vezes
    mais vistos como líderes,
  • 10:08 - 10:11
    e tinham desempenhos
    claramente melhores.
  • 10:11 - 10:13
    Porque é que a civilidade compensa?
  • 10:13 - 10:18
    Porque as pessoas veem-nos
    como uma combinação única
  • 10:18 - 10:22
    — importante e poderosa —
    de duas características:
  • 10:22 - 10:25
    acolhedor e competente,
    amigável e inteligente.
  • 10:25 - 10:30
    Por outras palavras, ser civilizado
    não se trata só de motivar outros.
  • 10:30 - 10:32
    Trata-se de nós mesmos.
  • 10:32 - 10:35
    Se somos civilizados, é mais provável
    sermos vistos como líder.
  • 10:35 - 10:39
    Teremos melhor desempenho e seremos
    vistos como acolhedor e competente.
  • 10:40 - 10:44
    Mas há uma história ainda maior
    sobre como a civilidade compensa,
  • 10:44 - 10:48
    e tem relação com uma das questões
    mais importantes sobre liderança:
  • 10:48 - 10:52
    O que é que as pessoas
    mais querem dos seus líderes?
  • 10:52 - 10:56
    Recolhemos dados de mais de 20 000
    empregados do mundo inteiro.
  • 10:56 - 10:58
    e descobrimos que a resposta é simples:
  • 10:59 - 11:01
    respeito.
  • 11:01 - 11:04
    Ser tratado com respeito
    era mais importante
  • 11:04 - 11:06
    do que reconhecimento e valorização,
  • 11:06 - 11:08
    críticas construtivas,
  • 11:08 - 11:10
    e até oportunidades de aprendizagem.
  • 11:11 - 11:14
    Aqueles que se sentiam respeitados
    eram mais saudáveis,
  • 11:14 - 11:16
    mais focados,
  • 11:16 - 11:18
    mais propensos a continuar na empresa
  • 11:18 - 11:21
    e muito mais empenhados.
  • 11:22 - 11:24
    Então, por onde começar?
  • 11:24 - 11:28
    Como podemos valorizar as pessoas
    e fazê-las sentirem-se respeitadas?
  • 11:28 - 11:32
    Bom, o lado bom é que não é
    preciso uma mudança enorme.
  • 11:32 - 11:35
    Coisas pequenas fazem
    uma grande diferença.
  • 11:35 - 11:38
    Eu descobri que agradecer as pessoas,
  • 11:38 - 11:39
    partilhar os louros,
  • 11:39 - 11:41
    ouvir atentamente,
  • 11:42 - 11:44
    fazer perguntas de forma humilde,
  • 11:44 - 11:47
    reconhecer os outros e sorrir
  • 11:47 - 11:49
    têm impacto.
  • 11:49 - 11:53
    Patrick Quinlan, ex-CEO
    de Ochsner Health System,
  • 11:53 - 11:57
    falou-me dos efeitos
    da sua técnica de 3-1,5,
  • 11:57 - 11:59
    ou seja, se estivermos
    a 3 metros de alguém,
  • 11:59 - 12:01
    fazemos contato visual e sorrimos,
  • 12:01 - 12:03
    e, se estivermos a metro e meio,
  • 12:03 - 12:04
    dizemos "olá".
  • 12:05 - 12:07
    Ele explicou que
    a civilidade espalha-se,
  • 12:08 - 12:10
    os níveis de satisfação
    do doente aumentam,
  • 12:10 - 12:13
    tal como as referências do doente.
  • 12:13 - 12:17
    A civilidade e o respeito podem ser usados
    para reforçar o desempenho da empresa.
  • 12:18 - 12:20
    Quando o meu amigo Doug Conant
  • 12:20 - 12:23
    foi CEO da empresa de sopas
    Campbell, em 2001,
  • 12:24 - 12:27
    as ações de mercado da companhia
    tinham caído pela metade.
  • 12:27 - 12:28
    As vendas estavam a diminuir,
  • 12:28 - 12:31
    tinham sido dispensadas muitas pessoas
  • 12:31 - 12:35
    Um gerente da Gallup disse
    que era a empresa menos empenhada
  • 12:35 - 12:36
    que eles tinham analisado.
  • 12:37 - 12:40
    Quando Doug se dirigia
    para o trabalho no primeiro dia,
  • 12:40 - 12:44
    percebeu que a sede tinha
    uma cerca de arame farpado.
  • 12:44 - 12:47
    Tinham guaritas de guardas
    no parque de estacionamento.
  • 12:48 - 12:51
    Ele disse que parecia uma prisão
    de segurança mínima.
  • 12:52 - 12:54
    Era tóxico.
  • 12:55 - 12:58
    Ao fim de cinco anos,
    Doug tinha mudado as coisas.
  • 12:58 - 13:02
    E ao fim de nove anos, estavam
    a bater recordes de desempenho,
  • 13:02 - 13:05
    acumulando prémios, inclusive
    o de melhor ambiente de trabalho
  • 13:06 - 13:07
    Como é que o conseguiu?
  • 13:07 - 13:10
    No primeiro dia,
    Doug disse aos empregados
  • 13:10 - 13:13
    que ia estabelecer
    um alto padrão de desempenho,
  • 13:13 - 13:15
    mas que iam fazer isso
    de forma civilizada.
  • 13:15 - 13:19
    Ia cumprir o que prometia,
    e esperava o mesmo dos seus líderes.
  • 13:19 - 13:24
    Para Doug, tudo se reduzia
    a ser intransigente com os padrões
  • 13:24 - 13:26
    e compreensivo com as pessoas.
  • 13:26 - 13:29
    E disse que tudo se reduzia
    a esses pontos de contacto
  • 13:29 - 13:33
    ou essas interações diárias
    que ele tinha com os empregados,
  • 13:33 - 13:37
    fosse no corredor, na cafetaria
    ou em reuniões.
  • 13:37 - 13:40
    E se lidasse bem
    com cada um desses pontos de contacto,
  • 13:40 - 13:43
    ele faria com que os empregados
    se sentissem valorizados.
  • 13:43 - 13:46
    Outra forma que Doug usava
    para eles se sentirem valorizados
  • 13:47 - 13:49
    e mostrar que lhes prestava atenção
  • 13:49 - 13:54
    é que ele escreveu à mão mais
    de 30 000 notas de agradecimento.
  • 13:55 - 13:58
    Isso criou exemplo para outro líderes.
  • 13:58 - 14:02
    Os líderes têm cerca de 400
    pontos de contacto por dia.
  • 14:02 - 14:05
    A maioria não demora muito,
    menos de dois minutos cada.
  • 14:06 - 14:10
    O segredo é ser ágil e atento
    em cada um desses momentos.
  • 14:11 - 14:13
    A civilidade incentiva as pessoas.
  • 14:13 - 14:17
    Conseguiremos que as pessoas
    deem mais e funcionem ao máximo
  • 14:17 - 14:18
    se formos civilizados.
  • 14:19 - 14:22
    A incivilidade afasta as pessoas
    e influencia o desempenho.
  • 14:22 - 14:24
    Priva as pessoas do seu potencial
  • 14:24 - 14:27
    mesmo que elas o contornem.
  • 14:27 - 14:31
    O que eu sei da minha pesquisa é que,
    quando temos ambientes mais civilizados,
  • 14:31 - 14:34
    somos mais produtivos, mais criativos,
  • 14:34 - 14:37
    mais prestativos, mais felizes
    e mais saudáveis.
  • 14:37 - 14:39
    Podemos fazer melhor.
  • 14:39 - 14:43
    Cada um de nós pode ser mais atento
  • 14:43 - 14:46
    e tomar atitudes para
    incentivar outros ao nosso redor,
  • 14:46 - 14:50
    no trabalho, em casa, "online", na escola
  • 14:51 - 14:53
    e em nossas comunidades.
  • 14:53 - 14:56
    Em cada interação, pensem:
  • 14:56 - 14:58
    Quem é que querem ser?
  • 14:58 - 15:01
    Vamos pôr fim ao vírus da incivilidade
  • 15:01 - 15:03
    e espalhar a civilidade.
  • 15:03 - 15:06
    Afinal de contas, compensa.
  • 15:06 - 15:07
    Obrigada.
  • 15:08 - 15:10
    (Aplausos)
Title:
Ser respeitoso com os colegas de trabalho é bom para a empresa
Speaker:
Christine Porath
Description:

Procuram progredir na vossa carreira? Comecem por ser simpáticos com os vossos colegas de trabalho, diz a investigadora em liderança Christine Porath. Nesta palestra baseada na ciência, ela partilha perceções surpreendentes sobre o custo da antipatia e mostra como poucos atos de respeito podem aumentar o vosso sucesso profissional — e os resultados financeiros da vossa empresa.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:24

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