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Pense rápido. Fale de forma inteligente | Matt Abrahams TEDxMontaVistaHighSchool

  • 0:04 - 0:05
    As pessoas me odeiam.
  • 0:06 - 0:07
    As pessoas me temem.
  • 0:10 - 0:12
    Sou professor de comunicação.
  • 0:12 - 0:18
    E essas pessoas que me temem e me odeiam
    são algumas das mais geniais, criativas
  • 0:18 - 0:21
    e empreendedoras que conheço.
  • 0:22 - 0:24
    Eu uso uma ferramenta
  • 0:24 - 0:29
    e é ela que os faz
    me temer e me desprezar.
  • 0:31 - 0:35
    Como professor, tenho a capacidade
    de fazer o que chamamos de "cold calling".
  • 0:35 - 0:38
    É aí que olho um aluno e digo:
    "O que você acha?
  • 0:39 - 0:41
    O que sente a respeito
    do que acabamos de discutir?
  • 0:42 - 0:44
    Como afeta você?"
  • 0:44 - 0:47
    E isso causa pânico,
  • 0:48 - 0:52
    não apenas em meus alunos, mas em todos:
  • 0:52 - 0:56
    aquele momento em que somos chamados
    a falar de maneira articulada.
  • 0:57 - 0:58
    Nós podemos fazer isso?
  • 0:59 - 1:03
    Fiquem tranquilos,
    nunca faço isso com meus alunos.
  • 1:03 - 1:06
    Eu acho que é rude e sei que é difícil.
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    Mas as pessoas temem isso.
  • 1:09 - 1:15
    Oitenta e cinco por cento das pessoas
    dizem temer falar em público.
  • 1:15 - 1:18
    E, francamente, acho
    que as outros 15% estão mentindo.
  • 1:18 - 1:22
    Acho que poderíamos encontrar uma situação
    que as deixasse nervosas também.
  • 1:23 - 1:28
    Hoje, meu objetivo é compartilhar
    algumas dicas e técnicas que podem usar
  • 1:29 - 1:33
    para ajudá-los a ficar mais confortáveis
    e confiantes quando estiverem falando,
  • 1:33 - 1:37
    em outras palavras, para serem capazes
    de pensar rápido e falar com inteligência.
  • 1:38 - 1:41
    Para fazer isso, analisaremos
    quatro etapas diferentes.
  • 1:41 - 1:44
    Primeiro, vamos falar
    da abordagem que adotamos.
  • 1:45 - 1:47
    Falaremos sobre a plateia
    para a qual nos apresentamos,
  • 1:48 - 1:50
    o contexto em que nos encontramos
  • 1:50 - 1:56
    e, finalmente, as estruturas que usamos
    para ajudar a passar nossas mensagens.
  • 1:57 - 1:59
    Vamos começar falando sobre abordagem.
  • 2:01 - 2:05
    Fui lembrado sobre a importância
    da abordagem muitos anos atrás,
  • 2:05 - 2:08
    quando minha esposa e eu
    fomos morar juntos.
  • 2:08 - 2:12
    Brigávamos muito por pequenas coisas,
  • 2:13 - 2:16
    principalmente que aconteciam
    em nosso banheiro.
  • 2:16 - 2:17
    Chamávamos de brigas de banheiro:
  • 2:17 - 2:20
    "O assento do vaso está levantado?"
    "Ele está abaixado?"
  • 2:20 - 2:23
    De longe, a maior briga
    que minha esposa e eu já tivemos
  • 2:24 - 2:25
    foi sobre pasta de dente.
  • 2:25 - 2:27
    (Risos)
  • 2:27 - 2:31
    Minha esposa é "enroladora"
    e eu sou um "espremedor".
  • 2:32 - 2:34
    E todos vocês por aí que são enroladores,
  • 2:34 - 2:37
    aprecio a arte fina que criam
    com a pasta de dente.
  • 2:37 - 2:42
    Mas vocês sabem que a coisa
    mais terrível que pode lhes acontecer
  • 2:42 - 2:46
    é um espremedor arruinar
    todo o esforço que tiveram.
  • 2:46 - 2:50
    Para mim, tirar a pasta de dente
    de um tubo é um ato de agressão.
  • 2:50 - 2:52
    Sinto-me poderoso de manhã e à noite.
  • 2:52 - 2:53
    (Risos)
  • 2:53 - 2:56
    E lutávamos incessantemente
    por pequenas coisas como essa.
  • 2:56 - 2:59
    Finalmente, minha esposa,
    que é muito mais inteligente que eu,
  • 2:59 - 3:03
    disse: "Pausa. O que estamos fazendo?
    Acabamos de nos casar.
  • 3:03 - 3:07
    Nós nos amamos, mas brigamos o tempo todo.
    Precisamos ver isso de forma diferente".
  • 3:07 - 3:12
    E assim que começamos a ver
    nossas brigas no banheiro
  • 3:13 - 3:15
    como oportunidades
  • 3:15 - 3:20
    de aprender um sobre o outro,
    fazer concessões, colaborar,
  • 3:20 - 3:22
    as coisas mudaram.
  • 3:22 - 3:25
    E fico feliz em dizer que,
    após 15 anos de casamento,
  • 3:25 - 3:27
    não brigamos mais pela pasta de dente.
  • 3:27 - 3:28
    (Risos)
  • 3:29 - 3:32
    Essa mesma abordagem
    é verdadeira na comunicação.
  • 3:32 - 3:36
    A maioria de nós, em situações
    em que precisamos nos comunicar,
  • 3:37 - 3:39
    as vemos como ameaçadoras.
  • 3:39 - 3:42
    Como oportunidades de fracasso.
  • 3:43 - 3:45
    Acredito que precisamos mudar isso.
  • 3:46 - 3:49
    Precisamos abordar
    a comunicação de forma aberta,
  • 3:49 - 3:53
    como uma oportunidade de compartilhar
    nossas ideias, crenças, inovações.
  • 3:54 - 3:56
    E quando adotamos
    uma perspectiva de abertura,
  • 3:57 - 3:59
    de repente, algo que tememos
  • 4:00 - 4:02
    torna-se algo que abraçamos.
  • 4:02 - 4:05
    Então, o primeiro passo
    para uma comunicação eficaz
  • 4:05 - 4:07
    é abordá-la de forma aberta.
  • 4:09 - 4:10
    Mas isso não basta.
  • 4:11 - 4:15
    Precisamos pensar sobre a plateia
    para a qual estamos falando.
  • 4:16 - 4:21
    E para mim, a maneira de abordar isso
    é o oposto da maioria das pessoas.
  • 4:21 - 4:24
    A maioria de nós pensa:
    "Aqui está o que quero dizer"
  • 4:24 - 4:26
    ou "Aqui está o que preciso dizer".
  • 4:27 - 4:29
    Eu digo que é exatamente isso o errado.
  • 4:29 - 4:33
    Devemos pensar: "O que
    minha plateia precisa escutar?"
  • 4:35 - 4:38
    E soa como jiu-jitsu verbal,
    em que estou movendo palavras,
  • 4:38 - 4:41
    mas, de fato, é uma diferença fundamental.
  • 4:41 - 4:43
    Se eu me perguntar:
    "O que minha plateia precisa?",
  • 4:43 - 4:46
    isso me coloca a serviço dela.
  • 4:46 - 4:48
    Trata-se das necessidades dela.
  • 4:48 - 4:52
    E para entender essas necessidades,
    tenho que fazer algum reconhecimento.
  • 4:52 - 4:55
    Tenho que me perguntar
    quem são essas pessoas.
  • 4:56 - 5:00
    As três coisas que precisamos
    perguntar sobre elas são:
  • 5:00 - 5:02
    "Qual é o conhecimento delas?",
  • 5:02 - 5:04
    "O que elas sabem?"
  • 5:05 - 5:06
    e, se não sabem o suficiente,
  • 5:06 - 5:09
    "Como podemos monitorar essas informações
  • 5:09 - 5:11
    para que elas tenham
    as ferramentas necessárias?"
  • 5:12 - 5:13
    Além do conhecimento,
  • 5:13 - 5:16
    precisamos pensar nas expectativas delas.
  • 5:16 - 5:22
    E por expectativas, quero dizer:
    "O que elas esperam de mim?"
  • 5:22 - 5:27
    A maioria das plateias já viu os tipos
    de apresentações que estamos fazendo:
  • 5:27 - 5:28
    talvez seja um venda,
  • 5:29 - 5:32
    talvez seja algum tipo
    de propaganda ou marketing,
  • 5:32 - 5:33
    talvez seja uma palestra TED.
  • 5:34 - 5:37
    A sua plateia já viu esse tipo
    de apresentação antes,
  • 5:37 - 5:39
    então o que esperam de você?
  • 5:39 - 5:43
    Podemos optar por se adequar
    a essas expectativas ou não.
  • 5:44 - 5:46
    Tenho dois filhos pequenos
  • 5:46 - 5:49
    e eu aprendi que às vezes
    frustrar as expectativas deles
  • 5:49 - 5:53
    é a coisa mais eficaz que posso fazer
    pela comunicação que precisamos.
  • 5:54 - 5:56
    Meus meninos às vezes me deixam chateado.
  • 5:57 - 6:01
    E quando isso acontecia, eu costumava
    levantar minha voz, mas era em vão.
  • 6:01 - 6:02
    Nada acontecia.
  • 6:02 - 6:04
    Eu era ignorado.
  • 6:04 - 6:06
    Isso é difícil pra um cara de comunicação.
  • 6:06 - 6:10
    Então, agora, quando fico
    muito chateado com meus filhos,
  • 6:10 - 6:12
    eu abaixo minha voz.
  • 6:13 - 6:15
    E eles param na hora.
  • 6:16 - 6:20
    Às vezes, frustrar as expectativas pode,
    na verdade, ajudá-lo como comunicador.
  • 6:21 - 6:25
    A última coisa que precisamos pensar é:
    "Quais são as atitudes deles?"
  • 6:25 - 6:27
    A maneira como abordamos a comunicação
  • 6:27 - 6:32
    é influenciada pelo que a plateia pensa
    sobre o que estamos falando:
  • 6:32 - 6:34
    "Eles são a favor? Eles são contra?
  • 6:34 - 6:36
    Ou estão hesitantes? Agnósticos?"
  • 6:36 - 6:40
    Essas são as coisas que precisamos
    nos perguntar quando nos comunicamos.
  • 6:40 - 6:44
    Então, precisamos entender nossa plateia.
  • 6:45 - 6:49
    Quando meu filho mais velho estava
    no jardim de infância, me voluntariei.
  • 6:49 - 6:51
    Eu entrei na sala dele,
  • 6:51 - 6:53
    a professora saiu
    para telefonar ou algo assim
  • 6:53 - 6:56
    e eu fiquei encarregado
    de um projeto de arte.
  • 6:57 - 6:59
    Isso foi um erro.
  • 6:59 - 7:01
    As crianças ficaram correndo.
  • 7:01 - 7:03
    E eu: "Pare com isso, Johnny".
    Sally, pare de fazer isso".
  • 7:03 - 7:04
    Ninguém escutava.
  • 7:05 - 7:08
    A professora "Yoda" voltou,
  • 7:08 - 7:11
    viu o caos que se seguiu
    na breve ausência dela,
  • 7:12 - 7:16
    apenas olhou para as crianças e começou
    a recompensar o comportamento positivo.
  • 7:17 - 7:22
    "Janet", disse ela, "que maneira
    adorável de limpar o giz de cera".
  • 7:23 - 7:27
    "Samuel, muito obrigado
    por andar com a tesoura".
  • 7:27 - 7:29
    (Risos)
  • 7:29 - 7:33
    As crianças pararam na hora,
    mudaram de comportamento.
  • 7:33 - 7:38
    Aprendi que precisamos entender
    nosso público e o que eles precisam.
  • 7:38 - 7:41
    E até hoje tento aplicar esses princípios.
  • 7:42 - 7:45
    Também aprendi que nunca poderia
    ensinar alunos do ensino fundamental.
  • 7:45 - 7:48
    Se culpa e vergonha não funcionam,
    não posso ensiná-los.
  • 7:48 - 7:49
    (Risos)
  • 7:49 - 7:52
    Conhecer a sua plateia realmente importa.
  • 7:52 - 7:58
    Mas além disso, temos que compreender
    o contexto em que falamos.
  • 7:58 - 8:01
    Sempre que falamos,
    estamos num contexto particular.
  • 8:01 - 8:04
    E para mim, ele vem
    em variedades diferentes.
  • 8:04 - 8:08
    A primeira coisa a respeito disso
    que precisamos considerar é o tempo.
  • 8:08 - 8:11
    Que hora do dia estamos nos comunicando?
  • 8:11 - 8:14
    Se estamos falando de manhã cedo,
  • 8:14 - 8:17
    temos que ter mais de energia
    para manter as pessoas atentas.
  • 8:17 - 8:21
    O mesmo depois do almoço, quando
    as pessoas estão num coma alimentar.
  • 8:22 - 8:24
    Ensinei no ensino médio muitos anos atrás.
  • 8:24 - 8:27
    E acho que minha diretora
    não gostava muito de mim,
  • 8:27 - 8:32
    porque me deu turmas de calouros
    logo antes e após o almoço.
  • 8:32 - 8:36
    E se sabemos alguma coisa
    sobre jovens de 14 e 15 anos
  • 8:36 - 8:39
    é que precisam de muita comida
    e muita experiência social.
  • 8:39 - 8:44
    Quando minha primeira turma
    chegava depois de quatro horas de aula,
  • 8:44 - 8:46
    eles estavam mortos de cansados.
  • 8:46 - 8:49
    Mal podiam se mover, muito menos pensar.
  • 8:49 - 8:52
    Logo após o almoço, quando
    meu segundo grupo chegava,
  • 8:52 - 8:56
    estavam empolgados com a comida,
    a cafeína e os amigos.
  • 8:56 - 9:01
    Era um frenesi na minha sala de aula,
    e eu tinha que ensiná-los a mesma coisa.
  • 9:02 - 9:03
    Como eu fazia isso?
  • 9:03 - 9:06
    Mudei a maneira como abordávamos a aula.
  • 9:07 - 9:10
    A aula antes do almoço
    era altamente colaborativa,
  • 9:10 - 9:12
    as pessoas se movimentavam,
    muitas atividades;
  • 9:12 - 9:14
    depois do almoço, um pouco mais suave.
  • 9:14 - 9:19
    Devemos abordar o contexto, o momento
    para que a mensagem seja eficaz.
  • 9:21 - 9:24
    O contexto também envolve emoção.
  • 9:24 - 9:28
    Muitos de nós, quando nos comunicamos,
    pensamos em informações:
  • 9:28 - 9:31
    "O que está na minha cabeça,
    no meu coração, que preciso transmitir?"
  • 9:31 - 9:34
    Mas também transmitimos um sentimento.
  • 9:34 - 9:37
    Talvez estejamos tentando
    animar as pessoas e motivá-las.
  • 9:37 - 9:39
    Talvez tentemos assustá-las,
  • 9:39 - 9:43
    criar uma plataforma ardente
    que as motive a mudar.
  • 9:43 - 9:45
    Às vezes, só estamos
    tentando incutir confiança:
  • 9:45 - 9:47
    "Devem acreditar no que estou dizendo".
  • 9:47 - 9:52
    Mas precisamos pensar tanto
    na emoção quanto na informação.
  • 9:53 - 9:59
    O contexto final tem a ver com o local
    em que estamos falando fisicamente.
  • 9:59 - 10:01
    A localização é importante.
  • 10:02 - 10:05
    Outro dia, eu li no jornal
  • 10:05 - 10:10
    que a escoteira da Califórnia este ano
    que vendeu mais biscoitos
  • 10:10 - 10:13
    durante a campanha anual de escoteiras
  • 10:13 - 10:17
    se instalou em frente
    a um dispensário de maconha medicinal.
  • 10:17 - 10:19
    (Risos)
  • 10:19 - 10:22
    Ela vendeu mais biscoitos do que todas.
  • 10:22 - 10:24
    A localização é importante.
  • 10:24 - 10:26
    Pensem em como a sala está arrumada.
  • 10:26 - 10:29
    Pensem no ambiente,
    se é ao vivo ou virtual.
  • 10:29 - 10:32
    Isso muda a maneira como nos comunicamos.
  • 10:32 - 10:35
    Precisamos pensar na localização.
  • 10:36 - 10:38
    Portanto, nossa abordagem é importante,
  • 10:38 - 10:40
    nossa plateia é importante,
  • 10:41 - 10:44
    assim como o contexto
    em que nos encontramos
  • 10:45 - 10:48
    e também como estruturamos
    nossas mensagens.
  • 10:50 - 10:56
    É muito mais fácil entenderemos
    as informações quando estão estruturadas.
  • 10:56 - 11:01
    De fato, lembramos até 40% melhor
    as informações quando estruturadas.
  • 11:01 - 11:03
    O que quero dizer com isso?
  • 11:03 - 11:06
    Alguns de vocês são
    jovens demais para se lembrar,
  • 11:06 - 11:08
    mas para aqueles da minha idade,
  • 11:08 - 11:11
    quando queríamos telefonar para alguém,
  • 11:11 - 11:13
    tínhamos que lembrar
    o número de telefone.
  • 11:14 - 11:16
    Meus filhos olham pra uma foto,
    apertam um botão
  • 11:16 - 11:18
    e a outra pessoa começa
    a falar do outro lado.
  • 11:18 - 11:21
    Era muito mais difícil antes.
  • 11:21 - 11:25
    Tínhamos que lembrar dez dígitos,
    o que é bem difícil, então o que fazíamos?
  • 11:25 - 11:28
    Colocávamos numa estrutura:
    três-três-quatro.
  • 11:29 - 11:30
    Era assim que nos lembrávamos.
  • 11:30 - 11:32
    É o que quero dizer com estrutura.
  • 11:32 - 11:35
    As informações são colocadas
    de maneira a facilitar
  • 11:35 - 11:39
    não apenas para o palestrante,
    mas também para a plateia lembrar.
  • 11:42 - 11:44
    Tenho muitas estruturas favoritas.
  • 11:44 - 11:47
    Vejam algumas das estruturas
    aqui atrás de mim.
  • 11:47 - 11:51
    A primeira é a cronológica:
    passado-presente-futuro.
  • 11:52 - 11:54
    Como as coisas costumavam ser,
    aqui está como são hoje,
  • 11:54 - 11:56
    aqui é como serão no futuro.
  • 11:56 - 11:59
    Uma estrutura cronológica
    pode realmente ajudá-lo
  • 11:59 - 12:03
    a conduzir a plateia de um lugar a outro.
  • 12:04 - 12:07
    Francamente, a estrutura
    define as expectativas.
  • 12:07 - 12:11
    Não nos perdemos se tivermos um mapa.
  • 12:11 - 12:16
    A estrutura fornece um mapa
    e a cronológica é muito útil para isso.
  • 12:17 - 12:22
    A próxima estrutura é:
    problema-solução-benefício,
  • 12:22 - 12:26
    uma das mais persuasivas que existe.
  • 12:26 - 12:28
    Começamos explicando qual é o problema,
  • 12:28 - 12:32
    falamos sobre como resolvê-lo e,
    então, os benefícios para as pessoas.
  • 12:33 - 12:38
    Finalmente, minha estrutura
    favorita, a que eu mais uso;
  • 12:38 - 12:41
    chamo de "o MacGyver
    de todas as estruturas",
  • 12:41 - 12:44
    pode levar a qualquer situação;
  • 12:44 - 12:48
    é a estrutura: "O quê?" "E aí?" "E agora?"
  • 12:48 - 12:51
    Começamos dizendo
    às pessoas qual é o problema.
  • 12:51 - 12:54
    Dizemos por que é importante
    nessa etapa "e aí?"
  • 12:54 - 12:56
    E então dizemos o que está por vir.
  • 12:56 - 12:58
    É como um canivete suíço.
  • 12:58 - 13:01
    Podemos usá-la em situações
    se estivermos ensinando,
  • 13:01 - 13:04
    tentando motivar as pessoas,
  • 13:04 - 13:07
    e mesmo se estivermos apresentando alguém.
  • 13:07 - 13:11
    Mudem o "o que" para "quem"
    e terão a introdução.
  • 13:13 - 13:17
    A estrutura ajuda a manter
    a sua plateia unida e alinhada.
  • 13:18 - 13:21
    Quando era estudante,
    trabalhei como guia turístico.
  • 13:21 - 13:23
    Era o trabalho mais bem pago no campus.
  • 13:23 - 13:25
    E pessoal, eu precisava de dinheiro.
  • 13:25 - 13:28
    Treinei por 12 semanas
    para ser guia turístico.
  • 13:29 - 13:34
    Aprendi muitos fatos interessantes, alguns
    diriam inúteis, sobre minha universidade,
  • 13:34 - 13:37
    coisas que enfiam em nossa cabeça,
    além de como andar para trás,
  • 13:37 - 13:40
    que ainda hoje posso fazer em linha reta.
  • 13:40 - 13:43
    A coisa mais importante que nos ensinaram
  • 13:43 - 13:47
    foi: "Acima de tudo, ser um ótimo
    guia turístico nesta instituição
  • 13:47 - 13:51
    é nunca perder seu público.
  • 13:51 - 13:55
    Você é um mau guia se o grupo se perder".
  • 13:55 - 13:58
    O mesmo acontece quando estamos falando.
  • 13:58 - 14:01
    A estrutura mantém as pessoas juntas.
  • 14:01 - 14:03
    Precisamos de estrutura.
  • 14:05 - 14:09
    Então, vemos aqui que essas ferramentas
  • 14:09 - 14:14
    que nos ajudam a engajar,
    a envolver a nossa plateia
  • 14:14 - 14:16
    e ajudam a transmitir nossa mensagem
  • 14:16 - 14:22
    são as mesmas que ajudaram meus alunos
    a aprender a gostar de falar em público
  • 14:22 - 14:24
    e aprender a fazê-lo bem.
  • 14:25 - 14:27
    Tem a ver com a abordagem que adotamos,
  • 14:27 - 14:28
    a plateia,
  • 14:29 - 14:30
    o contexto
  • 14:30 - 14:32
    e a estrutura.
  • 14:32 - 14:36
    Estou sempre procurando exemplos disso
    para ajudar as pessoas a entender.
  • 14:36 - 14:38
    E outro dia, estava tomando café da manhã,
  • 14:38 - 14:41
    olhei para a embalagem
    do meu leite de soja,
  • 14:41 - 14:45
    e disse: "Quer saber?
    Este é um ótimo exemplo".
  • 14:45 - 14:49
    Pensem nisso: leite de soja "Silk".
  • 14:51 - 14:55
    O leite de soja Silk é direcionado
    a um público muito específico:
  • 14:56 - 14:58
    pessoas interessadas
    numa alimentação saudável
  • 14:59 - 15:02
    ou pessoas intolerantes à lactose.
  • 15:03 - 15:08
    O nome é uma combinação
    das palavras "soja" e "leite" em inglês:
  • 15:08 - 15:09
    "Silk".
  • 15:10 - 15:12
    A marca fala ao desejo do público
  • 15:12 - 15:16
    de ter algo rico, algo caro, algo gostoso.
  • 15:18 - 15:22
    Ao mesmo tempo, está
    num contexto, num ambiente.
  • 15:22 - 15:26
    Se repararem onde compram o leite
    de soja Silk, é próximo ao outro leite.
  • 15:26 - 15:28
    Não ficava ali originalmente,
  • 15:28 - 15:31
    mas no corredor de comida saudável,
    e agora fica perto do leite.
  • 15:31 - 15:34
    Comercializaram e embalaram
    do mesmo jeito que o leite.
  • 15:35 - 15:38
    A estrutura do nome é muito atraente.
  • 15:38 - 15:42
    Sejamos sinceros, poderiam
    tê-lo chamado de "Moy"
  • 15:43 - 15:44
    (Risos)
  • 15:44 - 15:45
    e ninguém teria comprado, certo?
  • 15:45 - 15:47
    (Risos)
  • 15:47 - 15:52
    Portanto, se acertamos a mensagem
    e a comunicamos de forma eficaz,
  • 15:52 - 15:55
    podemos fazer uma grande diferença.
  • 15:56 - 16:00
    Desejo para vocês o mesmo
    que para todos os meus alunos.
  • 16:00 - 16:04
    Comunicação ousada, confiante e atraente.
  • 16:05 - 16:09
    E quero que a mensagem de vocês ecoe
    muito tempo depois que saírem da sala.
  • 16:10 - 16:12
    Essas são habilidades à sua disposição.
  • 16:12 - 16:17
    É preciso prática e um pouco
    de abordagem positiva.
  • 16:17 - 16:18
    Obrigado.
Title:
Pense rápido. Fale de forma inteligente | Matt Abrahams TEDxMontaVistaHighSchool
Description:

O palestrante e empresário de Stanford Matt Abrahams é especialista em comunicação e apresentação interpessoal. Ele explica os meandros do discurso improvisado e público.

Matt Abrahams é um educador e treinador apaixonado, colaborativo e inovador. Ele ensina Comunicação Estratégica e Comunicação Efetiva na Graduate School of Business da Universidade de Stanford. Matt também é cofundador e diretor da Bold Echo Communications Solutions, uma empresa de habilidades de apresentação e comunicação no Vale do Silício que ajuda as pessoas a melhorarem suas habilidades de apresentação. Ele trabalhou com executivos para ajudar a preparar e apresentar palestras e apresentações de abertura de capital, conduzir entrevistas na mídia e realizar palestras TED.

Finalmente, Matt publicou a segunda edição de seu livro, "Speaking Up Without Freaking Out", um livro escrito para ajudar as pessoas a se tornarem apresentadores mais confiantes, autênticos e convincentes. Antes de ensinar, Matt ocupou cargos de liderança em várias empresas líderes de software, onde criou e dirigiu organizações globais de treinamento e desenvolvimento.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:19

Portuguese, Brazilian subtitles

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