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"The Opposites Game", "O Jogo dos Opostos", de Brendan Constantine

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    "The Opposites Game",
    "O Jogo dos Opostos".
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    para Patricia Maisch.
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    Neste dia, meus alunos e eu
    jogamos "The Opposites Game"
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    com um verso de Emily Dickinson.
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    "Minha vida tinha sido
    uma arma carregada", diz o verso,
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    e eu o escrevo no quadro,
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    fazendo pausas para que eles
    possam gritar os antônimos.
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    "Meu."
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    "Seu."
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    "Vida."
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    "Morte."
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    "Havia ficado em pé?"
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    "Sentará"
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    "Um."
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    "Muitos."
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    "Carregada."
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    "Vazia."
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    "Arma?"
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    "Arma."
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    (Disparo)
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    Por um momento,
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    muito parecido com o que está
    entre o raio e o som dele,
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    as crianças só olham para mim,
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    e então chega:
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    uma enxurrada, uma tempestade
    de granizo de respostas.
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    "Flor!", diz uma.
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    "Não... livro!", diz outro.
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    "Que idiota!", grita um terceiro,
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    "O oposto de uma arma é um travesseiro,
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    ou talvez um abraço,
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    mas não um livro!
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    De jeito nenhum é um livro!"
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    Com isso, os outros reúnem
    seus pensamentos
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    e, de repente, é um jogo de gritos.
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    Ninguém consegue concordar.
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    Para todo aluno, há uma resposta final.
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    "É uma música,
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    uma oração,
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    quero dizer, uma promessa,
    como uma aliança de casamento
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    e depois... um bebê.
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    Ou... quem é aquela pessoa
    que ajuda os bebês a nascerem?"
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    "A parteira?"
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    "Sim, a parteira.
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    Não, isso está errado.
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    Você está tão errado.
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    Nunca estará certo novamente.
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    É um sussurro,
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    uma estrela.
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    Está dizendo 'Eu te amo'
    dentro de sua mão
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    e então... tocando o ouvido de alguém."
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    "Você ficou maluco?
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    Você é o presidente da terra dos idiotas?
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    Deveria ser.
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    Quando será a eleição?"
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    "É um ursinho de pelúcia,
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    uma espada,
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    um pêssego muito perfeito.
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    Volte para o primeiro.
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    É uma flor,
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    uma rosa branca."
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    Quando toca o sinal, pego uma borracha,
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    mas uma garota a rouba de minha mão.
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    "Nada está decidido", diz ela.
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    "Não terminamos aqui."
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    Deixo todas as respostas no quadro.
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    No dia seguinte, alguns deles
    pararam de conversar um com o outro.
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    Eles tomaram partido.
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    Há um clube de flores
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    e um de gatinhos
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    e dois garotos que chamam
    a si mesmos de "bolas de neve".
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    O resto ficou preso com o jogo original,
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    que era tentar escrever algo como poesia.
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    "É um diamante, é uma dança,
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    o oposto de uma arma
    é um museu na França.
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    É a Lua, é um espelho,
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    é o som de um sino e o ouvinte."
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    A discussão recomeça,
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    mais gritos e, finalmente, um clube novo.
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    Pela primeira vez,
    atrevo-me a pressioná-los.
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    "Talvez todos vocês estejam certos", digo.
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    Bem, talvez.
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    Talvez seja tudo o que dissemos.
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    Talvez seja tudo o que não dissemos.
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    São palavras e os espaços para elas.
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    Estão olhando um para o outro agora.
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    É tudo nesta sala e fora dela,
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    na rua e no céu.
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    É todo mundo no campus e no shopping,
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    e todas as pessoas
    que esperam no hospital.
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    E no correio.
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    E, sim, é uma flor também.
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    Todas as flores.
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    O jardim inteiro.
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    O oposto de uma arma é
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    aonde quer que você a aponte.
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    "Não escreva isso no quadro", dizem eles.
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    Diga apenas: "Poema".
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    Sua morte vai ocupar muitos poemas vazios.
Title:
"The Opposites Game", "O Jogo dos Opostos", de Brendan Constantine
Speaker:
Brendan Constantine
Description:

Veja o poema completo: https://ed.ted.com/lessons/the-opposites-game-by-brendan-constantine

Esta animação faz parte da série TED-Ed "Há um Poema para Isso", que apresenta interpretações animadas de poemas antigos e novos que dão linguagem a alguns dos maiores sentimentos da vida.

Poema de Brendan Constantine, direção de Anna Samo e Lisa LaBracio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:25

Portuguese, Brazilian subtitles

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