< Return to Video

Introdução a auto-valores e auto-vetores

  • 0:01 - 0:04
    RKA1JV - Olá, pessoal!
    Prontos para mais um vídeo?
  • 0:04 - 0:09
    Para toda transformação que associa o Rⁿ
  • 0:09 - 0:12
    ao próprio Rⁿ,
  • 0:12 - 0:15
    a gente tem feito de forma implícita.
  • 0:15 - 0:17
    Mas tem sido bem importante para a gente
  • 0:17 - 0:20
    encontrar vetores que quando
    eu aplicava transformação,
  • 0:20 - 0:24
    o resultado era apenas um múltiplo
    desse vetor que foi aplicado.
  • 0:24 - 0:28
    Ou seja, vetores que, quando
    eu aplico a transformação,
  • 0:28 - 0:33
    o resultado é simplesmente
    um múltiplo desse meu vetor.
  • 0:33 - 0:36
    Se para você está meio obscuro,
  • 0:36 - 0:38
    você não lembra de a gente
    ter falado nada disso,
  • 0:38 - 0:40
    vou tentar refrescar sua memória um pouco.
  • 0:40 - 0:44
    Para isso, vou começar
    desenhando aqui o nosso R².
  • 0:44 - 0:46
    Eu vou fazer aqui
  • 0:46 - 0:51
    alguma transformação do R²
    no R² para nos ajudar.
  • 0:51 - 0:55
    E agora, para ajudar,
    vou fazer um vetorzinho,
  • 0:56 - 0:59
    aqui está o nosso vetorzinho "v".
  • 0:59 - 1:04
    Digamos que esse vetorzinho "v" aqui
    é o vetor [1, 2].
  • 1:05 - 1:11
    Além disso, nós temos a reta
    que esse vetorzinho gera,
  • 1:11 - 1:16
    vamos chamar essa retinha aqui de reta "r".
  • 1:16 - 1:19
    A agora vamos criar aqui,
    uma transformação linear
  • 1:19 - 1:23
    que reflete vetores em torno
    dessa minha reta "r".
  • 1:23 - 1:29
    Então, "T" vai ser uma
    transformação do R² no R²
  • 1:30 - 1:43
    que reflete vetores ao redor de "r".
  • 1:43 - 1:46
    Bom, já que a gente está aqui em uma
    missão de refrescar a memória,
  • 1:46 - 1:49
    o que seria uma reflexão
    ao redor da reta "r"?
  • 1:49 - 1:52
    Digamos que eu tenha
    um vetorzinho "x" aqui,
  • 1:52 - 1:54
    refletindo ao redor dessa reta,
  • 1:54 - 1:56
    ela vai servir como se fosse um espelho.
  • 1:56 - 2:01
    A imagem vai ficar aqui mais ou menos,
    um reflexo desse meu vetor "x",
  • 2:01 - 2:04
    aqui está o nosso T(x).
  • 2:04 - 2:07
    Não sei se você se lembra
    de quando a gente pegou
  • 2:07 - 2:09
    essa transformaçãozinha aqui como exemplo,
  • 2:09 - 2:11
    uma das coisas que a gente fez
  • 2:11 - 2:15
    foi escolher uma base
    para essa transformação.
  • 2:15 - 2:18
    Que não era muito alterada por ela.
  • 2:18 - 2:21
    Quando a gente aplicava
    a transformaçãozinha na base,
  • 2:21 - 2:26
    o máximo que ela fazia era multiplicar
    os vetores da base por um escalar.
  • 2:26 - 2:30
    Por exemplo, pessoal, este vetorzinho,
    vou chamá-lo de v₁.
  • 2:30 - 2:33
    Quando eu pego a transformação
    desse vetor,
  • 2:33 - 2:38
    transformação aplicada
    no meu vetorzinho v₁,
  • 2:38 - 2:39
    o que vai acontecer com ele?
  • 2:39 - 2:42
    Se eu o refleti sendo,
    que ele já está na reta,
  • 2:42 - 2:43
    ele vai continuar igual.
  • 2:43 - 2:46
    Então, a transformação aplicada em v₁
  • 2:46 - 2:48
    é ser justamente o meu vetor v₁.
  • 2:48 - 2:50
    Ou dá para falar o seguinte:
  • 2:50 - 2:53
    se eu aplicar transformação em v₁,
  • 2:53 - 2:59
    o que eu vou obter é simplesmente
    uma vez o meu v₁.
  • 3:00 - 3:03
    Se eu tentar colocar nesses
    parâmetros aqui,
  • 3:03 - 3:05
    o que eu acabei de mostrar para você,
  • 3:05 - 3:08
    a transformação no caso é a reflexão.
  • 3:08 - 3:12
    E lambda (λ) aqui,
    o λ é igual a 1.
  • 3:12 - 3:15
    Significa que o que aconteceu
    depois da transformação,
  • 3:15 - 3:18
    é que o meu vetorzinho
    foi multiplicado por 1.
  • 3:18 - 3:20
    Vamos pegar aqui um outro
    vetorzinho de exemplo.
  • 3:20 - 3:25
    Digamos que eu pegue aqui,
    o vetorzinho aqui,
  • 3:25 - 3:27
    esse vetor v₂,
  • 3:27 - 3:32
    e esse meu v₂ é o vetorzinho 2 menos 1.
  • 3:35 - 3:38
    Quando eu aplico a transformação
    nesse meu v₂,
  • 3:38 - 3:39
    o que vai acontecer?
  • 3:39 - 3:41
    Ele só vai mudar a direção.
    Por quê?
  • 3:41 - 3:46
    Porque ele é ortogonal
    a essa minha reta "r".
  • 3:46 - 3:49
    Aqui está T(2),
  • 3:49 - 3:55
    ou seja, se eu pegar e aplicar
    uma transformação em v₂,
  • 3:55 - 3:56
    o que vai acontecer?
  • 3:56 - 4:00
    O que vai vir de resultante para mim
    vai ser -v₂.
  • 4:01 - 4:05
    Também posso dizer aqui que
    a transformação aplicada em v₂
  • 4:05 - 4:11
    vai ser simplesmente
    -1 vezes o vetorzinho v₂.
  • 4:11 - 4:14
    O interessante desses vetorzinhos aqui,
  • 4:14 - 4:17
    é que, se eu estiver trabalhando
    com essa transformação
  • 4:17 - 4:21
    e usá-los como base do meu
    sistema de coordenadas,
  • 4:21 - 4:23
    vai ficar muito, muito fácil
    a gente achar a matriz
  • 4:23 - 4:25
    que vai representar a minha transformação.
  • 4:25 - 4:27
    O que também vai facilitar as continhas
  • 4:27 - 4:29
    que a gente vai operar daí para a frente.
  • 4:29 - 4:31
    A gente vai se aprofundar nisso
  • 4:31 - 4:33
    um pouco mais para frente.
  • 4:33 - 4:35
    Mas espero que você tenha percebido
  • 4:35 - 4:39
    o tanto que esses vetores são especiais.
  • 4:39 - 4:43
    Ou, então, pessoal, a gente pode
    pegar o caso que eu tenho aqui,
  • 4:44 - 4:46
    um plano qualquer,
  • 4:46 - 4:51
    digamos que esse plano é gerado por esses
    dois vetorzinhos em vermelho
  • 4:51 - 4:53
    e aqui eu tenho um vetorzino verde
  • 4:53 - 4:55
    que sai desse plano
  • 4:55 - 4:57
    e que vem aqui para cima.
  • 4:57 - 4:58
    Agora, eu pego como exemplo,
  • 4:58 - 5:02
    a transformação que usa
    esse plano como um espelho,
  • 5:02 - 5:05
    todo mundo é refletido
    ao redor desse plano.
  • 5:05 - 5:08
    E quando eu faço a transformação
    nos vetores vermelhos,
  • 5:08 - 5:10
    eles não mudam nada
  • 5:10 - 5:12
    e fazendo a transformação
    nesse vetorzinho verde,
  • 5:12 - 5:14
    ele simplesmente vira
    de cabeça para baixo.
  • 5:14 - 5:15
    E você vai pensar:
  • 5:15 - 5:21
    "bom, parece que esses três vetores são
    uma boa base para essa transformação."
  • 5:21 - 5:22
    De fato, eles são.
  • 5:22 - 5:25
    Então, basicamente, em que
    a gente está interessado?
  • 5:25 - 5:28
    O que a gente está procurando são vetores
    que quando a gente aplica transformação,
  • 5:28 - 5:31
    a única coisa que acontece é eles serem
    multiplicados por um número.
  • 5:31 - 5:35
    Espero que você tenha percebido que
    não são com todos os vetores
  • 5:35 - 5:37
    que esse tipo de comportamento acontece.
  • 5:37 - 5:41
    Por exemplo, olha esse vetorzinho "x"
    que a gente desenhou.
  • 5:41 - 5:43
    Quando a gente aplicou
    a transformação nele,
  • 5:43 - 5:47
    digamos que a reta que ele gera
    muda completamente.
  • 5:47 - 5:49
    Diferentemente desse aqui.
  • 5:49 - 5:52
    quando eu apliquei a transformação,
  • 5:52 - 5:54
    a reta que eu gerei foi a mesma.
  • 5:54 - 5:56
    Então, basicamente, o que
    a gente está procurando?
  • 5:56 - 6:00
    Os vetores que, quando a gente
    aplica a transformação,
  • 6:00 - 6:04
    o resultado é só uma versão
    multiplicada por um escalar.
  • 6:04 - 6:09
    E que digamos que a transformação
    do meu "x", esse aqui é o vetor "x".
  • 6:09 - 6:11
    Ou seja, a reta que o vetor gera
  • 6:11 - 6:16
    tem que ser a mesma reta que
    a imagem desse vetor vai gerar.
  • 6:17 - 6:19
    E quando esse tipo de coisa
    acontece, pessoal,
  • 6:19 - 6:21
    esses vetorzinhos até têm um nome.
  • 6:21 - 6:24
    Espero que eu esteja enfatizando
  • 6:24 - 6:26
    o suficiente a importância desses caras
  • 6:26 - 6:28
    porque eles são, de fato, muito úteis.
  • 6:28 - 6:31
    Não é só uma perfumaria matemática
    que a gente está fazendo aqui.
  • 6:31 - 6:33
    Eles são úteis, porque eles facilitam
  • 6:33 - 6:37
    encontrar as matrizes que
    representam as transformações.
  • 6:37 - 6:40
    Eles são um conjunto
    de bases mais natural
  • 6:40 - 6:41
    para um sistema de coordenadas.
  • 6:41 - 6:44
    E, na grande maioria das vezes,
  • 6:44 - 6:48
    as matrizes usando esses "carinhas" como
    sistema de coordenadas
  • 6:48 - 6:50
    são muito mais fáceis
    de operar, de calcular.
  • 6:50 - 6:54
    Então vamos ao nome especial
    que esses vetores têm.
  • 6:54 - 6:58
    Qualquer vetorzinho que satisfaça essa propriedade aqui
  • 6:58 - 7:08
    é chamado de auto vetor
    da transformação T.
  • 7:08 - 7:10
    Já esse lambda (λ) aqui,
  • 7:10 - 7:13
    o número pelo qual este vetor
    foi multiplicado,
  • 7:14 - 7:24
    é chamado de auto valor associado.
  • 7:24 - 7:26
    Associado a quem?
  • 7:26 - 7:30
    Associado ao auto vetor.
  • 7:31 - 7:33
    Então, pessoal, voltando aqui,
  • 7:33 - 7:35
    essa transformação aqui, que é a reflexão,
  • 7:35 - 7:43
    nesse nosso caso,
    o vetor [1, 2] é um auto vetor,
  • 7:43 - 7:45
    é um auto vetor da nossa transformação.
  • 7:45 - 7:53
    E o 1 é o auto valor associado.
  • 7:53 - 7:57
    Do mesmo modo, esse vetorzinho [2, -1],
  • 7:57 - 8:02
    o v₂, também é um auto vetor.
  • 8:03 - 8:10
    E no caso desse v₂,,
    -1 é o auto valor associado.
  • 8:12 - 8:20
    Essa transformação representada como
    um produto de uma matriz por um vetor,
  • 8:20 - 8:25
    afinal, é uma transformação linear,
    pode ser representada assim.
  • 8:25 - 8:28
    Qualquer "v" que satisfaça a condição
  • 8:28 - 8:32
    de que a transformação aplicada em "v"
    resulta em λv,
  • 8:32 - 8:37
    que, obviamente, também pode ser
    representada por "A" vezes "v",
  • 8:37 - 8:40
    esses vetores também são chamados
  • 8:40 - 8:42
    de auto vetores da matriz "A".
  • 8:42 - 8:45
    Afinal, "A" é a matriz que
    representa a transformação.
  • 8:45 - 8:53
    Novamente, esse aqui
    é o auto vetor de "A",
  • 8:54 - 9:04
    e o λ é o auto valor
    associado ao auto vetor.
  • 9:04 - 9:08
    Ou seja, se você me der uma matriz que
    representa uma transformação linear,
  • 9:08 - 9:11
    eu posso descobrir quem são
    os autos valores
  • 9:11 - 9:13
    e os autos vetores associados.
  • 9:13 - 9:18
    Inclusive, nos próximos vídeos,
    a gente vai calcular esses carinhas.
  • 9:18 - 9:20
    Mas eu quero que você perceba,
  • 9:20 - 9:23
    quero que você dê importância,
    no vídeo de agora, no vídeo de hoje,
  • 9:23 - 9:26
    nas propriedades desses tais
    autos vetores.
  • 9:26 - 9:29
    Simplesmente, eles não são muito
    alterados pela transformação,
  • 9:29 - 9:32
    o máximo que vai acontecer é ele ser
    multiplicado por um escalar.
  • 9:32 - 9:35
    Ou seja, vai ficar ou maior,
    ou um pouco menor,
  • 9:35 - 9:41
    mas a linha, a reta que esse cara gera,
  • 9:41 - 9:43
    não vai mudar quando eu aplico
    a transformação nele.
  • 9:43 - 9:45
    Por isso, uma das grandes utilidades,
  • 9:45 - 9:49
    é que eles formam uma ótima base
    para o nosso sistema.
  • 9:49 - 9:51
    O que vai fazer com que
    a nossa matriz de transformação
  • 9:51 - 9:54
    seja mais fácil de encontrar,
  • 9:54 - 9:57
    inclusive, mais fácil de operar.
  • 9:58 - 10:00
    Espero que vocês tenham gostado,
  • 10:00 - 10:02
    e até o próximo vídeo!
  • 10:02 - 10:03
    Tchau, tchau!
Title:
Introdução a auto-valores e auto-vetores
Description:

more » « less
Video Language:
Portuguese
Team:
Khan Academy
Project:
Accessibility Brazil - Do not include new videos
Duration:
10:05

Portuguese subtitles

Revisions Compare revisions