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O que é um coronavírus? - Elizabeth Cox

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    Por quase uma década,
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    cientistas procuraram
    a origem de um novo vírus letal
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    pelas montanhas mais altas
    e cavernas mais isoladas da China.
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    Por fim, eles a encontraram
    nos morcegos da Caverna Shitou.
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    Tratava-se de um coronavírus,
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    que causou uma epidemia
    da síndrome respiratória aguda grave,
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    ou SARS, em 2003.
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    Os coronavírus são um grupo de vírus
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    cobertos por pequenas espículas
    de proteína parecidas com uma coroa,
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    ou "corona", em latim.
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    Há centenas de coronavírus conhecidos.
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    Sete deles infectam os seres humanos
    e podem causar doenças.
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    O coronavírus SARS-CoV causa
    a síndrome respiratória aguda grave,
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    o MERS-CoV causa a síndrome
    respiratória do Oriente Médio,
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    e o SARS-CoV-2 causa a doença COVID-19.
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    Dos sete coronavírus humanos,
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    quatro causam resfriados e infecções
    leves, porém altamente contagiosas,
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    de nariz e garganta.
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    Dois deles infectam os pulmões
    e causam doenças bem mais graves.
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    O sétimo, que causa a COVID-19,
    tem características de cada um deles:
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    espalha-se com facilidade
    e pode afetar os pulmões gravemente.
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    Quando uma pessoa infectada tosse,
    dispersa gotículas que contêm o vírus.
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    O vírus pode infectar uma nova pessoa
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    quando as gotículas penetram
    no nariz ou na boca.
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    Os coronavírus são transmitidos
    melhor em ambientes fechados,
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    nos quais as pessoas ficam muito próximas.
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    O clima frio impede que a delicada
    membrana protetora do vírus seque,
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    permitindo que ele sobreviva
    por mais tempo entre os hospedeiros,
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    enquanto a exposição aos raios UV
    da luz solar pode danificá-la.
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    Essas variações climáticas afetam
    mais os vírus já conhecidos.
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    Mas como ninguém é imune
    a um novo vírus ainda,
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    ele tem tantos hospedeiros potenciais
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    que não precisa de condições ideais
    para se espalhar.
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    As espículas de proteína penetram
    nas células do corpo do hospedeiro
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    e se fundem a elas,
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    permitindo que o vírus
    se apodere do maquinário celular
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    para replicar seus próprios genes.
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    Os coronavírus armazenam
    seus genes no RNA.
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    Todos os vírus são de RNA ou de DNA.
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    Os vírus de RNA tendem
    a ser menores, com menos genes,
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    ou seja, infectam muitos hospedeiros
    e se replicam rapidamente neles.
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    Em geral, os vírus de RNA não têm
    um mecanismo de revisão,
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    ao contrário dos vírus de DNA.
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    Então, quando um vírus de RNA se replica,
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    é muito mais provável que aconteçam
    erros chamados "mutações".
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    Muitas dessas mutações são
    inúteis ou até mesmo nocivas.
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    Mas algumas tornam o vírus
    mais adaptável a certos ambientes,
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    como uma nova espécie de hospedeiros.
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    As epidemias geralmente ocorrem
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    quando um vírus é transmitido
    de animais para seres humanos,
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    como os vírus de RNA que causaram
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    as epidemias de ebola, zika, SARS
    e a pandemia de COVID-19.
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    Quando infecta os seres humanos,
    o vírus ainda sofre mutações,
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    normalmente insuficientes
    para criar um novo vírus,
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    mas suficientes para criar variações,
    ou cepas, do vírus original.
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    Os coronavírus apresentam algumas
    diferenças-chave de muitos vírus de RNA.
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    Eles são alguns dos maiores,
    logo possuem a maioria dos genes.
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    Isso cria mais oportunidades
    para mutações nocivas.
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    Para neutralizar esse risco,
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    os coronavírus possuem
    uma característica única:
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    uma enzima que verifica
    os erros de replicação e os corrige.
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    Isso torna os coronavírus
    muito mais estáveis,
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    com uma taxa mais lenta de mutação
    que a de outros vírus de RNA.
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    Pode parecer algo formidável,
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    mas a taxa lenta de mutação
    é, na verdade, um sinal promissor
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    quando se trata de desativá-los.
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    Após uma infecção,
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    nosso sistema imune
    pode reconhecer os germes
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    e destruí-los mais rapidamente
    se eles nos infectarem outra vez,
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    e assim não adoecemos.
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    Mas as mutações podem impedir
    que nosso sistema imune reconheça um vírus
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    e, portanto, será mais difícil combatê-lo.
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    As mutações também comprometem
    a eficácia dos antivirais e das vacinas,
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    já que são produzidos
    especificamente para um vírus.
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    Precisamos tomar uma nova vacina
    para a gripe a cada ano,
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    pois o vírus influenza
    sofre mutações tão rápidas
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    que novas cepas surgem constantemente.
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    A taxa de mutação mais lenta
    do coronavírus
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    indica que nosso sistema imune,
    drogas e vacinas
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    talvez possam reconhecê-lo
    por mais tempo após a infecção
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    e, portanto, nos proteger melhor.
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    Mas ainda não sabemos por quanto tempo
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    nosso corpo permanece imune
    a diferentes coronavírus.
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    Nunca houve tratamento ou vacina
    aprovados para um coronavírus.
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    Os cientistas não se dedicaram
    aos vírus que causam resfriados
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    e, embora tenham começado a desenvolver
    tratamentos para SARS e MERS,
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    as epidemias terminaram antes
    que os testes clínicos se completassem.
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    À medida que continuamos invadindo
    o habitat de outros animais,
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    alguns cientistas dizem que a transmissão
    de um novo coronavírus aos humanos
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    é inevitável.
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    Mas a investigação dessas incógnitas
    não precisa ser devastadora.
Title:
O que é um coronavírus? - Elizabeth Cox
Speaker:
Elizabeth Cox
Description:

Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/what-is-a-coronavirus-elizabeth-cox

Por quase uma década, cientistas procuraram a origem de um novo vírus letal pelas montanhas mais altas e cavernas mais isoladas da China. Tratava-se de um coronavírus, que causou uma epidemia da síndrome respiratória aguda grave, ou SARS, em 2003. Então, o que é um coronavírus exatamente e como se espalha? Elisabeth Cox explica.

Lição de Elizabeth Cox, digirido por Anton Bogaty.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:55

Portuguese, Brazilian subtitles

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