-
RKA1JV - Olá, pessoal, prontos
para mais um vídeo?
-
Para toda transformação que associa o Rⁿ
-
no próprio Rⁿ,
-
a gente tem feito de forma implícita.
-
Mas tem sido bem importante para a gente
-
encontrar vetores que quando
eu aplicava transformação,
-
o resultado era apenas um múltiplo
desse vetor que foi aplicado.
-
Ou seja, vetores que, quando
eu aplico a a transformação,
-
o resultado é simplesmente
um múltiplo desse meu vetor.
-
Se para você está meio obscuro,
-
você não lembra de a gente
ter falado nada disso,
-
vou tentar refrescar sua memória um pouco.
-
Para isso, vou começar
a desenhar aqui o nosso R².
-
Eu vou fazer aqui
-
alguma transformação do R²
no R² para nos ajudar.
-
E agora, para ajudar,
vou fazer um vetorzinho,
-
aqui está o nosso vetorzinho "v".
-
Digamos que esse vetorzinho "v" aqui
é o vetor [1, 2].
-
Além disso, nós temos a reta
que esse vetorzinho gera,
-
vamos chamar essa retinha aqui de reta "r".
-
A agora vamos criar aqui,
uma transformação linear
-
que reflete vetores em torno
dessa minha reta "r".
-
Então "T" vai ser uma
transformação do R² no R²
-
que reflete vetores ao redor de "r".
-
Bom, já que a gente está aqui numa
missão de refrescar a memória,
-
o que seria uma reflexão
ao redor da reta "r"?
-
Digamos que eu tenha
um vetorzinho "x" aqui,
-
refletindo ao redor dessa reta,
-
ela vai servir como se fosse um espelho.
-
A imagem vai ficar aqui mais ou menos,
um reflexo desse meu vetor "x",
-
aqui está o nosso T(x).
-
Não sei se você se lembra
de quando a gente pegou
-
essa transformaçãozinha aqui como exemplo,
-
uma das coisas que a gente fez
-
foi escolher uma base
para essa transformação.
-
Que não era muito alterada por ela.
-
Quando a gente aplicava
a transformaçãozinha na base,
-
o máximo que ela fazia era multiplicar
os vetores da base por um escalar.
-
Por exemplo, pessoal, este vetorzinho,
vou chamá-lo de v₁.
-
Quando eu pego a transformação
desse vetor,
-
transformação aplicada
no meu vetorzinho v₁,
-
o que vai acontecer com ele?
-
Se eu o refleti sendo,
que ele já está na reta,
-
ele vai continuar igual.
-
Então, a transformação aplicada em v₁
-
é ser justamente o meu vetor v₁.
-
Ou dá para falar o seguinte:
-
se eu aplicar transformação em v₁,
-
o que eu vou obter é simplesmente
uma vez o meu v₁.
-
Se eu tentar colocar nesses
parâmetros aqui,
-
o que eu acabei de mostrar para você,
-
a transformação no caso é a reflexão.
-
E lambda (λ) aqui,
o λ é igual a 1.
-
Significa que o que aconteceu
depois da transformação,
-
é que o meu vetorzinho
foi multiplicado por 1.
-
Vamos pegar aqui um outro
vetorzinho de exemplo.
-
Digamos que eu pegue aqui,
o vetorzinho aqui,
-
esse vetor v₂,
-
e esse meu v₂ é o vetorzinho 2 menos 1.
-
Quando eu aplico a transformação
nesse meu v₂,
-
o que vai acontecer?
-
Ele só vai mudar a direção.
Por quê?
-
Porque ele é ortogonal
a essa minha reta "r".
-
Aqui está T(2),
-
ou seja, se eu pegar e aplicar
uma transformação em v₂,
-
o que vai acontecer?
-
O que vai vir de resultante para mim
vai ser -v₂.
-
Também posso dizer aqui que
a transformação aplicada em v₂
-
vai ser simplesmente
-1 vezes o vetorzinho v₂.
-
O interessante desses vetorzinhos aqui,
-
é que, se eu estiver trabalhando
com essa transformação
-
e usá-los como base do meu
sistema de coordenadas,
-
vai ficar muito, muito fácil
a gente achar a matriz
-
que vai representar a minha transformação.
-
O que também vai facilitar as continhas
-
que a gente vai operar daí para a frente.
-
A gente vai se aprofundar nisso
-
um pouco mais para frente.
-
Mas espero que você tenha percebido o tanto
-
que esses vetores são especiais.
-
Ou, então, pessoal a gente pode pegar o caso que eu tenho aqui,
-
um planozinho qualquer.
-
Digamos que esse plano é gerado por esses dois
-
vetorzinhos em vermelho e aqui eu tenho um vetorzino verde
-
que sai desse plano e que vem aqui para cima.
-
Agora eu pego como exemplo a
-
transformação que usa esse plano como um espelho,
-
todo mundo é refletido ao redor desse plano.
-
E quando eu faço a transformação dos vetores vermelhos,
-
eles não mudam nada e fazendo a transformação
-
nesse vetorzinho verde, ele simplesmente vira de cabeça para baixo.
-
E você vai pensar:" Bom, parece que esses
-
três vetores são uma boa base para essa transformação."
-
De fato, eles são. Então, basicamente o que a gente está interessado?
-
O que a gente está procurando?
-
São vetores que quando a gente aplica transformação,
-
a única coisa que acontece é
-
eles serem multiplicadas por um número.
-
Espero que você tenha percebido que não
-
são com todos os vetores que esse tipo de comportamento acontece.
-
Por exemplo, olha esse vetorzinho "x" que a gente desenhou.
-
Quando a gente aplicou a transformação nele,
-
digamos que a reta que ele gera muda completamente.
-
Diferente desse aqui.
-
quando eu apliquei a transformação,
-
a reta que eu gerei foi a mesma.
-
Então basicamente o que a gente está procurando?
-
Os vetores que quando a gente aplica a transformação,
-
o resultado é só uma versão multiplicada por um escalar.
-
E que digamos que a transformação do meu "x", esse aqui é o vetor "x".
-
Ou seja, a reta que o setor gera tem que
-
ser a mesma reta que a imagem desse vetor vai gerar.
-
E quando esse tipo de coisa acontece, pessoal,
-
esses vetorzinhos até tem um nome.
-
Espero que eu esteja enfatizando o suficiente
-
a importância desses caras
-
porque eles são de fato muito úteis.
-
Não é só uma perfumaria matemática que a
-
gente está fazendo aqui.
-
Eles são úteis porque eles facilitam encontrar
-
as matrizes que representam as transformações.
-
Eles são um conjunto de bases mais
-
natural para um sistema de coordenadas.
-
E, na grande maioria das vezes, as matrizes usando
-
esses carrinhos como sistema de coordenadas são muito mais
-
fáceis de operar, de calcular.
-
Então vamos ao nome especial que esses vetores têm.
-
Qualquer vetorzinho que satisfaça essa propriedade aqui é
-
chamado de auto vetor da transformação T.
-
Já esse lambda aqui, o número pelo qual o setor foi multiplicado,
-
ele é chamado de auto valor associado.
-
Associado a quem?
-
Associado ao auto vetor.
-
Então, pessoal, voltando aqui,
-
essa transformação aqui que é a reflexão.
-
Nesse nosso caso, o vetor 1,2 é auto vetor,
-
é um auto vetor da nossa transformação.
-
E o 1 é o auto valor associado.
-
Do mesmo modo, esse vetorzinho (2 -1)
-
também é um auto vetor.
-
E no caso desse v₂, do -1 é o auto valor associado.
-
Essa transformação representada como um produto
-
de uma matriz por um vetor.
-
Afinal, é uma transformação delinear, pode ser representada assim.
-
Qualquer V que satisfaça a condição de que a
-
transformação aplicado em V resulta em ∞V,
-
que obviamente também pode ser representado por A vezes V.
-
Esses setores também são chamados de
-
auto vetores da matriz A.
-
Afinal, A é a matriz que representa a transformação.
-
Novamente, esse aqui é o auto vetor de A,
-
e o ∞ é o auto valor associado ao auto vetor.
-
Ou seja, se você me der uma matriz que representa uma transformação linear,
-
eu posso descobrir quem são os autos valores e os autos verores associados.
-
Inclusive, nos próximos vídeo, a gente vai calcular esses carinhas.
-
Mas o quero que você perceba, quero que você dê
-
importância no vídeo de agora, no vídeo de hoje,
-
é nas propriedades desses tais autos vetores.
-
Simplesmente, eles não são muito alterados pela transformação,
-
o máximo que vai acontecer é ele ser multiplicado por 1 escalar.
-
Ou seja, vai ficar ou maior ou um pouco menor,
-
mas a linha, a reta que esse cara gera não vai mudar
-
quando eu aplico a transformação nele.
-
Por isso, uma das grande utilidade é que eles
-
formam uma ótima base para nosso sistema.
-
O que vai fazer com que a nossa matriz de transformação seja mais fácil
-
de encontrar, inclusive mais fácil de operar.
-
Espero que vocês tenham gostado
-
e até o próximo vídeo. Tchau, tchau.