O francês no mundo - Karambolage - ARTE

Claire Doutriaux olha para a língua francesa, e mais exatamente para a sua presença no mundo.

autora: Claire Doutriaux
realizador: Philippe Massonnet
tradução para o português: Juliana Giacomini Magalhães

Magazine (França, 2021, 11mn)

#allemand #languedanslemonde

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Você conhece a ONU?

A Organização das Nações Unidas,

que agrupa 193 países membros.

Bom, e quantas linguas oficiais a ONU tem?

Seis.

o árabe, o chinês, o inglês, o francês,

o russo e o espanhol

Bem, imagine

que todos os anos cada uma das seis

linguas tem o direito, à um dia oficial

e hoje, domingo 20 de março,

a ONU celebra o dia da lingua francesa.

É assim.

Todo ano, em 20 de março,

é a festa da nossa língua
para nós franceses.

Enfim, não somente para nós Franceses

desde que a ONU adicionou sua data

no dia internacional da francofonia.

A francofonia, uma palavra bem abstrata,
bem institucional.

E portanto,

ela cobre
uma bela realidade internacional.

Há apenas 50 anos,
em 20 de março de 1970,

em Niamey, capital do Níger,

que as fundações do mundo francófono,

foram lançadas, com grande pompa.

Não foi uma iniciativa política francesa.

para a glória da França.

Não, na verdade não.

A iniciativa veio de personalidades

como Léopol Sédar Senghor,

poeta, escritor e primeiro presidente
da República do Senegal,

Habib Bourguiba, presidente da Tunísia,

Norodom Sihanouk, chefe de estado
do Camboja,

e Hamani Diori,
presidente da República do Níger.

Porque, não nos enganemos.

Não é na França em que há
a maioria dos francófonos.

De fato, quase 44% das pessoas

que falam francês no cotidiano
vivem na África subsaariana

e no oceano Índico.

Quinze por cento na África do Norte
e no Oriente Médio,

Estes são, é claro,

os vestígios
da política colonial francesa

do século XIX.
(trompete)

Nós, na França,

só representamos 28% das pessoas

que falam francês no mundo.

E certamente,

Não podemos esquecer da Bélgica,
da Valônia e Bruxelas,

nem da Suíça francófona
e dos 7% de francófonos

que vivem no Canadá
e mais especificamente, no Quebéc.

Em todo caso, uma coisa é certa

a primeira cidade francófona do mundo
não foi Paris,

mas Kinshasa,

a capital da
República Democrática do Congo

com seus 17 milhões de habitantes.

Resumindo, em todo o mundo

cerca de 300 milhões
de pessoas vivem com o idioma francês

Mesmo que muitas vezes

exceto os franceses que tem dificuldade
com línguas estrangeiras,

essas pessoas são bilíngues,
até trilíngues.

Bom, o número de 300 milhões
dado pelo IOF,

a Organização Internacional
da Francofonia,

seria um pouco inflado,
ouve-se dizer aqui e ali.

Está mais para
160 milhões de pessoas.

Vai entender!

Atualmente, é a ruandesa
Louise Mushikiwabo

que é a secretária geral

da Organização Internacional
da Francofonia.

A OIF, que reúne 88 estados,
sim, é enorme, inicia todos os tipos

de cooperação cultural,
pedagógica, econômica,

mas sobretudo seu objetivo é promover
a língua francesa

e tentar
resistir ao inglês.

Uma luta bastante desigual
da qual falam as más línguas

que já está perdida.

Vamos, vamos!

Bom, de qualquer maneira,

a França escolheu o
20 de março de 2022,

dia da francofonia,

para inaugurar em grande estilo

a cidade internacional
da língua francesa

Finalmente, a grande pompa,

o que foi planejado,

devido à COVID
a inauguração foi forçada a adiar

para uma data posterior.

Este foi um dos principais projetos

do quinto ano de mandato de
Emmanuel Macron

que ele tanto desejaria ver
terminado

antes do final do seu mandato
de cinco anos

antes do mês de maio.

Este laboratório futuristico
da língua francesa,

local de pesquisa e intercâmbio,

está prestes a se estabelecer

em Villers-Cotterêts, em Aisne

no belo castelo da Renascença

que Fracisco I havia decidido
liderar em 1528

na orla da floresta Retz

onde ele amava caçar.

Um castelo tombado
em profundo abandono

ao longo dos séculos,

e cujas obras de renovação foram
significativamente atrasadas.

E atenção,

este local não foi escolhido por acaso.

Foi lá, em 1539,

que Fracisco I assinou
a famosa portaria Villers-Cotterêts

que faz obrigatório
o uso da língua francesa

nos atos administrativos

e de justiça no lugar do latim.

É um pouco como a certidão
de nascimento oficial

da língua francesa, nada menos.

Um verdadeiro símbolo,
da nossa amada língua francesa.

(bateria eletrônica)