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O que faz um vulcão entrar em erupção? - Steven Anderson

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    Em fevereiro de 1942,
    o agricultor mexicano Dionisio Pulido
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    pensou ter ouvido um trovão
    vindo de seu milharal.
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    No entanto, o som não vinha do céu.
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    A fonte era uma grande fissura fumegante
    que emitia gás e expelia rochas.
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    Essa fissura passaria a ser conhecida
    como o vulcão Paricutin
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    e, nos 9 anos seguintes, sua lava e cinzas
    cobririam mais de 200 km².
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    Mas de onde veio esse novo vulcão,
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    e o que provocou sua erupção imprevisível?
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    A história de qualquer vulcão
    começa com o magma.
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    Muitas vezes, essa rocha derretida
    se forma em áreas onde a água do mar
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    é capaz de penetrar o manto terrestre
    e diminuir o ponto de fusão da camada.
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    O magma resultante geralmente
    permanece sob a superfície terrestre
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    graças ao delicado equilíbrio
    entre três fatores geológicos.
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    O primeiro é a pressão litostática.
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    É o peso da crosta terrestre
    pressionando o magma abaixo.
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    O magma pressiona de volta
    com o segundo fator:
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    a pressão magmastática.
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    A batalha entre essas forças
    pressiona o terceiro fator:
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    a força da rocha da crosta terrestre.
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    Geralmente, a rocha é forte
    e pesada o suficiente
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    para manter o magma no lugar.
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    Mas, quando esse equilíbrio é perdido,
    as consequências podem ser explosivas.
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    Uma das causas mais comuns de uma erupção
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    é o aumento da pressão magmastática.
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    O magma contém vários
    elementos e compostos,
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    muitos dos quais são dissolvidos
    na rocha derretida.
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    Em concentrações suficientemente altas,
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    compostos como água ou enxofre
    não se dissolvem mais
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    e formam bolhas de gás de alta pressão.
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    Quando essas bolhas atingem a superfície,
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    elas podem explodir
    com a força de um tiro.
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    Quando milhões de bolhas
    explodem ao mesmo tempo,
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    a energia pode enviar nuvens de cinzas
    para a estratosfera.
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    Mas, antes que estourem,
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    elas agem como bolhas de CO2
    em um refrigerante sacudido.
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    A presença delas diminui
    a densidade do magma
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    e aumenta a força de empuxo
    que empurra a crosta para cima.
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    Muitos geólogos acreditam que o processo
    estava por trás da erupção de Paricutin
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    no México.
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    Existem duas causas naturais conhecidas
    para essas bolhas flutuantes.
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    Às vezes, o novo magma
    do subsolo mais profundo
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    traz compostos gasosos
    adicionais à mistura.
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    Mas também podem se formar bolhas
    quando o magma começa a esfriar.
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    No estado fundido, o magma é uma mistura
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    de gases dissolvidos
    e minerais derretidos.
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    À medida que a rocha derretida endurece,
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    alguns desses minerais
    se solidificam em cristais.
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    Esse processo não incorpora
    muitos dos gases dissolvidos,
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    resultando em uma maior concentração
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    dos compostos que formam
    bolhas explosivas.
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    Nem todas as erupções são causadas
    pelo aumento da pressão magmastática.
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    Às vezes, o peso da rocha acima
    pode se tornar perigosamente baixo.
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    Deslizamentos de terra podem remover
    grandes quantidades de rocha
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    do topo de uma câmara magmática,
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    diminuindo a pressão litostática
    e provocando instantaneamente uma erupção.
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    Esse processo é conhecido
    como "descarregamento"
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    e foi responsável por muitas erupções,
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    inclusive a súbita explosão
    do Monte Santa Helena em 1980.
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    Mas o descarregamento também pode ocorrer
    por períodos mais longos
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    devido a erosão
    ou derretimento das geleiras.
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    De fato, muitos geólogos receiam
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    que o derretimento glacial
    causado por mudanças climáticas
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    possa aumentar a atividade vulcânica.
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    Finalmente, erupções podem ocorrer
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    quando a camada rochosa
    não é mais forte o suficiente
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    para reter o magma abaixo.
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    Gases ácidos e calor que escapam do magma
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    podem corroer a rocha por um processo
    chamado alteração hidrotérmica,
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    transformando gradualmente
    a pedra dura em argila macia.
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    A camada rochosa também pode ser
    enfraquecida por atividade tectônica.
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    Terremotos podem criar fissuras,
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    permitindo que o magma
    escape para a superfície,
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    e a crosta terrestre pode ser esticada
    com uma fina espessura
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    à medida que as placas continentais
    se afastam umas das outras.
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    Infelizmente, saber a causa das erupções
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    não as torna fáceis de prever.
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    Embora os cientistas
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    possam determinar aproximadamente
    a força e o peso da crosta terrestre,
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    a profundidade e o calor
    das câmaras magmáticas
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    dificultam muito a medição das mudanças
    na pressão magmastática.
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    Mas os vulcanologistas exploram
    constantemente novas tecnologias
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    para conquistar esse terreno rochoso.
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    Avanços em imagens térmicas
    permitiram aos cientistas
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    detectar focos subterrâneos.
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    Os espectrômetros podem analisar
    gases que escapam do magma.
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    E os lasers podem rastrear com precisão
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    o impacto do magma crescente
    na forma de um vulcão.
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    Felizmente, essas ferramentas nos ajudarão
    a entender melhor essas aberturas voláteis
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    e suas erupções explosivas.
Title:
O que faz um vulcão entrar em erupção? - Steven Anderson
Speaker:
Steven Anderson
Description:

Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/what-makes-volcanoes-erupt-steven-anderson

Em fevereiro de 1942, o agricultor mexicano Dionisio Pulido pensou ter ouvido um trovão vindo de seu milharal. No entanto, o som não vinha do céu. A fonte era uma grande fissura fumegante que emitia gás e expelia rochas, e que passaria a ser conhecida como o vulcão Paricutin. De onde vêm novos vulcões como esse, e o que provoca sua erupção imprevisível? Steven Anderson investiga.

Lição de Steven Anderson, direção de Cabong Studios.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:10

Portuguese, Brazilian subtitles

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