Esta é a revolução das atividades paralelas

As gerações anteriores procuravam uma empresa para a qual trabalhar e ficavam nela durante décadas. Hoje em dia, raramente permanecemos no mesmo emprego, muito menos na mesma carreira, e não dependemos de uma única fonte de renda. As ferramentas e recursos estão disponíveis para que façamos aquilo que queremos, e cada vez mais pessoas estão dando lugar ao espírito empreendedor, mesmo que em paralelo a um emprego fixo tradicional. A marqueteira e produtora de podcast Nicaila Matthews Okome nos ajuda a entender esse cenário.

Não consigo imaginar alguém
que só tenha um interesse na vida

e só queira fazer aquilo
pelo resto da vida.

[A Maneira Como Trabalhamos]

Cerca de 15% dos trabalhadores nos EUA
não têm emprego de tempo integral.

São trabalhadores de meio período,
por tempo determinado ou de cobertura.

O termo "atividade paralela"
parece ser compatível com esse cenário

em que as pessoas misturam
habilidades diferentes pra sobreviver.

A palavra "atividade paralela" tem origem
em jornais populares afro-americanos.

Na década de 1920,

esses jornais usavam o termo "atividade"
referindo-se a algum tipo de cambalacho.

Na década de 1950, eles usavam
o termo "atividade paralela"

referindo-se a trabalho honesto também.

A atividade paralela é um pouco diferente
de um segundo emprego.

O segundo tem a ver com necessidade.

Embora a atividade paralela
possa trazer dinheiro extra,

tem um pouco mais a ver com paixão.

A atividade paralela traz uma espécie
de espírito empreendedor informal.

Já entrevistei mais de 100
mulheres negras no Side Hustle Pro

que iniciaram atividades
paralelas de sucesso.

Nailah Ellis-Brown abriu
o Ellis Island Tea na mala de seu carro.

Arsha Jones abriu seu famoso
Capital City Co Mambo Sauce

com um produto e um link do PayPal.

Todas elas gerenciam atividades paralelas.

O que exatamente isso nos mostra?

Primeiro, que as pessoas estão vendo
oportunidades em suas comunidades.

O objetivo não é necessariamente
ser a próxima Coca-Cola ou Google.

Crescer é ótimo, mas também há beleza

num negócio de sucesso
criado para um público específico.

Segundo, as pessoas querem
cada vez mais ter seu próprio negócio.

Ser seu próprio chefe exige disciplina.

Pessoas que se tornaram milionárias
têm uma característica em comum:

tomam decisões, assumem responsabilidades

e não desanimam diante de desafios.

Uma atividade paralela é uma ótima forma
de experimentar ser seu próprio chefe

e ver se você tem essa habilidade,
antes de sair do seu emprego comum.

Terceiro, as pessoas têm paixões diversas.

Quero ressaltar

que nem toda atividade paralela é iniciada
porque a pessoa odeia seu emprego.

Muitas têm início simplesmente
porque as pessoas têm interesse

em muitas coisas diferentes.

Lisa Price, que abriu a Carol's Daughter,
produtos para cabelo e beleza,

trabalhava como produtora de TV
quando iniciou sua atividade paralela.

Ele afirma que adorava seu emprego.

Foi o fato de ela voltar para casa
todos os dias se sentindo bem

que a levou a começar a testar

e produzir fragrâncias e óleos
para cabelo em sua cozinha.

Sempre nos dizem que precisamos saber
o que queremos ser quando crescer.

Mas, quando se tem múltiplas paixões,

você quer experimentar
essas coisas diferentes.

Isso não significa que não tenha
compromisso com seu emprego,

mas apenas que você tem
outras coisas que te fazem feliz.

O que me leva à última coisa
que a revolução das atividades paralelas

nos mostra: que as pessoas
querem apostar em si mesmas.

As atividades paralelas são atrativas
porque é mais fácil tentar

quando você tem outra fonte de renda.

Mesmo que uma atividade
paralela não deslanche,

ainda é um investimento em você mesmo.

Quarenta e um por cento da geração Y
que têm uma atividade paralela

dizem que contaram isso
aos seus empregadores.

Eles não temem que seus empregadores
reajam de forma negativa.

Reconhecem o aprendizado e o crescimento
que se tem ao gerenciar o próprio negócio.

Todos querem se sentir realizados.

Trinta e oito por cento dos "baby boomers"
são insatisfeitos com suas carreiras.

Ninguém quer isso.

A verdade é que há diversas formas
de encontrar a felicidade no que fazemos.

As atividades paralelas têm a ver
com abraçar essa esperança

de que podemos ser aqueles
que tomam as rédeas

da nossa própria força de trabalho.